[rogeriom]

Espero mesmo que o filme tenha o mesmo futuro do Vinil: 
Sony vai voltar a lançar discos de vinil no Brasil

[Leo Terra]

Rogerio o problema ai não é fabricarem, como eu e o Malick discutimos acima fabricar sempre vai ter alguém que fabrique. O problema é o precinho que isso vai ter. O artigo que você postou mostra exatamente o problema que um consumidor de Vinil tem hoje. Preços muito altos e acesso restrito a muito poucas lojas.... O leitor é caro, o Vinil é caro (cerca de R$ 100,00 a R$ 120,00 cada) e assim por diante. Isso é que complica muito o consumo deste produto. É um produto que não é mais comercial, atende a um número muito específico de pessoas e por isso atinge custos muito elevados.

[rogeriom]

Rogerio o problema ai não é fabricarem, como eu e o Malick discutimos acima fabricar sempre vai ter alguém que fabrique. O problema é o precinho que isso vai ter. O artigo que você postou mostra exatamente o problema que um consumidor de Vinil tem hoje. Preços muito altos e acesso restrito a muito poucas lojas.... O leitor é caro, o Vinil é caro (cerca de R$ 100,00 a R$ 120,00 cada) e assim por diante. Isso é que complica muito o consumo deste produto. É um produto que não é mais comercial, atende a um número muito específico de pessoas e por isso atinge custos muito elevados.

Léo, uma empresa do porte da Sony, (re)lançando um produto como esse em época de crise financeira mundial num mercado de país em desenvolvimento, custo acreditar que ela não enxergue um potencial comercial nos vinis. A questão do preço se deve em muito pelo preco do pretróleo, matéria prima do vinil. Mas eu acho interessante a comparação "filme & vinil" pois desde o início da popularização do CD o vinil tinha data marcada pra morrer, isso nos fins dos anos 80 início dos 90. Vinte anos depois quem imaginaria uma notícia como essa? Nos EUA de um tempo pra cá todos os albuns passaram a ter lançamento simultâneo em Vinil e CD.
Sou da opinião que o filme se restringirá ao mercado amador e entusiasta pois o cmos/ccd já deixaram o filme para trás em diversos aspectos. Mas enquanto tiver gente que  acha brochante ver a foto prontinha no LCD imediatamente depois do clique e que sinta prazer em fotografar usando usando Rollei, FM2, OM1, F1 e tantas outras máquinas que fizeram história, sempre vai haver mercado pro filme. Da mesma forma que para alguns é um verdadeiro ritual tirar o vinil do encarte, escolher a faixa com a agulha, lado A, lado B, tirar o pó da agulha... Tem gente que ainda gosta disso tudo.

[Formel]

Mas é ai que está a questão, sempre vai ter gente que gosta, mas isso não é representativo o suficiente para que uma empresa grande faça o investimento.

Outro dia estava eu andando pelo centro do Rio na Uruguaiana e escutei um camelô falar para o outro. Esse negócio de vender CD já está muito fraco - O outro responde - Pois é, o pessoal agora baixa tudo da internet. Nem a pirataria escapou!

Então nem CD vende mais como antes e daqui a pouco deve ser aposentado também. Agora, pode ser que daqui a vinte anos tenha gente que adore CD e queira comprar, até acho que esse cara vai encontrar CD, mas vai ser caro pacas. Sem contar que é apenas gosto mesmo, pois o importante no fim das contas não é a música? O mesmo vale para o filme, é apenas uma mídia, o que importa não é a imagem capturada? 

[ ]s

Formel

[Roberto Miglioli]

Leo, acompanho esse site há tempos e só me cadastrei para poder responder aos seus posicionamentos: eu discordo da sua análise. Você comparou o filme ao vinil, que praticamente acabou. No entanto, você esqueceu de levar em consideração que, no caso do vinil, o CD substituiu o TOTALMENTE, em todos os aspectos: qualidade, praticidade, preço, capacidade, etc. Isso não aconteceu com o filme pois a fotografia digital não conseguiu superar o filme em vários aspectos (que não vêm ao caso, no momento).

