Autor Tópico: Os equívocos do aprendizado fotográfico.  (Lida 10752 vezes)

Pedro Vilas Boas

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Resposta #15 Online: 31 de Maio de 2009, 23:48:59
rs
e está escrito o obvio no texto lá em cima.

aquilo é uma equação de matemática só que trocaram as variaveis pelas constantes da fotografia.


Onde e quando não se deseja um profissional multidisciplinar.


Os meus melhores professores da faculdade, os que julgo melhores, entendem MUITO do que eles são doutores/mestres, mas também sacam MUITO da história de que estudam, enfim.. tem um que além de tudo é até poeta.

Gauss, Newton, Prandtl, Arquimedes,  etc etc etc...
os caras aparecem em todas as disciplinas em todos os mundos..eram caras completos, eu acho.

Da Vinci????? Aprende-se sobre essa aberração nas aulas de artes da galera de humanas até nas aulas de hidrodinâmica dos engenheiros

Profissionais, caras que entendem muito, são muita coisa em uma mente só.

Então nada mais obvio do que escrever isso que está no texto



o fotografo bom pra caramba é o que tem tudo.
filosofia, tecnica, teoria.
Diria mais... É o cara que não consegue distinguir ou separar essas coisas.
São coisas pra ele tão ligadas que não se separam, é uma coisa só. Ivan sabe disso.


Isso é o mais que obvio da vida. Completamente natural de se perceber.

Só to encucado que o Ivan disse que uma interpretação esquisita começou desde o inicio do tópico. A carapuça não me caiu e também não consegui enxergar o ponto de vista dele aplicado ao texto e às réplicas.

Claro que devidamente filtrando as replicas. Procurando compreender as coisas e associando as respostas aos personagens. Porque afinal como, no geral, diz o texto e também a vida nos mostra exemplos acerca, as coisas não são separadas. Analisar coisas separadamente é igual ir a psiquiatra de plano de saúde.
« Última modificação: 31 de Maio de 2009, 23:51:11 por Pedro Vilas Boas »


Pedro Vilas Boas

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Resposta #16 Online: 01 de Junho de 2009, 00:03:38
Não há nada de filosófico ou de alguma mensagem por trás das minhas fotos, apenas são registros das coisas que vejo, não na sua essências, mas na aparência mesmo.
Portanto as minhas fotos não comunicam, são apenas para serem vistas, não para serem pensadas.
Ainda procuro um caminho estético para depois seguir para a parte filosófica.
Eu sou que nem o Jack Estripador, vou por partes rs
Por isso não sou fotógrafo, não estou completo e nem me sinto completo. Pois há aqueles que nem o básico tem e se denominam "fotógrafos".
Eu não sei se estou indo no caminho certo, mas é o caminho que me sinto melhor rs

Eu pensava que eu estava sozinho .. rs

"na procura da batida perfeita" (D2)
"ponto de equilibrio" (nome de uma banda)

o "em busca" até o coração parar.
Sempre em busca, em busca, em busca,...

Acho que o objetivo da gente é buscar o "em busca". Ciclo. Loop. Evolução. Medo. Descoberta.


Pedro Vilas Boas

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Resposta #17 Online: 01 de Junho de 2009, 00:21:49
será que vale uma analogia com críticos de cinema?

talvez não sejam coisas dependentes: ser fotografo e criticar fotografia.



caceta! caí em contradição ???

como podem não ser dependentes se as coisas estão interligadas? isso que eu disse deveria ser falso.

Deixa eu só puxar o para-quedas rapidinho.
Eu quis dizer, no caso dos críticos de cinema, que eles não são atores ou produtores ou o que for... e isso não os invalida de serem críticos cinematográficos.

Citar
Realmente tem muita gente que discute fotografias, aponta erros , mas fotografa muito pouco.
Pergunto: Podem ser considerados fotógrafos? Ponderando

Os criticos de cinema apontam erros, discutem filmes, mas não são atores nem produtores, etc.
Mesmo assim, respondendo à pergunta, não os invalida na posição de criticar cinema.


Foi isso que eu quis dizer.
Engraçado da minha percepção é que não fazia sentido o texto do Ivan. Numa fração de segundos só fazia sentido o que ele havia mencionado e eu me vi em contradição, no mínimo.

