Autor Tópico: [ARTIGO] Desmistificando o “momento decisivo”  (Lida 24358 vezes)

Heber_Dm

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Online: 25 de Abril de 2010, 00:14:41
Olá, prezados.

Com o intuito de gerar uma discussão produtiva (e também um pouco de polêmica) acerca do tema do tópico, começo afirmando que o preceito “momento decisivo”, atribuído a Henry Cartier Bresson, não pode ter sua utilização plena atrelada unicamente a determinados tipos de câmeras, nominalmente as de visor direto, como as “rangefinder”. Essa condição é muito difundida e aceita por aí, a torto e a direito, servindo, inclusive, para enaltecer uma certa marca, colocando-a no pedestal supremo da arte fotográfica. Porém, após uma rápida análise da questão, ficará fácil concluir que esse tipo de câmera é um dos piores que existem para a concepção corrente sobre o tema, dependendo, é claro, de quem a utiliza.

Explicando: essa concepção afirma que o fato de o tipo de visor que essas câmeras utilizam permitir permanente contato visual com a cena a ser retratada, poder-se-ia escolher o momento exato de apertar o botão, capturando o tal “momento decisivo”. Reza ainda essa concepção que isso não seria possível, por exemplo, com as SLR’s, pois nestas o visor é momentaneamente escurecido no momento da exposição. Esse “black out”, portanto, seria o fator impeditivo para o pleno desenvolvimento do preceito em questão.

Então, analisando um exemplo clássico...
Um fotógrafo está com sua rangefinder ao lado de uma grande poça d’água, onde está uma escada, entre outras coisas. De repente, ele antevê que um cidadão que se aproxima efetuará um salto, tentando transpor a poça d’água sem molhar seus pés. Agindo rapidamente, ele aponta sua câmera para o local onde se desenrolará a ação, olha pelo visor e espera pelo exato momento em que deverá apertar o botão do obturador. Como é um fotógrafo experiente, acerta em cheio este momento, capturando com precisão o instante em que o pé do cidadão está prestes a tocar a água, sem, contudo, fazê-lo. Pronto, o preceito do “momento decisivo” terá nessa foto um dos seus maiores pilares de argumentação. Tudo muito lindo...

Isso posto, vamos tentar, então, nos aprofundar nessa teoria que tenta associar esse sucesso a um determinado tipo de visor. Presumamos que um fotógrafo, munido de uma câmera de visor direto, mesmo sendo muito experiente, perceba que o instante que ele escolheu para registrar o “momento decisivo” foi um equívoco, e que este momento está ocorrendo justamente agora, 0,35 seg. após ele ter disparado. Todo mundo que ler isso pensará: sem problemas, afinal ele está usando uma câmera com visor direto, portanto, ele não perdeu o contato visual com o desenrolar da cena (como teria acontecido caso ele estivesse usando uma SLR) e, como todo mundo sabe, esse tipo de câmera é o mais indicado para capturar o “momento decisivo”. Mas, e aí? Se o momento que ele julgou ser o “decisivo” não o foi, ele já terá feito o disparo e não poderá capturar nada que ocorra antes de, pelo menos, uns 3 a 5 segundos, que é o tempo necessário para ele avançar manualmente o filme. Não estou nem considerando que para fazer isso ele terá que, mesmo num gesto curto, tirar os olhos do visor para girar o mecanismo de avanço do filme, voltar a olhar pelo visor, re-enquadrar a cena e disparar novamente. No caso do exemplo, após o fotógrafo fazer tudo isso o cidadão já estará com os dois pés e metade das canelas molhados, tentando sair da enorme poça d’água. Ou seja, ele perdeu o verdadeiro “momento decisivo”.

