Autor Tópico: Fotografias coloridas de Adolf Hitler  (Lida 14156 vezes)

Ivan de Almeida

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Resposta #30 Online: 07 de Setembro de 2009, 23:46:29
Eu li. Mas nossa questão é outra, não podemos simplesmente adotar um ponto de vista de alguém que deu certo em um contexto, pois o contexto é outro.

Na minha opinião a questão central da fotografia permanece a mesma, e a diferença de meios é algo a nos desafiar. Decifra-me ou devoro-te.


Formel

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Resposta #31 Online: 07 de Setembro de 2009, 23:55:59
Sim com certeza. Adotar o ponto de vista não, até pq imagina adotar o de Bresson, por exemplo, que era ainda mais radical (no sentido não radical da palavra). Mas serve como ilustração do que deve passar na cabeça de muita gente. :ponder:

[ ]s

Formel


Elmo

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Resposta #32 Online: 08 de Setembro de 2009, 06:49:27
Ivan, Formel e Leo. Como eu disse não gosto de comparar os meios, gosto de ambos, entretanto prefiro o charme do filme.

Mas pensem como vocês seriam hoje se não tivessem passado pelo filme... O que digo é isso, não o filme como melhor ou pior, mas um excelente modo de fazer fotografia e que complementaria muito a formação dos novos fotógrafos.

Quanto à discussão sobre o Sebastião Salgado, o que acho errado é uma personalidade da fotografia como ele é, em vez de ajudar a não diminuir o uso do filme, fazer afirmações que promovem o contrário.

Quanto aos métodos, sim são diferentes, e com a popularização do mais moderno, fica fácil demais sair muita porcaria. Mas o Ivan disse bem quanto a sair muita coisa ruim em filme também, a diferença é que o trabalho artesanal era maior e isso treinava muito o fotógrafo.

Por isso me mantenho aberto ao filme e também ao método digital, mesmo que em menor intensidade, pois pretendo e gosto de usar muito o filme. Fator romântico mesmo, e quanto mais antiga a câmera melhor. Vale informar aqui que trabalho com tecnologia a 22 anos, e nesse tempo aprendi que fundamento é o que importa, as coisas novas são alicersadas nele.


Ivan de Almeida

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Resposta #33 Online: 08 de Setembro de 2009, 07:12:28
Ivan, Formel e Leo. Como eu disse não gosto de comparar os meios, gosto de ambos, entretanto prefiro o charme do filme.

Mas pensem como vocês seriam hoje se não tivessem passado pelo filme... O que digo é isso, não o filme como melhor ou pior, mas um excelente modo de fazer fotografia e que complementaria muito a formação dos novos fotógrafos.

Quanto à discussão sobre o Sebastião Salgado, o que acho errado é uma personalidade da fotografia como ele é, em vez de ajudar a não diminuir o uso do filme, fazer afirmações que promovem o contrário.

Quanto aos métodos, sim são diferentes, e com a popularização do mais moderno, fica fácil demais sair muita porcaria. Mas o Ivan disse bem quanto a sair muita coisa ruim em filme também, a diferença é que o trabalho artesanal era maior e isso treinava muito o fotógrafo.

Elmo;
Também não gosto de comparar meios, nem deixei de fotografar com filme, ontem mesmo terminei um rolinho e já coloquei outro na câmera.
O filme é referência para a fotografia digital por uma razão simples: veio antes historicamente.
Minha tese é que a fotografia é uma tradição que se renova -como a filosofia, a pintura, etc. Então o início da tradição sempre é fundamento para a renovação, ou os filósofos já teriam deixado de falar nos pré-socráticos -e não param nunca.
Mas isso não significa fazer agora a filosofia dos pré-socráticos, permanecer nos mesmos temas e questões.
Assim é o filme. Quando fazemos uma foto em PB, mesmo através do método digital, a referência é a linguagem PB do filme, pois foi nele, na época em que ele era o único meio, que essa linguagem se formou. Nos referimos ao filme porque nos referimos a uma linguagem formada, não é bem à película a que nos referimos, mas à linguagem.
Quanto ao Salgado, penso que não se deve cobrar dele o papel de defensor de meios, mas tão somente boas fotografias. E isso ele faz.
Sobre essas fotos do Hitler, aliás, ontem importei uma delas para o micro e corrigi as cores e ela pareceu bem mais atual. É engraçado que não tenham feito isso com todas, pois o desbotamento não é uma característica inerente à captura, mas uma degradação dela. Isso seria feito com um filme atual.


agalons

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Resposta #34 Online: 08 de Setembro de 2009, 09:09:30
Angelo,

O problema que vejo é que uma grande quantidade de pessoas aqui nunca fotografaram com filme, e das que fotografaram, pouco revelaram ou ampliaram as próprias fotos.

