Autor Tópico: Film vs digital Sony A900  (Lida 7340 vezes)

thiagolara123

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Resposta #15 Online: 21 de Maio de 2010, 21:57:08
A conclusão óbvia é que ambos são muito bons. Eu usaria um ou outro.

Pra vc. O critério de qualidade dos seres humanos é tão variado quanto a própria qualidade dos seres humanos. E ficar batendo sempre na mesma tecla de que as pessoas deveriam querer menos ( ou ficar satisfeitas com o que tem ) é tão chato quanto os apóstolos da 5D MKII. É quase essa coisa dos megapixels dos leigos, só que ao contrário.

---------------------------------------------

Só acrescentando ao que ao Afshalders já colocou sobre o ridículo da comparação, o cara que usa uma A900, uma câmera "top", certamente usaria uma top tb no filme, ou seja, médio formato, e aí qualquer comparação com filme é ridícula.

Digital é pior e isso é indiscutível, e dado o tempo que uma imagem editorial leva de pós pra ficar pronta, nem o prazo é uma vantagem. As únicas vantagens do digital são ser mais barato e tb pras pessoas que não sabem fotografia conseguirem fotografar vendo na telinha e fazendo tentativa e erro.

O Vick Muniz, o Gregory Crewdson, o John Meyerowitz, o Andreas Gursky, todo mundo que não tem limites de orçamento, tempo, e principalmente know how pra realizar as produções, trabalha com filme. Digital é coisa de quem tá caminhando na vida e precisa se preocupar com a "realidade" da produção. Ou quem já se entregou mesmo e não está mais nem aí, tipo Annie Leibovits ou David LaChapelle.

Mas enfim, a grande falácia desses testes é comparar filme 35mm com digital "profissional". O certo seria comparar a A900 com uma Hassel 80mm, ou uma Rollei Planar 2.8, um filme maneiro tipo o Provia 100, no scanner de tambor. Ou então compara uma Canonet com uma G11.

Realmente a Sony fez um excelente trabalho, digno de respeito, mas ainda não superou o filme se for analisar até as últimas consequencias.

Sobre isso do digital "superar" o filme, eu acho sinceramente que não viveremos pra ver isso. Veja que as pessoas pagam 3, 4, 5 mil dólares por meia dúzia de pixels ou dois pontos de luz a mais. É dessas pessoas perdidas que os fabricantes de equipamento fotógráfico vivem, e não dos fotógrafos. E eles (os fabricantes) não vão cometer o mesmo erro duas vezes, esse negócio de fotografia digital ganhou força exatamente pela falta de "planejamento" que eles tiveram com relação a obsolescência dos equipamentos de filme. Vender equipamento que enterra o dono foi uma burrice danada.

Fotografia digital é como o carro elétrico: Nunca vai ser bom porque dá mais dinheiro sendo ruim. Vejam que o grande mercado para produtos de fotografia digital está exatamente em "resolver" deficiências dos próprios produtos anteriores. ISO alto usável, eu lembro que quando eu comprei a D90 as pessoas adoravam o iso 800 dela, e convenhamos, o Fuji 800z é melhor, e puxado um stop é muito melhor do que o ISO 1600 da D90. Não usei o anterior, acho que era NPZ800 o nome, mas dizem que era igualzinho. A quantos anos existe esse filme?

A conclusão "óbvia" é uma só: Pro workflow "comum", "medíocre" no sentido de mediano, o digital tem vantagens incontestáveis. Questão de afinidade, da mediocridade da mídia digital e do processo com a própria mediocridade do resultado. Se comparar uma D90 com uma SLR 35mm com filme vagabundo, é claro que a D90 leva.

Mas na ponta de cima não tem comparação. Tanto não tem que os digitaleiros nem se atrevem a tentar.



PS: Afshalders, vc tem aí alguma referência pra indicar a respeito desses algorítimos todos?
http://www.thiagolara.com <<<Não me odeie, não me inveje, TRABALHE!

O Brasil somos eu e vc, não é só os outros não. Então samba aí: "Se gritar pega ladrão / não fica um meu irmão / se gritar pega ladrão / não fica um..." http://www.youtube.com/watch?v=2WQtQwRHD6k


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Resposta #16 Online: 21 de Maio de 2010, 22:13:09
Pictus, essas 6 imagens em cinza são para demonstar um caso limite de uma gaussiana em 2D, representada por círculos concêntricos. Quando é aplicado qualquer algoritmo de downsizing, o que ocorre é o CORTE de algumas frequências, que resulta em uma série de harmônicos, que por sua vez causam diversas figuras de interferência.

