Autor Tópico: O aceite do resultado dos trab.fotograficos pelos clientes é subjetivo?  (Lida 4118 vezes)

agalons

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Resposta #30 Online: 09 de Agosto de 2009, 21:56:14
Pois é, Ângelo.

E ou o cara determina o que quer ser, ou será o que o mercado fizer dele. No primeiro caso é preciso entender que pagará o preço do risco. No segundo caso pagará o preço de não criar uma coisa própria. Cada um escolhe seu destino, ou combina essas duas coisas na proporção que achar devida.

Só não tem cabimento achar que o único caminho é o seu, e que fora dele ao resto "falta perfeição técnica", como se fosse uma enrolação. Na verdade quem trilha um caminho pessoal precisa de muito mais convição e coragem.

Exatamente e isso Ivan.
Obviamente existem inumeros caminhos,
eu trilho o meu
colhendo os frutos do sucesso
e pagando pelos fracassos,
em fim o eterno aprendizado.
Agora esse assunto da perfeiçao tecnica,
as vezes nao tem muito a ver
com a aceitaçao.
Eu ja vi trabalhos tecnicamente otimos,
que nao tiveram grande aceitaçao,
e ja vi produtos bem "meia boca",
muito aceitos.Em fim
La vamos nos....
Grande abraço.
Angelo.


Luciano Moraes

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Resposta #31 Online: 10 de Agosto de 2009, 10:36:46
Não é bem subjetivo.

Quem contrata um fotógrafo com estilo diferente e menos convencional já sabe o que esperar, então não é surpreendido e "aceita ou não".

Existe uma característica nos produtos que são as qualidades esperadas deles. Um fotógrafo de estilo menos convencional explicita isso na sua obra, então a qualidade esperada pelos clientes é aquela. Não adianta tentar vender a mesma coisa para um cliente careta, mas os clientes caretas não procuram esses tipo de fotógrafo.

O John Lautner, notabilíssimo arquiteto americano costumava dizer que seus clientes eram pessoas de personalidade forte que queriam algo como o que ele fazia. E que se quisessem casas comuns, procurassem outros arquitetos e pronto.

Existe também uma coisa na vida... Nós vamos na direção e no sentido em que damos nossos passos. Que trabalh procurando desenvolver uma linguagem pessoal, pode ser ou não aceito, mas se for aceito será devido à sua linguagem pessoal. Que  trabalha desenvolvendo um produto de estética mais convencional, pode ter ou não clientes, mas os clientes esperarão por produções convencionais.

É bobagem julgar um tipo com o parãmetro do outro. Falar em perfeição técnica é desocompreender a questão.
Olá Ivan.
Respeito sua opinião, mas não concordo com o que vc disse. Se o cliente está te contratando, de certa maneira fica claro que é pq ele conhece/conheceu seu trabalho de algum lugar, indicação, etc. Um cliente não te contratará pq não gosta do seu trabalho. Vc contrataria um arquiteto pq não gosta do estilo dele?
Enfim, se o cliente te contratou pq gosta do seu estilo, vc entrega as fotos pra ele e ele, apesar de gostar do seu estilo, não é obrigado a gostar do resultado do seu trabalho que ele solicitou.
Luciano Moraes
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Ótimos clicks a todos.


Ivan de Almeida

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Resposta #32 Online: 10 de Agosto de 2009, 10:59:54
Olá Ivan.
Respeito sua opinião, mas não concordo com o que vc disse. Se o cliente está te contratando, de certa maneira fica claro que é pq ele conhece/conheceu seu trabalho de algum lugar, indicação, etc. Um cliente não te contratará pq não gosta do seu trabalho. Vc contrataria um arquiteto pq não gosta do estilo dele?
Enfim, se o cliente te contratou pq gosta do seu estilo, vc entrega as fotos pra ele e ele, apesar de gostar do seu estilo, não é obrigado a gostar do resultado do seu trabalho que ele solicitou.

Por favor, leia novamente com atenção, pois sua discordãncia não tem nenhuma relação com aquilo que escrevi.


Obelix

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Resposta #33 Online: 11 de Agosto de 2009, 00:28:21
Penso que a subjetividade não é bem o que ilustra a questão, mas sim o poder simbólico da imagem para aqueles que estão vivendo os ritos e as festas. Nos exemplos apresentados até aqui, existe uma expectativa, que envolve os preparativos, materiais e espirituais, de uma celebração (aniversários), ritos de passagem (casamentos) que possuem, em si, simbolismos muito poderosos.
Em alguns casos, estes eventos são grandes instrumentos de coesão social, seja de famílias ou de comunidades inteiras, e encerram os sentidos da vida para o grupo, sua visão de mundo comum. No contexto destas manifestações, a fotografia irá representar o importante papel de suporte da memória, e o fotógrafo será pressionado a cumprir um papel determinado no rito, terá cobrada sua ação em momentos chave, para que se cumpra o que as pessoas esperam da tradição, seja o simples congraçamento, ou uma afirmativa de seu status social.
Não enxergo aqui a subjetividade, mas as determinações materiais e forças sociais coercitivas que atuam sobre sujeitos históricos. Segundo K. Marx, os homens fazem sua própria história, mas não como querem, mas sob condições determinadas. No interior das condições que o contexto permite, o fotógrafo, bem como todos os atores sociais, irá construir sua história, seu trabalho, e sua marca pessoal.
Como já foi dito em outros tópicos do fórum, a fotografia e o fotógrafo carregam significados que vão muito além de seus papéis como profissionais, e extendem-se até a arte, a filosofia e a história, mesmo que alguns teimem em defender exclusivamente seu papel profissional.
Zenit 12xp
Yashica A
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Bruno Nicoll

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Resposta #34 Online: 11 de Agosto de 2009, 18:36:14
Acho que os clientes conhecem a linguagem fotográfica do fotógrafo, virão o protifólio e contrataram justamente porque estavam buscando algo fora do lugar-comum...