Olha a curva de resposta dos super CCD sempre foram diferentes dos CCD's convencionais, a história do super CCD é bem interessante.
O primeiro Super CCD não tinha nada de especial, foi uma tentativa de aumentar o tamanho dos pixels, o que deu certo, a segunda geração já trouxe uma nova geometria, que favorecia a resolução do sistema, mas ainda não estava refinado o suficiente, mas a grande inovação da segunda geração foi a resposta tonal fabulosa e bem equilibrada proporcionada pela ausência do pixels de luminescência (o que criou o efeito colateral do aumento do ruído).
Na terceira geração ele veio forte, o ganho de resolução foi bem explorado, o novo sensor tinha melhor equilíbrio de tons, melhor resolução, maior latitude e melhores tons de pele que qualquer outro sensor equivalente, foi o ajuste e aprimoramento de tudo o que eles tinham conseguido nas versões anteriores, porém ele ainda tinha resolução real um pouco baixa.
Na quarta geração eles racharam o super CCD em 2 versões.
Super CCD SR e Super CCD HR, no super CCD SR o desenvolvimento caminhou com o uso de dois pixels diferentes captando luz para o mesmo ponto, com a mesma microlente, o objetivo era melhorar a resposta tonal e a latitude do sensor, foi o primeiro ensaio, que por sinal foi muito bem, a restrição é que a resolução real continuava baixa, pois apesar de ter o dobro de sensores do que os anteriores eles operavam com apenas 1 microlente para cada par de sensores e portanto os dois sensores obtinham exatamente a mesma informação, enquanto isso o super CCD HR era desenvolvido para ganhar resolução real (além do ganho geométrico), o efeito colateral absurdo que ocorreu foi o aumento significativo do ruído, mas eles conseguiram a cada passo adicionar muitos pixels na geometria deles (que é bem mais sofisticadas) e romperam a barreira de resolução que os seguravam na construção de seus pixels hexagonais, mas enfrentaram uma era ruim com a S7000 e seu amontoado de ruído.
Ai veio a V geração, ainda divididos em HR V e SRII toda a inovação da IV geração está sendo recompensada (como ocorreu na terceira geração), nesta geração a busca no HR foi para acabar com o ruído real sem ter que voltar ao uso do pixel de luminância (ou seja mantendo os ganhos da terceira geração) e sem perda de resolução (como a obtida na IV geração, além disso esperava-se uma queda de ruído real adicionada de uma possibilidade do aumento de sensibilidade ISO, a solução encontrada para isso foi usar o ganho geométrico (que antes era usado para ganho de resolução) para possibilitar imagens mais limpas e sem ruído, resultado final o super CCD HR V acabava de transferir os ganhos de resolução obtidos pela geometria para o tratamento do ruído e com isso a Fuji passava a ter o melhor sensor de matriz já desenvolvido, com imagens de alta resolução, extremamente limpas, cores super equilibradas e elevados níveis de saturação e o esforço e os problemas da IV geração serviram apenas para fomentar um grande salto na tecnologia de sensores.
Do outro lado, ainda na V geração o super CCD SR II acabava de solucionar o problema de resolução e latitude de uma forma bastante eficaz, aproveitando ainda o ganho de geometria que compensaria os problemas de luminância em alguns pontos a Fuji optou por desmembrar os pontos diferentes deixando cada um com uma microlente individual, o incrível desse salto é que o ganho de geometria do R e o ganho de geometria do S quando somados (e não adicionados como nas gerações anteriores) conseguiriam proporcionar o salto de resolução junto com a possibilidade de tratamento de ruído adicional obtido no HR de quinta geração, tudo com uma ampla latitude (ainda maior que a obtida no Super CCD SR porque os pixels S passaram a ser maiores por não precisar dividir espaço com os R), com um baixo nível de ruído e uma resolução bastante elevada, o efeito colateral que ainda persiste no super CCD SR é o seu ruído atípico em altas luzes, mas que quando este for somado aos resultados obtidos com o super CCD HR V na próxima geração este ruído em altas luzes também devem acabar.
O super CCD SR II é o CCD que possibilita a imagem com a qualidade mais próxima de filme que existe hoje, tbm é super inovador e super a frente da concorrência (assim como o HR V), ou seja, entre um percalço e outro a Fuji conseguiu ficar muito a frente da concorrência, simplesmente inovando e arriscando.