E ainda tem o pior, alguns dos poucos que aprenderam fotografia no filme, hoje o renegam. Mesmo que creio que esses nunca tiveram resultados satisfatórios com as próprias mãos.

De qualquer forma, penso que a fotografia digital e de filme deveriam andar juntas hoje, e nunca uma tentando se sobrepor a outra. Isso porque o filme perderia, frente ao pragmatismo do digital. Por isso mesmo gosto da Lomografia como forma de divulgação do filme. É uma forma de deixá-lo vivo e resgatar algumas almas perdidas.


Elmo
Concordo totalmente.
Mas devemos considerar que ninguem pode falar com fundamento de alguma coisa que nao sabe.
Esta cheio de simpaticos teoricos, com discursos imponentes, mas isso nao interessa.
Sabemos que quando apareceu o filme colorido se falava que pb nao existiria mas,
e continuou existindo.
quando apareceu o video em eventos, se falava que o cinema iria a sumir,
neste caso se popularizou e o super8 ,16, ate 35 desapareceu dos eventos de elite ,
que sempre frequentei trabalhando.
Sempre revelei e ampliei meus trabalhos,tenho uma certa experiencia de anos.
Ja li inumeras colocaçoes da BRIGA do filme x digital,sao coisas diferentes
Seria otimo que a FOTOGRAFIA, fose junto da IMAGEM DIGITAL,
mas isso depende SO do interesse comercial das corporaçoes multinacionais que pilotam esse barco.
Novamente te digo , agradeço a oportunidade que tive de começar e crescer minha profissao fazendo FOTOGRAFIA.
Grande abraço
Angelo.






Ivan de Almeida

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Resposta #35 Online: 08 de Setembro de 2009, 09:25:28
Ângelo;

Quando você diz que fotografia é só o que se faz com filme, perdoe-me, caríssimo, mas não apenas está desfazendo do trabalho de uma imensa quantidade de pessoas como, em minha opinião, desconhecendo a verdadeira questão da fotografia.

A verdadeira questão da fotografia não é absolutamente a captura química ou digital, isso é uma questão desimportante, até.

A verdadeira questão está na representação do mundo tridimensional através da projeção cônica em uma superfície que retêm a imagem formada, e daí todas as misteriosíssimas implicações do que é representar algo.

O meio é quase desimportante, embora seja requerido para fotografar.

Como muitas vezes digo e insisto, ninguém é fotógrafo porque usa filme ou porque usa digital, mas unicamente pela qualidade do seu trabalho. Percebo um vêzo estranho nesse tipo de defesa, como se fosse dito "eu sou fotógrafo porque formei-me com o filme, e a cambada que está por aí é meramente produtora de imagens digitais". Não é assim. Não é por usar filmes ou digital que alguém é melhor nem pior, mas unicamente pela qualidade da fotografia, pela agudeza do tratamento dos temas, por um monte de coisas que sequer são relativas ao meio. E, é claro, a pessoa deve saber usar o meio, pois fotografia é uma prática tecnológica, mas o meio mesmo não assegura nada.


Nigazz

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Resposta #36 Online: 08 de Setembro de 2009, 09:33:50
Realmente raridades que dão gosto de ver, pela qualidade se tratando do tempo que foram feitas ... porém o outro das fotos de Hitler trás arrepios se começar a pensar no que ocorreu ...
Luiz Lima
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Leo Terra