Como a imagem original representa uma gaussiana, é natural que algoritmos que tenham a função matemática báse mais próximas de uma gaussiana se saiam melhores do que outros. Na verdade o Lanczos no exeplo que você postou é o que apresenta MENOS harmônicos, e por consequência menos interferências-fantasma. A imagem correta esperada é simplesmente uma série de círculos concêntricos centrados exatamente no MEIO da imagem. Quaisquer outras figuras que apareçam, são ERROS causados pelos harmônicos, ocasionados pelo fato da função-base ser diferente da que a figura original representa. Quanto mais diferente, mais "desenhos" surgirão. O exemplo usando o bicubic, ficou horrendo, pois ainda induziu alguns artefatos extras após o sharpening.

Os resizes mais eficientes (para esta figura em particular) provavelmente serão os baseados em gaussianas e cúbicos (não os bicúbicos, pois a função difere muito). Para este padrão extremo, o ideal é fazer uma série de resizes menores, aplicando uma série de blurs e sharpens, mas só experimentando. Tenho a impressão que nesse caso em particular, dividir um único passo em uns 3  ou 4 menores deve dar o efeito desejado.

Quanto as fotos, tem alguma coisa errada. Essas linhas não deveriam estar lá. Vou fazer uns testes depois.


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Resposta #17 Online: 21 de Maio de 2010, 22:16:18
Estou dando uma lida no http://www.imagemagick.org/Usage/resize/#filter_windowed

Hehehe que bom saber que tem alguém que conhece isso !!!


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Resposta #18 Online: 21 de Maio de 2010, 22:22:37
Afshalders, vc tem aí alguma referência pra indicar a respeito desses algorítimos todos?

Uma boa fonte é a citada pelo Pictus, o site do ImageMagick, a ferramenta mais poderosa que existe para processamento de imagem. Mas o IM é tipo "Heavy Voodoo" tem que saber o que está fazendo. GUI ? Pra que ? É COMMAND LINE. E tem um zilhão de parâmetros.

Repetindo o link:

http://www.imagemagick.org/Usage/resize/



thiagolara123

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Resposta #19 Online: 21 de Maio de 2010, 22:25:44
Pictus, essas 6 imagens em cinza são para demonstar um caso limite de uma gaussiana em 2D, representada por círculos concêntricos. Quando é aplicado qualquer algoritmo de downsizing, o que ocorre é o CORTE de algumas frequências, que resulta em uma série de harmônicos, que por sua vez causam diversas figuras de interferência.

Como a imagem original representa uma gaussiana, é natural que algoritmos que tenham a função matemática báse mais próximas de uma gaussiana se saiam melhores do que outros. Na verdade o Lanczos no exeplo que você postou é o que apresenta MENOS harmônicos, e por consequência menos interferências-fantasma. A imagem correta esperada é simplesmente uma série de círculos concêntricos centrados exatamente no MEIO da imagem. Quaisquer outras figuras que apareçam, são ERROS causados pelos harmônicos, ocasionados pelo fato da função-base ser diferente da que a figura original representa. Quanto mais diferente, mais "desenhos" surgirão. O exemplo usando o bicubic, ficou horrendo, pois ainda induziu alguns artefatos extras após o sharpening.

Os resizes mais eficientes (para esta figura em particular) provavelmente serão os baseados em gaussianas e cúbicos (não os bicúbicos, pois a função difere muito). Para este padrão extremo, o ideal é fazer uma série de resizes menores, aplicando uma série de blurs e sharpens, mas só experimentando. Tenho a impressão que nesse caso em particular, dividir um único passo em uns 3  ou 4 menores deve dar o efeito desejado.

Quanto as fotos, tem alguma coisa errada. Essas linhas não deveriam estar lá. Vou fazer uns testes depois.


Nossa, agora não entendi nada.  :shock:

Uma boa fonte é a citada pelo Pictus, o site do ImageMagick, a ferramenta mais poderosa que existe para processamento de imagem. Mas o IM é tipo "Heavy Voodoo" tem que saber o que está fazendo. GUI ? Pra que ? É COMMAND LINE. E tem um zilhão de parâmetros.

