É toda esse necessidade de equipamento (caro) suplementar q eu não entendo na fotografia digital e em seus cultores. Conseguem-se resultados bem melhores com a técnica anterior, e sem tanto trabalho e dinheiro. Não me entra na cabeça q se gastem 4 mil numa câmera (q nem é full-frame), outro tanto num LR e mais ainda em impressoras, scanners e colorímetros. E tudo isso, para quê? Para se obterem resultados inferiores, em todos os sentidos, ao da fotografia convencional! Tudo isso em nome de uma praticidade q é antes preguiçosa do que produtiva - mais de 80% das fotos tiradas com digital são desprezadas por quem as fez, porque feitas sem esmero, sem reflexão, à toa, pelo prazer do clique, e não da foto em si.
Eu me sinto engabelado pela indústria de digitais. O que ela promete, não cumpre, e os testes existentes para comprovar sua superioridade em relação à fotografia em filme são, para mim, todos enganadores, feitos sob medida para garantir as vendas crescentes dos equipamentos. Basta comparar as fotos obtidas no sistema digital (mesmo com todos os recursos do LR) com as resultantes do sistema em filme para se constatar a diferença qualitativa entre uma e outra. Confio mais no que posso ver do que ler e ouvir de industriais inescrupulosos ávidos por lucros astronômicos.
O pior é que a fotografia digital se vende como mais barata, pela desnecessidade da aquisição de filmes. Que absurdo! Ela é muitíssimo mais cara, e oferece produtos de qualidade inferior. Só esse visor APS-C diminuto e escuro, um desconforto permanente a qualquer fotógrafo, o prova sobejamente. E, qdo ouvimos falar q há câmeras com visores "normais", como os presentes em qualquer reflex de R$ 300,00, deparamos com preços aviltantes, q ultrapassam 15 mil reais! E chamam, a isso, de economia...
Eu garanto: com os 4 mil que desembolsei pela D90, eu poderia fotografar de 2 a 3 anos com filmes de primeira qualidade, em câmeras com visores decentes e claros, e que não vão se tornar obsoletas no ano seguinte, ou mesmo daqui a cinquenta anos - como acontece hoje com todos os produtos digitais, das impressoras aos scanners, passando também pelas câmeras. Minha Leica C é de 1931 e totalmente funcional até hoje. Duvido q alguma dessas câmeras descartáveis do universo digital de hoje chegue aos dez anos de existência. E, mesmo se chegarem, vão estar de tal modo desatualizadas q, é muito provável, nem mesmo softwares existam mais q possam identificar ou armazenar suas fotografias.
Por tudo isso pus a D90 à venda. Pra mim, ela não vale nada. Todos os recursos pelos quais é admirada já existem há décadas nos modelos mais antigos convencionais. Não traz absolutamente nada de novo. Encanta os mais jovens, os habituados à fotografia com celulares, q nunca fotografaram em câmeras reflex de filme na vida, e q pensam sejam tais recursos criação recente da tecnologia.