Agora, vamos considerar que o fotógrafo em questão esteja munido de uma SLR, equipada com um “winder” capaz de proporcionar a obtenção de três fotos por segundo (essa situação, sendo fictícia, não leva em consideração a possibilidade de não existir ainda tal acessório, à época do exemplo aludido). Sendo um fotógrafo experiente, ele sabe que existe a possibilidade de perder o instante exato que ele deseja capturar, afinal, como qualquer ser humano, ele está sujeito a erros. Então ele, inteligentemente, ajusta sua câmera para avançar automaticamente a 3 quadros por segundo. Isso feito, ele aguarda o instante de apertar o botão do disparador e, julgando que este instante chegou, dispara sua câmera, mantendo o botão do obturador pressionado, capturando três fotos em sequência. Ao verificar seu trabalho, ele se deparará com diversos resultados, que poderão variar entre o sucesso e o fracasso, abrangendo vários “degraus” entre esses dois pontos antagônicos. Caso ele tenha sucesso em uma das fotos, o objetivo foi atingido, mesmo que sem sua completa interferência. Talvez seja melhor assim do que perder o instante exato e ainda ter a frustração de assisti-lo acontecendo através do visor, sem poder fazer nada.

Comparando as duas situações, podemos concluir:
- Se o fotógrafo é experiente e desenvolveu ao máximo as ações necessárias para a captura do “momento decisivo”, ele o fará com qualquer tipo de câmera (ressalvando-se aqui a restrição às câmeras que não disparam instantaneamente, ou seja, possuem um “lag time” no disparo). Claro, pois ele sempre (ou quase) disparará sua câmera no momento que ele escolheu como “decisivo”, pouco importando se ele teve o visor de sua câmera obscurecido por um brevíssimo lapso de tempo ou não. Mesmo porque, como foi demonstrado acima, de nada adiantaria ele perceber que o momento não foi o correto, e que este momento está ocorrendo agora, durante o disparo da câmera, se ele não poderá fazer nada, perdendo assim o “momento decisivo”.
- Se o fotógrafo não é nenhuma sumidade em capturar, por falta de aptidão, de treino ou de experiência, o “momento decisivo”, ele deverá utilizar não necessariamente uma câmera de visor direto, mas sim qualquer uma que dispare a, pelo menos, 3 quadros por segundo. Isso não significará que ele terá sucesso sempre, mas ampliará em muito essa possibilidade.

Não desejo discutir aqui a capacidade de um fotógrafo em acertar, na maioria dos casos, o exato instante de disparar sua câmera, obtendo o tal “momento decisivo”. Minha afirmação, agora mais do que uma conjectura, é de que o tipo de câmera consagrada como sendo a ideal para a obtenção desse momento só o será nas mãos de um fotógrafo excelente nesse conceito. Como, por exemplo, o Henry Cartier Bresson. Nas mãos de um fotógrafo comum ou, pelo menos, não tão bem treinado, elas são as piores; nesse caso, as melhores câmeras poderão ser qualquer uma que dispare a, pelo menos, 3 quadros por segundo.

Abraços.
« Última modificação: 01 de Outubro de 2017, 10:10:45 por Leo Terra »
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agalons

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Resposta #1 Online: 25 de Abril de 2010, 00:38:26
Caro entusiasta
O"momento "decisivo" do Cartier, nao esta atrelado a nenhum tipo de camera, e somente um determinado estilo.
A coisa nao e tao pseudo cientifica, como voce colocou na sua carta.
O "momento decisivo" e outra coisa.
Como exercicio de comunicaçao e legal seu parecer,
mas nao "desmitifica" nada!.
abs.
AG.


Heber_Dm

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Resposta #2 Online: 25 de Abril de 2010, 00:47:32
Caro entusiasta
O"momento "decisivo" do Cartier, nao esta atrelado a nenhum tipo de camera, e somente um determinado estilo.
A coisa nao e tao pseudo cientifica, como voce colocou na sua carta.
O "momento decisivo" e outra coisa.
Como exercicio de comunicaçao e legal seu parecer,
mas nao "desmitifica" nada!.
abs.
AG.


Caro "agalons", vc está correto, quando diz que não há o que desmistificar no que se refere à técnica do Cartier Bresson.
Mas, me parece que vc está mal informado quanto à ligação histórica que é feita entre a técnica dele e as rangefinders. Dê uma procurada aqui mesmo no fórum, tem várias abordagens afirmando essa ligação, e até um tópico que enaltece justamente esse aspecto.

