Autor Tópico: Porto Seguro ou Royal & SunAlliance. As seguradora  (Lida 4477 vezes)

jorgesa

  • Trade Count: (0)
  • Novato(a)
  • Mensagens: 19
Online: 29 de Setembro de 2005, 15:32:08
Gente, tenho pesquisado um seguro para meus equipamentos.
Liame trabalha com a SunAlliance e a Arco Verde trabalha com a Porto Seguro (muito mais reconhecida nacionalmente, apesar da SunAlliance ser uma seguradora internacional)

Os preços são praticamente os mesmo.

Na Arco Verde, se você tiver o invoice da compra (equivalente americano a nota fiscal brasileira), você nem precisa fazer a perícia. Se não tiver nada também pode fazer o seguro, neste caso precisa de uma perícia. Se você comprou nos EUA, como a maioria de nós, pode requisitar que te mandem o invoice por e-mail, baste especificar o número do pedido. Acabei de pedir pra BH e já chegaram.

Perguntei sobre fazer seguro sem nenhum tipo de nota fiscal nem invoice. Queria saber o que garantiria que alguem não declararia um valor superior para ter um seguro maior, ou inferior para pagar menos. Ele disse que teoricamente pode colocar o preço que quiser, mas se o valor for superior ao valor de mercado e irreal, a seguradora pode não pagar na hora de fazer o sinistro. No entanto, você pode declarar sem problema um valor menor do que o preço do equipamento. Mas isso não faz muito sentido, a não ser que alguem queira pagar um pouquinho menos pelo seguro. Neste caso o valor maximo de cobertura também será menor!

Importante falar sobre o valor máximo. Você está segurado em um valor máximo equivalente a um produto novo, mas isos não garante que te pagarão esse valor. Na hora do sinistro, a seguradora vai calcular quanto pagar de acordo com algumas variáveis como tempo de uso do equipamento (depreciação) e etc. Eis o que recebi da Liame:

"Chamamos sua atenção para o fato de que o seguro indeniza pelo valor atual, ou seja, do novo, menos a depreciação pelo ano de aquisição e estado do mesmo. Significa que o valor deve ser estabelecido para um igual, usado, no estado, pois a importância segurada corresponde a um máximo a indenizar, e não estabelece o reconhecimento de valor a indenizar, o qual será levantado em caso de sinistro"

A Liame me mandou uma proposta com franquia de 10%, mínimo de R$ 500 por evento, exceto em casos de perda total. Não sei se entendi bem isso. Significaria que se me roubarem apenas um compact flash de valor de 500 reais, não valeria a penas acionar o seguro pois teria que pagar 500 reais pro seguro? Neste ponto fiquei em dúvida, aceito a ajuda de vocês. !!

Quanto a ser profissional, perguntei e quando não estivesse usando a camera profissionalmente, eis o que me respondeu o Sr. da Arco Verde:

"A partir do momento que você opera um equipamento profissional independente
da situação que você se encontra você esta coberto pelo seguro."

Entao galera é isso aí.
Alguma dica?


Abraços
jorge
Jorge Sá
Belém/PA

Minhas fotos:
http://www.flickr.com/photos/jorgesa


Frmg

  • Trade Count: (0)
  • Conhecendo
  • *
  • Mensagens: 75
Resposta #1 Online: 29 de Setembro de 2005, 18:31:17
Bom Jorge

O pablorj fez o seguro para a máquina DSLR dele e pelo que ele me informou foi pela Porto Seguro e não foi necessária a apresentação de nota fiscal.

Um perito foi fazer a perícia na casa dele e anotou o modelo do equipamento, tirou fotos e anotou os números seriais dos mesmos.

Quanto o procedimento do seguro ele me informou que segurou a câmera e os equipamentos dele em um valor total de R$3.000,00 e que no mesmo instante ele teve que pagar a quantia de R$200,00 ou um pouco mais o que dava validade do seguro para o período de 12 meses.
Não fui informado de nada a respeito de franquia, inclusive questionei ele sobre isso.

Agora veja bem a situação que você colocou.

Se você faz um seguro de uma máquina Canon EOS350 Rebel XT nova e discriminar o valor dela e paga a taxa do seguro referente a esse valor a seguradora tem que lhe reembolsar o valor declarado. Que história é essa que você esta dizendo do valor ir caindo ??? Acho que isso se refere ao fato de você estar segurando um equipamento usado e não novo ou então não ficou claro para mim.

