Autor Tópico: Para quem anda pelo mato.  (Lida 1204 vezes)

RuySalaverry

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Online: 20 de Maio de 2009, 14:37:34
Medidas gerais de prevenção


Deixe sapatos e botas cobertos para evitar a entrada de insetos. Bata as botas bem pela manhã, para ver se não tem nada dentro antes de calça-las.

Deixar as roupas dobradas e em lugar alto. Sacudi-las bem antes de vesti-las e mesmo vira-las ao avesso.

Nunca deixar malas e mochilas abertas. Inspecionar bem a bagagem antes de levá-la para o carro.

Quando se afastar do carro no campo deixá-lo bem fechado.

Em acampamentos dormir sempre em barracas completamente vedadas contra insetos.

Nunca ponha as mãos em qualquer lugar onde haja risco de ter animais peçonhentos. Use varas ou outro objetos se necessário. No caso e coletar ninhos abandonados, coloque-os dentro de sacos plásticos com inseticida para não correr o risco de levar artrópodes peçonhentos junto com a bagagem.

Caso tenha que manipular objetos ou lugares onde pode haver artrópodes peçonhentos, use luva de raspa de couro.

Tenha o hábito de sair a campo sempre de bota de cano longo.

Ao andar em meio a vegetação densa, olhe bem antes nas ramagens, já que algumas cobras como jararacas podem subir nestas ramagens.

Em alojamentos nas zonas rurais, olhar bem debaixo das camas, frestas, etc, onde pode haver animais escondidos. Vedar bem as soleiras das portas, frestas de janelas, etc. Uso se inseticidas não é aconselhável, devido a sua pequena eficácia nestes animais.

Se tiver que entrar em habitações abandonadas, fazê-lo com toda cautela, pois podem ser esconderijos de diversos animais peçonhentos.

Em áreas onde há risco de barbeiros, dormir dentro da barraca, mesmo dentro do alojamento.

Se for colher bananas, principamente em regiões da mata atlântica, faça-o com total cuidado, pois junto ao cacho pode estar a aranha-armadeira.

Procure conhecer bem os animais peçonhentos, pois sua correta identificação no campo poderá orientar nas decisões a serem tomadas em casos de acidentes.

Caso tenha que ter um contato direto com árvores ou subir nelas, inspecione-as primeiro, à procura de lagartas ou sinais de sua presença, como folhas roídas na copa e a suas fezes no solo, semelhantes a grãos dessecados de pimenta-do-reino. Caso seja indispensável subir em árvores à noite, usar camisas de manga compridas e luvas de raspa de couro.


Acidentes

Se os acidentes podem nos surpreender em nossa própria casa que tão bem conhecemos e onde temos o poder de manter as coisas sob nosso controle, o que dizer de um ambiente natural desconhecido percorrido pela primeira vez?

Quando as observações são feitas em lugares acidentados deve-se redobrar os cuidados. O estudo de aves marinhas em penhascos é um exemplo de uma situação perigosa. O ornitólogo Elias Pacheco Coelho foi fatalmente vitimado numa destas situações.

Um evento raro é ser atingido por raios. Em campos abertos recomenda-se não procurar abrigo da chuva debaixo de árvores, já que estas atraem os raios. Sentar-se no meio do campo e esperar é o melhor a fazer. Os carros constituem uma proteção, não porque estejam isolados pelos pneus como se pensa, mas porque sua estrutura metálica cria uma espécie de gaiola elétrica que o raio percorre, sem atingir seus ocupantes. Os raios não caem apenas onde está chovendo, podendo também cair a boa distância destes locais.

Em áreas onde existe gado é necessário algum cuidado. Vacas com bezerros novos podem estar agressivas. O melhor a fazer é indagar dos proprietários ou pessoas do campo sobre eventuais riscos de andar pelos pastos. Em caso de dúvida manter sempre distância e ir beirando cercas que podem ser transpostas rapidamente em caso de necessidade ou vegetação densa onde se possa esconder. Bezerros crescidos costumam ajuntar-se e caminhar ou mesmo correr em direção a estranhos, desviando seu curso a alguma distância, o que pode causar grande susto em pessoas que desconhecem este comportamento.

Agressões por aves são extremamente raras. Talvez a situação mais dramática seja o relato de um bebê indígena levado por uma águia real, Harpia harpyja. Em estudos de campo a única situação que pode oferecer riscos é quando o pesquisador aproxima-se muito de ninhos de falconiformes.


fonte: http://www.ceo.org.br/preven.htm
« Última modificação: 20 de Maio de 2009, 14:39:53 por RuySalaverry »
Ruy Salaverry
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Ana Adams

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Resposta #1 Online: 20 de Maio de 2009, 16:26:42
Ótimas dicas, Ruy !!!
Por uns tempos eu ia para o Mato Grosso, num lugar bastante rústico mesmo, sem luz elétrica num raio de 200km.... Estas dicas vão direto ao ponto !
Um dia achei um escorpião no meu travesseiro, um jacaré na varanda , e isso sem contar que a gente dividia a casa com sapos e morcegos todos os dias........ :o :ok: :ok:


RuySalaverry

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Resposta #2 Online: 20 de Maio de 2009, 18:41:14
Meu filho está fazendo Geologia e toda hora tem trabalho de campo e comecei a me preocupar mais e descobri que a lista de riscos que corremos no mato é grande.
Descobri "O REPELENTE" de insetos, até para carrapatos, que tem ação de até 10 horas se a gente não suare lavar a pele, mas mesmo suando eu tenho conseguido a paz no mato e os mosquitos por longe. É o EXPOSIS. Foram quase 20,00 bem gastos.
Mais umas caneleiras e uma boa dose de atenção e a segurança aumenta.
Aqui mesmo no PNT um dia tinha uma árvore tombada na trilha e tive que abrir a facão. Logo no início quase dei de cara numa cobra verde bem grandinha mas como ela não é venenosa fugiu e não sei quem se assustou mais pois demos de cara a menos de 1/2 m um do outro. Ela devia estar muito ligada na caça e nem me sentiu chegando. Se fosse uma jararaca eu poderia estar mal pois dando sorte de ser atendido a tempo e não morrer a necrose e perda de tecido no local da mordida é extensa e no rosto ficaria uma gracinha.

Qualquer matinho pode ter cobra e no PNT tem umas jararacuçús criadas.
« Última modificação: 20 de Maio de 2009, 18:41:55 por RuySalaverry »
Ruy Salaverry
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lee oliveira

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Resposta #3 Online: 20 de Maio de 2009, 20:03:33
muito bom ...eu entrei no site e salvei um monte de textos..valeu ..isso é de grande serventia.. :ok: