Autor Tópico: Banco de Imagens Brasileiro  (Lida 9146 vezes)

sedassari

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Resposta #30 Online: 26 de Junho de 2010, 10:17:01
...Quem contesta isso é porque normalmente não possui a fotografia como fonte principal de renda, pois podem comercializar suas fotos a qualquer preço e sairão no lucro de qualquer forma, pois isso não estará afetando diretamente o seu bolso....

Olá Beto, legal seus comentários.

Quanto à citação acima, pespeito muito sua opinião, porém, concordo apenas em parte. Antes de mais nada, eu tenho a fotografia como agregado principal do meu trabalho (sou publicitário e atuo no ramo gráfico). Nem por isso comercializo minhas fotos por qualquer preço, pois preciso dela em meus trabalhos. Por princípio (mesmo precisando), algumas vezes abandonei campanhas exatamente por não receber aquilo que julgava justo pelos meus cliques.

É fato que esse tipo de 'produto predatório' (como em outros em diversos ramos de atividade) afetam certos nichos da fotografia. No meu caso não é diferente. Tenho convicção que mais predatório ainda que um banco de imagens são pessoas que clicam eventos (casamentos, aniversários, festas etc) e sessões fotográficas por preços menores que o usual. Que fique bem claro que não estou aqui julgando se o preço é justo ou não, pois cada um cobra o que quer pelo seu serviço. Apenas justifico que nestes casos os bancos de imagem não comprometem em nada o trabalho do fotógrafo.

Acredito que bradarmos contra esse tipo de comércio não vai adiantar nada, infelizmente. Precisamos é descobrir caminhos que nos façam repor as perdas financeiras que, como disse acima, antes do tipo de comercialização é o que mais indigna os fotógrafos. A globalização que muitos aplaudem tem suas pedras no caminho assim como toda e qualquer evolução deixa rastros, gera perdas e abre portas para muitas outras oportunidades.

Forte abraço!
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bola

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Resposta #31 Online: 26 de Junho de 2010, 23:47:05
Olá pessoal esse é meu primeiro post neste forum.... já li bastante mas nunca participei.

Sou formado em publicidade, trabalho como designer gráfico a 10 anos e com fotografia a uns 4 anos.

Essa questão é sempre polêmica, de um lado pessoas que vendem e não ve problema nisso. Do outro, fotógrafos que não aceitam essa venda desenfreada de foto via internet.


EU VENDO! E  tb pretendo aumentar meu numero de fotos nesses bancos cada vez mais, pois tenho mais umas 50 fotos aqui totalmente comerciais e que estão paradas, ocupando espaço no hd. São frutos de testes e do prazer de fotografar. Pq não ganhar com elas?


O problema é que quem se recusa a vender, vive a criticar quem vende e dificilmente vc vê essas pessoas respeitarem a opinião alheia.



A MINHA OPINIÃO é que todo esse problema é porque o MUNDO MUDOU!!! É isso mesmo.... O MUNDO MUDOUUU!!!! A CULPADA É A EVOLUÇÃO!

Quando vejo pessoas ferrenhas contra venda de imagem em bancos, parece que estou de frente com um dinossauro. Sempre a mesma ladainha.... "mas estão prostituindo o mercado", "mas desvalorizam a fotografia" e bla bla bla.


Pessoal, hoje existe internet, inclusão digital, máquina fotografica sem filmes, vc compra livro na net, musica, filmes.


Em 70 eu cantaria: 90 milhões em ação... pra frente brasillll. Hoje meus amigos são 190 milhoesssss..... Mais que dobrou a parada toda e não é só isso.... além de numero, aumentou SIM a qualidade, a informação fácil, os meios de se fazer e etc etc etc...

E onde quero chegar com isso? É que o mundo não aceita mais comodismo. Não aceita mais gente enraizado numa idéia e que não pensa pra frente.
O mercado MUDOU. Tudo mudou. Mas ainda tem um bando de fotografo que pensa igual a 10 anos atrás.

Vocês acham que os fotógrafos fudidões estão preocupados com banco de imagens???? AH!!!  Para com isso. O que mais incomoda essas pessoas do contra é que hoje um jovem com uma câmera de R$1.200 e três luminárias, um tripé e papel vegetal conseguem SIM fazer fotos aceitáveis e comerciais. Tem mercado pra todo mundo!!! E o digital permitiu uma EXPERIMENTAÇÃO sem precedentes.