Repetindo o link:

http://www.imagemagick.org/Usage/resize/



Vou olhar o ImageMagick e tomara que um dia eu volte aqui nessa conversa. :D

Por enquanto vou ficar aqui assistindo e dando uma estudada. Teve uma época que eu estava descobrindo o UniWB, filtro magenta, daí usava um conversor lá que o Ivan de Almeida me recomendou, e no mac tb só funcionava na linha, era um inferno, me lembrava a faculdade. Um dia eu vou ter essa vontade toda.

Valeu!  :ok:
« Última modificação: 21 de Maio de 2010, 22:46:07 por thiagolara123 »
http://www.thiagolara.com <<<Não me odeie, não me inveje, TRABALHE!

O Brasil somos eu e vc, não é só os outros não. Então samba aí: "Se gritar pega ladrão / não fica um meu irmão / se gritar pega ladrão / não fica um..." http://www.youtube.com/watch?v=2WQtQwRHD6k


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Resposta #20 Online: 22 de Maio de 2010, 00:09:06
Nossa, agora não entendi nada.  :shock:

Vou olhar o ImageMagick e tomara que um dia eu volte aqui nessa conversa. :D

Por enquanto vou ficar aqui assistindo e dando uma estudada. Teve uma época que eu estava descobrindo o UniWB, filtro magenta, daí usava um conversor lá que o Ivan de Almeida me recomendou, e no mac tb só funcionava na linha, era um inferno, me lembrava a faculdade. Um dia eu vou ter essa vontade toda.

Valeu!  :ok:



Hehe... Quer ficar REALMENTE assustado ?
http://www.imagemagick.org/Usage/
http://www.fmwconcepts.com/imagemagick/index.php

Por exemplom gosto muito do filtro RETINEX
http://www.fmwconcepts.com/imagemagick/retinex/index.php
http://dragon.larc.nasa.gov/retinex/

Antes que digam bobagem, o retinex tem aplicações científicas e militares... tipo imagens de satélite, vigilância eletrônica, sistemas de mira e tracking, orientação de mísseis...


PS é coisa de criancinha hehehehehe :D



Pictus

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Resposta #21 Online: 22 de Maio de 2010, 15:04:29
Pictus, essas 6 imagens em cinza são para demonstar um caso limite de uma gaussiana em 2D, representada por círculos concêntricos. Quando é aplicado qualquer algoritmo de downsizing, o que ocorre é o CORTE de algumas frequências, que resulta em uma série de harmônicos, que por sua vez causam diversas figuras de interferência.

Como a imagem original representa uma gaussiana, é natural que algoritmos que tenham a função matemática báse mais próximas de uma gaussiana se saiam melhores do que outros. Na verdade o Lanczos no exeplo que você postou é o que apresenta MENOS harmônicos, e por consequência menos interferências-fantasma. A imagem correta esperada é simplesmente uma série de círculos concêntricos centrados exatamente no MEIO da imagem. Quaisquer outras figuras que apareçam, são ERROS causados pelos harmônicos, ocasionados pelo fato da função-base ser diferente da que a figura original representa. Quanto mais diferente, mais "desenhos" surgirão. O exemplo usando o bicubic, ficou horrendo, pois ainda induziu alguns artefatos extras após o sharpening.

Os resizes mais eficientes (para esta figura em particular) provavelmente serão os baseados em gaussianas e cúbicos (não os bicúbicos, pois a função difere muito). Para este padrão extremo, o ideal é fazer uma série de resizes menores, aplicando uma série de blurs e sharpens, mas só experimentando. Tenho a impressão que nesse caso em particular, dividir um único passo em uns 3  ou 4 menores deve dar o efeito desejado.

Quanto as fotos, tem alguma coisa errada. Essas linhas não deveriam estar lá. Vou fazer uns testes depois.


Obrigado pela explicação, só conheço superficialmente o ImageMagick e tirei o dia de ontem para aprender um pouco mais também sobre os algorítimos.
Aumentando o numero de lobes = ringing e não vi como escapar disto...
Para piorar, o Photoshop(e quem mais???) detesta o encoder JPG do Imagemagick.
Da foto http://farm2.static.flickr.com/1084/4609196100_24425912fe_o_d.jpg, o resultado


Conclusão, nada melhor e mais prático que ficar com Lanczos3 e FastStone...


