Ontem a Globo passou dois filmes que têm um cuidado especial na fotografia. Primeiro, Minority Report: o filme é todo superexposto, dando um ar até de sonho. Parece que usaram um filme com maior sensibilidade ou puxaram no negativo...
Em algumas cenas a granulação é absurda. Mas o filme é interessante para entrar em contato com essa estética e ver que pode-se fazer muita coisa interessante explorando a superexposição e os tons claros.
Já, logo depois, o filme Central do Brasil parece seguir o beabá da composição. Em todas as cenas vemos conceitos básicos como a regra dos terços e a simetria. Em alguns momentos, como quando os protagonistas caminham sobre um morro, a câmera se desloca em torno do assunto de forma a mantê-lo sempre no mesmo terço.
A fotografia é muito bonita sob este aspecto, mas de certa forma chega a conferir uma certa monotonia às cenas em função dos clichês de composição. De qualquer forma, melhor os clichês do que simplesmente não ter planejamento. É um filme que poderia muito bem ter ganhado o Oscar de fotografia, não?
E você, colegas de fórum, que impressões tiraram sobre a fotografia desses filmes?