Abraços.
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Leo Terra

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Resposta #3 Online: 25 de Abril de 2010, 01:01:19
Boa discussão e argumentação. Tomei a liberdade de mover para artigos, porque merece.
« Última modificação: 25 de Abril de 2010, 01:04:30 por Leo Terra »
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ATENÇÃO: NÃO RESPONDO DÚVIDAS EM PRIVATIVO. USEM O ESPAÇO PÚBLICO PARA TAL.
PARA DÚVIDAS SOBRE O FÓRUM LEIA O FAQ.


joseazevedo

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Resposta #4 Online: 25 de Abril de 2010, 01:16:42
Oi,

acho que bons resultados com o momento decisivo estão mais atrelados muito mais à sua intimidade com o seu equipamento do que a um único tipo de equipamento.

Cartier-Bresson, que cunhou o termo, usava uma Leica e via nela esse tipo de vantagem. Certamente se ele usasse uma SLR teria chegado aos mesmos resultados e diria que "o lapso da falta da imagem no visor é o momento mágico da fotografia, onde se fotografa o que não se vê". TODO mundo puxa a sardinha pro seu lado. Alguns com mais romantismo e elegância que outros.

Um usuário de SLR/DSLR tem que desenvolver a antecipação para chagar ao mesmo resultado. Nada que a prática impeça, como você pode ver em zilhões de fotos de fotojornalismo por aí. Não é todo fotojornalista que usa Leica.

Já usuários de TLR não teriam esse mesmo "problema", apenas que tomar um cuidado com a paralaxe. Como os que usam Leica, embora em menor grau.

Ansel Adams desenvolveu a visualização para chegar ao que queria. E usava, basicamente, 4x5 ou até mesmo 8x10. Apesar disso você pode usar essa técnica até com a Holga.

Alguns tipos de equipamentos são limitados por natureza - a Holga, por exemplo, só tem uma velocidade, embora ela varie tanto que deva ter várias, hehehe, mas essa é a sua mágica. Ninguém vai usar 8x10 embaixo d'água, eu imagino. Mas, para o momento decisivo, acredito que a sua captação é muito mais uma questão de intimidade entre você e seu equipamento do que com o tipo de equipamento em si.

Sem falar no seu timing. Se esse falhar, não adianta estar com Rangefinder, SLR, TLR, DSLR ou o que for.

Abraço,

José Azevedo
« Última modificação: 25 de Abril de 2010, 01:19:33 por joseazevedo »


agalons

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Resposta #5 Online: 25 de Abril de 2010, 08:48:36
Caro "agalons", vc está correto, quando diz que não há o que desmistificar no que se refere à técnica do Cartier Bresson.
Mas, me parece que vc está mal informado quanto à ligação histórica que é feita entre a técnica dele e as rangefinders. Dê uma procurada aqui mesmo no fórum, tem várias abordagens afirmando essa ligação, e até um tópico que enaltece justamente esse aspecto.

Abraços.
Pode ser conversada alguma questao tecnica sobre isto,
respeito aos pareces teoricos que circulam por ai, criando "ligacoes historicas!!!???!!!",
nao liga muito nisso, esta cheio de idiotices sem valor nenhum, postadas em varios locais.
O "momento decisivo" e um ESTILO, que independe do equipamento usado.
Obviamente se voce usar uma tranquera digital com muito "lag", teu momento sera "depois".
Em fim, la vamos nos, o velho Henry deve estar contente de saber que [--- Editado - Regra 2.1 ---] do seculo 21 falam dele, :hysterical:
Grande abraço
AG.
« Última modificação: 25 de Abril de 2010, 12:33:44 por Leo Terra »


agalons

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Resposta #6 Online: 25 de Abril de 2010, 08:51:54
Oi,

acho que bons resultados com o momento decisivo estão mais atrelados muito mais à sua intimidade com o seu equipamento do que a um único tipo de equipamento.

Cartier-Bresson, que cunhou o termo, usava uma Leica e via nela esse tipo de vantagem. Certamente se ele usasse uma SLR teria chegado aos mesmos resultados e diria que "o lapso da falta da imagem no visor é o momento mágico da fotografia, onde se fotografa o que não se vê". TODO mundo puxa a sardinha pro seu lado. Alguns com mais romantismo e elegância que outros.