Pictus

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Resposta #22 Online: 22 de Maio de 2010, 16:19:46
Pra vc. O critério de qualidade dos seres humanos é tão variado quanto a própria qualidade dos seres humanos. E ficar batendo sempre na mesma tecla de que as pessoas deveriam querer menos ( ou ficar satisfeitas com o que tem ) é tão chato quanto os apóstolos da 5D MKII. É quase essa coisa dos megapixels dos leigos, só que ao contrário.

---------------------------------------------

Só acrescentando ao que ao Afshalders já colocou sobre o ridículo da comparação, o cara que usa uma A900, uma câmera "top", certamente usaria uma top tb no filme, ou seja, médio formato, e aí qualquer comparação com filme é ridícula.

Digital é pior e isso é indiscutível, e dado o tempo que uma imagem editorial leva de pós pra ficar pronta, nem o prazo é uma vantagem. As únicas vantagens do digital são ser mais barato e tb pras pessoas que não sabem fotografia conseguirem fotografar vendo na telinha e fazendo tentativa e erro.

O Vick Muniz, o Gregory Crewdson, o John Meyerowitz, o Andreas Gursky, todo mundo que não tem limites de orçamento, tempo, e principalmente know how pra realizar as produções, trabalha com filme. Digital é coisa de quem tá caminhando na vida e precisa se preocupar com a "realidade" da produção. Ou quem já se entregou mesmo e não está mais nem aí, tipo Annie Leibovits ou David LaChapelle.

Mas enfim, a grande falácia desses testes é comparar filme 35mm com digital "profissional". O certo seria comparar a A900 com uma Hassel 80mm, ou uma Rollei Planar 2.8, um filme maneiro tipo o Provia 100, no scanner de tambor. Ou então compara uma Canonet com uma G11.

Sobre isso do digital "superar" o filme, eu acho sinceramente que não viveremos pra ver isso. Veja que as pessoas pagam 3, 4, 5 mil dólares por meia dúzia de pixels ou dois pontos de luz a mais. É dessas pessoas perdidas que os fabricantes de equipamento fotógráfico vivem, e não dos fotógrafos. E eles (os fabricantes) não vão cometer o mesmo erro duas vezes, esse negócio de fotografia digital ganhou força exatamente pela falta de "planejamento" que eles tiveram com relação a obsolescência dos equipamentos de filme. Vender equipamento que enterra o dono foi uma burrice danada.

Fotografia digital é como o carro elétrico: Nunca vai ser bom porque dá mais dinheiro sendo ruim. Vejam que o grande mercado para produtos de fotografia digital está exatamente em "resolver" deficiências dos próprios produtos anteriores. ISO alto usável, eu lembro que quando eu comprei a D90 as pessoas adoravam o iso 800 dela, e convenhamos, o Fuji 800z é melhor, e puxado um stop é muito melhor do que o ISO 1600 da D90. Não usei o anterior, acho que era NPZ800 o nome, mas dizem que era igualzinho. A quantos anos existe esse filme?

A conclusão "óbvia" é uma só: Pro workflow "comum", "medíocre" no sentido de mediano, o digital tem vantagens incontestáveis. Questão de afinidade, da mediocridade da mídia digital e do processo com a própria mediocridade do resultado. Se comparar uma D90 com uma SLR 35mm com filme vagabundo, é claro que a D90 leva.

Mas na ponta de cima não tem comparação. Tanto não tem que os digitaleiros nem se atrevem a tentar.



PS: Afshalders, vc tem aí alguma referência pra indicar a respeito desses algorítimos todos?

Vc está afirmando que é para comparar digital 35mm com médio formato analógico e
Canonet com a G11 que tem um sensor do tamanho de uma "pulga"...
Um Phase One P65+ então vai querer comparar com a Polaroid 20x24 da Dona Elsa http://www.youtube.com/watch?v=Qt-NraquF5E&feature=related...
É pegadinha, só pode ser...



Fala sério, o Fuji 800z puxando um stop “vira” ISO 400!
Em 35mm o digital passou o filme em ISO alto faz tempo para aqueles que dominam o workflow...
 


Pictus

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Resposta #23 Online: 22 de Maio de 2010, 17:29:28
Ahh sim, usou 800z como ISO 1600 no medium formato...


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Resposta #24 Online: 22 de Maio de 2010, 19:49:31
É, comparar uma Canonet com uma G11 não é justo. A Canonet é mil vezes melhor em termos de resolução, mesmo em um filme iso 400 ou 800.

