Autor Tópico: FOTOGRAFIA - Profissionalismo, Hobby ou uma Terapia.  (Lida 8924 vezes)

Luciano Moraes

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Resposta #30 Online: 03 de Setembro de 2009, 17:14:15
Olá pessoal. Sou administrador e trabalho em uma multinacional. Tenho enorme respeito, consideração e admiração pelos profissionais da área. Considero a fotografia como profissão para aqueles que a tem com ganha pão. Mas no meu caso ela é uma "ajuda". RS quem sabe um dia não passo para o lado de lá. rs

Bom, falando tanto como fotógrafo e como consumidor, na minha opinião a fotografia é profissão, ela é hobby, é terapia, é aventura, é adrenalina, é comunicação, é paixão, é diversão, satisfação, alegria, saudade, arte, dinheiro no bolso... enfim ela é uma arte que engloba um pouco de tudo...
Luciano Moraes
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Ótimos clicks a todos.


Francisco

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Resposta #31 Online: 03 de Setembro de 2009, 19:26:20
Sobre a questão das patologias mentais, a meu ver existem duas correntes, no meu limitado conhecimento do ramo:

1- A cura através da atenuação ou eliminação dos sintomas: esta abordagem costuma ser bem resolvida na psiquiatria e na psicologia cognitivo-comportamental. Através de medicamentos ou mudanças de hábitos, a causa de incômodo (para si ou para a família) é eliminada.

2- A "cura" através da ressignificação do espaço simbólico: esta abordagem costuma ser resolvida através da psicanálise de uma forma sistematizada, mas também há outras formas, seja através da arte ou da religião (esta mais atrelada a valores morais, o que pode vir a trazer novos sofrimentos). Na verdade, a ideia de cura não existe para a psicanálise, uma vez que não há algo a ser "curado" e sim um processo de autoconhecimento onde o analisando relê o mundo de uma forma a entender os seus incômodos. Talvez a fotografia consiga em parte cumprir esse papel e, portanto, pode ser uma forma de terapia quando conduzida com uma boa dose de autocrítica.

A opção por (1) ou (2) varia de pessoa para pessoa, da gravidade dos sintomas (um suicida iminente talvez precise apagar o fogo com medicação pesada antes de repensar a sua vida) para si e para a família. Um esquizofrênico, por exemplo, pode ser muito feliz como está, mas seus surtos psicóticos podem se tornar um incômodo para a família, que normalmente opta pelo tratamento psiquiátrico por ser rápido e efetivo na eliminação dos sintomas. O ideal, na minha opinião, é que mesmo ao se optar pela abordagem (1), o tratamento venha acompanhado de (2).

Ah, e terapia não é algo privativo dos "loucos", "doidos", "doentes". Todos nós, de uma forma ou de outra, exercemos algumas práticas terapêuticas. Acho que a associação do hobby ao terapêutico é pertinente, pois o hobby geralmente tem a ver com um processo de autoconhecimento e, portanto, de reorganização do nosso simbólico.

A fotografia tem muito a ver com semiologia. Pelo fato de a fotografia (e arte, em geral) lidar com signos, o fotógrafo acaba capturando uma imagem que reflete um pouco da sua visão de mundo. Ao deparar-se com a imagem revelada, capturada, o fotógrafo faz uma análise crítica (ou seria autocrítica?) da cena. Tanto que há fotos boas (para os olhos dos outros) que eventualmente não queremos mostrar, por haver algo que não julgamos pertinente expor ao mundo. Mas não tem muito como fugir da exposição. Até uma sequência de macros de flores ou insetos pode dizer muito sobre nós. Mesmo o fotógrafo profissional deixa um pouco de si em um trabalho encomendado.

