Bom dia pessoal,
Vejo muita gente impressionada e curiosa pra saber como são feitos estes dois efeitos de tratamento digital. Neste tutorial vou tentar desvendar alguns mitos e ensinar alguns truques para que você possa se iniciar na arte da pos produção digital. Boa sorte!
Primeiro: O segredo está no artística, não da ferramenta.
Efeito Bronko, Efeito Dragan, ou seja lá que outra efeito existir, são tudo a mesma coisa! O tratamente se baseia sempre nos mesmo recursos do photoshop, a diferença é a personalidade que cada autor aplica ao tratamento de sua foto, o ajuste fino que ele faz com as ferramentas disponiveis de cor, saturação, contraste, etc. Dito isso, a frase que diz que "a máquina fotografica (ou o photoshop) é só a ferramenta, o homen é o verdadeiro artista" é mais verdade do que nunca.
Então a primeira lição: não existe um truque mágico, uma combinação predefinada de ações, um plug-in, nada que possa se chegar a estes resultado com apenas dois cliques do mouse. Pode parecer obvio, mas preste bem atenção nisso: todo tratamento de imagem baseia-se no retoque SEPARADO das partes, não é a toa que a PRINCIPAL recurso do photoshop são as layer. Faça um teste: um modo popular em alguns foruns de discussões para se aproximar do efeito do Bronko é duplicar uma layer colorida, remover a saturação, aumentar o contraste dessa camada, mudar a mesclagem de camada para softlight ou overlay e reduzir um pouco a opacidade. De imadiato você vai ver que o tom de pele ficou mais dourado e um contraste maior, dando um visual meio surreal, fazendo-a parecer mais artística. Acontece que você aplicou um tratamento na imagem inteira e, neste caso, algumas partes podem ter ficado interessantes, mas outras pioraram! Por exemplo: se tivesse uma pessoa de cabelos pretos, eles teria ficado muito mais pretos a ponto de ficarem completamente sem brilho e sem volume, esse efeito usado na imagem inteira provalvemente reforçaria as olheiras das pessoas, entre outros efeitos negativos, por isso parece que você nunca consegue chegar "lá".
Segundo: aprenda a "olhar" imagem.
Essa é uma lição importada diretamente da arte de fotografar. Muitas efeitos podem ser "descobertos" simplesmente analisando objetivamente a fotografia: a foto está com mais contraste, o tom da pele está esverdeado, a pele está mais lisa e sem rugas, as altas luzes da imagem estão amareladas, etc? Saber identificar e verbalizar as diferenças é um ponto fundamental! No exemplo dado acima, você percebe que o resultado é simplesmente uma foto com mais contraste, mas mantendo a saturação sobre controle. Logo, outro jeito de se aproximar deste resultado é aumentar em 25% o contraste. Porém quando se faz isso também altera-se o contraste relativo à saturação das cores. Então depois de aumentado o contraste, reduza a saturação em uns 25% e você obterá um resultado semelhante. Isso serve mais uma vez pra compravar que não existe um conjunto de ações predefinidas, o que importa é saber identificar as sutis mudança.
Terceira lição: Tratando a imagem por parte.
Essa lição é o calcanhar de Aquiles do tratamento digital. Procure tratar cada parte da imagem descobrindo “o que ela pede”. Nas imagens dramática do Dragan, por exemplo, ele costuma a intesifica a noção de tempo em fotografia de pessoas mais velhas. Ele não manipula a foto em toda a sua essência, apenas reforça sua interpretação pessoal. Note que a pele da pessoas é totalmente manipulada nos mínimos detalhes. Primeiro percebe-se um sharp forte que acentua o detalhe de marcas e rugas (mais uma vez, o sharp deve ser seletivo e não deve atingir a foto por inteira. Um efeito por inteiro vai denunciar de cara a intensão e a superficialidade do tratamento). Após isso, o autor uso e abusa de ferramentas como dogne e burn (como já o amigo Leo Terra em um tópico anterior - apesar de que vejo mais o uso dessas ferramentas no Dragan do que nas imagens do Bronko). Você deve configurar essas ferramentas com valores baixo, as mudanças devem ser sutis e progressivas, não adianta configurar com um valor alto pois isso denunciará o tratamento logo de cara. Passe a ferramenta varias vezes no mesmo lugar, dando um feather progressivo, até chegar no resultado desejado. Procure “queimar” (burn) o que já é escuro e clarear (dodge) o que era claro. Note mais uma vez a intensão de amplificar o que já estava na foto. Por outro lado, se a modelo for uma mulher, não aplique sharp na pele!! A não ser que você queira envelhece-la propositalmente. O mais comun nas fotos de mulheres é justamente o oposto, deixa-la suave e quase sem textura. Mas como nada é regra nessa vida, tenho visto fotos de autores que extrairam de uma foto de mulher uma textura delicada e não iinvasiva. Outra coisa que fica muito legar é dar um sharp razoável em pontos focais do rosto humano, como olhos, boca, sobrancelhas. Também vale aumentar fortemente o contraste e o brilho dessas partes, como são pontos de interesse naturais, você só vai estar reforçando-os.
