Leandro deve ser seu mau humor, porque sou pesquisador de pensamento sistêmico em administração.
Bom o APS é um sistema, como o próprio nome diz (Advanced Photo
System). A idéia conceitual deste sistema difere do do 4:3 quando se pensa que o 4:3 busca a portabilidade de lentes, enquanto o APS buscava uma padronização do processo fotográfico, através da informatização. Sempre que um novo sistema vai ser desenvolvido os envolvidos já procuram otimizar tudo o que for possível. No caso o desenvolvimento de novos formatos é uma consequencia do desenvolvimento de novos sistemas. O APS teve como objetivo primário, do redimencionamento da mídia, o balanço entre as aberrações esféricas e a área da lente (já falei isso acima).
Houve tentativas de se estabelecer o APS profissional, a Minolta chegou a lançar inclusive lentes exclusivas, o problema é que o sistema apareceu já sobre o digital, que praticamente o condenou. Era um novo sistema aparecendo já no início da curva de declínio do produto. Não dava para esperar qualquer sucesso neste sentido.
Não fui ofensivo, apenas relatei um fato, eles defendem a posição dizendo que é algo otimizado para o digital, o que não é verdade. Essa sua colocação sobre a coerência é totalmente arbitrária, não há fundamento técnico para esta afirmação. O balanço ideal entre qualidade de imagem e tamanho é algo totalmente dependente de opiniões pessoais. Nem vale a pena discutir algo do tipo, porque o que pode ser coerente para você (neste sentido) pode não ser para outras pessoas. Eu prefiro me ater a fatos concretos e passíveis de traçar afirmações acerca do que é mensurado. Questões que dependem de definições arbitrárias não levam a discussões interessantes.
O máximo que posso dizer em relação ao APS e ao 4:3 é que para as respectivas proporções, estes formatos possibilitam a maximização dos resultados óticos. Ou seja, produzo óticas melhores com menos recursos. Nada além disso. Discutir a relação ideal entre tamanho e qualidade é algo bem complicado, pois precisamos dar pesoss para estas questões e isso varia de pessoa para pessoa.
A idéia da Oly para defender o conceito é baseada exatamente no que falei acima, balanço entre área da lente e distorções esféricas (mesma idéia do APS). O uso de uma mídia mais próxima de um quadrado ajuda a melhorar ainda mais esta relação, mas promove uma mudança de linguagem que os usuários do 135 não estão dispostos a encarar. A Oly alega que o formato menor também melhora o ângulo de incidência da luz sobre o sensor, mas isso também possui fundamentos frágeis, uma vez que as microlentes são usadas para redirecionar a incidência. O APS também possui ângulos similares, o que ajuda a derrubar ainda mais. Por fim o sentido dessas colocações já caiu com a E-1, pois ela era uma câmera FFT, assim não tinha "tuneis" por onde a luz deveria passar. Por fim, sendo esta afirmação verdadeira as digitais teriam menores problemas óticos conforme se reduzisse o sensor, o que também não é uma verdade observável.
Leandro o formato tem a ver com a linguagem, a otimização é relativa ao formato. É claro que quanto mais quadrada a mídia melhor (até citei isso acima), mas para 3:2 APS é a melhor relação e para 4:3 o formato 4:3 é a melhor relação de dimensão da mídia. É a relação que possibilita fazer as melhores lentes possíveis com a menor quantidade de recursos. Tem tudo a ver com formato, se você quer outro formato precisa de outra relação.~
Bom Leandro, não fui ofensivo com você em momento algum (a não ser que você seja publicitário da Oly). Também te dei minhas fontes, são públicas, não possuem nada de genéricas, falei até onde você tem que entrar para pegar. Não são fontes secretas, nem blogs, nem qualquer outra coisa. São dados oficiais e públicos. Passei dois anos estudando o mercado de fotografia, não vou me lembrar exatamente de qual documento absorvi cada informação, mesmo porque muitas são fruto de consolidações de diversos documentos. Mas também não tem nada de genérico em apontar de onde sairam, são publicas e estão apontadas claramente. Deixo em aberto, se tiver interesse em beber de boas fontes, então estas estão indicadas acima. É um processo mais difícil do que ler a parte comercial, porque são textos mais técnicos, longos e muitas vezes conturbados, mas certamente são deveras mais confiáveis do que material publicitário.
Se ainda não estiver habituado com buscas desse padrão basta pedir os links que eu passo por onde começar. Separei alguns pontos de partida interessantes.
http://panasonic.net/ir/index.htmlhttp://www.olympus-global.com/en/corc/ir/index.cfm