[Elmo]

É verdade Ivan.
Vamos de Lentes então, é de uma comunicação simples e eficiente que precisamos afinal.

Abraço.

Mas que tá errado tá.

[Ivan de Almeida]

Mas que tá errado tá.

Objetiva também é errado. Elide a palavra lente. A palavra objetiva por si só não significa lente de forma alguma, somente contextualmente pode ser entendida assim. O uso da palavra objetiva é mais dependente do contexto do que o uso da palavra lente, que pelo menos se refere ao tipo de dispositivo tecnológico mencionado.

Errado e certo em comunicação significa "comunica ou não comunica" e não linguagem de dicionário.

Lente, se é errado, é simples. Objetiva é errado e pedante -risos. Bem, tem quem ache que ser pedante é ser certo... Isso, aliás, é muito característico do jogo social, onde certas camadas da população que têm acesso maior à educação formal acham que a língua como praticam é "a lígua certa". E fazem disso sinal de valor de si mesmas.

Enfim, Elmo, você de fato quer fazer valer essa "diferença" como fonte de valor, assim como muitas vezes argumenta pelo filme como fonte de valor da fotografia.

Como já lhe disse muitas vezes, a única fonte de valor que reconheço é fotografar bem. [--- EDITADO - REGRA 2.1. ---]

Abraços

[Leo Terra]

É bem por ai Ivan.

[Ivan de Almeida]

Respeito a edição pela moderação, apenas quero deixar claro que não ofendi o Elmo na parte suprimida. Espero que ele a tenha lido antes da edição.

[Leo Terra]

Ivan só para deixar claro o tópico foi moderado por ter sido considerado "provocativo", de fato você não ofendeu o Elmo, mas poderia descambar para uma discussão pessoal, por isso da edição.

[daneluti]

Voltando ao topico, rs....

Tambem gosto de fixas, hj meu set esta composto pelas 24mm, 50mm e 105mm, ainda quero adicionar uma 85mm e uma 180mm, acredito que este 'range' esteja de bom tamanho.

[Ivan de Almeida]

Ivan só para deixar claro o tópico foi moderado por ter sido considerado "provocativo", de fato você não ofendeu o Elmo, mas poderia descambar para uma discussão pessoal, por isso da edição.

Provocativo... bem, isso até pode ser -risos.

[Elmo]

Respeito a edição pela moderação, apenas quero deixar claro que não ofendi o Elmo na parte suprimida. Espero que ele a tenha lido antes da edição.

Ivan, li nada não. Mas agora fiquei curioso. 

[Ivan de Almeida]

Ivan, li nada não. Mas agora fiquei curioso. 

Mandei em PVT para você.

[Elmo]

Beleza, Ivan. Ainda bem que concordamos em alguma coisa!  

[Ivan de Almeida]

Beleza, Ivan. Ainda bem que concordamos em alguma coisa!  

Figura! 

Mas exprime certa verdade, Elmo. Estamos todos aqui, nessa luta maluca para explicar para nós mesmos a razão de fotografarmos (pois nem você nem eu ganhamos dinheiro com isso, ao contrário, gastamos), e para fazer algo que seja minimamente significativo.

Não é fácil. Nem com lentes, nem com objetivas, nem com filme, nem com digital. Por vezes vejo um lampejo e acho que estou vendo a luz, mas por algum motivo aquele caminho não prossegue nem se desdobra, o brilho é vaga-lume, pisca aqui e depois ali. Há eventos, fotos que achamos terem algo, que achamos conterem algo que queremos saber, e nos debruçamos sobre elas para tentarmos entender o que nelas nos atraiu.

Uma delas é esta aqui, ó:


Torta, errada, cortada, mas gosto. Gosto porque ela me interessa, ela fala alguma coisa comigo (esse cara aí sou eu mesmo).

Gosto mais do que outras, mais certas, escorreitas.

Sei lá. Às vezes penso que me falta pura e simplesmente coragem. Coragem para fazer livremente aquilo que parece muito errado mas que gosto. Sinto-me preso a uma caretice que nunca achei ser coisa boa.

[Ivan de Almeida]

Aliás, obrigado pela conversa, Elmo.

Essa minha confissão de caretice é um ótimo insight. Eu precisava disso, precisava positivar essa sensação sobre minha própria obra. A conversa desencadeou isso.

[Leo Terra]

Ivan não ganhar $$$ com fotografia é melhor do que ganhar rs. É libertador, te possibilita criar por si mesmo, sem depender da opinião e do aval dos outros, meu afastamento da fotografia profissional se deve em parte por isso, me afastei quando estava na melhor fase de minha carreira como fotógrafo.
Eu percebi que se eu quisesse de fato curtir a fotografia não poderia trabalhar com ela, porque ao trabalhar com fotografia eu precisaria ficar a mercê dos outros, pelo menos nesta fase de minha vida, o que não condiz com a própria realidade a que me proponho fotografar (que é uma idéia de maior liberdade). :/
Estou meio que vivendo um momento de reflexão sobre como irei continuar desenvolvendo minha fotografia rs.

[Elmo]

Ivan,

Faz tempo que uso a fotografia mais que uma forma de congelar imagem. Assim como todo processo que o filme me oferece, quarto escuro, revelação e ampliação (e é por isso que uso filme), o uso para tentar me compreender. O velho dilema humano. Tentei fazer isso de outras formas, da religião inclusive. Mas nada me trouxe tantas oportunidades como a fotografia... e de tudo o que ela oferece, como contatos com pessoas mais intensas (ou mais parecidas comigo), a ponto de eu me ver no outro.

Tenho percebido, aliás, que quando estou mais feliz ou intensamente triste eu aprecio menos as fotos que produzo nessas fases. As melhores (pra mim) só ocorrem no estágio de equilíbrio emocional.

Ver uma imagem surgir no ofuscado vermelho do quarto escuro, é como um descobrimento, ali, naquele instante. Independente ser a foto uma Brastemp (imensamente raro, aliás) ou não. O que vale é o quanto ela mexe comigo. Essa aqui, por exemplo, de minha filha, certamente não produzirá em ninguém o que mexeu comigo, e não paro de olhar: