Autor Tópico: Alguns levam muito a sério as regras da composição?  (Lida 14435 vezes)

spiderman

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Resposta #15 Online: 21 de Maio de 2011, 23:54:08
Oi spider, desculpa eu sou nova e nao sei colocar as fotos no forum mas essse eh o link la do corredor polones
http://forum.mundofotografico.com.br/index.php?topic=56878.0
hehehe
Voce tem razao, carolina. Nao existe centralizacao nessa foto.
« Última modificação: 21 de Maio de 2011, 23:54:36 por spiderman »
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Malheiros

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Resposta #16 Online: 21 de Maio de 2011, 23:58:48
Oi Spider. Bom, de minha parte sempre acho estranho essa ideia de "quando pode-se quebrar " as regras. Elas são, digamos, o fundamento dessa prática profissional. É como se viesse um engenheirto e dissesse que não se tem que seguir as regras do cálculo estrutural, ou um advogado que falasse que pode-se quebrar o rito processual.... Enfim, estranho.

Acho (só acho) que "pode-se" quebrar uma regra dessas geométricas, como a dos terços, se a foto ganhar em impacto com outro tipo de arranjo. Aí sim o "não seguir a regra" torna-se legítimo, porque isso foi feito em benefício da foto, e não do ego inflado de qualquer incompetente que quer vernder sua inépcia como "liberdade criativa". É mais ou menos por aí.
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Bucephalus

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Resposta #17 Online: 22 de Maio de 2011, 00:13:52
Seria interessante regar o topico com exemplos. A maioria diz que nao respeita a regra e que da super certo. Parece que fica menos amador do que respeita-la. blablabla
Ja vi diversos topicos dizendo que nao devemos obedecer certas regras de composicao. Acho que mais um topico nesse sentido nao acrescenta em nada. O que realmente poderia acrescentar alguma coisa seria um topico em que se discuta claramente de que maneira essa regra pode ser quebrada e em que momento deve ser respeitada. Tudo isso seria mais facil de ser analisado com exemplos concretos.

Foto torta, objeto centralizado, um obstáculo no canto direito que está atrapalhando mais do que ajudando:



Horizonte torto, não me parece seguir nada das regras de harmonia clássicas:



Ainda assim acho que são imagens interessantes, que capturaram momentos curiosos. Não consigo colocar em palavras, mas elas me agradam esteticamente, ainda que não tenham seguido nenhum dos preceitos da fotografia formal. Eu aposto quanto dinheiro você quiser que se a gente colocasse essa foto no fórum todo mundo ia reclamar dessas coisas, e ninguém ia valorizar aquilo que a imagem tem de bom. Não que isso seja relevante, mas essas são fotos do Cartier-Bresson.

E para ver o efeito oposto (fotos que seguem as regras à risca e ainda assim são ruins) é só abrir alguns tópicos da galeria, ou de qualquer outro fórum.


spiderman

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Resposta #18 Online: 22 de Maio de 2011, 01:02:15
Tava escrevendo aqui, apertei um botao sem querer e sumiu tudo. Vou tentar resumir pois nao estou com paciencia para rescrever.

O que acontece nos foruns de fotografia eh que, muitas vezes, os foristas ficam caçando algo para criticar em vez de apenas contemplar. Conceitos como o do corredor polones contribuem para esse tipo de coisa. Como muitas vezes nao acham nada e nao querem apenas dizer que nao gostaram, pois acham que tudo deve ser justificado, acabam criticando horizontes milimetricamente tortos e fazendo outro tipo de critica sem sentido. Muitos fazem isso, pois desde que entraram no forum e saturaram a galeria com os seus pores-do-sol totalmente tortos, muitos foristas mais experientes ficaram, logicamente, batendo nessa tecla. A educacao brasileira sempre foi descritiva e nao reflexiva. Nao seria diferente em um forum de fotografia.Neste sentido, muitos nao conseguem entender que as fotos que veem diferem-se das suas primeiras fotos com horizontes tortos.
O entendimento do abstrato eh privilegio de poucos. Por isso pedi para regarmos o topico com exemplo para tornar essa discussao um pouco mais concreta.

Kadu, em relacao as fotos que voce utilizou como exemplo, na primeira, o quadro esta torto. Nada melhor que uma foto torta para combinar com o quadro torto :).

Na foto do bresson, o horizonte torto proporcionou formas triangulares que nao seriam possiveis com o horizonte reto.

