"Fotos tanto revelam como mentem", Suzan Sontag. Para ela, imagens serão sempre expressões políticas, conscientes ou não. Serão sempre também o inventário da finitude, composto de situações e pessoas do passado. Serão ainda uma idealização da realidade, como no caso dos álbuns familiares, que buscam construir um símbolo de coesão. Em suma, embelezam a vida.
Difícil comentar um tópico tão bem comentado... adorei as crianças ranhentas (hehehe), os OVNIs, tudo!
Fui buscar um ponto de vista de uma fotógrafa reconhecida. E concordo com ela.
Acredito que a mentira, no caso da citação de Lewis Hine, não se referia à mentira intencional, e sim na escolha sob o ponto de vista do fotógrafo, retirando o contexto onde determinada imagem estava inserida, reproduzindo somente parte de um todo. Ou, inversamente, o todo, e não a parte.
Típica foto que me vem à cabeça: São Paulo, viaduto do Chá, muitas e muitas pessoas andando...
É real? Sim, é. Mas se estivéssemos olhando a cena real, poderíamos perceber muitas pessoas em passos lentos... apreciando a vista do Anhangabau... e o fotógrafo poderia ter escolhido só a imagem de uma pessoa andando lentamente, hiptonizado pelo Vale do Anhangabau...
Qual imagem estaria correta? Qual seria mentira? Ambas seriam verdadeiras... e também mentirosas...