Afe... muito se falou até aqui. Excelentes as contribuições.
Quero escrever sobre três grandes temas que apareceram aqui. Então, seguem três mensagens na sequência.
A primeira...
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Kadu, em relacao as fotos que voce utilizou como exemplo, na primeira, o quadro esta torto. Nada melhor que uma foto torta para combinar com o quadro torto .
Na foto do bresson, o horizonte torto proporcionou formas triangulares que nao seriam possiveis com o horizonte reto.
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Sério que você acha que o Bresson pensou em todos esses detalhes geométricos e de linhas antes de clicar?
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Colegas, lembremos que a verdadeira arte na fotografia é a escolha dos registros pós-revelação!
Qualquer coisa antes disso é técnica, experiência, mais experiência, seguida de muita experiência, OLHAR e alguma (ou muita) sorte.
Quantos registros daquele dia haviam no rolo? Quantas tomadas foram feitas daquela imagem, cada uma sutilmente ou radicalmente diferentes uma das outras?
Mais importante, desse mesmo rolo, quantas outras composições foram descartadas após a revelação?
Vamos lá, quem aí ousa afirmar que aproveita mais que, digamos, optimisticamente, 30% dos registros?
Mas, o colega Malheiros já havia discorrido sobre isso.
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Tenho absoluta certeza que o Bresson não compôs as fotos assim (pelo menos não conscientemente), mas, depois que ele as viu reveladas, é certo que ele sentiu essas qualidades geométricas delas, senão não as teria divulgado (esse é o segredo dos grandes fotógrafos: mostrar as fotos boas e esconder as fotos ruins).
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Eu só não tenho
cojones para afirmar o que Bresson via quando abriu o obturador!