Só para a informação, a A900 é inferior a uma bom conjunto 35mm (filme + lente). Comparar com uma MF então é maluquice total. Te garanto que a minha Yashica Electro 35 GTN com a Yashinon 50/1.7 usada com um Provia 100 mata a A900 a pau.


thiagolara123

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Resposta #25 Online: 22 de Maio de 2010, 19:57:13
Pictus, o meu fluxo de trabalho aqui é um pouquinho diferente do seu. Começa na hora que eu atendo o telefone ou abro o email com o pedido de orçamento, e acaba com a foto impressa na revista.

E inclui a sessão de fotos. Na verdade essa é a parte principal e um dia eu vou ter estrutura pra poder fazer só isso e apenas gerenciar o resto, mas por enquanto eu faço tudo.

E assim, pensa no MUNDO REAL.

"Tamanho de sensor" é mera questão de especificação de equipamento. Mas qual seria a equivalência, em termos de custo, acessibilidade, possibilidades criativas e gestão - que são fatores "mundo real" e não meras especificações - se a gente for comparar a "época do filme" com agora?

Claro que não dá pra fechar definitivamente essa equivalência, existem diferencas nas arquiteturas e nas propostas de design e ergonomia que foram se desnvolvendo ao longo dos anos. Mas de qualquer maneira, nivelando pela aplicação dada, eu colocaria assim:

Compactas digitais vagabundas = Half-frames
Compactas digitais "prosumer" e DSLR "de entrada" = Filme 35mm
Tops digitais Full Frame 35mm = Filme Médio-formato
Médio-formato digital = Filme 4x5 e 8x10 (Isso mesmo, 8x10! Afinal, se não tem restrição de custo, sanfona por sanfona monta a 8x10)

Se vc quiser conferir o que eu tô falando tem um cara que era tipo um David Hobby dos anos 80, que é o Dean Collins, não sei se vc já ouviu falar dele. Eu acho que ele foi o cara que começou esse negócio de workshop de fotografia em vídeo. Só que ao contrário dos workshopeiros de hj em dia, os clientes dele eram tipo Ray-Ban, Nike, Yamaha, uma companhia aérea lá que eu esqueci o nome... Ele realmente tinha clientes. Porque vc sabe, quando o c* da gente está realmente na reta é tudo diferente. Ele gravava os workshops durante os jobs reais.

Olha ele aí, de bigode. Desculpa pelo vídeo de 20 minutos (dois de 10) pro cara explicar só uma foto, mas é que ele explica bem explicadinho. Se não quiser não precisa ver tudo, é sobre iluminação, mas só pra vc ver a 8x10.

http://www.youtube.com/watch?v=fc2rqKP2u6Y

http://www.youtube.com/watch?v=BgfGTxbvKtk

Esse é dos meus! :D Se vc for procurar video dele fotografando mulher vai ver que ele baba e tudo, fica excitadão. :hysterical: Maior figura esse Dean Collins...

Mas enfim, vendo outros vídeos dele vc vai ver que em estúdio ele praticamente só faz grande formato, e só usa rolo quando é moda e ele precisa interagir, ficar fotografando a menina um tempo e falando besteira pra ela se soltar, mas mesmo assim; ele usa um sistema piso-teto com um barra horizontal giratória que de um lado tem a Hassel no motor-drive e do outro uma 4x5 com uma lente equivalente. Quando ele sente que a menina esquentou e aquele vai ser "o click" ele roda essa barra horizontal, a hassel vai pro outro lado, daí ele bate duas com a 4x5, depois roda de novo a barra e a 4x5 roda pro outro lado e novamente ele está com a hassel na mão. Do lado dele, uma pilha de backs da hassel. Do lado da 4x5, um assistente com uma pilha de chassis pra ir trocando. Veja: pra esse cara 6x6 no estúdio é só "esquenta". Ele só finaliza o trabalho em 6x6 se for na rua. Pelos clientes, ele é o nível de cara que usa médio-formato digital hj em dia, que são os tops (mesmo) de publicidade e moda. Concorda?

Eu citei aí G11 x Canonet como um absurdo mesmo. Se é pra ser radical, sejamos pras pontas da situação - ou na base ou no topo - pois fazer uma comparação radical nas situações "medíocres" de determinada mídia deixa muito espaço pra gente discutir qual "medíocre" tá mais em cima ou mais embaixo. E por causa disso os resultados acabam sendo inconclusivos.

