Autor Tópico: Projeto de lei na França quer advertência sobre fotos retocadas por softwares  (Lida 11928 vezes)

Clayton Batista

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Resposta #15 Online: 29 de Setembro de 2009, 12:51:45
Não vejo nada de mal. Na verdade, todos ou quase todos os profissionais da fotografia ou televisão usam softwares de edição, sendo para simples retoques ou grandes modificações. No fim, acho que o resultado final é arte e ninguém tem que se sentir envergonhado pelo jeito que foi feito.

Um carimbo na imagem não vai resolver a questão ética, mas vai desvalorizar o trabalho conceitual, a subjetividade do olhar, o talento interpretativo do profissional.

Por que tanta preocupação por todo mundo saber como foi feita a imagem? Isso vai tornar o artista menos artista?
Acho que softwares de edição são ferramentas a mais para a criação, e o profissional não tem que temer que o mundo saiba que foi utilizado.

Bom, apoio a lei por que pelo menos deixa claro aos receptores que a imagem é manipulada e meramente ilustrativa, e não representa a realidade.


Francisco

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Resposta #16 Online: 29 de Setembro de 2009, 13:26:59
Sou contra a idéia francesa. Existem milhares de maneiras de "alterar a realidade", em vídeo, em foto, em ilustração, etc, etc. Lembrando que nada disso é a realidade, é tudo representação. Buscar a verdade em fotografias é bobagem, fotografia não é realidade, editada ou não.

A ética envolvida nessa questão de "retoques" não está na fotografia, mas nos meios que a utilizam (jornalismo, marketing, etc). Não faz sentido obrigar um alerta na fotografia se a modelo continuar subindo na passarela toda maqueada, se a modelo fotografada além de maqueada estiver usando cintas emagrecedoras e corretivas, etc.

Enfim, se querem repensar essa ética, que pensem no começo do processo (na criação das campanhas, dos editoriais, etc) e não no final (na pobre fotografia ali veiculada).

Abraços.

Perfeito. A fotografia é erroneamente vista como uma reprodução da realidade, quando na verdade nunca o foi, já que o real é contínuo e não instantâneo; o real ocupa um espaço infinito e não um pequeno retângulo; o real possui infinitas gradações tonais e não apenas aquelas capazes de serem registradas por uma mídia específica; o real não tem ruído, granulação. Podemos ir mais longe e não seria absurdo dizer que nossos olhos não enxergam imagens reais, mas sim uma abstração de todo um sistema recheado de fenômenos físicos. O papo vai longe e remete à própria construção humana da linguagem. No momento em que transmitimos uma mensagem qualquer, seja através de texto, imagem, som ou multimídia, ela já sofre várias interferências, seja do meio, do contexto social e do espaço simbólico dos interlocutores.

Enfim, a lei francesa, filosoficamente falando, produzirá diversas inconsistências, pois presume que um rudimento, um índice do real, como disse Philippe Dubois em O Ato Fotográfico, é a própria realidade, o que na academia isso parece já ter se consolidado como uma inverdade.
« Última modificação: 29 de Setembro de 2009, 13:29:33 por Francisco »
Francisco Amorim
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Clayton Batista

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Resposta #17 Online: 29 de Setembro de 2009, 13:49:34
Em que tudo que vemos não é realidade creio que a maioria vão concordar Francisco. Mas não devemos ser filosóficos e nem físicos. A fotografia "crua", reproduz uma realidade aproximada com a que vemos os humanos. É mais ou menos igual. Claro, aí entra a questão artística, que um bom fotógrafo vai mostrar uma imagem de uma maneira bem diferente que qualquer pessoa veria...mas não deixa de ser uma realidade, pois isso estava alí.
O problema das manipulações é que muda drasticamente a realidade "subjetiva". É muito diferente uma modelo com rosto e corpo perfeitos, fora do que é possível atingir na realidade. Os softwares possibilitar modificações de forma, tamanho, cor e aplicam trocentos tipos de efeitos para fazer com que nossa vista seja enganada. Claro, isso é um recurso da publicidade, mas acho que é justo ser público que as imagens são modificadas.


Clayton Batista

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Resposta #18 Online: 29 de Setembro de 2009, 13:58:44
Imaginem o seguinte comercial:

Propaganda de máquina fotografica.
Um fotógrafo num lugar lindo tira uma foto, aí ele mostra o visor para sua namorada "a tv dá um close no viewer de sua máquina", e no visor aparece toda a paisagem em HDR. Comparando o visor com a imagem real, a linda HDR vai ser muito mais chamativa. Ai promocionam o modelo e marca...e vendem para trocentos trouxas que vão pensar que a imagem vai sair assim.