Dentre essas e outras que não gosto de ficar postando...
rsrs... em busca de não ficar caindo em contradição


Mestaky

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Resposta #18 Online: 01 de Junho de 2009, 00:25:48
Eu sempre disse que a formação do fotógrafo passa por três estágios:

1º Técnico, aprender a lidar com o equipamento;
2º Técnico, Aprender a aplicar as variáveis presentes no equipamento em cada uma das suas fotografias;
3º Estágio subjetivista, que ocorre quando os dois anteriores estão plenos e a única preocupação do fotógrafo é transferir para a imagem o sentimento de quem está presente na cena ou a contar a história da cena conforme a sua percepção.

Pessoalmente só encontro essas três porque acho que o desenvolvimento lingúistico é algo eterno que não se finda nunca enquanto praticamos fotografia.


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Malicky

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Resposta #19 Online: 01 de Junho de 2009, 04:08:11
Somente um pouco mais  pra completar ..


A fotografia pode ser classificada como tecnologia de confecção de imagens e atrai o interesse de cientistas e artistas desde o seu começo. Os cientistas usaram sua capacidade para fazer gravações precisas, como Eadweard Muybridge em seu estudo da locomoção humana e animal em 1887. Artistas igualmente se interessaram por este aspecto, e também tentaram explorar outros caminhos além da representação fotomecânica da realidade, como o movimento pictural. As forças armadas, a polícia e forças de segurança usam a fotografia para vigilância, identificação e armazenamento de dados.

Fotografias aéreas eram utilizadas para levantamento do uso da terra e planejamento de uma determinada região


Acho ae que cada um segue uma linha que gostar, acho que fotografia nao é gual matematica...tem der isso aquilo blah blah blah...
da onde vem e  quem determina se o cara ser profisional ou nao?
Fazer um clikc apertar o botao é uma fotografia queria ou nao, quem apertou o botao puxao a corda e tal pode ter   10k anos de estudo ou nao....se passa uma mensagem ou nao e outra historia ae ja cai pro lado de fotografia ser arte ou nao leva a mais algums anos de debate e uma infinita diversidade de opnioes...entao cada faca a sua e mete o dedo ae e posta a no forum e mostre para o mundo este desenho feito com a luz que foi quem definiu isso os gregos por que nao nao sei...o tal de fos , grafis :ok:

Deveriam inventar outro treco pra fazer fotos...tipo algo ligado na nossa cabeca ae a lente seria nossos olhos ...e transmitir esses dados para algum database e tal...para fazer algo desfocado bastaria umas cervejas um panning  girar a cabeca e tal

 :ponder: freneetico  :hysterical: :wub:


Marcelo Favero

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Resposta #20 Online: 01 de Junho de 2009, 10:15:54
Pedro, a primeira coisa que fiz foi clicar no seu flick para ver onde apareciam os conteúdos filosóficos e conceituais nas suas fotos...

Ah, sempre sinto falta disso! E deveria ser um hábito nosso em todo tópico. Saber quem são nosso interlocutores! Mesmo que seja para, por alguma indulgência, não jogar na roda, no corredor polonês o conteúdo (minha personalidade pacífica não me permitiria expor mimha opinião e causar algum desconforto, se fosse o caso)... Afinal, este é o objeto de tudo, senão vamos apenas exercitar retórica. É isso Ivan! Clicar no Flickr, ou seja lá onde esteja o objeto objetivo: Fotos!

E sobre o tópico e a discussão que se desenvolveu, só acrescento uma coisa: A foto tem de ter objetivo, é fruto de uma intensão. Então se discutir-se o fotógrafo pela ponta final do processo, pelo resultado se tem respondida a questão se é de fato "completo". A foto atingiu o objetivo a que se propõs? Mas não por um acaso, posto que uma foto única não compõe uma obra, então avaliamos a obra. Então se se propõs ser lamb-lamb ou fine art o importante é atingir o objetivo, e então seremos completos no que nos propomos.
A nossa propriedade em falar, em julgar, em estabelecer quem é ou quem não é, nem sempre é justa ou meritória, mas começa por CLICAR NO FLICKR (ou perguntar aos clientes, como queiram).


Abraços
Marcelo dos Santos

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Ivan de Almeida

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Resposta #21 Online: 01 de Junho de 2009, 10:21:27
caceta! caí em contradição ???

como podem não ser dependentes se as coisas estão interligadas? isso que eu disse deveria ser falso.