Esses casos são comuns ao se fazer seguros de carros modificados por tunning com peças adicionais em valores exorbitantes que passam de U$30.000,00 muita vezes quando o carro original vale na verdade R$30.000,00 se acontecer qualquer coisa a seguradora paga o valor declarado.

Caso contrário se você fizer o seguro de uma máquina Canon EOS350 Rebel XT nova e acontecer algum sinistro a seguradora tem que pagar o valor de mercado da câmera.
Só que ai o valor de mercado não é o valor equivalente a uma mercadoria que veio na informalidade.
Imagino que tenham que pegar 3 orçamentos de lojas com CNPJ que fornecem nota fiscal dos seus produtos e recolhem impostos e pagar a média desse valor. E detalhe acho que você pode questionar se não estiver de acordo com esse valor.

Ou seja,

Nós que compramos nossas mercadorias muitas vezes dentro dos limites de importação de U$500,00 como trazendo coisas do Paraguay temos em mãos um equipamento por menos da metade do valor comercial que eles realmente valem mesmo usados.

Um exemplo.

A Canon 20D custa por vendedores informais R$5.000,00 se você fizer um seguro com valor declarado de R$10.000,00 é esse o valor que a seguradora vai lhe reembolsar até uma renovação do contrato afinal de contas você vai estar pagando para ser reembolsado em R$10.000,00 e não tem nem o que discutir porque se for pesquisar o valor dela em uma loja com nota aqui no Brasil é esse mesmo o valor de mercado dela.

A Carla Perez não fez seguro das pernas dela no valor de 1 milhão de reais ???

Quem vai falar se vale ou não ??? E as pernas dela não tem nota fiscal e nem passaram por perícia.

Eu penso assim e posso estar enganado mesmo porque não conheço os procedimentos corretos do funcionamento das seguradoras, aos mais esclarecidos peço que ajudem.
« Última modificação: 29 de Setembro de 2005, 18:37:39 por Frmg »


pablo_rj

  • Trade Count: (0)
  • Conhecendo
  • *
  • Mensagens: 204
  • Sexo: Masculino
Resposta #2 Online: 29 de Setembro de 2005, 18:47:24
ainda não estou com o contrato em mãos, mas nunca ouvi falar que pagariam  o valor descontado da apreciação, até porque quando fizeram a vistoria tudo estava zerado. Como vão definir o desgaste?

se eu fiz o seguro de 3200,00, caso aconteça de eu ser roubado, o seguro precisa me reembolsar 3200,00.

O que pode mudar é o valor na hora da renovação do contrato...
« Última modificação: 29 de Setembro de 2005, 18:47:46 por pablo_rj »


Marcos Kaddoum

  • Trade Count: (2)
  • Membro Ativo
  • ***
  • Mensagens: 750
    • http://www.flickr.com/photos/mkaddoum
Resposta #3 Online: 29 de Setembro de 2005, 21:47:15
Parece que a política que a seguradora tenta adotar é a mesma aplicada para carros. Porém, isso não é sensato, já que, ao contrário dos veículos motorizados, não há uma tabela oficial (FIPE, www.fipe.com.br) determinando o valor de mercado de equipamentos fotográficos usados.

Segurando valor determinado, e é essa a idéia que todos nós temos quando falamos de seguros de equipamentos fotográficos, a depreciação não se aplica.

Resta saber se, quando ocorrer uma supervalorização do produto, seja pela alta do dólar ou por alguma outra razão, como equipamentos que deixam de ser fabricados ou são escassos no mercado, se eles pagarão o valor correspondente. Nem tudo sofre depreciação, e nem todos os produtos tem a mesma taxa de depreciação num determinado período. Com certeza, devido a velocidade com que há novos lançamentos no mercado, a depreciação dos produtos Canon será bem maior que as da Nikon. Como avaliar isso? E se o produto não for mais fabricado? Consultas em anúncios de jornal? Complicado...

Um seguro assim, eu não encaro...

Inclusive, aproveito a oportunidade pra contar um episódio recente.