Indo mais longe, por onde passamos fica um rastro de nós. A fotografia é o registro desse rastro e a análise crítica desse registro provoca modificações em nossa visão de mundo.
« Última modificação: 03 de Setembro de 2009, 19:28:36 por Francisco »
Francisco Amorim
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Ivan de Almeida

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Resposta #32 Online: 03 de Setembro de 2009, 21:54:56
Francisco;

Sua argumentação é raramente elegante. Parabéns. Uma delícia lê-la, arguta, sutil. Não sei se você é da área psicanalítica, mas parece sê-lo, pois o trecho abaixo é muito específico dificilmente poderia ser de autoria de alguém muito distante da área, seja pelo conteúdo, seja pelo sentido em que se observa uma elevação da psicanálise à instãncia de análise de outros fenômenos.

Citar
2- A "cura" através da ressignificação do espaço simbólico: esta abordagem costuma ser resolvida através da psicanálise de uma forma sistematizada, mas também há outras formas, seja através da arte ou da religião (esta mais atrelada a valores morais, o que pode vir a trazer novos sofrimentos). Na verdade, a ideia de cura não existe para a psicanálise, uma vez que não há algo a ser "curado" e sim um processo de autoconhecimento onde o analisando relê o mundo de uma forma a entender os seus incômodos. Talvez a fotografia consiga em parte cumprir esse papel e, portanto, pode ser uma forma de terapia quando conduzida com uma boa dose de autocrítica.

Contudo, é exatamente nesse trecho que, reconhecendo ser um argumento elegantérrimo, sou obrigado a dizer que não o sigo. Ele é tão atraente que dá vontade de segui-lo, mas temos nele um problema de metonímia. Pois, se a psicanálise é um processo terapeutico baseado em ressignificação conduzindo a ganhos de autoconhecimento, isso não significa que todos os processos de ressignificação sejam terapeuticos. Há homens peludos, mas nem todo animal peludo é um homem.

A arte, por exemplo, é um processo de ressignificação, é uma busca interior por vezes. mas não tem por objetivo uma cura, uma melhoria, não tem por objetivo dar ao praticante capacidade de lidar melhor consigo. A psicanálise tem enorme resistência em aceitar que o ser humano jogue esse jogo, então é coerente que a partir da psicanálise ele seja visto como um jogo terapeutico e/ou como sublimação.

Aliás, um dos grandes problemas da psicanálise é ao lidar com a arte, pois ela atribui à arte, fenômeno cultural enraizado na vida humana, objetivos ou motivações que supõe estritamente coerentes com sua teoria interna. Ou seja, pretende-se como metro para praticas humanas que nada têm a ver com a psicanálise. A visão psicanalítica da arte é interessantemente pobre, pois ela busca reduzir a arte àquilo que pode supor motivá-la, e assim coloca a arte em um Leito de Procusto teórico. O que cabe no leito já não é arte. Ao "entendê-la" psicanaliticamente opera tais alquimias que não entende a arte senão seu próprio reflexo ao qual chama de arte. A arte mesmo escapa, e essa é a grande questão incômoda, qual seja, uma atividade psiquico-cultural que não é redutível à teoria.

Assim, a fotografia é. Sendo método de autoconhecimento -para mim é- sendo um jogo lúdico criativo, sendo uma brincadeira formal, ela é isso, isso mesmo, e não uma terapia.

A fotografia é uma poética. Quando transpomos o umbral das poéticas não cabe julgá-las por metros menores e retos. Transpor esse umbral implica em despir-se desses metros.


Francisco

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Resposta #33 Online: 04 de Setembro de 2009, 04:29:57
Ivan, muito interessante o ponto que você levantou e é desse tipo de debate que eu gosto de participar nos foruns de fotografia. Confesso que ao ler a sua resposta fiquei em dúvida se a terapêutica é uma propriedade inerente à fotografia e à arte. Quando você disse que o artista não busca necessariamente lidar melhor consigo através de sua produção, isso faz bastante sentido.

Por exemplo, um fotógrafo poderia dizer que fotografa apenas porque gosta de congelar recortes de uma cena dentro de um retângulo; fotografa apenas porque a luz refletida sobre a superfície terrestre o encanta de forma inexplicável. Eu até poderia argumentar que existe um processo rudimentar de autoconhecimento aí, mas não sei se eu conseguiria levar essa discussão adiante.

