Ivan seus exemplos ilustram exatamente o que estou dizendo, é uma questão DEFEITO no ganho do sensor, que é mapeado e não de ruído (veja que os pontinhos coloridos que são eliminados aparecem exatamente no mesmo ponto nas duas imagens, mas não há uma recuperação do ruído em si). Se você fizer a mesma foto dezenas de vezes você terá estes pontos em todas, na mesma posição, o que não irá ocorrer com o ruído, que irá aparecer em cada foto em um determinado local.
Agora me desculpe, mas você podia ter poupado o ataque pessoal, mesmo porque você sabe muito bem que normalmente me embaso muito melhor do que com links de achismo na Internet (me desculpe, mas as fontes citadas são medíocres, salvo o link que você postou de Stanford, que é claro quanto a isso, ele apresenta não uma técnica de imagem única para mapemaneto, ele tira diversos frames em condições diferentes e usa os darkframes para compor um padrão estatístico do ruído para estabelecer um tratamento posterior, ele não envolve usar um darkframe, ele cria um dark frame virtual, que nada mais é do que um mapa probabilístico de ruído, baseado em um padrão histórico previamente coletado, exatamente para lidar com a variabilidade estatística do processo). Existe ai (na sua afirmação) um problema conceitual onde o termo ruído está sendo empregado para definir o que na verdade é um defeito a ser mapeado e não ruído no sentido próprio do termo, porque é uma variável esperada no sistema e que pode ser prevista, tando que você faz o registro posterior exatamente para registrar onde há problemas. O Ruído tem um carater imprevisível, por isso que é difícil de ser tratado e se baseia em formatos estatísticos, que podem ser tratados das mais diversas formas, inclusive uma captação a partir de quadros negros para mapear o padrão de probabilidade de ocorrência deste ruído, como proposto no paper que você postou.
Estou adicionando um link do Scholar com vários artigos (acadêmicos e não bobageira) na área, que você possa verificar as questões associadas ao ruído e entender que a definição exata do mesmo passa exatamente pela imprevisibilidade e pelo caráter randômico ou estocástico, tanto que a maioria dos algorítimos para lidar com o ruído (propriamente dito) são estatísticos.
http://scholar.google.com.br/scholar?start=30&q=noise+definition&hl=pt-BRAgora se você conseguir uma explicação lógica para que você tenha um ganho em ruído quando usa uma foto que apresenta este problema em pontos distintos (pois ele irá surgir a cada foto em um local) como referência eu gostaria muito de ouvir (estes links não explicam nada, apenas confirmam que o que está sendo feito é um mapeamento de problemas e que as pessoas que escreveram não conhecem o suficiente para discutir o assunto e separar o que é ruído do que é um mapeamento de defeitos esperados e previsíveis).
Esta proposta DF é um recurso, que na verdade acaba sendo ainda mais prejudicial por eliminar mais detalhamento do que na verdade corrigir detalhes. Em muitas câmeras ela só será aplicada para longas exposições, exatamente pela necessidade de aumentar a precisão na identificação de defeitos, porque no geral os defeitos mais brutais podem ser mapeados na hora que a câmera é ligada. Na maioria das câmeras que conheço esta opção é possível de ser desativada, pois causa danos em potencial à imagem, diferente do exemplo que estou mostrando (que alguns fabricantes já estão começando a adotar), que aumenta a resolução exatamente por se aproveitarem do carater randômico do ruído.
O tratamento aplicado nos RAW hoje em dia não tem a ver com mapeamento para longa exposição, ele tem a ver com tratamento mesmo, igual o aplicado nos softwares de correção. Muitas câmeras permitem que ele seja controlado no RAW, no caso a D2x, que você exemplifica, permite no software, mas não é comum, muitas câmeras só possuem a opção tratada. Este foi, inclusive, o problema de lançamento da A700, porque ela aplicava tratamento pesado, inclusive no RAW, através do próprio chip do sensor (que inclusive é algo que tem se tornado comum hoje em dia, tanto a Sony como a Canon utilizam esta técnica de redução de ruído direto no sensor em sensores top de linha, o que por si só já abrange Sony, Canon e Nikon) e o controle atuava sobre ele, porém não havia a opção de desativar o tratamento, diferente de outras câmeras que possibilitam este jogo. Esta informação está nos folders das câmeras Sony e nos folders dos sensores. Sei que você não gosta de ler especificações, mas elas geram informações melhores do que as de segunda mão.
No mais meu exemplo está acima, bastante claro e com demonstração empírica, com o material disponível para reprodução. Não é achismo, está lá, além de comprovação dedutiva e teórica tem também comprovação empírica. O DarkFrame diminuiu a retenção de texturas, enquanto a foto somada aumentou.
Alexandre, a 450D aplica a correção de ruído (que não tem a ver com o a foto negra do Ivan) em todos os RAWs, independentemente do tempo de exposição. A possibilidade de ativar isso é recente, só começou a aparecer nas câmeras mais avançadas a uns dois anos. Adicional a isso você pode mapear o sensor, ou ainda tratar no software da sua câmera. Mas infelizmente para os puristas o RAW já não é mais tão RAW assim, principalmente nas câmeras de entrada.
Você pode até ter feito as fotos iguais, mas a segunda está mais clara, pode olhar no histograma que você vai perceber a diferença.