Sobre "puxado", a tradução não é literal mesmo. Ninguém "empurra" filme. :D Pelo menos o pessoal que eu conheço costuma dizer "puxado" mesmo, seja pra cima ou pra baixo, apesar da literatura em inglês usar "push" e "pull". Aliás eu nunca expandi um negativo, só precisei "puxar pra cima" mesmo :D por causa de velocidade. Contraste no negativo não é problema pra quem vai digitalizar, não é necessário ficar apertando latitude e já sair do escaneamento com a curva apertada, é só apertar depois.

--

Eu não tenho uma Canonet, mas tenho uma Pen half-frame e uma G11. Tb tenho acesso a um Imacon 949, que eu pago pra usar, mas se for o caso eu meto essa foto num bolo qualquer que eu mandar pra lá uma hora dessas. Vou descolar um Provia 35mm em algum lugar pra colocar na Pen e aí a gente faz um teste. Veja que é um teste que segundo a minha tabela de equivalências já dá um grau hierárquico de vantagem pra G11. Aí como eu não entendo bulhufas desses algorítimos todos eu mando pra vc e pro afshalders o raw da G11 e o scan do cromo pra vcs analisarem e mexerem aí. Esse é um teste real, que leva em consideração variáveis muito mais importantes do que tamanho de sensor pra definir a equivalência - peso, tamanho, ergonomia, custo... fatores que definem o tipo de uso real do equipamento - e que podemos fazer.

Se eu alguém tiver back digital aqui em SP eu tenho aqui Pentax 645 e Rolleiflex, e tô cada vez mais fazendo cromo, então é um teste que dá pra gente arranjar tb. Pode ser aqui no estúdio ou no estúdio da pessoa. Esse eu tenho quase certeza que o filme leva, mas posso estar errado. De qualquer maneira seria mais um teste com um degrau de vantagem pro digital, no mundo real, mas no mundo do "tamanho dos sensores" a vantagem tá até pro filme, pois médio formato digital não é "full-frame" (pode ser que exista, eu desconheço).

Eu preferia que fosse em uma sessão de verdade por ser mais útil pra mim, pelo fato de ficar mais fácil analisar critérios subjetivos da imagem, que às vezes não aparecem nas tabelas mas fazem toda a diferença. Mas se vc quiser eu tb posso arrumar umas flores ou então a gente faz um chart aí e fotografa... sei lá. 

Grande abraço! O tamanho da resposta é o tamanho do meu respeito por vc e pelo seu conhecimento. De verdade. Já aprendi muito com vc, e continuo aprendendo. :ok:

--

Um Phase One P65+ então vai querer comparar com a Polaroid 20x24 da Dona Elsa http://www.youtube.com/watch?v=Qt-NraquF5E&feature=related...

Po minha vó até chamava Elza, mas sem desmerece-la, eu queria ser neto dessa Dona Elsa aí! :D

E ela ainda foca na lupa!  Imagina o tanto que ela ía achar de hot pixel se comprasse uma digital, coitada! :D
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O Brasil somos eu e vc, não é só os outros não. Então samba aí: "Se gritar pega ladrão / não fica um meu irmão / se gritar pega ladrão / não fica um..." http://www.youtube.com/watch?v=2WQtQwRHD6k


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Resposta #26 Online: 22 de Maio de 2010, 19:59:21
É, comparar uma Canonet com uma G11 não é justo. A Canonet é mil vezes melhor em termos de resolução, mesmo em um filme iso 400 ou 800.

Só para a informação, a A900 é inferior a uma bom conjunto 35mm (filme + lente). Comparar com uma MF então é maluquice total. Te garanto que a minha Yashica Electro 35 GTN com a Yashinon 50/1.7 usada com um Provia 100 mata a A900 a pau.

Estávamos escrevendo juntos. :D

Vê aí o que eu escrevi sobre o que eu penso das "equivalências". É a minha opinião, apenas.

Abraço! :ok:





EDIT: Concordo com vc, e esse é o meu argumento principal sobre a superioridade do filme. A situação que alguém usaria uma Canonet é a mesma que usaria uma G11, e como vc disse, em termos de qualidade é covardia com a G11. No caso da A900 e essa sua Yashica a disparidade em favor da qualidade superior do filme é ainda mais evidente, visto que uma A900 é uma câmera bem mais cara, com uma proposta de utilização bem diferente, diria até "superior", do que a Yashica.