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Resposta #37 Online: 08 de Setembro de 2009, 10:50:41
Ângelo me desculpe, mas estas colocações que desfazem o digital como fotografia demonstram total falta de conhecimento sobre o que é fotografia, tanto como arte e significado como em termos de técnica. Até em termos técnicos o que é feito em uma câmera fotográfica digital é fotografia. O processo ser químico ou elétrico não muda a característica de registro feito com a luz sobre uma superfície plana.
Além disso a fotografia digital é, em termos artísticos, a continuidade de algo que existiu no passado. Não estamos falando de cinema e fotografia (coisas absolutamente distintas em termos artisticos e que não faz sentido algum colocar em confronto como substitutos), estamos falando de novos instrumentos tecnológicos para se fazer FOTOGRAFIA, assim como o próprio filme de celulose substituiu o Colódio Úmido, abrindo todo um novo universo de possibilidades para a fotografia, o digital está fazendo o mesmo por agora com relação ao filme.
Veja que a substituição do colódio tirou o controle do fotógrafo sobre uma etapa do processo (elaboração da mídia), mas mesmo assim o filme produziu fotógrafos bem melhores que os pioneiros do colódio. Isso porque, mesmo perdendo-se uma parte do controle, o filme trouxe para época novas possibilidades, muito mais importantes dentro do que consiste a arte da fotografia do que o controle sobre aquela etapa do processo. A preocupação dos fotógrafos se voltou mais para explorar o que era oferecido por este novo meio, compacto e cheio de possibilidades e levaram isso ao extremo.
O digital é uma nova realidade, ele abriu para o mundo uma parte importante do processo, que era dominada por poucos fotógrafos (que era o pós-processamento, que na era da química poucos de fato dominavam). Também trouxe novas possibilidades, com equipamentos mais rápidos e coisas do tipo. Vou te dar só um exemplo da minha área. No passado a fotografia de passarela era feita apenas com corte americano, foi o AF e, principalmente, o digital que possibilitaram o crescimento da fotografia de eixo de passarela. Os pioneiros ainda faziam com filme, mas baseados no AF (sem AF não vi ninguém até hoje que conseguisse fotografar eixo). O AF (evolução em cima da idéia do "artesanato" antigo) trouxe a eficácia necessária para que o instrumento conseguisse capturar o tipo de imagem que se buscava, mas não a inclusão. O fotógrafo precisava ter pelo menos 3 câmeras com assistentes trocando filmes, o que limitava o acesso a este tipo de fotografia por pessoas com menores condições financeiras. Hoje, com o digital, o fotógrafo pode fotografar por conta própria sem perder nada, com uma câmera até intermediária. Ele não sabe menos por isso, muito pelo contrário, é um tipo de fotografia que tem sido cada vez mais bem feita, com maior precisão e cuidado e é extremamente valorizada. Isso se deve exatamente ao fato do fotógrafo pode se concentrar na tarefa e poder esperar respaldo do instrumento para realizar funções necessárias para registrar a idéia dele. Esta fotografia, filha da era do AF, é muito mais difícil de se fazer do que as fotografias de corte americano dos tempos do foco manual. Muito mais difícil em todos os aspectos, porque até conhecer as características de seu AF você tem que conhecer. Mas esta era também não perde os elementos do passado, se você quiser fazer a fotografia de corte americano, que se fazia na década de 1960, você pode, inclusive usando o foco manual, ao simples apertar de um botão. Então na verdade o que vem sendo abertas são mais possibilidades.
A grande questão do digital é que ele democratizou a qualidade, democratizou os processos, democratizou os acessos, assim como o filme fez parte disso quando superou o colódio úmido. Um fotógrafo que começa no digital não tem nada de menos do que um fotógrafo que começa no filme, assim como um do filme não tem nada a menos do que um que começou na era do colódio. Absolutamente NADA, muito pelo contrário, é um fotógrafo com maior liberdade nos processo e que pode se concentrar em questões do "artesanato", como chama o Ivan, muito mais profundas e com muito mais liberdade. Na verdade eu diria que o fotógrafo da era digital, aquele bom fotógrafo, tem muito mais potencial a libertar do que nós da era do filme. Porque nós ainda estamos prezos em questões e técnicas incompatíveis com uma ferramenta muito mais eficaz, como a que temos hoje. É claro que para isso estes fotógrafos não poderão renegar o passado. Mas quando digo não deverão renegar, digo que deverão se preocupar com a arte e a forma de se expressar daquele período, ou seja, a fotografia feita e não necessariamente com as técnicas, porque o compromisso que temos com o passado é com o resultado que eles produziam e não com a técnica utilizada. As técnicas, mudam, se adaptam, melhoram junto com as ferramentas. Cada período pode ter e desenvolver a sua própria técnica (se posso usar fotômetro porque não? O que me faz pior por usar um fotômetro? Absolutamente nada, na verdade me torna mais eficaz e aumenta o número de processos, tornando a fotografia até mais difícil), mas via de regra quanto mais sofisticada a ferramenta maior a técnica necessária para dominá-la. Até hoje eu vi poucos fotógrafos digitais que de fato dominam uma parca parte do processo digital.