Num universo de 6 bilhões de habitantes, certamente há fotógrafos suficientes para manter uma produção de filmes em grande escala. Agfa e Konica quebraram por serem mal gerenciadas (assim como os Bancos Bamerindus, Nacional, Santos, quebraram; mas, quem vai me dizer que ter um banco é mau negócio?).

Não é à tôa que a Kodak está lançando filmes novos (como a linha High Definition); essa empresa acredita que há mercado suficiente parar manter sua produção de filmes, afinal, como a Fuji consegue manter a sua linha?

Eu acredito que haverá, sim, uma retração. Aliás, já houve. Normal, o mercado de filmes diminuiu, sem dúvidas. Mas esses pequenos terremotos são apenas "acomodações de camadas", produtos de pouca saída que são retirados de produção. O filme nunca vai morrer, pelo menos, não na minha existência.

[Braga.SP]

 

Minha opinião? Idem! Simples, assim.

[Leo Terra]

Roberto seja bem vindo.
Bom a lista que você indicou acima de benefícios do CD sobre o Vinil a fotografia digital atnede a todas.
Qualidade -> Já foi, o digital já possui latitude similar ao negativo, resolução maior que a do cromo, reprodução de cores melhor que a do cromo, ISO alto melhor que qualquer filme e assim por diante. Nos atributos de qualidade o digital hoje consolida o que há de melhor em cada um dos mundos do filme e ainda melhor em outros, dando liberdade para você gerar qualquer um dos filmes.
praticidade -> Nem preciso falar, você pode dominar o processo todo da fotografia sobre uma a mesa do seu escritório.
preço -> É o fator onde ainda há equilíbrio e depende do quanto você fotografa. Se você fotografa muito o digital já passou de longe o preço do filme. Se você fotografa pouco o filme ainda lega ligeira vantagem.
capacidade -> Nem preciso falar, um CF armazena muito mais do que vários filmes.

A Agfa realmente quebrou por ser mal administrada (falo disso porque é minha área de formação), ela quebrou simplesmente porque não saiu do mercado de filmes a tempo. Assim como está acontecendo com a Kodak, onde todas as divisões são lucrativas, tirando a de filmes que vem enterrando a empresa. Na classificação BCG o filme é um produto PET, ou seja, um produto típico que pede a retirada do mercado, no ciclo de vida é um produto em forte declínio (queda de 20% a 30% do mercado ao ano), ou seja, vertiginosa. Não acredite que não está ocorrendo porque está. Se ilude quem pensa que o mercado continuará firme e forte. Já está ficando difícil achar câmeras de filme, o que está sobrando é praticamente residual.
Sabedoria agora nos tempos de declínio não é torcer para que se recupere e tão pouco se iludir com relação a isso. Sabedoria é se gosta de filme buscar alternativas, porque em breve os grandes não estarão mais fazendo filmes e eles se tornarão cada vez mais caros e escaços. Isso é fato, já vem ocorrendo, só não ve quem não quer.
Eu particularmente não vou ficar me iludindo. Eu tenho minha MF de filme, já não acho a maioria dos filmes que eu usava antes e estou trabalhando para tentar produzir meus próprios filmes ou encontrar empresas pequenas, que possam produzir em pequena escala. Também já estou preparando meu bolso para poder continuar brincando com filmes e boa. As discussões que considero produtivas a respeito do filme são neste sentido e não discussões de torcida por algo que sei que não vai acontecer.

[rogeriom]

Roberto, o CD não substitui totalmente o vinil. Tecnicamente o som analógio do disco de vinil reproduz todo o espectro do áudio, diferentemente do CD onde o som é compactado e algumas faixas de frequencia são descartadas.
Quanto a qualidade da película versus sensor digital, tenho que concordar com o Léo, que o último já passou o filme faz tempo em TODOS os aspectos, pelo menos no colorido.
Mas na análise do Léo, acho que ele leva em conta apenas este aspecto: qualidade da mídia. Eu já acho que o que mantem o filme vivo (e vai manter por muito tempo) é a qualidade das máquinas de filme e lentes deste equipamentos que estão disponiveis a uma fração do preço de quando o filme era a única alternativa. Hoje em dia, com pouco dinheiro vc compra um equipamento de médio formato cujo tamanho do negativo é quase 10 vezes o tamanho de um sensor APS-C (me corrijam se eu estiver errado). Se formos comparar um negativo 6x6 com um sensor APS-C, acho que o filme ganha com sobra...

