Se eu tivesse uma digital, acredito que a evolução no aprendizado da fotometria seria mais rápido, pois ainda apanho em algumas situações... Mas somente isso.
Alessandro,
Você tocou num ponto da conversa que tive com esse amigo que citei.
Ele disse exatamente isso, que com a Digital o aprendizado é mais rápido. Posso até concordar que sim, mas nunca será consistente como aquele que aprende (e erra muito) com uma analógica. Pois o erro é mais fatal - se me entendem.
Com a digital é um supletivo.
E tem mais, com a possibilidade de revelar o próprio filme, acontece algo mágico (pelo menos aconteceu comigo) que é a ciência do poder sobre a tecnologia do filme. Deixe-me prolongar a conversa e contar como fui afetado eternamente pelo filme. Comigo, creio, que vi a Luz quando fiquei dias pensando em construir minha primeira câmera de filme. Alguns já a conhecem: A Sete de Nove II, uma Pinhole.
Foram dias de meditação e possibilidades e ela saiu assim:
Os resultados foram melhorando com o tempo, usando filme 120. Mas o melhor deles, sem dúvida foi esse aqui (a primeira foto):
Isso mesmo, horrível assim, desfocada e com sobreposição em ambos os lados, mas fora o filme, que contei com a Kodak, todo o resto saiu por conta de minha própria capacidade. Ali, sozinho, em frente à pia, retirando o carretel de dentro do tanque, vi a imagem da minha filha sentada e sorrindo pra mim entre meus pés. Isso é fantástico.
Congelei eu mesmo o momento e experimentei,
mutatis mutandis o que Niepce sentiu... e ganhei o dia e o pão com o suor de meu rosto.