Para finalizar retomo a frase que falei acima:
Citar
Não é no passado, ou copiando o passado que faremos o futuro. O futuro se faz pensando no futuro, mas sem se esquecer dos legados que o passado nos logrou.
« Última modificação: 08 de Setembro de 2009, 11:03:02 por Leo Terra »
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Resposta #38 Online: 08 de Setembro de 2009, 11:25:23
Ângelo me desculpe, mas estas colocações que desfazem o digital como fotografia demonstram total falta de conhecimento sobre o que é fotografia, tanto como arte e significado como em termos de técnica. Até em termos técnicos o que é feito em uma câmera fotográfica digital é fotografia. O processo ser químico ou elétrico não muda a característica de registro feito com a luz sobre uma superfície plana.
Além disso a fotografia digital é, em termos artísticos, a continuidade de algo que existiu no passado. Não estamos falando de cinema e fotografia (coisas absolutamente distintas em termos artisticos e que não faz sentido algum colocar em confronto como substitutos), estamos falando de novos instrumentos tecnológicos para se fazer FOTOGRAFIA, assim como o próprio filme de celulose substituiu o Colódio Úmido, abrindo todo um novo universo de possibilidades para a fotografia, o digital está fazendo o mesmo por agora com relação ao filme.
Veja que a substituição do colódio tirou o controle do fotógrafo sobre uma etapa do processo (elaboração da mídia), mas mesmo assim o filme produziu fotógrafos bem melhores que os pioneiros do colódio. Isso porque, mesmo perdendo-se uma parte do controle, o filme trouxe para época novas possibilidades, muito mais importantes dentro do que consiste a arte da fotografia do que o controle sobre aquela etapa do processo. A preocupação dos fotógrafos se voltou mais para explorar o que era oferecido por este novo meio, compacto e cheio de possibilidades e levaram isso ao extremo.
O digital é uma nova realidade, ele abriu para o mundo uma parte importante do processo, que era dominada por poucos fotógrafos (que era o pós-processamento, que na era da química poucos de fato dominavam). Também trouxe novas possibilidades, com equipamentos mais rápidos e coisas do tipo. Vou te dar só um exemplo da minha área. No passado a fotografia de passarela era feita apenas com corte americano, foi o AF e, principalmente, o digital que possibilitaram o crescimento da fotografia de eixo de passarela. Os pioneiros ainda faziam com filme, mas baseados no AF (sem AF não vi ninguém até hoje que conseguisse fotografar eixo). O AF (evolução em cima da idéia do "artesanato" antigo) trouxe a eficácia necessária para que o instrumento conseguisse capturar o tipo de imagem que se buscava, mas não a inclusão. O fotógrafo precisava ter pelo menos 3 câmeras com assistentes trocando filmes, o que limitava o acesso a este tipo de fotografia por pessoas com menores condições financeiras. Hoje, com o digital, o fotógrafo pode fotografar por conta própria sem perder nada, com uma câmera até intermediária. Ele não sabe menos por isso, muito pelo contrário, é um tipo de fotografia que tem sido cada vez mais bem feita, com maior precisão e cuidado e é extremamente valorizada. Isso se deve exatamente ao fato do fotógrafo pode se concentrar na tarefa e poder esperar respaldo do instrumento para realizar funções necessárias para registrar a idéia dele. Esta fotografia, filha da era do AF, é muito mais difícil de se fazer do que as fotografias de corte americano dos tempos do foco manual. Muito mais difícil em todos os aspectos, porque até conhecer as características de seu AF você tem que conhecer. Mas esta era também não perde os elementos do passado, se você quiser fazer a fotografia de corte americano, que se fazia na década de 1960, você pode, inclusive usando o foco manual, ao simples apertar de um botão. Então na verdade o que vem sendo abertas são mais possibilidades.
A grande questão do digital é que ele democratizou a qualidade, democratizou os processos, democratizou os acessos, assim como o filme fez parte disso quando superou o colódio úmido. Um fotógrafo que começa no digital não tem nada de menos do que um fotógrafo que começa no filme, assim como um do filme não tem nada a menos do que um que começou na era do colódio. Absolutamente NADA, muito pelo contrário, é um fotógrafo com maior liberdade nos processo e que pode se concentrar em questões do "artesanato", como chama o Ivan, muito mais profundas e com muito mais liberdade. Na verdade eu diria que o fotógrafo da era digital, aquele bom fotógrafo, tem muito mais potencial a libertar do que nós da era do filme. Porque nós ainda estamos prezos em questões e técnicas incompatíveis com uma ferramenta muito mais eficaz, como a que temos hoje. É claro que para isso estes fotógrafos não poderão renegar o passado. Mas quando digo não deverão renegar, digo que deverão se preocupar com a arte e a forma de se expressar daquele período, ou seja, a fotografia feita e não necessariamente com as técnicas, porque o compromisso que temos com o passado é com o resultado que eles produziam e não com a técnica utilizada. As técnicas, mudam, se adaptam, melhoram junto com as ferramentas. Cada período pode ter e desenvolver a sua própria técnica (se posso usar fotômetro porque não? O que me faz pior por usar um fotômetro? Absolutamente nada, na verdade me torna mais eficaz e aumenta o número de processos, tornando a fotografia até mais difícil), mas via de regra quanto mais sofisticada a ferramenta maior a técnica necessária para dominá-la. Até hoje eu vi poucos fotógrafos digitais que de fato dominam uma parca parte do processo digital.