Exemplificarei com algumas fotos minhas (de uma pessoa comum) pois genios sao genios e eh dificil contesta-los.



Nessa foto, um dos motivos encontra-se centralizado. Isso nao me incomoda pois a foto possui diversos atrativos (a mata, os predios modernos ao fundo, as linhas a direita abrindo a cena ao espectador, as casas). Essa "divisao de responsabilidades" e os diversos planos da cena torna a centralizacao do motivo banal.



Nessa daqui, se a oliveira estivesse no terco, acredito que a foto ficaria desequilibrada.



Ja essa, nao a vejo centralizada. Acredito que se estivesse, a parte da direita ficaria deslocada.
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Bucephalus

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Resposta #19 Online: 22 de Maio de 2011, 01:18:18
Kadu, em relacao as fotos que voce utilizou como exemplo, na primeira, o quadro esta torto. Nada melhor que uma foto torta para combinar com o quadro torto :).

Na foto do bresson, o horizonte torto proporcionou formas triangulares que nao seriam possiveis com o horizonte reto.

Sério que você acha que o Bresson pensou em todos esses detalhes geométricos e de linhas antes de clicar?  :shock:

Acho que essas são interpretações que nós fazemos a posteriori, e dificilmente influenciam na estética da imagem. O quadro estava torto, e a imagem estava torta (em direções diferentes, diga-se) e não acredito que a foto foi boa por causa disso. Na outra foto você afirma que ele criou deliberadamante triangulos. Novamente, duvido que esse seja o "tchan" da imagem; ele poderia ter criado retângulos, pentágonos, octágonos, nenhum deles ou todos eles e isso não faria diferença. Aliás acho até estranho olhar uma foto e dizer "olha que legal, as linhas formaram triangulos, a foto é boa por causa disso!"


spiderman

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Resposta #20 Online: 22 de Maio de 2011, 01:28:17
Sério que você acha que o Bresson pensou em todos esses detalhes geométricos e de linhas antes de clicar?  :shock:

Acho que essas são interpretações que nós fazemos a posteriori, e dificilmente influenciam na estética da imagem. O quadro estava torto, e a imagem estava torta (em direções diferentes, diga-se) e não acredito que a foto foi boa por causa disso. Na outra foto você afirma que ele criou deliberadamante triangulos. Novamente, duvido que esse seja o "tchan" da imagem; ele poderia ter criado retângulos, pentágonos, octágonos, nenhum deles ou todos eles e isso não faria diferença. Aliás acho até estranho olhar uma foto e dizer "olha que legal, as linhas formaram triangulos, a foto é boa por causa disso!"
Eu nao disse que esse eh o maior atrativo da foto. Se ele pensou nisso antes de tirar a foto so ele poderia dizer, mas eu acredito que tenha pensado. Ele poderia ter experimentado zilhoes de outros enquadramentos mas optou por esse. Quanto a importancia da geometria, uns sao mais obcecados, outros menos. Eu, partircularmente, acho que numa area tao pequena, qualquer detalhe, inclusive a exploracao de formas geometricas, eh importante.
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vilson kojo

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Resposta #21 Online: 22 de Maio de 2011, 01:34:10
Estas regras e quebras sempre serao discutidas ... Tecnicas e conhecimentos nos adicionam na busca dos resultados, com certeza ... Mas, percepcao para captar um momento e conseguir transmiti-lo com impacto, sao poucos que nascem com esta dadiva ... "Enxergar" o "invisivel" ... Tudo em nossas mentes tem que fluirem numa velocidade incalculavel ... O apertar do disparador tem que estar conectado a nossa mente ou perderemos  "a foto" ... Muitas vezes fogem de uma estetica padrao, mas transmitem ... (Minha humilde opiniao de iniciante) ...
http://www.youtube.com/watch?v=CqsOYsZlPX4&feature=related
« Última modificação: 22 de Maio de 2011, 02:06:37 por vilson kojo »
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vilson kojo

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Natão

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Resposta #23 Online: 22 de Maio de 2011, 07:47:57
Oi Spider. Bom, de minha parte sempre acho estranho essa ideia de "quando pode-se quebrar " as regras. Elas são, digamos, o fundamento dessa prática profissional. É como se viesse um engenheirto e dissesse que não se tem que seguir as regras do cálculo estrutural, ou um advogado que falasse que pode-se quebrar o rito processual.... Enfim, estranho.