Inclusive, foi com esse olhar ingênuo que eu comecei a fotografar. O problema é que a imagem vivenciada ficava desinteressante depois de congelada e enclausurada em um retângulo. Neste instante, percebi que precisaria me esforçar para conseguir reproduzir - em duas dimensões e dentro de uma janela retangular - aquilo que havia gerado em mim tal encantamento. Passei, então, a aplicar "regras" de composição. As fotos pareciam mais bonitas, mas eu não estava ali.

Comecei a ler sobre semiologia e linguagem visual por influência da minha namorada, que estava cursando uma cadeira eletiva na Psicologia (entendeu de onde saiu o meu discurso pró-psicanalítico? :P). Esse momento foi um marco, pois ocorreu junto com o curso que fiz de revelação em preto e branco. Pouco antes, havia começado a frequentar sessões de psicanálise uma vez por semana, e assim comecei a entender um pouco o porquê do meu interesse pela fotografia e por determinada fotografia.

No meu caso, tentar compreender a dinâmica entre a arte e o autoconhecimento funcionou muito bem, pois eu já estava entregando os pontos quando "milagrosamente" comecei a encontrar algo meu, o meu rastro, nas minhas fotografias. À medida que eu aprendo mais sobre mim, a fotografia muda, que, por sua vez, produz novas reflexões, e assim por diante.

Embora eu tenha uma certa tendência a concordar contigo, que sim, a arte não necessariamente está a serviço do autoconhecimento, acho pouco provável que isso ocorra na prática, principalmente nos trabalhos densos de significação. Talvez você não perceba, mas as suas fotografias produzem efeitos "terapêuticos". Se definirmos terapia como "um processo que culmina na cura", e se a cura não é mais do que uma reorganização do simbólico - e creio que essa definição não esteja muito longe da definição psicanalítica de terapia -, então a produção artística é terapêutica quando buscamos chegar a um trabalho significativo, pessoal, autoral, pois para alcançar esse objetivo, precisamos passar por um processo quase alquímico, repetitivo, de produção e absorção. E o que é a alquimia senão a busca pela "pedra filosofal" ou o autoconhecimento?

Não sei se me fiz entender, mas as suas ponderações certamente me fizeram pensar. Abraço!
« Última modificação: 04 de Setembro de 2009, 04:32:51 por Francisco »
Francisco Amorim
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Ivan de Almeida

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Resposta #34 Online: 04 de Setembro de 2009, 09:08:10
Francisco;

O que estou tentando lhe dizer é que de fato para alguns, e para mim mesmo a arte e a fotografia são prospecções de si mesmo. O Amilcar de Castro, o grande escultor, tem um texto sensacional em que fala dessa prospecção interna, e vejo não ser apenas a arte que tentamos fazer, mas a que vemos igualmente capaz de desencadear essa prospecção interna.

E não discoro dessa prospecção interna ser uma elevação. Esta parte de sua tese parece-me irrefutável, ou pelo menos concordo com ela. É uma elevação na medida em que seu resultado é um campo de significação mais plástico e apoiado em vivências mais plásticas.

Mas o que venho lhe dizer é mais sutil. É que nem toda elevação é terapia. Essa elevação por prospecção interna existe dentro de inúmeras disciplinas místicas, por exemplo, sem ter sentido de terapia, mas tendo sentido de busca extática.

Dentro da psicanálise há ressignificação provocada por autoconhecimento, ou o conhecimento de si ressignificado é terapeutico, sem dúvida, e essa é a terapia pasicanalítica. Mas fora da psicanálise essa ressignificação existe sem ter propósito terapeutico, mas outros propósitos, todos eles, evidentemente, ligados a uma abertuda da própria experiência da existência.

Por isso falei que o argumento padecia de uma metonímia, ele tomava a parte -a psicanálise- pelo todo -o conjunto de prospecções de si e atividades que implicam em ressignificação.