Para finalizar retomo a frase que falei acima:


CARO LEO
FILME E DIGITAL
SAO SOMENTE 2 FERRAMENTAS DIFERENTES
CADA UMA COM SUA CARACTERISTICA
NAO SEI PORQUE TANTA "GUERRA"
PORQUE SE CRIARA TANTA POLEMICA??
EU FAÇO DIGITAL EXPERIMENTALMENTE DESDE 1994 
E MIGREI COMERCIALMENTE NO ANO 2002.
COMO PROFISSIONAL DA AREA,
UTILIZO SEMPRE OS MELHORES ELEMENTOS AO MEU ALCANCE
CARO, NAO PRECISA SE DESCULPAR COM NADA
NEM SE PREOCUPAR COM MEU CONHECIMENTO
EU TOMO CONTA DELE.
GRANDE ABRAÇO.
ANGELO


Nigazz

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Resposta #39 Online: 08 de Setembro de 2009, 11:30:52
Muito foi falado aqui que quem aprendeu a fotografar com filme é realmente fotgráfo, não concordo pq fotografia não é somente técnicas, o básico da fotografia que é composição, enquadramento e saber usar a luz, e isso não mudou com a tecnologia digital, da mesma forma acontecia com o filme, existiam as cameras Pró e as compactas que captavam tudo automático, assim como as compactadas digitais de hoje, em relação a fidelização das fotografias, claro que no filme existia uma fidelidade muito boa, mas como disse o Ivan tinha muita porcaria ...(isso talvez venha ser outro assunto)mas concordo que o o digital banalizou um pouco a fotográfia, mas não se pode generalizar e acreditar que verdadeiras fotográfias eram somente na gestão filme, e hoje na era digital fazemos meras imagens ? Ok ... se o termo for esse, hoje existem grandes fotográfos da era filme fazendo excelentes e maravilhosas imagens ...
Luiz Lima
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Resposta #40 Online: 08 de Setembro de 2009, 11:47:07
Ângelo não sou eu que estou fazendo guerra, muito pelo contrário, eu fiz uma constatação da evolução da ferramenta, exatamente como tem ocorrido.
Afirmação dura e belicosa foi esta sua afirmação (que acretito que tenha sido a mesma afirmação que causou desconforto para o Ivan):

Citar
A fotografia esta acabando para dar espaço a imagem digital.
Quando nao existirem mas filmes nossa amada FOTOGRAFIA nao existira mas.

Esta afirmação dura e sem sentido foi o que me motivou a escrever o que escrevi acima e contradiz até mesmo esta sua última postagem onde você afirma:
Citar
FILME E DIGITAL
SAO SOMENTE 2 FERRAMENTAS DIFERENTES
CADA UMA COM SUA CARACTERISTICA