Malheiros, me desculpe, mas são profissões diferentes, essa comparação foi um tanto quanto equivocada... cálculo estrutural e rito processual são duas coisas fundamentais naquelas profissões, não quer dizer que algo não possa ser transcendido na fotografia. O problema é achar que o olhar segue regras, isso não é real. Não falamos de engenharia ou direito, falamos de fotografia. Picasso e Dali não foram dois dos maiores pintores por terem seguido proporções áureas, e sim por não as seguirem, de um certo modo.
Na fotografia fazemos tanta coisa certa, que acabamos por deixar tudo sem graça, sempre do mesmo modo, sempre da mesma forma, sem mais dinamismo, sem mais uma nova perspectiva. Claro que não vou compor uma foto de cabeça para baixo, mas há muita coisa que pode ser superada, ainda mais quando essas regras só tornam uma coisa enfadonha. É tudo uma questão de costume... alguém criou uma regra, e falaram que tem que ser assim, e até hoje se aceita sem questioná-las.
« Última modificação: 22 de Maio de 2011, 07:48:37 por Natão »


Malheiros

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Resposta #24 Online: 22 de Maio de 2011, 13:02:58
Malheiros, me desculpe, mas são profissões diferentes, essa comparação foi um tanto quanto equivocada... cálculo estrutural e rito processual são duas coisas fundamentais naquelas profissões, não quer dizer que algo não possa ser transcendido na fotografia. O problema é achar que o olhar segue regras, isso não é real. Não falamos de engenharia ou direito, falamos de fotografia. Picasso e Dali não foram dois dos maiores pintores por terem seguido proporções áureas, e sim por não as seguirem, de um certo modo.
Na fotografia fazemos tanta coisa certa, que acabamos por deixar tudo sem graça, sempre do mesmo modo, sempre da mesma forma, sem mais dinamismo, sem mais uma nova perspectiva. Claro que não vou compor uma foto de cabeça para baixo, mas há muita coisa que pode ser superada, ainda mais quando essas regras só tornam uma coisa enfadonha. É tudo uma questão de costume... alguém criou uma regra, e falaram que tem que ser assim, e até hoje se aceita sem questioná-las.


Mantenho a comparação exatamente como eu fiz, Natão. O produto "fotografia" nasce das cores, formas e linhas, e das relações entre elas, relações essas governadas por certas regras. O produto "prédio" nasce do aço, do vidro e do concreto e das relações entre eles, relações governadas por certas regras.

Quanto ao "transcender"... well, eu dei a minha opinião de quando essa "transcendência" é válida ou não, e o Spider e o Bucephalus postaram exemplos que confirmam a minha visão, a pesar de esta não ter sido a intenção deles.

"Transcender" as regras para obter uma foto de mais impacto, de mais relevãncia, com uma mensagem mais clara, com uma comunicação mais efetiva, eu acho ok. "Transcender" porque não se sabe o que está fazendo, ou porque "eu sou um artista e ninguém manda em mim", é outra coisa bem diferente.
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Resposta #25 Online: 22 de Maio de 2011, 13:59:18
Mantenho a comparação exatamente como eu fiz, Natão. O produto "fotografia" nasce das cores, formas e linhas, e das relações entre elas, relações essas governadas por certas regras.
Aí é que está, o olhar NÃO TEM REGRAS, se disseram isso pra ti, disseram equivocadamente, pois o que lhe transmitiram foram apenas alguns preceitos morais, de que uma coisa tem que ser da forma como ela é agora, e nada supera isso... Bresson foi um dos maiores, e nem por isso seguia regras. Não vejo as coisas por regras, pelo contrário, eu sou é muito nietzschiano nesse quesito, regras são apenas tentativa de dominação de um grupo que quer impor o seu "WAY OF VIEW". Quando digo transcender, é muito mais do que o simples quebrar regras, é uma superação das próprias regras, como algo que vai além e não aquém de meros preceitos e preconceitos.
Ainda menciono, que são coisas completamente diferentes, arquitetura e fotografia. Não posso analisar a medicina a partir de regras fotográficas, nem se quer fazer analogia.

Heidegger, um pensador alemão uma vez disse que a filosofia não servia para nada, absolutamente nada. Mesmo assim ele mencionou que apesar de não servir para nada, ela não faz nada conosco. Mas até aí tudo bem, o que eu quero demonstrar é que como ele também mencionou... julga-se a filosofia pela sua utilidade, fazendo isso é a mesma coisa do que julgar um torno pela sua capacidade de voar... Simplesmente digo que estamos apresentando parâmetros diferentes...