Há uns 45 dias atrás um cidadão desatento colidiu contra a traseira do meu carro. Típico acidente de falta de atenção, corriqueiro. O senhor não tinha seguro, portanto,  fizemos o BO e resolví pagar a franquia do nosso seguro e deixar o restante por conta da seguradora. Não é essa a fuñção dessas empresas? Pois bem... Informaram que o carro seria levado até Niterói (o sinistro foi no Rio de Janeiro) para vistoria. Achei estranho, pois geralmente o carro é levado direto pra uma oficina de minha escolha, e então, neste local, é feita a vistoria. Não reclamei. Qual não foi minha surpresa quando a seguradora ligou dizendo que iriam iniciar o reparo. Isso mesmo, eles queriam consertar o carro no local onde foi feita a vistoria, no tal pátio em Niterói. Imediatamente me opus a essa idéia, e somentes 24hs depois, após muita discussão, encaminharam o carro pra oficina de minha escolha. Foi aí que iniciou o pesadelo. Carro na oficina, não autorizaram o reparo. Disseram que teriam de vistoriar o carro novamente. Por que diabos então perdemos três dias levando o carro até Niterói? Vai entender... Levaram 13 dias (!!!!!!!) pra vistoriarem o carro, e quando saiu a vistoria não autorizaram a troca das peças quebradas (parachoque traseiro, fundo da mala, pneus) por peças novas. Ou reparavam ou colocavam peças usadas. Mais 72hs de discussão. Enfim, da segunda-feira após o acidente até o início dos reparos, 19 dias. Um absurdo, não?

A seguradora não era qualquer uma, e sim a Itaú Seguros.


Abraços,
Marcos Kaddoum
Rio de Janeiro - RJ

-----------
FlickR
-----------


Frmg

  • Trade Count: (0)
  • Conhecendo
  • *
  • Mensagens: 75
Resposta #4 Online: 30 de Setembro de 2005, 01:15:07
Ganhar processos contra seguradoras é muito comum por causa de inúmeras cláusulas abusivas que eles colocam em contrato quando não chegam ao extremo de colocar em contrato uma coisa e na prática quererem proceder de outra forma. :rude:

Como já foi dito para o caso das câmeras digitais me parece que o seguro que deve ser feito é o do tipo valor pré estipulado sendo assim você recebe o valor integral que colocou no contrato com a seguradora.

Porém como nem tudo são maravilhas para conter abusos e os famosos "expertinhos" as seguradoras podem recusar um valor alto demais para um produto comum ao fazer a vistoria.

 


Guto Marc

  • Trade Count: (14)
  • Colaborador(a)
  • ****
  • Mensagens: 3.445
    • https://reviewdeviagem.com.br
Resposta #5 Online: 30 de Setembro de 2005, 08:15:11
Olá !!
Bom, vou tentar ajudar. Eu sou corretor de seguros, e posso dar algumas informações:

-Porto ou Royal ? Eu trabalho só com Porto, porque a burocracia em caso de sinistro é menor e a indenização mais rápida. Afinal, ninguém quer ficar meses esperando para receber. Isso significa que a Royal é ruim e sempre atrasa a indenização ? Não, mas é melhor não arriscar, pois já tive problemas.

-Valor do seguro: O valor segurado deve ser sempre o da nota fiscal. Quando a nota for em moeda estrangeira, pelo valor convertido do dia. Mas e quem comprou na BH, se for roubado com o dinheiro da indenização não consegue comprar uma câmera aqui ?! Pois é.....o seguro é para repor o bem sinistrado. Se você comprou por aquele preço, não tem como fazer valor a maior. Porque ? A legislação de seguros, da SUSEP, diz que o seguro não pode gerar lucro em caso de sinistro, e sim deve repor o bem. ( ATENÇÃO: EU NÃO CONCORDO COM ISSO, mas são normas da SUSEP, que regula todo o mercado segurador brasileiro.

-Franquia: A franquia é aplicada sobre o valor sdos prejuízos. Portanto, se te roubarem um flash de R$500, sua franquia será de R$50, e não de 10% do valor total segurado.

-Uso profissional: Realmente a Porto exige uso profissional. Se você trabalha e ganha com fotografia, estará coberto, independente de no momento do sinistro estar  ou não trabalhando. Mas como comprovar o uso profissional, já que não sou registrado como fotógrafo ? Basta apresentar recibos de pagamento, trabalhos publicados, etc.