Um usuário de SLR/DSLR tem que desenvolver a antecipação para chagar ao mesmo resultado. Nada que a prática impeça, como você pode ver em zilhões de fotos de fotojornalismo por aí. Não é todo fotojornalista que usa Leica.

Já usuários de TLR não teriam esse mesmo "problema", apenas que tomar um cuidado com a paralaxe. Como os que usam Leica, embora em menor grau.

Ansel Adams desenvolveu a visualização para chegar ao que queria. E usava, basicamente, 4x5 ou até mesmo 8x10. Apesar disso você pode usar essa técnica até com a Holga.

Alguns tipos de equipamentos são limitados por natureza - a Holga, por exemplo, só tem uma velocidade, embora ela varie tanto que deva ter várias, hehehe, mas essa é a sua mágica. Ninguém vai usar 8x10 embaixo d'água, eu imagino. Mas, para o momento decisivo, acredito que a sua captação é muito mais uma questão de intimidade entre você e seu equipamento do que com o tipo de equipamento em si.

Sem falar no seu timing. Se esse falhar, não adianta estar com Rangefinder, SLR, TLR, DSLR ou o que for.

Abraço,

José Azevedo
Meu caro Jose, falou tudo!!!
O ponto decisivo do tal do momento decisivo,
FEELING, TIMING.
Abs.
AG.


Heber_Dm

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Resposta #7 Online: 25 de Abril de 2010, 11:27:44
José, obrigado pelo comentário.

Só uma ressalva, pequena mas de suma importância, ao que vc mencionou:

Um usuário de SLR/DSLR tem que desenvolver a antecipação para chagar ao mesmo resultado.

Sendo o "momento decisivo" aquele escolhido pelo fotógrafo para disparar sua câmera, o treinamento necessário para "desenvolver a antecipação" independe do tipo de câmera. Tanto faz continuar vendo ou não a cena durante o disparo, afinal, ele já foi feito.

Abraços.
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Heber_Dm

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Resposta #8 Online: 25 de Abril de 2010, 11:39:32
Em fim, la vamos nos, o velho Henry deve estar contente de saber que [--- Editado - Regra 2.1 ---] do seculo 21 falam dele, :hysterical:

É por essas e por outras que tem gente querendo se mandar daqui.

Essa sua colocação nem merece comentário, pois é evidente que vc não entendeu o propósito do tópico e, por isso mesmo, não está conseguindo sequer expressar alguma opinião descente ou que tenha alguma utilidade. E seu texto está tão ruim que não consigo nem identificar quando vc está fazendo uma pergunta ou uma afirmação.

Mas, para o bem ou para o mal, de tudo se aproveita algo. Seu texto serve, por exemplo, para ratificar algumas opiniões que tenho lido por aqui, sobre o quão poluído está esse fórum. Dá a impressão de que a grande maioria não deseja se dar ao trabalho nem de raciocinar sobre algum assunto.

Assim, fica difícil mesmo. Mas, se quiser ainda emitir alguma opinião, leia esse tópico:
http://forum.mundofotografico.com.br/index.php?topic=32696.0

Há nele a transcrição de um artigo de uma pessoa chamada Eduardo Castanho, procure que vc certamente encontrará, não é difícil.

Após isso, pode ser que vc passe a entender pelo menos um pouco sobre o tema deste tópico.

Sds.
« Última modificação: 25 de Abril de 2010, 12:36:37 por Leo Terra »
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agalons

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Resposta #9 Online: 25 de Abril de 2010, 21:41:37
É por essas e por outras que tem gente querendo se mandar daqui.

Essa sua colocação nem merece comentário, pois é evidente que vc não entendeu o propósito do tópico e, por isso mesmo, não está conseguindo sequer expressar alguma opinião descente ou que tenha alguma utilidade. E seu texto está tão ruim que não consigo nem identificar quando vc está fazendo uma pergunta ou uma afirmação.

