Para quem ainda não leu...
Quiosque de auto-atendimento é estrela de feira fotográficaGUSTAVO ROTH
Enviado especial da Folha de S.Paulo a Orlando
Na semana passada, não foram apenas as crianças que tiveram motivo para visitar Orlando, na Flórida (EUA), onde estão localizados alguns dos maiores parques de diversão do planeta, como o Walt Disney World.
Os marmanjos --e principalmente os aficionados por fotografia-- puderam se esbaldar com as centenas de lançamentos de câmeras e com as novas tendências do mercado digital apresentados na PMA 2006, organizada pela Photo Marketing Association International (
www.pmai.org).
O evento, que reuniu um congresso e uma feira, que teve a participação de mais de 600 empresas especializadas em fotografia, adiantou quais serão as novidades que devem dominar o mercado neste ano. Nem tudo o que foi apresentado deve chegar ao Brasil tão cedo, mas os principais fabricantes garantem que boa parte dos lançamentos deve estrear por aqui a partir de abril.
Limite de qualidade
Uma das principais tendências será a chegada de câmeras com resolução de 8 Mpixels, que devem frear a corrida pelo aumento de pixels nas máquinas digitais compactas.
O tamanho dos arquivos produzidos por essas câmeras --já que alta resolução significa mais megabytes gastos-- e a percepção de que uma boa imagem demanda mais do que uma grande disponibilidade de pixels são algumas das razões pelas quais as fabricantes estão mudando o foco de suas ofertas. A preocupação agora é oferecer serviços e praticidade. Estabilizadores de imagem para evitar fotos tremidas, softwares embutidos na câmera para tratar e aplicar efeitos nas imagens sem usar o computador e a transmissão sem fio de arquivos para impressoras, micros ou listas de e-mail via Wi-Fi são algumas das opções.
Já as fotos em papel saem fortalecidas pelos novos quiosques de auto-atendimento, que devem mudar o modo como as pessoas imprimem suas imagens e fazer do ato de criar cópias, álbuns e calendários uma grande diversão.
Impressão expressa
A indústria da fotografia se deu conta de que bilhões de fotos têm sido capturadas anualmente, mas a maioria nem sequer chega a ser impressa. Boa parte delas é mostrada na hora em que é feita, enviada por e-mail ou publicada na internet. Por isso, as fabricantes se preocupam em fazer com que o consumidor não deixe simplesmente suas fotos no micro ou acabe apagando os arquivos por não saber o que fazer com eles.
Com argumentos de que os dados podem ser perdidos em uma pane no PC, de que a velha caixa de fotografias e de que os álbuns de família ainda são a melhor maneira de preservar a história, as fabricantes querem é faturar com a impressão de cópias. Assim, iniciam uma campanha para que o usuário imprima fotos em casa, em lojas e em quiosques de auto-atendimento --espécie de fast food da fotografia.
Terminais
Para que isso se torne realidade, os terminais passam a oferecer melhores softwares e interfaces mais simples e intuitivas, deixando o consumidor mais à vontade. O plano é que eles estejam presentes em cafés, em livrarias, em farmácias e em supermercados.
Um deles é o GetPix Kiosk VP3 da Fuji, modular, com conexão à internet e personalizado. Para uso em lojas, a entrega da foto pode ser instantânea ou programada para uma hora ou alguns dias com retirada no local. Já a Kodak apresentou a nova plataforma Picture Kiosk G4, equipamento que, além de imprimir, oferece um scanner para conversão automática de filmes de 35 mm para o formato digital, tornando o terminal interessante também para quem usa câmeras analógicas.
O HP Photosmart Studio, por sua vez, pode ser usado para produzir álbuns personalizados, calendários, cartões-postais e fotos panorâmicas em diversos formatos. O cliente escolhe sua opção, corrige as fotos, imprime e paga em poucos instantes. As fotos também podem ser enviadas para os quiosques via internet, por sites como o Snapfish.com, popular nos EUA e na Europa, com entrega em casa.