Eu poderia dizer para você que a fotografia para mim tem mais sentido poético-místico do que terapeutico. Há nisso uma diferença muito sutil de propósito, pois a psicanálise, declarando explicitamente ou não isso, possui um modelo de normalidade humana materialista e relativamente definido, enquanto a poética não o tem, nem a atitude religiosa o tem.

Então, mesmo quando todas essas práticas são de ressignificação através de prospecção interna, elas estão apontadas para direções diferentes. Em outras palavras, arte não é psicanálise nem cabe dentro da psicanálise. A psicanálise não tem uma boa teoria da arte, ou melhor, a teoria psicanalítica tem um ponto-problema na arte, espaço das práticas humanas que não é redutível à teoria.

Obrigado pela conversa, Francisco. Das boas!


Nigazz

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Resposta #35 Online: 04 de Setembro de 2009, 12:03:52
Eu poderia dizer para você que a fotografia para mim tem mais sentido poético-místico do que terapeutico.

Concordo com esse trecho que a fotográfic tem um sentido poético-místico...porém vi que essa mesma arte pode ser usada em processos terapeuticos, não que eu esteje defendendo alguma tese, e vi isso na prática, vi a recuperação da pessoa desde de o encontro com a camera fotográfia onde ela nem sabia onde apertar para fazer uma foto até o ponto que ela estava desenvolvendo fotos... foi citado que fotografia expressa um pouco de si, isso vi claramente, pois no inicio as fotos dessa pessoa manifestava o real espirito dela, eram escuras sem nenhum tipo de enquadramento, foco ou composição(analisando com conhecimento fotográfico), após algum tempo se via fotos com mais vida, digo mais enquadrada, com foco mais direcionado e com inicio de composição e nesse instante se via uma melhora no comportamento dessa pessoa, por esse motivo acredito, a fotorafia de uma maneira geral pode ajudar em processos terapeuticos, lógico que se deve avaliar a situação, acredito que em casos isolados pode sim ajudar ...
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Ivan de Almeida

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Resposta #36 Online: 04 de Setembro de 2009, 12:13:27
Nigazz;

O fato da fotografia poder ser usada com propósitos terapeuticos não significa que a fotografia seja uma terapia.

O artesanato também pode ser usado com propósitos terapeuticos, mas não é uma terapia.

Como venho falando com o Francisco, não se pode pegar o todo pela parte, isto é, não se pode atribuir à fotografia característica inerente a UM uso da fotografia.

Tudo pode ser parte de uma terapia, mas não é por isso que as coisas são terapias.

Nessa discussão, tocamos algo que é "o problema da fotografia". A fotografia como prática tem um problema, uma questão sua, e não pega emprestada questões de outros ramos e quando usa questões de outros ramos é apenas como metáfora.

Metáfora não é metonímia. É esse, na minha visão, o problema das argumentações que pensam a fotografia como terapia.


Nigazz

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Resposta #37 Online: 04 de Setembro de 2009, 13:19:51

Tudo pode ser parte de uma terapia, mas não é por isso que as coisas são terapias.

Exato Ivan, não vejo a fotografia como uma terapia, mas sim como um processo que pode auxiliar casos isolados ...

Nessa discussão, tocamos algo que é "o problema da fotografia". A fotografia como prática tem um problema, uma questão sua, e não pega emprestada questões de outros ramos e quando usa questões de outros ramos é apenas como metáfora.

Ivan na sua visão analitica qual é o "problema da fotografia" de um modo geral ...
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Ivan de Almeida

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Resposta #38 Online: 04 de Setembro de 2009, 16:42:32
Ivan na sua visão analitica qual é o "problema da fotografia" de um modo geral ...

Há alguns anos li uma entrevista do Flávio Damm onde ele falava da "autonomia da fotografia". Isso tem uns dois anos, e eu estava fortemente impressionado com o Dam pois tivera ocasião de ver umas 20 fotografias dele em cópias de 70X70 quando oriundas de MF, e simplemente babara. Essas fotos estavam na galeria interna da organizadora de leilões de arte Soraia Cals, era uma série de fotografias, 30 exemplares de cada uma, que ela havia promovido a impressão e produção do conjunto e organização de sua exposição. Deu-nos, ela, dois livros-catálogos da mostra.