É uma propaganda injusta, sei. Mas não é isso que acontece com cremes para pele, shakes para emagrecer, e produtos para aumentar músculos?!  É uma propaganda apelativa, horrivel, contra todas as éticas...MAS FUNCIONA!


Oberdan Gomes

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Resposta #19 Online: 29 de Setembro de 2009, 14:00:20
Adicionei o vídeo como base, para ficar claro o enfoque do projeto de lei.
Obrigado Leo  :ok:

Malicky, tenho um primo formado em direito, que trabalhava na Polícia Cívil, perguntei à ele uma vez como funcionava as fotos utilizadas para perícia, provas criminais. Segundo o que ele me disse (em 2003) apenas fotos feitas à partir de Filmes fotográficos eram aceitas como prova, devido justamente à possibilidade de manipulação da imagem digital, hoje não sei como está, irei verificar esse informação para ver se mudou alguma coisa.

Dondon, a idéia francesa, pelo que eu entendi não seria colocar marcação nas imagens, seria apenas uma obrigação de inserir na legenda que houve edição. Algo do tipo "A imagem desta campanha foi modificada digitalmente através de softwares gráficos".

Essa idéia maluca de inserir uma marcação no arquivo final, que sou contra, surgiu tem uns 2 ou 3 anos, e na época deu tanta discursão, que felizmente não levaram à diante. (estou procurando a matéria para linkar aqui)


Francisco

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Resposta #20 Online: 29 de Setembro de 2009, 14:02:28
Eu acho interessante a discussão, pois traz à tona o caráter "ilustrativo" do fotojornalismo. O fotojornalismo sempre esteve a serviço do olhar de alguém, do recorte particular de alguém, e, na melhor das hipóteses, quem escolhe o que enquadrar é o próprio fotógrafo, mas isso nem sempre ocorre. Eu não vejo no que a escolha do enquadramento - ou do instante em que a fotografia foi capturada (sim, pois uma foto pode contar várias histórias diferentes, dependendo do milésimo de segundo em que foi tirada) - são mais dignos ou mais próximos do real do que um retoque no Photoshop. São todas decisões humanas, parciais, subjetivas.

O mais interessante nessa história é que a proposta da lei não vem resgatar a dignidade da fotografia "sem retoques digitais", mas sim trazer à tona que toda a fotografia é ilustração, subjetiva e meramente uma referência. O apelo da fotografia desde o início era justamente devudo à sugestão de algo que aconteceu de fato, mas é importante que seja difundido que desde o século XIX os estudiosos já questionavam a veracidade da fotografia. O problema é que o senso comum e os próprios meios de comunicação reproduzem uma visão já ultrapassada desta forma de expressão artística-cultural e a lei muitas vezes passa pelas mãos de pessoas leigas, então não é nada absurdo alguém propor uma lei desse tipo. O absurdo é ela ser aprovada.
« Última modificação: 29 de Setembro de 2009, 14:03:56 por Francisco »
Francisco Amorim
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Marcelo Favero

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Resposta #21 Online: 29 de Setembro de 2009, 14:12:27
Marcelo a preocupação é com retoques em corpos. É um assunto bastante sério e que afeta negativamente a vida de muitas pessoas. A questão não é com foco no jornalismo ou coisas do tipo, é evitar que se crie padrões de beleza inatingíveis.

Adicionei o vídeo como base, para ficar claro o enfoque do projeto de lei.



É, agora que pude ver a matéria pude entender que é restrito a um problema pontual. Isso seguramente torna a medida menos negativa e, de certo modo, acertada, desde que se restrinja à essa questão social.

Mas, do meu ponto de vista bem particular, tenho que talvez essa lei não seja necessária a médio prazo. A publicidade está caindo em descrédito, está pecisando se reinventar. Há quase que uma consciência coletiva se formando aos poucos  de que se deve sempre desconfiar dela. A questão dos esterótipos de beleza, acredito, tende a seguir o caminho da extinção pelo simples esgotamento da credibilidade. Vejo assim e já vi muitas pessoas do meio publicitário experimentar mais realidade como meio de recuperar a confiança. Ainda não deu certo também (é duro um cliente aceitar isso), mas acho que vai acabar sendo tendência. Acho um caminho natural.


