A grande dificuldade para estudar concepção é ser o estudo das estruturas relativamente independente de sua aplicação. Vou dar um exemplo: lembro-me de quando aprendi a dirigir. Perto de uma curva o instrutor dizia: agora peise no freio, na embreagem, reduza a marcha, ponha a seta para a direta e vire o volante...
Bem, isso já era difícil prá caramba, coordenar tudo isso no curto espaço antes da curva. E o pior, eu nem estava indo a lugar nenhum! Essa é a dificuldade. Na hora em que estamos estudando composição, estamos aplicando regras mas não estamos indo a lugar nenhum, pois o assunto da foto geralmente não nos interessa. Há aí duas saídas: buscar um assunto interessante para aplicar os métidos ou desenvolver interesse nos resultados com qualquer assunto.
De toda forma, depois, já com tudo treinado, aí fica automatizado como fazer uma curva de carro. Agora e desde muitos e muitos anos, reduzo, piso no freio, ligo a seta, viro o volante conversando com minha mulher e diminuindo o rádio, e o melhor, indo para onde quero...
Muitos trabalhos que fiz na faculdade de aqruitetura tinham esse impasse. Mandavam-nos fazer uma determinado trabalho, uma maquete com água e um muro, por exemplo. Só que não havia um projeto para basear a maquete, e ela era uma maquete de nada, assim como se treina fazendo fotografias de nada. É uma etapa chata, que pode ser melhorada se a pessoa busca os seus assuntos para aplicar os métidos, mas que exige mesmo certa paciência.
Ivan