[Leo Terra]

Rogério é como eu disse acima, mesmo assim a questão de custo está relacionada a volume. Profissionais, por exemplo, possuem até vantagem de custo no digital, mesmo com um desembolso inicial maior.
O que me prede ao filme é certos prazeres que só o processo químico proporciona. Só com filme você pode revelar, tem a angústica da espera e assim por diante. É algo para fazer por prazer, por gosto, é um hobby bastante específico que quem gosta como eu (que comecei fotografando com filme) vai sempre querer dedicar um tempinho a fazer. A questão agora é que como está cada vez mais difícil conseguir etapas do processo eu estou tentando conseguir dominar as minhas próprias etapas do processo. Minha felicidade será completa quando eu conseguir fazer meu próprio filme colorido rs.

[GutoVilaça]

Como diz o ditado popular: "Cada cabeça, uma sentença".

Uma das coisas que mais me agradam no filme (além de várias outras características) são as tonalidades das cores. Gosto demais.
Quando fotografo com digital eu gasto um tempinho no PS tentando chegar pelo menos perto dessas tonalidades. Porém nunca fica igual. Quando muito, parecido.

Nem vou entrar no mérito de qual sistema é o melhor. Esse assunto é muito polêmico e não há vencedor nessa história. Acho que tem pra todos e cada um fotografa da maneira que gosta.

[rogeriom]

Léo, realmente, para o mercado profissional o filme não faz mais sentido, nem em qualidade nem em produtividade. É por isso que vejo um monte de Hassel, Mamiya e Pentax de médio formato sendo vendidas a preço de banana comparado ao que era há algum tempo atrás. Quando digo qualidade falo no quesito técnico, pois este é um aspecto que pode ser subjetivo. Às vezes uma imagem com as imperfeições do filme (grão, poeira, cores), pode ser mais bonita que a imagem perfeitinha do digital.


Espero em breve ver seu Artigo-Tutorial sobre como fazer filme colorido.
Pessoalmente, já pensei em investir em equipamentos pra revelar PB (e até ampliar) mas cheguei a conclusão que não tenho tempo suficiente para a empreitada. Ultimamente me falta tempo até para fotografar.


A propósito, pelo seu conhecimento técnico, vc acredita que o sensor digital um dia conseguirá superar a película P&B ??

[Leo Terra]

Quem dera. Eu ainda não consegui descobrir como faz o P&B com qualidade, imagine o colorido rs. Tem gente aqui que é capaz de descobrir antes de mim rs.

Então os sensores digitais já superaram o filme (tanto o colorido como o P&B). O que não se tem é o mesmo tipo de ruído, que são parte de um charme particular da película. Este tipo de ruído nunca será o mesmo porque são tecnologias distintas, que produzem problemas distintos na imagem. Mas em termos técnicos, se você mensurar os atributos o digital já está bem à frente da película para o mesmo tamanho de mídia. A questão ai é que muitos ainda consideram os defeitos do filme como um charme particular dos mesmos (como o tipo de grão produzido pelo TMAX e coisas do tipo) e estas particularidades, relacionadas aos problemas na imagem, trazem um charme para o filme que o torna atraente para certos tipos de público. Por incrível que pareça não são as qualidades dos filmes que os tornam atraentes (porque em termos de qualidades o digital já está a frente), são os defeitos do filme que os tornam diferenciados. Ou seja, para o filme os defeitos acabam sendo suas principais qualidades.

[lucash_br]

 

........para o mesmo tamanho de mídia......

[markito]

Como faco para calibra um filme para luz solar. Para fotografar a noite isto e possivel.

[Leo Terra]

Você não pode alterar características de filmes, você deve comprar o filme certo para a temperatura de cor que você precisa ou deve usar filtros.
De uma olhada em: http://forum.mundofotografico.com.br/index.php?topic=20716.0