-Nota fiscal: Estranhei a informação de que o pablojr fez o seguro na Porto sem apresentar a NF. Isso porque a Porto exige a apresentação já na entrada da proposta, independente de vistoria dos equipamentos. Não é necessário que a nota seja Brasileira. Tenho uma produtora de vídeo que as câmeras vieram todas da BH, e o seguro foi na Porto sem problemas. Agora seguro sem nota nunca vi. Vou mandar uma msg para ele  :-)

-Depreciação: Voltamos a questão do valor segurado x valor indenizado. Hoje, uma câmera que vale R$ 5000, daqui a 2 ou 3 anos valerá R$3000, supondo-se que haja descontinuidade do modelo, asperfeiçoamento da tecnologia, etc. Portanto, a velocidade com que um equipamento desvaloriza-se é muito grande. Claro que existem equipamentos que aumentam de valor. Mas vale lembrar que o seguro só é válido para aqueles com até 8 anos de fabricação. Então querer segurar uma câmera Contax não rola......por mais que hj ela valha mais do que quando foi lançada. Para que você não perca dinheiro, é preciso estar atento. Se você nota que o valor do equipamento está subindo por digamos, uma alta no dólar, ligue imediatamente para o corretor. É responsabilidade dele encaminhar uma solicitação de aumento de Importância Segurada e negociar este valor, mesmo que esteja acima do valor da Nota Fiscal ( em algumas ocasiões isso é liberado - caso de uma supervalorização no dólar, que encareceria todos os produtos ).

Bom, acho que é isso.....
Caso tenham mais dúvidas, postem. Vou ajudando o máximo que conseguir.
Abraços !
Um fotógrafo que só escreve e não mostra suas fotos está na profissão errada


Leo Terra

  • SysOp
  • Trade Count: (27)
  • Referência
  • *****
  • Mensagens: 13.761
  • Sexo: Masculino
  • “Deus disse: 'Haja luz'. E houve luz.” (Gen 1,3)
    • http://www.leoterra.com.br
Resposta #6 Online: 30 de Setembro de 2005, 10:26:36
Olha eu uso a Porto seguro, tive que apresentar apenas a Invoice americana.

Minha câmera tbm foi segurada com valores expressos em reais na apólice e não em US$. A referência foi a Invoice convertida para valores correntes de mercado na data, mas eles citam valor de reposição do bem até a importância segurada, entendo que dessa forma vc não precisa comprar o bem novamente no mesmo lugar, basta levantar o valor de mercado e o mesmo não ultrapassar o valor segurado. :)
« Última modificação: 30 de Setembro de 2005, 10:30:52 por Leo Terra »
Leo Terra

CURSOS DE FOTOGRAFIA: www.teiadoconhecimento.com



ATENÇÃO: NÃO RESPONDO DÚVIDAS EM PRIVATIVO. USEM O ESPAÇO PÚBLICO PARA TAL.
PARA DÚVIDAS SOBRE O FÓRUM LEIA O FAQ.


jorgesa

  • Trade Count: (0)
  • Novato(a)
  • Mensagens: 19
Resposta #7 Online: 30 de Setembro de 2005, 11:17:20
No caso a Arvo Verde, mesmo corretor do Pablo, também me deu a opção de fazer sem nota. Neste caso eles teriam que fazer uma vistoria, quando disse que tinha a invoice, me disseram que bastava mandar fotos, seriais, e a invoice, a vistoria não seria nem necessária.

Estou me desencorajando a fazer com a Royal. Além da clausula sobre depreciação do orçamento, ainda tem essa de que a Royal demora a pagar, como disse nosso amigo acima. Ainda por cima a franquia mínima da Royal é de R$ 500 !! Ou seja, pedir reembolso de um compact flash roubado nem pensar, não compensa. Por outro lado, disseram ser de 0% a franquia para perda total! (armadilha para conquistar clientes?) Você não pagaria um centavozinho além do seguro anual se te roubassem pra valer. Mas será que eles cumpririam isso, ou dariam um jeito de nos cobrar a franquia?  :denken:   Vai saber...

Estou prester a fechar com uma das tres corretoras que estou em contato (Liame, Arco Verde e Viamare, ou alguma coisa assim, essa ultima indicada pelo Leo Terra), depois passo minha experiencia pra vocês.

Até mais
Jorge Sá
Jorge Sá
Belém/PA

Minhas fotos:
http://www.flickr.com/photos/jorgesa