Ivan o erro humano envolvido em Chernobyl foi de entendimento de certos sinais durante a reativação da uzina, os operadores leram os dados em descompaso e dois operadores distintos tomaram contramedidas distintas, sem identificar e verificar o verdadeiro problema, o que levou à ruptura do reator. Foi um erro na operação, causado por deconhecimento do que estava sendo operado, porque se houvesse o conhecimento completo do processo o operador de bomba não teria reagido a uma ação do operador de reação da uzina sem se comunicar para verificar qual era a origem do resfriamento do reator. Os operadores siplesmente foram reagindo a sinais dos sistemas como sempre faziam, mas os sinais que estavam sendo dados não indicavam o problema em si, indicavam um sintoma e os operadores fizeram como aquele médico que trata determinados sintomas sempre como a mesma doença, sem se ater para o fato de que aquele sintoma é na verdade apenas um sintoma, que pode ser causado por várias coisas distintas. O operador de bomba simplesmente leu um sinal e se lembrou que sempre que isso acontecia ele tinha que reduzir o fluxo de água para retomar o aquecimento do reator, sem se questionar o porque disso estar ocorrendo.
O conhecimento de fundamentos é primordial e imutável Ivan, nem discuto esta necessidade porque qualquer fotógrafo, de qualquer época tem que entendê-los (tanto que quando desenvolvi meu curso eu me preocupei fundamentalmente com isso). Se você não sabe estes conhecimentos você não opera qualquer um dos equipamentos, mas sem o operativo você não executa os fundamentos e neste ponto a questão das possibilidades das câmeras modernas acaba sendo muito prejudicial, primeiro porque leva as pessoas a precisarem de muito empenho para o operacional, o que por vezes faz com que o empenho sobre o operacional se sobreponha ao que é primordial. Segundo que mesmo o operacional acaba sendo um limitador, com vários dos sinais e possibilidades sendo deixados de lado.
Já vi pessoas, como meu pai, que eram ótimos fotógrafos com câmeras de filme (meu pai sempre fotografou com uma OM-1) e não conseguem explorar nem metade das possibilidades de uma câmera digital e muitas vezes precisam de ajuda para colocar a câmera em uma condição que ele possa operar (por exemplo, eu dei uma câmera para ele e ele se iritada com o AF, porque o AF fazia o foco onde queria rs, tive que passar para o ponto único para ele, porque ele nem entendia o princípio por trás da máscara). Meu pai mesmo é um caso que prefere usar uma câmera digital no automático, porque não domina sequer como controlar abertura e velocidade em um equipamento moderno, pois seu conhecimento prévio vem de possibilidades e alternativas completamente diferentes e ele não tem mais tempo para desbravar um equipamento tão complexo. Concordo que sejam mascaras, mas como vemos todos os dias, precisamos das mascaras para chegar onde queremos e em muitos casos sequer entendemos o que as mascaras estão dizendo.