Quarta lição: photoshop, uma visão geral.
Não pretendo nesse tutorial fazer um passo-a-passo de como eu fiz isso ou aquilo. Esse tipo de ensinamento é artificial pois ele pode funcionar com uma foto, mas vai dar errado em outra. Então, se você não sabe o básico do photoshop, aprenda antes de continuar a ler esse tutorial.
Bom, as principais ferramentas para a pos-produção são: adjustment layer (encontrada na barra inferior da janela “layer”), layer mask (não é uma ferramenta propriamente dita, é uma propriedade das layer encontrada no menu layer), os slides de “brilho e contrate”, “color balance”, “curvas” e as ferramentas para retoque clone “healing brush”.
Quinta lição: fazendo as correções iniciais com o healing brush.
Antes de qualquer processo de tratamento de cor, você deve endireitar as imperfeições clássica como olheiras, espinhas etc. Se você deixar pra fazer isso no meio do processo, vai ter problemas. Se você constuma usar clone stamp para essas correções, esqueça! A ferramente healing brush é MUITO melhor para esse propósito. Use essa ferramenta nos modos darken (se o erro a ser retocado for MAIS CLARO que o tom da pele), no modo lighten (se a falha a ser retocada for mais escura que o tom da pele em volta), ou até nos modos normal ou replace. Depois de usar essa ferramente, se o resultado tiver ficado um pouco grotesco e aparente, vá em EDIT>FADE HEALING BRUSH e suavise o resultado após te-la usado. (muita gente não conhece essa funçãozinha mágica do photoshop).
Sexta lição: trabalhando com seleções.
Esqueça o conceito de seleção tradicional que você conhece, a que usa varinha mágica, lasso tool ou paths. Os profissionais que trabalham com pos-produção só usam essas ferramentas de seleção por caminho (path) em casos bem específicos, quando a área é bem definida e relativamente pequena. O motivo é simples: não da pra ter produtividade com a seleção por caminho pois ela é muita lenta de se trabalhar e, o principal, a seleção por caminho é muito definida e não funciona em fotos, onde as transições são suaves e delicadas. Então, se você ainda não conhece o poder das layer, pare tudo e vá da uma estudada! Os dois tipos principais de seleção por layer funcionam através dos “brush” (pinceis). Você seleciona a área com um brush suave, como se estivesse pintando. São eles: o quick mask e o layer mask. O principal é o layer mask, na verdade chamamos de seleção, mas essa propriedade das layer se baseia-se em “revelar” ou “esconder” determinada parte de uma layer. Simplificando: comece uma edição duplicando a layer original (na pos-produção você vai sempre manter a layer com a imagem original intacta até o fim do processo), faça alguma alteração na layer duplicada (tipo intensificar o vermelhor do baton usando o slide de curva) depois, usando uma layer mask, esconda o restante da imagem e deixe revelar apenas a área do baton, que foi sua prioridade nesse momento. Para isso vá em LAYER>LAYER MASK> REVEAL ALL ou HIDE ALL. Uma máscara será colocada por cima dessa layer para revelar ou esconder determinadas áreas, use um brush pintando de preto para esconder ou de branco para revelar determinada área. Ou seja, “revele” a sua alteração do baton e “esconda” todo o restante. Logicamente a layer com a alteração deve permanecer perfeitamente alinhada com a layer de baixo. Você também pode usar o quickmask, mas com essa ferramenta, você fará a correção diretamente na imagem matriz, isso é um perigo, se lá na frente você não gostar, não poderá fazer mais nada para voltar atrás.
O uso mais poderoso do Layer Mask, no entanto, não é retocar o baton de uma boca. Isso é simples e pode ser feitos de dezenas de maneiras. O layer mask é poderoso para ILUMINAR DIGITALMENTE uma fotografia (ver exemplo:
http://www.flickr.com/photos/jorgesa/48822768/ ). Com esse recurso você vai fazer layer de iluminação, muito comuns tanto principalmente nos trabalhos fotográficos do Dragan.
CONTINUA EM BREVE COM MAIS DICAS PRÁTICAS DE PHOTOSHOP!!!
Enquanto isso, manipulei uma foto e postei o antes e o depois neste site:
http://www.flickr.com/photos/jorgesa/Vamos analisar e discutir sobre isso para que todos possamos aprender !!
Note que não tenho pratica nessa técnica e usei como exemplo algumas fotos meia boca. Mesmo que você saiba a teoria, a prática é que faz toda a diferença. Então, vamos relevar esses detalhes por favor!! :whistling:
Até mais
Jorge Sá