Por que tanta preocupação por todo mundo saber como foi feita a imagem? Isso vai tornar o artista menos artista?
Acho que softwares de edição são ferramentas a mais para a criação, e o profissional não tem que temer que o mundo saiba que foi utilizado.

Bom, apoio a lei por que pelo menos deixa claro aos receptores que a imagem é manipulada e meramente ilustrativa, e não representa a realidade.

É o "efeito hortência", Clayton. Há uma cultura popular, fortemente difundida com a popularização da fotografia digital, de que tudo é photoshop e que "photoshop" é sinônimo de "truque", no sentido de falseamento, de tapeação. O artísta, avaliado por um público especializado, que sabe que a pós-produção é ferramenta da criação, realmente não tem o que temer. Mas profissionais de jornalismo, seja autoral ou documental, fotógrafos de publicidade ou mesmo fotógrafos de natureza, paisagem, entre outros que se submetem a avaliação popular, teriam seu trabalho desvalorizado e tudo, seu talento sua técnica, sua paciência, seu investimento, sua logística se resumiria a "truque de photoshop".

Bem, esse já é um assunto longo e meio batido, e, como vimos, não é a questão abordada nessa lei francesa e nem o foco do tópico.

abraço
Marcelo dos Santos

Associado Fototech


Oberdan Gomes

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Resposta #22 Online: 29 de Setembro de 2009, 14:17:18
Procurando pela matéria da marcação nos arquivos, acabei encontrando uma matéria, publicada no Meio Bit (citando como fonte o Fotocolagem), sobre o assunto.

Manipulação de fotos pode causar anorexia?
http://www.meiobit.com/fotografia/manipula-o-digital/manipula-o-de-fotos-pode-causar-anorexia

França estuda fixar 'aviso médico' a fotos de moda
http://fotocolagem.blogspot.com/2009/09/fonte-sophie-hardach-globo.html

A matéria no MeioBit é bem parecida com a visão do Léo, e o que a Ana citou, principalmente no que diz respeito à questão da busca por um padrão de beleza que não existe.


Formel

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Resposta #23 Online: 29 de Setembro de 2009, 18:28:46
Eu tinha visto isso em uma lista que faço parte e sou totalmente contra.

Formel


thiagolara123

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Resposta #24 Online: 29 de Setembro de 2009, 21:36:27
Ridículo. As pessoas querem colocar a culpa dos próprios problemas nos outros. A culpa dessas meninas desequilibradas agora é da publicidade?

Quem tem distúrbio alimentar tem outros problemas anteriores à publicidade. A publicidade é bode expiatório.

Projeto de lei muito mais interessante é o que está tramitando aqui no Brasil no momento, que tem como objetivo punir com pena de reclusão o abandono moral, isso mesmo, PRENDER PAI RELAPSO.

Eu tenho duas irmãs, e nenhuma delas foi "afetada" pelos valores da publicidade. Essas meninas bulímicas precisam é de uma família que dê atenção a elas, pra elas não tentarem arrumar atenção na rua sendo super-magras pra se encaixar num estereótipo.

Aliás, esse glamour com modelo é realmente tudo publicidade. Não tem nada disso, vida de modelo é uma -EDITADO - REGRA 2.1 -. E tipo, ninguém quer conversar com modelo em festa, ninguém quer namorar modelo... Eu estou entrando nesse mundo agora, e vou te falar, modelo é uma classe ostracisada. Quem já viu como funciona um casting, por exemplo, sabe do que eu tô falando.

No mais, eu acho que todo mundo tem que ser livre pra fazer as imagens que quiser, do jeito que quiser, e quem quiser enfiar o dedo na goela pra ficar igual a uma foto que enfie, eu não tenho nada a ver com isso.

Qualquer fotografia é tão figurativa quanto qualquer representação figurativa. Não sei se vcs sabem, mas aquelas figuras Helênicas, aquelas estátuas brancas de políticos, comandantes de exército, geralmente eles pegavam o soldado mais bonito do regimento, com a roupa do comandante, pra servir de modelo ao escultor. Essa preocupação com fidelidade é algo relativamente recente na história dos retratos.

