Oi Francisco,
acrescentando às informações sempre precisas do Rodrigo, lembro que, como dizem algumas legendas, algumas imagens são meramente ilustrativas. E este me parece ser o caso das imagens que você colocou. Como, por exemplo, aquelas para ilustrar a colocação de filmes em carretel. Ansel Adams, em alguns de seus livros, tem fotos de processos e técnicas que são meramente ilustrativas. Se você for fazer "de verdade", queima ou o filme ou a ampliação.
Quando eu comecei a revelar, essa era uma dúvida que também me deixava com a pulga atrás da orelha. Fui atrás de vários manuais da Kodak e outras literaturas na época (internet ainda não era tão presente lá por 1988) e, apesar de ver fotos de pessoas manipulando filmes, ninguém jamais recomendou se fazer isso com QUALQUER luz acesa.
Como o Rodrigo bem lembrou, no tempo dos ortocromáticos, que eram filmes sensíveis mais ao espectro azul e verde, é possível que existisse uma luz de segurança em um tom de vermelho que permitisse isso.
Agora, na prática, o que Ansel Adams fazia para controlar o resultado de seus negativos era usar soluções após tê-lo revelado. Em alguns casos ele aplicava selênio, localmente ou mesmo no negativo todo, para aumentar sua densidade, se não me engano. Faz tempo que li seus livros. Para diminuir a densidade já não lembro mais o que ele usava, mas deve ter na web. Dessa forma você tem mais tempo para avaliar o negativo e decidir por uma intervenção ao invés de tentar isso durante a revelação, com luz insuficiente.
Caso você tenha interesse por revelação PB, não deixe de ler a trilogia de Ansel Adamas - A Câmera, O negativo, A Cópia (The Camera, The Negative, The Print). Já li que há alguns problemas de interpretação na tradução, portanto, se você ler em inglês é mais recomendável. A autobiografia dele também é muito bacana.
Abraços,
José Azevedo