Tenho comparado o desempenho de sensores através do DXO
http://www.dxomark.com/, e eles oferecem duas opções, uma espécie de desempenho absoluto e outro desempenho normalizado para 8mpx, ou seja, impressão 20X30.
Tentam com isso estabelecer uma igualdade de comparação entre sensores de 12, 15, 18mpx e outros de 8, 6mpx.
Em minha opinião, esse critério Print minimiza o erro da comparação de absolutos, mas permanece errado, e permanece errado devido ao fundamento prático da coisa.
Fotos de 20X30 não justificam a compra de uma câmera de 15 ou 18mpx (como a recente Canon 7D). Fotos de 20X30 podem ser feitas com câmeras de 6mpx, e ficarão indistinguíveis das fotos em 8mpx e por sua vez indistinguíeveis das fotos em 18mpx.
Ao se utilizar o critério Print 8mpx a comparação fica fortemente deformada em favor da menor resolução, mesmo sendo um tiquinho menos deformado que a comparação absoluta.
Porque a pergunta deveria ser outra: Considerando que 18mpx significa uma impressão de 30X45 em 300dpi, seria interessante comparar as impressões das câmeras não com a imagem diminuída para 8mpx, mas sim interpolada para 18mpx. Porque muda muito a questão vista por esse ângulo, e porque é evidente que a posse de uma câmera de 18mpx é ligada às grandes impressões, e não às pequenas.
E é evidente que o resultado da comparação seria dramaticamente outro, não levemente outro como no critério atual, mas dramaticamente outro.
Pode ser dito que uma cãmera de 18mpx faz uma imagem somente marginalmente melhor que outra de 8mpx se a imagem for 20X30. mas não pode ser dito que o mesmo é verdadeiro em 30X45 ou maior. Quanto maior a imagem, maior será a vantagem da cãmera com mais pixels, inclusive em relação ao S/R 18%, pois o ruído ampliado é terrível.
Outro critério discutível é eesse, do S/R 18%. Porque o cinza 18% é dependente do Gamma aplicado ao tiff-like resultado do demosaico puro (isto é, um tiff-like de gamma 1 e sem WB, a chamada conversão linear que é feita por todos os conversores como primeira etapa do processo). Conforme a estratégia de exposição de uma foto e o gamma aplicado, o cinza médio será diferente. Não existe um ISO verdadeiro na captura digital, há um ISO da imagem convertida, isso sim. E há um prognóstico de conversão padronizada.
Quando se observa nos testes do dpreview as conversões rebaixando o exposure, nota-se que o ponto 128 da curva desloca-se mais ou menos para a direita. O que devemos chamar de latitude "para cima" é a diferença de abcissa entre a interseção da cota 128 com a curva até o ponto mais alto da curva. De a curva é rebaixada, cresce a parte abaixo do cinza 128 mas não necessariamente a parte acima, e o cinza 128 (18%) não estará no mesmo lugar da captura original. Assim, as câmeras que quando rebaixadas apresentarem uma curva mais próxima da diagonal do gráfico são de fato melhores em latitude e distribuição tonal do que aquelas que apresentam uma barriga com declividade forte após a cota 128.