Deixa eu só puxar o para-quedas rapidinho.
Eu quis dizer, no caso dos críticos de cinema, que eles não são atores ou produtores ou o que for... e isso não os invalida de serem críticos cinematográficos.

Os criticos de cinema apontam erros, discutem filmes, mas não são atores nem produtores, etc.
Mesmo assim, respondendo à pergunta, não os invalida na posição de criticar cinema.


Foi isso que eu quis dizer.
Engraçado da minha percepção é que não fazia sentido o texto do Ivan. Numa fração de segundos só fazia sentido o que ele havia mencionado e eu me vi em contradição, no mínimo.

Dentre essas e outras que não gosto de ficar postando...
rsrs... em busca de não ficar caindo em contradição

Pois e, Pedro. Porque nós praticamos "truques mentais" (todos nós fazemos isso) que escamoteiam as questões, que as transformam.

Concordo com todos aqui, seja sobre a finalidade e os motivos da fotografia de cada um, seja sobre o progresso em níveis, por assim dizer, seja sobre ser essencial dominar o nível técnico para poder buscar uma estética e depois outro algo.

Mas é preciso para isso não praticar internamente um discurso de rejeição sobre esse outro algo. Se começamos a perguntar se quem o pratica "é de fato fotógrafo?" ou coisa assim, estamos construindo um muro que nos impedirá de enxergar o que há ali, e esse muro terminará por nos cercar.

Mentalmente, uso a técnica do "juízo suspenso". OU seja, há certas coisas que leio e que não estou pronto para compreendê-la. Quando isso acontece, não desqualifico nem aceito, só registro e passo adiante. Fica ali guardada para o futuro. Não julgo, pois se julgar fecha-se a janela.

Penso, pelo menos sinto assim, que a fotografia vai nos mostrando problemas cada vez mais complicados, e um nasce do outro. Ao atingirmos um, outro começa a se insinuar. No problema estético, insinua-se uma outra coisa, um outro ponto de vista.

Quando vui ao Flickr do Pedro Raythz vi uma foto nele que me chamou atenção, pois ela claramente tinha um ponto de vista. Esta aqui:



Mas para DECANTAR a preocupação da pessoa, fazê-la consciente, não podemos, ao contrário do que ele disse, confiar somente nas imagens, precisamos tornar consciente mesmo, e tornar consciente é ser capaz de, ainda que em linguagem coloquialíssima, dizer o que ali é nossa preocupação principal, o que ali tem algo de agudo.

E para fazer isso não podemos qualificar isso de atitude "não fotográfica". Nos condenamos a não termos acesso a essa compreensão, caso o façamos.


Duende

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Resposta #22 Online: 02 de Junho de 2009, 13:30:49
Pra tudo nessa vida é importante termos conhecimento de nós mesmos. Limites, capacidades, pontos fracos e fortes. Não mentir para nós mesmos. Não acreditar na nossa mentira. Isso já evitaria boa parte da leitura seletiva e também criarmos fantasias para satisfazermos nossos egos e vontades.
Não tenho capacidade para criticar nenhuma das "áreas" da fotografia, seja filosófica, técnica e conceitual.
Mas com certeza auto conhecimento com certeza traz um pouco de esperança para a pessoa ser completa. Tudo tem seu nicho e sua utilidade.
Certa vez comentei que um lixeiro tem a mesma importância para a saúde pública que um médico. Lógico que ninguém concordou, mas ninguém também foi favorável a extinguir o serviço de coleta de lixo. Doenças apareceriam!
O mais importante foi dito pelo Ivan, o tal do juizo suspenso. Muitos criticam as coisas porque não está de acordo com o que o outro pensa, sem relativizar e sem tentar se perguntar o porquê daquilo que esta ali presente. Tem sempre alguém com uma pedra na mão e tornando sua visão particular do mundo como a única possível. Acho que aí está a diferença entre um bom comentário de maneira sútil no corredor polonês que agrega e contribui com um outro ponto de vista, e um veredito agressivo e arrogante que apenas causa a ação dos moderadores na maioria das vezes.

E eu quero minha camera logo! Minha ansiedade tá em níveis alarmantes! Nem os livros de fotografia dão conta dessa ansiedade! =P Chega a ser patológico =P


Hamilton Sousa

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Resposta #23 Online: 03 de Junho de 2009, 13:44:48

"Dentre essas e outras que não gosto de ficar postando...
rsrs... em busca de não ficar caindo em contradição"

Como iríamos conhecer, aprender, discutir pontos de vista se não postarmos.