Quando, depois, encontrei este trecho em uma entrevista dele, eu estava muito disposto a levar em consideração sua visão, e esta expresão -autonomia da fotografia- me pareceu sintética. Nela embutida havia a premissa que a fotografia era distinta de todas as demais artes tanto quanto cada uma é distinta das demais, tanto quanto a pinutra é distinta do desenho, a escultura distinta da pintura, etc.

O traço distintivo de uma arte é o seu problema, a sua questão. Qual é a questão da pintura? A questão da pintura é a produção de arte visual sobre suporte plano através da aplicação manual de tinta. É nesse processo, onde o resultado é mais ou menos plano (pode ter texturas), e a forma da aplicação da tinta é significativa que está a questão da pintura. Se aplicamos a pintura sobre uma superfície de um parabolóide hiperbólico, ela só funcionará como pintura se nós a pudermos ver toda, como o teto da Capela Sistina. Mas se o parabolóide sobrepor-se ao que foi pintado então já não é pintura, mesmo a tinta sendo aplicada manualmente.

E a fotografia? Para mim a fotografia tem na sua principal questão a representação   de um referente, a qual é feita com certas técnicas e tecnologias. Uma fotografia não é o referente, mas também não É sem referente. Sua principal questão é esse equilíbrio entre representar o referente mas não ser somente uma representação do referente, e sim uma obra visual autônoma, significando isso que articulada internamente tanto simbolicamente em relação aos elementos que a compõem quanto em relação às formas, tamanhos, posições, tons e cores.

E isso feito dentro da tradição representativa da fotografia mesma, que é uma tradição, digamos, acadêmica.

A fotografia é a única arte representativa da atualidade (fora o cinema, que é dela derivado). E esse ser representativo tornou-se uma distinção em relação às demais artes, motivo pelo qual quando a fotografia enfraquece demasiadamente a representação por tratamentos, ela afasta-se de sua questão.



Rodrigop

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Resposta #39 Online: 06 de Setembro de 2009, 14:34:56
pra mim tbm é só hobby, mas conheço muita gente que começa como hobby e até largou a profissão principal pra se dedicar exclusivamente a fotografia!


kisshel

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Resposta #40 Online: 18 de Setembro de 2009, 11:54:53
Para mim era só um roob agora quero passar a profissional, tenho uma camera muito boa e um bom espaço em casa, quero improvisar um studio, alguém pode me dizer o que preciso inicialmente? gosto de fotografar pessoas tipo book de 15 anos, bebês etc!


Diogo Sacramento

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Resposta #41 Online: 19 de Setembro de 2009, 14:03:41
Muito bacana esse tópico, é interessante ler os pontos de vista e opiniões.

Fotografia pra mim é uma forma de expressar sentimentos, pontos de vista e preferências.

Dedico tempo e grana, mas, eu adoro !

Abs,

Diogo  :ok:
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cirinho

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Resposta #42 Online: 19 de Setembro de 2009, 16:45:05
O  profissionalismo  esta por traz de tudo  aquilo que te dar prazer , emoção , compreensão , criação ....

É  isso  que  eu  busco na fotografia, uma  outra PROFISSAÕ.
Ciro Barbosa
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Ivan de Almeida

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Resposta #43 Online: 19 de Setembro de 2009, 21:33:11
O  profissionalismo  esta por traz de tudo  aquilo que te dar prazer , emoção , compreensão , criação ....

É  isso  que  eu  busco na fotografia, uma  outra PROFISSAÕ.

Você busca, eu não.

Aliás, eu prefiro separar prazer e profissão. Não quero estragar o prazer nem a profissão.


kisshel

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Resposta #44 Online: 19 de Setembro de 2009, 21:41:11
ola ivan tudo bem? o que eu preciso ter para montar um studio caseiro?