Foi exatamente este sentido da ferramenta, mas com foco na mesma coisa, que eu e o Ivan estavamos dizendo acima (ao contextar sua frase anterior, que diz claramente que fotografia digital não é fotografia). Coloquei apenas que o digital é uma ferramenta nova e mais eficiente, que veio substituir a ferramenta anterior, como uma rotina de evolução que ocorre em todas as artes. A fotografia não vai morrer pelo fim do filme, muito pelo contrário, ela está mais viva hoje do que nos tempos dos filmes (nunca tantas pessoas fotografaram). A fotografia é mais do que o meio e o meio digital é o meio que veio para trazer benefícios adicionais e substituir os meios anteriores, assim como o formão de aço substituiu o formão de cobre. O fim dos formões de cobre não fez com que a arte de esculturas morresse, muito pelo contrário, deu uma nova vida e a tornou mais eficiente do que nunca, mas isso não desmerece o trabalho dos escultores que trabalhavam com formão de cobre, eles foram bons em seu tempo, com seus recursos, hoje temos mais recursos e mais a explorar, obviamente termeos linguagens e técnicas diferentes com uma infinidade de possibilidades a mais. O mesmo ocorre nesta relação entre filme e digital.

Em sua afirmação anterior você simplesmente defaz do digital, como se fotografia de verdade só pudesse ser feita com filme e é desta questão que estamos tratando acima, fotografia se faz com filmes, com digital ou com qualquer outra coisa e a tendência é que se consiga fazer até melhor com as melhores ferramentas.

Se seu discurso inicial tivesse sido como este último post acredito que nem eu e nem o Ivan teríamos falado nada a respeito. Mesmo porque tanto eu como o Ivan dissemos exatamente isso. São ambas formas diferentes de fazer FOTOGRAFIA, cada uma em seu tempo.
Leo Terra

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Resposta #41 Online: 08 de Setembro de 2009, 11:48:06
Muito foi falado aqui que quem aprendeu a fotografar com filme é realmente fotgráfo, não concordo pq fotografia não é somente técnicas, o básico da fotografia que é composição, enquadramento e saber usar a luz, e isso não mudou com a tecnologia digital, da mesma forma acontecia com o filme, existiam as cameras Pró e as compactas que captavam tudo automático, assim como as compactadas digitais de hoje, em relação a fidelização das fotografias, claro que no filme existia uma fidelidade muito boa, mas como disse o Ivan tinha muita porcaria ...(isso talvez venha ser outro assunto)mas concordo que o o digital banalizou um pouco a fotográfia, mas não se pode generalizar e acreditar que verdadeiras fotográfias eram somente na gestão filme, e hoje na era digital fazemos meras imagens ? Ok ... se o termo for esse, hoje existem grandes fotográfos da era filme fazendo excelentes e maravilhosas imagens ...

Exato... :)
Leo Terra

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Resposta #42 Online: 08 de Setembro de 2009, 11:52:13
Muito foi falado aqui que quem aprendeu a fotografar com filme é realmente fotgráfo, não concordo pq fotografia não é somente técnicas, o básico da fotografia que é composição, enquadramento e saber usar a luz, e isso não mudou com a tecnologia digital, da mesma forma acontecia com o filme, existiam as cameras Pró e as compactas que captavam tudo automático, assim como as compactadas digitais de hoje, em relação a fidelização das fotografias, claro que no filme existia uma fidelidade muito boa, mas como disse o Ivan tinha muita porcaria ...(isso talvez venha ser outro assunto)mas concordo que o o digital banalizou um pouco a fotográfia, mas não se pode generalizar e acreditar que verdadeiras fotográfias eram somente na gestão filme, e hoje na era digital fazemos meras imagens ? Ok ... se o termo for esse, hoje existem grandes fotográfos da era filme fazendo excelentes e maravilhosas imagens ...

Exato Nigazz.
nao entendo porque tanta novela com isso
Eu aprendi com filme,mas ja faz algums anos so faço digital,
o conhecimento que tenho que caracteriza meu trabalho nao mudou,sempre aumentou
Tenho clientes"da epoca antiga", que continuam me contratando.
Nao perdi clientes "do filme", porque faço digital!!
Sao ferramentas diferentes, tudo indica que o filme ira a sumir de vez,
a nao ser que algum fabricante tenha interesse comercial naquilo.
Abs.
Angelo.


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Resposta #43 Online: 08 de Setembro de 2009, 12:08:41
Eu aprendi com filme,mas ja faz algums anos so faço digital,
o conhecimento que tenho que caracteriza meu trabalho nao mudou,sempre aumentou
Tenho clientes"da epoca antiga", que continuam me contratando.
Nao perdi clientes "do filme", porque faço digital!!
Sao ferramentas diferentes, tudo indica que o filme ira a sumir de vez,
a nao ser que algum fabricante tenha interesse comercial naquilo.
Abs.
Angelo.