Minha opinião é que o fotógrafo como um todo deve saber um pouco de cada coisa
filosóficamente, históricamente , tecnicamente, etc...
Mas sobretudo fotografar,pois o cliente quando o contrata só o avaliará pelas fotos já feitas e se é arte só vão comprar se a "imagem" lhes passar algo.
Não desmereço a importancia de um crítico de arte só acho que critico é uma coisa e fotógrafo é outra, a não ser que o crítico fotografe "aí é outra coisa". :ok:


« Última modificação: 03 de Junho de 2009, 13:45:50 por Hamilton Sousa »
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Ivan de Almeida

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Resposta #24 Online: 03 de Junho de 2009, 14:41:28
Mas sobretudo fotografar,pois o cliente quando o contrata só o avaliará pelas fotos já feitas e se é arte só vão comprar se a "imagem" lhes passar algo.não ser que o crítico fotografe "aí é outra coisa". :ok

Para a fotografia comercial, é razoável entender que "o cliente é o crítico", embora quem se fie exclusivamente no gosto do cliente ficará pautado por um gosto muito limitado.


Hamilton Sousa

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Resposta #25 Online: 03 de Junho de 2009, 16:04:17
Para a fotografia comercial, é razoável entender que "o cliente é o crítico", embora quem se fie exclusivamente no gosto do cliente ficará pautado por um gosto muito limitado.
Concordo
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Bucephalus

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Resposta #26 Online: 04 de Junho de 2009, 15:30:28
Pedro, a primeira coisa que fiz foi clicar no seu flick para ver onde apareciam os conteúdos filosóficos e conceituais nas suas fotos... São fotos bem feitas, flores, macros, mas não me parece haver em nenhuma delas um pensamento diferente da estética mais normal. Desde quando há qualquer filosofia em uma foto de libélula?
Na minha opinião no mesmo lugar que há em uma foto de arte: na interpretação. Eu posso escrever um texto grande, soltar o nome 3 ou 4 teóricos, usar uma linguagem mais elaborada e tenho certeza que um grupo de pessoas vai começar a ver os elementos filosóficos que apontei na imagem, mesmo que tenha inventado eles.

Citar
No fundo, desculpe-me a sinceridade, dizer isso, que bastam as imagens, sem relacionar isso com nada é exatamente o que eu disse na mensagem anterior...
Discordo, não vejo problema nenhum em uma imagem existir por si só, desapegada de interpretações subjetivas, e que possa ser admirada só pelo seu valor estético.

Citar
Até concordo que não é preciso nenhum discurso externo, que o discurso pode estar nas imagens, mas aí ele deve ser notado, não acha?
Existe algum instrumento pra medir quantitativamente a mensagem que uma fotografia passa? Porque se ficar tudo no campo do subjetivo a questão é meramente de opinião pessoal, e onde você não enxerga nenhuma mensagem filosófica eu posso enxergar, e vice-versa.

Citar
Deve haver algo nas imagens que mostre isso, como há nas imagens do LaChapelle, nas flores do Mapplethorpe, nas fotos de moda do Helmut Newton, etc. Esses, de fato, não precisam falar nada, porque é evidente que nas fotos estão sendo pensadas questões da fotografia.
Para mim todos esses fotógrafos capturam imagens e momentos usando composições, luzes, cores e objetos de forma extremamente criativa, de bom gosto e esteticamente agradável, mas sem nenhuma mensagem embutida que possa ser interpretada pelo observador. É como eu disse acima, fazer uma leitura simbólica do significado de uma fotografia é uma estrada sem fim: você pode fazer interpretações infinitas e atribuir o significado que bem entender à imagem.

Pegue um quadro do Jackson Pollock e mostre pra alguém mais criativo e que seja partidário dessas interpretações, e o cara vai ver altos significados filosóficos no que é essencialmente um monte de tinta colorida pingada em uma tela, sem nenhuma mensagem coerente em especial.

Pra mim esse tipo de leitura é como um teste de Rorschach: serve pra demonstrar o quanto uma pessoa pode ser criativa e enxergar padrões ilusórios que não existem.

Citar
Agora, cá entre nós, na maioria das fotos que se vê por aí não há questão nenhuma. É uma maneira engraçada de concordar essa, na qual a parte que realmente não tem a dimensão sugerida no artigo é "esquecida" e embutida... na técnica.