Mas é aquela velha e longa história, cada um faz o que quer da vida e escolhe para si o que bem entende. Não acho que seguir regras seja a melhor coisa que eu faça, e nem por isso tenho a necessidade imediata de negá-las... a grosso modo, fotografar é muito mais do que seguir regras, é simplesmente, saber olhar e admirar o mundo como ele é. Pra mim fotografia não é produto e sim contemplação.
« Última modificação: 22 de Maio de 2011, 14:02:57 por Natão »


Malheiros

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Resposta #26 Online: 22 de Maio de 2011, 19:17:48
"Aí é que está, o olhar NÃO TEM REGRAS, se disseram isso pra ti, disseram equivocadamente, pois o que lhe transmitiram foram apenas alguns preceitos morais, de que uma coisa tem que ser da forma como ela é agora, e nada supera isso..."

É Natão, os gregos enganaram a todos nós.. todo aquele papo de seção áurea, número de ouro, quadrado mágico, não passava de preceitos morais, não tem nada a ver com a realidade objetiva, observável e quantificável...

Mas falando sério: a fotografia é uma das poucas profissões que vejo em que as pessoas (ou boa parte delas) relutam em aceitar-lhe os procedimentos técnicos mínimos para um desempenho pelo menos correto. Repito: é estranho...

Mas tá certo: "cada um faz o que quer da vida e escolhe para si o que bem entende".

Só quero repassar, para os que têm medo de "perderem" sua "liberdade criativa" e de terem seu "olhar" domesticado pela ideologia de um "grupo dominante", uam coisa que aprendi:

O profissional médio trabalha para as regras.
O profissional acima da média faz as regras trabalharem pra ele.

De minha parte, se um dia eu me tornar um profissional do primeiro grupo, me terei por feliz (mas não por satisfeito). Quero honrar a fotografia, e não desonrá-la.

E desce mais um chopp que a garganta secou! =D
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Resposta #27 Online: 22 de Maio de 2011, 20:57:05
É Natão, os gregos enganaram a todos nós.. todo aquele papo de seção áurea, número de ouro, quadrado mágico, não passava de preceitos morais, não tem nada a ver com a realidade objetiva, observável e quantificável...

Sim, eles nos enganaram e nos enganam até hoje. Há muito o que se discutir, mas não merece... Por isso que disse que sou nitzschiano nesse aspecto, pois as regras, sempre foram impostas, sempre por uma classe dominante, os gregos começaram com isso. Agora, quem disse que a realidade tem que ser observável, quantificável e objetiva? Os gregos? Eles disseram muito mais do que isso, mas a nossa modernidade distorceu muito as coisas.
Não existe só essa realidade e é justamente esse aspecto que trabalho no mestrado, a estética grega, romântica e a realidade, mostrando como o real é muito mais do que simples objetivação, como a visão distorcida da realidade estética grega, pela modernidade, por seus supostos "cálculos", quiseram determinar toda a realidade humana. Há muito mais do que a mera causalidade em nossas vidas. E é bem por isso que digo que regras são imposições, e sempre foram, pois sempre foram uma forma de intepretação da realidade por alguma parte.

Mas como eu disse, eu estudo os gregos também, sei dos seus princípios, e sei que ninguém mais do que eles adoravam perguntar à natureza no sentido de ela postular uma resposta gerando essas tais proporções e tudo mais. Eu nunca disse que sou contra as regras, eu simplesmente mencionei que elas estão lá para serem reinterpretadas, lançadas a novas expectativas e a novas visões. Ao se fazer isso, conscientemente, podes ter certeza que a fotografia estará muito mais honrada.

Termino só com uma colocação: A Boa fotografia segue regras, a excelente não fica limitada a elas.


Branco Melo

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Resposta #28 Online: 26 de Maio de 2011, 15:12:08
Termino só com uma colocação: A Boa fotografia segue regras, a excelente não fica limitada a elas.
:clap: :clap: :clap: :worship:
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marraio

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Resposta #29 Online: 28 de Maio de 2011, 08:00:48
Li isso em algum lugar, "As regras são para serem quebradas, mas para quebra-las é preciso sabe-las."
Vi a foto do barco e votei boa! Na minha opinião o barco quase centralizado complementa o sol e seus raios.