Mas, para o bem ou para o mal, de tudo se aproveita algo. Seu texto serve, por exemplo, para ratificar algumas opiniões que tenho lido por aqui, sobre o quão poluído está esse fórum. Dá a impressão de que a grande maioria não deseja se dar ao trabalho nem de raciocinar sobre algum assunto.

Assim, fica difícil mesmo. Mas, se quiser ainda emitir alguma opinião, leia esse tópico:
http://forum.mundofotografico.com.br/index.php?topic=32696.0

Há nele a transcrição de um artigo de uma pessoa chamada Eduardo Castanho, procure que vc certamente encontrará, não é difícil.

Após isso, pode ser que vc passe a entender pelo menos um pouco sobre o tema deste tópico.

Sds.


Nao fique preocupado,nem irritado, nem desnorteado
com o paso do tempo e da experiencia conseguira entender de que se trata.
Se puder se aproximar da Escola Bressoniana de Paris,facilitara o aprendizado.


joseazevedo

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Resposta #10 Online: 25 de Abril de 2010, 23:42:00
José, obrigado pelo comentário.

Só uma ressalva, pequena mas de suma importância, ao que vc mencionou:

Sendo o "momento decisivo" aquele escolhido pelo fotógrafo para disparar sua câmera, o treinamento necessário para "desenvolver a antecipação" independe do tipo de câmera. Tanto faz continuar vendo ou não a cena durante o disparo, afinal, ele já foi feito.

Abraços.

Oi Heber,

aí é que entra a diferença dos equipamentos. Quem usa rangefinder fotografa o que vê. Numa SLR/DSLR você precisa se antecipar para captar exatamente o mesmo momento em que o sujeito que pulou a poça d'água estará sendo captado pela pessoa que usa rangefinder ou TLR. É uma fração de segundo, mas tem que clicar essa fração antes do outro que está sempre vendo a cena.
No fim, pra quem sempre usou SLR/DSLR, isso fica natural, intuitivo, nem é levado em conta. Usar uma rangefinde ou TLR é que é estranho no início. Quando eu comprei uma Rolleiflex, às vezes achava que o disparados estava com problemas, de tão silencioso que é. Depois você se acostuma e tudo fica natural logo quando você coloca as mãos nela. Aliás, é uma câmera sensacional, recomendo muito.

Abraço,

José Azevedo


Xiru

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Resposta #11 Online: 26 de Abril de 2010, 00:10:22
Graças a deus temos ainda usuários que convidam pruma reflexão e vão além do "leia o manual" =D
Usar o cérebro é bom e se nota até na gramática.

Oi Heber,

aí é que entra a diferença dos equipamentos. Quem usa rangefinder fotografa o que vê. Numa SLR/DSLR você precisa se antecipar para captar exatamente o mesmo momento em que o sujeito que pulou a poça d'água estará sendo captado pela pessoa que usa rangefinder ou TLR. É uma fração de segundo, mas tem que clicar essa fração antes do outro que está sempre vendo a cena.
No fim, pra quem sempre usou SLR/DSLR, isso fica natural, intuitivo, nem é levado em conta. Usar uma rangefinde ou TLR é que é estranho no início. Quando eu comprei uma Rolleiflex, às vezes achava que o disparados estava com problemas, de tão silencioso que é. Depois você se acostuma e tudo fica natural logo quando você coloca as mãos nela. Aliás, é uma câmera sensacional, recomendo muito.

Abraço,

José Azevedo

José, o que tu quer dizer é que o tempo (milésimos de segundo) que uma TLR leva pra efetivamente clicar, após se pressionar o disparador, é menos que o que uma SLR leva? (afinal, esta é uma dúvida que sempre tive mas nunca me dei conta de levantar aqui)