E em última análise, não passa de ignorância. Qualquer representação suprime alguns dados, distorce outros, nada é igual ao real. Se for igual ao real é clone.
« Última modificação: 02 de Outubro de 2009, 19:51:27 por Ana Adams »
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Resposta #25 Online: 29 de Setembro de 2009, 21:48:41
Só pra endossar o que o Marcelo Favero falou sobre a impossibilidae de criar balisadores rezoáveis pra questão, eu cito o David Hobby, que todo mundo aqui conhece, o "Stobist":

Ele diz naquele workshop dele em DVD que o que impressiona ele é o silêncio dos fotógrafos editorias nessa questão. Afinal, desde o filme isso existe, e ainda hj, manipulação não é algo exclusivo da pós-produção. Vcs devem lembrar do exemplo recente da foto do Obama olhando a bunda da moça, que na verdade não estava olhando. Mas enfim, o David fala que quando ele trabalhava em jornal, quando ía cobrir um pronunciamento de algum político ele posicionava varios flash em posições e em canais de rádios diferentes, e conforme o cara ía falando ele fazia uma foto com uma luz normal, uma santificando o cara, uma fazendo ele parecer um monstro, uma sombria, enfim, construía várias impressões diferentes do sujeito só variando a luz, pra dar opção pro editor, que escolhia a foto de acordo com a situação.

E aí? Quem é que vai avaliar isso?

E ruga, celulite, pele ruim, por exemplo, dá pra tirar (ou reduzir muito) só escolhendo a lente certa. Pode ver que o pessoal do filme sempre descreve as lentes com microcontraste mais baixo como excelentes "retrateiras", mas hj que todo mundo tem acesso à pós-produção e dá pra tirar a acutância depois essas lentes são tidas como merda e o povo só quer vidro sharp.
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Resposta #26 Online: 29 de Setembro de 2009, 21:52:24
Enfim, não muda -EDITADO - REGRA 2.1 - nenhuma e só dificulta o trabalho do fotógrafo. Ter que ficar dando volta em lei pra executar conceito é -EDITADO - REGRA 2.1 -.
« Última modificação: 02 de Outubro de 2009, 19:52:16 por Ana Adams »
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Resposta #27 Online: 29 de Setembro de 2009, 22:04:22
Imagina colocar um aviso nessa foto, que -EDITADO - REGRA 2.1 -:

« Última modificação: 02 de Outubro de 2009, 19:52:30 por Ana Adams »
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Resposta #28 Online: 29 de Setembro de 2009, 22:48:46
Obrigado Thiago. Seus argumentos foram ótimos.  :ok:

Quanto as estátuas gregas tem uma penca delas que nem o homem mais forte do mundo chegaria perto, os gregos alteravam dimensões do corpo a ponto de ser impossível existir um humano com aquele ideal de perfeição. Já pensou uma tarja preta nos museus avisando que a estátua tem suas dimensões alteradas.  :doh:

A França é a França, aqui as coisas são diferentes aderir a essa conversinha é esquecer de muita coisa muito mais importante que ainda precisa ser feita e resolvida.

Outro problema é que lei é lei. Não tem meio termo. Lei costuma ser feita (aqui no Brasil) por gente que pensa apenas no próprio bolso. Lei não devia ser usada para regulamentar isso, imagina qual seria o critério de avaliação para ganhar a tal tarja preta na sua fotografia? Qual fotografia hoje em dia não passa por algum tipo de edição? Daqui a pouco vai ter lei querendo obrigar o uso do filme. Vai deixando essas coisas nas mãozinhas dos nossos políticos para ver a M... que vai dar.

[ ]s

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Leo Terra

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Resposta #29 Online: 30 de Setembro de 2009, 01:10:15
Em que tudo que vemos não é realidade creio que a maioria vão concordar Francisco. Mas não devemos ser filosóficos e nem físicos. A fotografia "crua", reproduz uma realidade aproximada com a que vemos os humanos. É mais ou menos igual. Claro, aí entra a questão artística, que um bom fotógrafo vai mostrar uma imagem de uma maneira bem diferente que qualquer pessoa veria...mas não deixa de ser uma realidade, pois isso estava alí.
O problema das manipulações é que muda drasticamente a realidade "subjetiva". É muito diferente uma modelo com rosto e corpo perfeitos, fora do que é possível atingir na realidade. Os softwares possibilitar modificações de forma, tamanho, cor e aplicam trocentos tipos de efeitos para fazer com que nossa vista seja enganada. Claro, isso é um recurso da publicidade, mas acho que é justo ser público que as imagens são modificadas.

:ok: :ok:


Oberdan Gomes A idéia de colocar um carimbo nas fotos é absurda. A Legenda é muito interessante, pois não afeta a imagem, não prejudica o carater artístico, não limita a liberdade de expressão e acima de tudo serve de alerta para que aquela determinda imagem não seja usada como referência para um padrão de beleza idealizado fora dos limites possíveis.
Leo Terra

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