Esse tipo de questão pra mim não pode ser deixado de fora de uma comparação razoável entre o filme e o digital. Legal conversar sobre isso pois estou exatamente fazendo essa transição do digital pro filme, e pensando em começar a levar isso tb pra fotografia que faço comercialmente.

Na verdade eu tô pensando em montar um portfólio só de filme, avisar aos clientes que agora "só estou fazendo assim", passar fome alguns meses e ver no que dá. :D
« Última modificação: 22 de Maio de 2010, 20:18:15 por thiagolara123 »
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Resposta #27 Online: 23 de Maio de 2010, 00:24:55
EDIT: Concordo com vc, e esse é o meu argumento principal sobre a superioridade do filme. A situação que alguém usaria uma Canonet é a mesma que usaria uma G11, e como vc disse, em termos de qualidade é covardia com a G11.
Mas seguindo essa lógica não teria problema comparar uma Leica M9 com uma Leica M6 então. Ou uma Nikon D700 com uma Nikon F6. E uma Olympus Pen S e uma Olympus EP1.


No caso da A900 e essa sua Yashica a disparidade em favor da qualidade superior do filme é ainda mais evidente, visto que uma A900 é uma câmera bem mais cara, com uma proposta de utilização bem diferente, diria até "superior", do que a Yashica.
Uhm, sei lá, pra mim isso é a mesma coisa que comparar um radinho de pilha com um iPod. Os dois fazem a mesma coisa, mas o iPod sempre vai ser mais caro. Fabrique a melhor câmera de filme e a melhor câmera digital, e a digital vai ser a mais cara. Fabrique a câmera de filme mais barata possível e fabrique a câmera digital mais barata possível, novamente a digital vai ser mais cara.




Nas discussões filme x digital eu sempre tenho medo de quem defende ardentemente um dos lados, não importa qual lado seja. As duas mídias são tão diferentes que as acho incomparáveis. Dizer que uma é melhor que a outra é como dizer que uma moto é melhor que um carro. Melhor pra que? A moto consegue vencer todos os engarrafamentos, mas o carro consegue vencer um dia de chuva e carregar bagagem. Uma moto de 30.000 reais é mais divertida que um carro, mas o carro é mais seguro. No final um não se compara ao outro; mesma coisa com filme, eu acho.


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Resposta #28 Online: 23 de Maio de 2010, 01:30:53
Mas seguindo essa lógica não teria problema comparar uma Leica M9 com uma Leica M6 então. Ou uma Nikon D700 com uma Nikon F6. E uma Olympus Pen S e uma Olympus EP1.

Uhm, sei lá, pra mim isso é a mesma coisa que comparar um radinho de pilha com um iPod. Os dois fazem a mesma coisa, mas o iPod sempre vai ser mais caro. Fabrique a melhor câmera de filme e a melhor câmera digital, e a digital vai ser a mais cara. Fabrique a câmera de filme mais barata possível e fabrique a câmera digital mais barata possível, novamente a digital vai ser mais cara.




Nas discussões filme x digital eu sempre tenho medo de quem defende ardentemente um dos lados, não importa qual lado seja. As duas mídias são tão diferentes que as acho incomparáveis. Dizer que uma é melhor que a outra é como dizer que uma moto é melhor que um carro. Melhor pra que? A moto consegue vencer todos os engarrafamentos, mas o carro consegue vencer um dia de chuva e carregar bagagem. Uma moto de 30.000 reais é mais divertida que um carro, mas o carro é mais seguro. No final um não se compara ao outro; mesma coisa com filme, eu acho.


É por aí.

Digital = comodidade / Filme = qualidade (ainda)

Não defendo nem um nem outro. Só acho que as comparações tem que ter base, e principalmente serem "pés no chão". Como eu disse... Filme ganha em muitos aspectos que acho importantes, mas 90% da fotos que tiro atualmente são digitais. Mas daí a sair afirmando que a QUALIDADE do digital é melhor, tem uma distância bem grande, e sujeita a muitos fatores.


thiagolara123

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Resposta #29 Online: 23 de Maio de 2010, 14:10:11
Mas seguindo essa lógica não teria problema comparar uma Leica M9 com uma Leica M6 então. Ou uma Nikon D700 com uma Nikon F6. E uma Olympus Pen S e uma Olympus EP1.