Mas SE o tempo é o mesmo, suspeito que não faça muita diferença ver o que está acontecendo nos milésimos de segundo que dura o clic. Afinal o momento decisivo ta ali, e vendo ou não a cena, não derá pra corrigir o erro.
(Dgo que 'suspeito' porque afinal nunca usei uma TLR pra poder afirmar, comprovar, testar)
Xirú Sander Scherer - Ivoti / RS


joseazevedo

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Resposta #12 Online: 26 de Abril de 2010, 11:05:33
José, o que tu quer dizer é que o tempo (milésimos de segundo) que uma TLR leva pra efetivamente clicar, após se pressionar o disparador, é menos que o que uma SLR leva? (afinal, esta é uma dúvida que sempre tive mas nunca me dei conta de levantar aqui)


Mas SE o tempo é o mesmo, suspeito que não faça muita diferença ver o que está acontecendo nos milésimos de segundo que dura o clic. Afinal o momento decisivo ta ali, e vendo ou não a cena, não derá pra corrigir o erro.
(Dgo que 'suspeito' porque afinal nunca usei uma TLR pra poder afirmar, comprovar, testar)

Oi Xirú,

você trocou TLR por SLR acima. Lembro que isso é uma discussão quase que filosófica, tá. Esse processo é intuitivo na hora que você está clicando. Vou explicar melhor.

Nas Rangefinder e TLR (Twin Lens Reflex - aquelas câmeras de duas lentes como as Rolleiflex) você NÃO vê através da lente que irá fotografar. Então é só clicar e o obturador é acionado no ato.

Nas SLR (Single Lens Reflex)/DSLR (Digital SLR) você VÊ através da lente que irá fotografar. Nelas é necessário que o espelho que desvia a imagem para o visor suba para que o obturador abra e a imagem seja captada. Esse processo leva um microssegundo pois é mecânico.

Sendo assim, se temos duas câmeras, uma rangefinder e uma SLR clicadas exatamente ao mesmo tempo, no momento em que um ovo está para encostar no chão, na imagem feita com a SLR ele estará um "pelo de ovo" mais próximo do chão. Isso por conta do movimento mecânico do espelho.

Como eu disse, esse lag é muito pequeno mas existe. Tanto que a Canon tinha uma versão da EOS1 com espelho fixo, para fotógrafos esportivos. A luz passava através desse espelho e registrava o filme. Não tinha o lag. Mas a imagem no visor era muita escura. Moral da história: "ah, deixa esse lag pra lá, vamos deixar do jeito que estava".

Abraço,

José Azevedo
« Última modificação: 26 de Abril de 2010, 11:08:17 por joseazevedo »


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Resposta #13 Online: 26 de Abril de 2010, 11:16:35
É por essas e por outras que tem gente querendo se mandar daqui.

Essa sua colocação nem merece comentário, pois é evidente que vc não entendeu o propósito do tópico e, por isso mesmo, não está conseguindo sequer expressar alguma opinião descente ou que tenha alguma utilidade. E seu texto está tão ruim que não consigo nem identificar quando vc está fazendo uma pergunta ou uma afirmação.

Mas, para o bem ou para o mal, de tudo se aproveita algo. Seu texto serve, por exemplo, para ratificar algumas opiniões que tenho lido por aqui, sobre o quão poluído está esse fórum. Dá a impressão de que a grande maioria não deseja se dar ao trabalho nem de raciocinar sobre algum assunto.

Assim, fica difícil mesmo. Mas, se quiser ainda emitir alguma opinião, leia esse tópico:
http://forum.mundofotografico.com.br/index.php?topic=32696.0

Há nele a transcrição de um artigo de uma pessoa chamada Eduardo Castanho, procure que vc certamente encontrará, não é difícil.

Após isso, pode ser que vc passe a entender pelo menos um pouco sobre o tema deste tópico.

Sds.


Fazendo referencia aos que querem se "mandar" daqui,
como bem colocou Leo Terra, o Forum e um local de livre acesso, sem nenhuma restriçao,
logo entao, tem de tudo.
Uns vao outros vem,algums retornam , em fim!
Nao existe "vestibular" , para aceder a uma galerinha de sabedores teoricos!!!
Cada um opina a partir do seu conhecimento.
Respeito a minha bagagem sobre a questao, e entendimento,
pode evitar sua preocupaçao.


Xiru

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Resposta #14 Online: 26 de Abril de 2010, 14:31:06
Xirú Sander Scherer - Ivoti / RS