Exato Angelo,

duas ferramentas diferentes em relação a tecnologia, porém com a mesma finalidade e cada uma a seu tempo, mas como disse o Léo a fotografia jamais se acabara, e acredito que a polemica em relaçao ao assunto, foi justamente a citação que se acabar o filme acabará a fotografia, acho que foi isso que gerou, um desconforto(se assim posso dizer)... se falando em interesse comercial vamos falar do Vinil, ele praticamente está extinto em relação a produção, a unica empresa no Brasil que resistiu muito fechou as portas anos atrás, mas resolveu abrir pq teve a iniciativa e investimento de uma grande empresa, sendo assim teremos o nosso bom e velho Vinil sendo produzidos, para os nostáugiscos é uma maravilhosa noticia, mas o CD entrou e nem por isso a musica acabou ...mas como disse anteriormnte, acredito que a citação de que a fotográfia se acabaria com o fim do filme, foi o que trouxe desconforto ...

Abs e sucesso sempre Angelo ...
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Resposta #44 Online: 08 de Setembro de 2009, 12:24:24
Ângelo não sou eu que estou fazendo guerra, muito pelo contrário, eu fiz uma constatação da evolução da ferramenta, exatamente como tem ocorrido.
Afirmação dura e belicosa foi esta sua afirmação (que acretito que tenha sido a mesma afirmação que causou desconforto para o Ivan):

Esta afirmação dura e sem sentido foi o que me motivou a escrever o que escrevi acima e contradiz até mesmo esta sua última postagem onde você afirma:
Foi exatamente este sentido da ferramenta, mas com foco na mesma coisa, que eu e o Ivan estavamos dizendo acima (ao contextar sua frase anterior, que diz claramente que fotografia digital não é fotografia). Coloquei apenas que o digital é uma ferramenta nova e mais eficiente, que veio substituir a ferramenta anterior, como uma rotina de evolução que ocorre em todas as artes. A fotografia não vai morrer pelo fim do filme, muito pelo contrário, ela está mais viva hoje do que nos tempos dos filmes (nunca tantas pessoas fotografaram). A fotografia é mais do que o meio e o meio digital é o meio que veio para trazer benefícios adicionais e substituir os meios anteriores, assim como o formão de aço substituiu o formão de cobre. O fim dos formões de cobre não fez com que a arte de esculturas morresse, muito pelo contrário, deu uma nova vida e a tornou mais eficiente do que nunca, mas isso não desmerece o trabalho dos escultores que trabalhavam com formão de cobre, eles foram bons em seu tempo, com seus recursos, hoje temos mais recursos e mais a explorar, obviamente termeos linguagens e técnicas diferentes com uma infinidade de possibilidades a mais. O mesmo ocorre nesta relação entre filme e digital.

Em sua afirmação anterior você simplesmente defaz do digital, como se fotografia de verdade só pudesse ser feita com filme e é desta questão que estamos tratando acima, fotografia se faz com filmes, com digital ou com qualquer outra coisa e a tendência é que se consiga fazer até melhor com as melhores ferramentas.

Se seu discurso inicial tivesse sido como este último post acredito que nem eu e nem o Ivan teríamos falado nada a respeito. Mesmo porque tanto eu como o Ivan dissemos exatamente isso. São ambas formas diferentes de fazer FOTOGRAFIA, cada uma em seu tempo.
Caro Leo
Essa foi boa mesmo.
E claro que a ferramenta nao caracteriza nosso oficio.
So a questão tecnica muda porque são suportes diferentes.
Cada um deles tem sua parte boa e ruim.
Minha capacidade profissional, nem piorou nem melhorou,
so me adaptei ao atual.
Eu sou cria do AF,trabalhei pouco manual,
quando apareci a primeira vez para trabalhar com a F4,em1990
Os colegas queriam me enforcar,
Onde já se viu fotografo que não foca manual !!!!!!!!!!!!
Quando mostrei minha primeira montagem de 3 fotos digitais em 1994,
A galera falava que isso era so uma experiência que não ia sair disso.
Na época a máxima qualidade era 1,5mb com back kodak para 35mm.
Ou seja pelo jeito polemica sempre ira a existir,
La vamos nos.
Abs.
Angelo