Uhm, sei lá, pra mim isso é a mesma coisa que comparar um radinho de pilha com um iPod. Os dois fazem a mesma coisa, mas o iPod sempre vai ser mais caro. Fabrique a melhor câmera de filme e a melhor câmera digital, e a digital vai ser a mais cara. Fabrique a câmera de filme mais barata possível e fabrique a câmera digital mais barata possível, novamente a digital vai ser mais cara.




Nas discussões filme x digital eu sempre tenho medo de quem defende ardentemente um dos lados, não importa qual lado seja. As duas mídias são tão diferentes que as acho incomparáveis. Dizer que uma é melhor que a outra é como dizer que uma moto é melhor que um carro. Melhor pra que? A moto consegue vencer todos os engarrafamentos, mas o carro consegue vencer um dia de chuva e carregar bagagem. Uma moto de 30.000 reais é mais divertida que um carro, mas o carro é mais seguro. No final um não se compara ao outro; mesma coisa com filme, eu acho.

Lê direito, tudo, e não só essas duas frases, que pelo que vc tá falando eu acho que vc não entendeu muito bem o que eu falei.

Sobre iPod, carro, seu medo, aí eu já não sei. Tava falando só sobre fotografia mesmo.

Mas simplificando, ninguém vai à feira comprar flores com uma A900 no pescoço, nem chega pra fazer um shooting com o trabalho de um monte de outros profissionais envolvido com uma minolta xexelenta. "Mundo real, gente! Por favor, mundo real!"  ;)

Sobre Leicas, Hasselblads e demais pontos fora da curva, eu tinha feito um adendo enorme:

Claro que não dá pra fechar definitivamente essa equivalência, existem diferencas nas arquiteturas e nas propostas de design e ergonomia que foram se desnvolvendo ao longo dos anos. Mas de qualquer maneira, nivelando pela aplicação dada...

Está claro assim o critério, em negrito?

E de qualquer maneira; quanta custa uma Pen EP1 hj, comparativamente com uma Pen S na época que foi lançada? Se for botar uma pancake então, pra EP1 ficar "menorzinha", aí a diferença de preço (mesmo pra valores na época do lançamento) dispara mesmo, sem contar que a é EP1 vai continuar sendo enormemente maior do que a Pen S, só vc que acha essa câmera pequena. Ela é enorme, é cara, é fragil, não dá pra usar flash externo e viewfinder óptico ao mesmo tempo (o que pra quem fotografa gente é uma tragédia, viewfinder direto é ESSENCIAL pra quem trabalha com expressão e movimento), e ainda por cima é BRANCA E BEGE!!! :D

É por isso que eu tô falando: "MUNDO REAL"! Tem que comparar com o equipamento que usaria na mesma situação de fotografia, pra digital e filme. O cara que tem uma EP1 hj definitivamente não é o mesmo tipo de cara que tinha uma Pen S na época do seu lançamento, e nem fotografa as mesmas coisas do mesmo jeito. São propostas absolutamente diferentes.

Evidententemente, isso só faz diferença pra quem realmente fotografa. Tem que pagar pra comprar os equipamentos, usar, depende do resultado... Pra jogar "super-trunfo" de câmera, aí eu já não sei.

Lembra do "super-trunfo"?


Todos aqueles carros que o pai da gente não tinha, os aviões concordes que a gente não andava, as motos que a gente nunca tinha visto na rua...

Porque ficar comparando uma mídia com a outra com base em tabela de especificação de produto eu acho um exercício meio inócuo. O négócio é como funciona de verdade, no campo de trabalho, e não na tabela de especificações da internet.

Uma percepção "mundo real" sobre Leica digital: http://web.mac.com/kamberm/Leica_M8_Field_Test,_Iraq/Page_1.html


É por aí.

Digital = comodidade / Filme = qualidade (ainda)

Não defendo nem um nem outro. Só acho que as comparações tem que ter base, e principalmente serem "pés no chão". Como eu disse... Filme ganha em muitos aspectos que acho importantes, mas 90% da fotos que tiro atualmente são digitais. Mas daí a sair afirmando que a QUALIDADE do digital é melhor, tem uma distância bem grande, e sujeita a muitos fatores.


:ok:
http://www.thiagolara.com <<<Não me odeie, não me inveje, TRABALHE!

O Brasil somos eu e vc, não é só os outros não. Então samba aí: "Se gritar pega ladrão / não fica um meu irmão / se gritar pega ladrão / não fica um..." http://www.youtube.com/watch?v=2WQtQwRHD6k