Nisso eu concordo, a maioria das fotos são totalmente entediantes porque o fotógrafo não explora opções diferenciadas de composição, profundidade de campo, angulo, composição, cores, luz e objeto fotografado.

A pior critica que fizeram de uma foto minha foi dessa:



Em que o cara disse: "Belissima imagem, cheia de emoções subjugadas!"

Agradeço por ele ter achado a imagem bela, mas não tinha nenhuma emoção subjugada no momento em que cliquei, nem por minha parte, nem por parte da pessoa fotografada e tão pouco no ambiente  8-)


Ivan de Almeida

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Resposta #27 Online: 04 de Junho de 2009, 16:02:47
Bem... é sua opinião.


Marcelo Favero

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Resposta #28 Online: 04 de Junho de 2009, 16:20:43
A pior critica que fizeram de uma foto minha foi dessa:



Em que o cara disse: "Belissima imagem, cheia de emoções subjugadas!"

Agradeço por ele ter achado a imagem bela, mas não tinha nenhuma emoção subjugada no momento em que cliquei, nem por minha parte, nem por parte da pessoa fotografada e tão pouco no ambiente  8-)

Entendi que a imagem é desprenteciosa nesse sentido.

Mas... bem, mesmo completamente equivocado na sua interpretação, ele estava certo na idéia. Afinal, que raio de retrato humano não tem um monte de emoções submersas?? Só se o cara estiver morto!

abraço
Marcelo dos Santos

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thiagolara123

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Resposta #29 Online: 06 de Junho de 2009, 09:32:18
Pegue um quadro do Jackson Pollock e mostre pra alguém mais criativo e que seja partidário dessas interpretações, e o cara vai ver altos significados filosóficos no que é essencialmente um monte de tinta colorida pingada em uma tela, sem nenhuma mensagem coerente em especial.

Pra mim esse tipo de leitura é como um teste de Rorschach: serve pra demonstrar o quanto uma pessoa pode ser criativa e enxergar padrões ilusórios que não existem.

Amigo Cabeça de Boi, essa sua abordagem da fotografia numa linha mais pragmática, essa democratização do valor, o valor do vernacular, e blá blá blá, tudo isso eu entendo, não concordo assim 100%, mas juro que entendo.

Mas o Pollock vc definitivamente não entendeu. Não tem nem o que ser dito, sua opinião deixa claro que vc não entendeu. Ninguém olha praquilo procurando padrões. Não é papel de parede, nem pra combinar com o sofá da sala. É outra coisa. Eu sinceramente não consigo dar uma explicação curta, assim de fórum, pois eu acho que é um lance de postura do cara, e de onde e quando vc está, e de quem são seus pares, enfim, é muito importante tentar entender o contexto, senão só vai gostar mesmo de coluna grega, natureza morta e foto de beija-flor.

Mas aí eu fui na wikipédia, que é uma coisa muito escrota e muito linda, pois reduz, rebaixa, e isso tem as suas vantagens e desvantagens, mas enfim...

"Sua esfera da arte é o inconsciente: seus signos são um prolongamento do seu interior."

Essa é a melhor explicação superficial sobre o Pollock que eu já ví.

E quanto ao instrumento de quantificar valor de uma fotografia, a quantidade de mensagem que ela carrega, o seu poder e a sua relevância: Serve o preço?

Não é a toa que o preço do LaChapelle é um e o seu é outro, e tb não é uma "questão de opinião". É quanto vale mesmo.

Da mesma maneira, vc pode pingar aí um monte de tinta em alguma coisa e tentar vender, boa sorte.

O que o Ivan está tentando te dizer e que piada só tem graça quando os outros riem. Piadas que todos conhecem tem menos valor, pois mais gente é capaz de contá-la e menos gente rí dela.

Evidentemente as piada melhores, mais profundas, mais trabalhadas, mais "difíceis", nem todo mundo entende. Mas geralmente quem não entende não sacaneia quem contou a piada, muito pelo contrário. Quem não entende é que é o motivo de chacota.
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O Brasil somos eu e vc, não é só os outros não. Então samba aí: "Se gritar pega ladrão / não fica um meu irmão / se gritar pega ladrão / não fica um..." http://www.youtube.com/watch?v=2WQtQwRHD6k