Aconteceu mesma coisa com o design, com as revistas e etc!!! Tem nerd de 22 anos ficando milionário, gente ganhando a vida escrevendo bobagem em blog e assim caminha a humanidade....

Hoje, vendo imagens que estavam paradas ocupando espaço no hd e que rendem um dinheirinho para comprar equipamentos, mas tb não vejo problemas em pessoas que se dedicam exclusivamente aos bancos. Eles estão procurando espaço e não estão parados reclamando esperando a coisa acontecer. Já li matérias de estudios dedicados apenas a este tipo de imagem que recebem chequinhos mensais de $30.000 a $100.00,00 mes. Eles estão errados? NÃOOOOO ELES APENAS TIVERAM CAPACIDADE PARA SE ADAPTAR A NOVA REALIDADE!!!!

Amanhã, domingo, vou fotografar a linha de produtos de uma pequena rede de sorveteria com 4 lojas. É esse é o tipo de cliente que EU busco. Esse cliente, NUNCA vai conseguir fotos adequadas e personalizadas em bancos de imagens.

O mesmos fotógrafos que hoje reclamam que tem um banco de gente fazendo fotos baratas, começarão a fazer filminhos com sua 7D e ai, quem começara a reclamar é a rapaziada do cinema. E assim vai hauhuahauahua...


Não importa o quanto você bate, mas sim o quanto aguenta apanhar e continuar. O quanto pode suportar e seguir em frente. É assim que se ganha. (Rock Balboa)



Paz =)
 
Abraços

Bola







zanforlin

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Resposta #32 Online: 29 de Junho de 2010, 16:49:44
Pô bola! Matou a pau!
Eu pensei nisso tudo que você escreveu. Mas como já está escrito hehehe

Assino embaixo.

O mundo mudou. Não adianta um cantor ficar reclamando que não vende mais CD. Tem outras formas de ganhar dinheiro hehe

Abraços
Léo


Elmo

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Resposta #33 Online: 29 de Junho de 2010, 19:33:12
Caro Bola, não compartilho desse pensamento. O mundo não mudou, o mundo muda sempre. E pra onde ele vai depende de nossas ações e dos conceitos que passamos adiante.



wirian

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Resposta #34 Online: 03 de Julho de 2010, 10:42:51
Verdade, Elmo. Até porque ter essa visão passiva frente ao transcorrer do tempo é convidar a todo e qualquer ser humano a aceitar o que lhe é imposto pelos que fazem a cabeça da massa de manipulação.

Ser revoltado é banalidade, sabemos pela história que "rebeldes sem causa" têm uma longa e duradoura determinação. Ô... se é..., precisamente comparável ao fogo em um punhado de palha. E esses erram simplesmente por se preocuparem mais em ser contra a determinada questão, não em visualizar e pôr em foco o correto que existe no contrário, mostrando seus benefícios quando aplicado.

E Bola, buscar mostrar a visão correta a respeito de algo banalizado, ou que caminha para este fim, como o assunto que aqui é posto em pauta, em nada se equivale aos "meninos birrões" a que me referi acima. Comparo sua posição aos políticos que começam um mandato com a real intenção de serem honestos, fazerem a diferença para a população que sofre, mas que quando visualizam o emaranhado corruptivo que se alastra nos gabinetes mundo a fora, e se percebem praticamente sozinhos na defesa da real ética nesse ramo, desistem sem muito esforço e resolvem aceitar sua fatia no bolo pra não correrem o risco de ficarem de mãos abanando.

É aí em que concordo com o Elmo: deixo-me levar pela correnteza da massa, ou procuro trazer à luz a real face da coisa? (se me permite essa leitura de sua resposta acima)

Será que a situação é tão imutável assim? A ponto de só culpar a Dona Evolução e pronto? Se deixar levar pelo vento que sopra não condiz com a inteligência humana. E sua citação final somente resume isso: se dá bem quem suporta muita pancada na cabeça, sem a preocupação primordial em por fim à agressão sofrida, "levando à lona" o que lhe agride, mas em se defender e aguentar as que passam, até que o outro canse de bater, para depois eu empurrá-lo e vencer. Isso pode até ter dado certo na ficção cinematográfica, mas esperar algo semelhante na vida palpável, defendendo a apassivação frente aos oportunismos que surgem é ridicularizar nossa condição de seres capazes de raciocinar.

Afinal, quem tem atitude constrói o dia que amanhã virá; e os passivos? Esses se "adapítam". (Sêu Zé Fulano de Tal)
Cabe a mim a construção daquilo que me é peculiar