Prezados foristas:
Primeiramente, parabéns, de novo, ao Alfredo Risk, pelas fotos.
E ao Oberdan Gomes, igualmente. A ele, devo dizer que ninguém questionou a resposta dada por Mr. Hyde, apenas a de Irado.
Congratulações ao Amarildo Cardoso, pela análise.
E ao MGermano, pelo olhar ponderado e abrangente, mais uma vez.
A manifestação infeliz de Guilherme_ji já foi por todos nós criticada, inclusive por mim. E nada justifica seus termos.
Mas convenha-se que a primeira intervenção de Irado no tópico também não foi exatamente um primor de boa educação (sendo de notar que sua deselegância dirigia-se mais diretamente aos respondentes, não ao autor do tópico). Com efeito, começar uma resposta por uma expressão do tipo "que p**** (ou m****) é essa? " não é cabível, entre pessoas minimamente cordatas, a não ser, em alguns raros contextos, em reuniões privadas, e desde que haja extrema intimidade entre elas.
E, depois, sua resposta continuou, aparentando fazer pouco caso das colocações dos que responderam ao tópico: "velocidade? ...aquele efeito...os profissionais (na minha época, claro) usavam assim...".
Veja-se que nenhuma das respostas anteriores ao tópico (dadas por Carolinaacastro, Mr. Hyde e Majewski), com as quais Irado parece divergir,
apresenta erro, parece-me. Podem, apenas, não serem as mais adequadas para um profissional. Mas apresentam resultado (e muito bom), do que dão exemplo as fotos postadas. Então, não havia motivo para desqualificá-las, muito menos tão agressivamente. A não ser que o intuito fosse o de demonstrar mais conhecimento que os outros.
Há, também, data vênia, alguma arrogância (o que, seguidamente, decorre de grande insegurança...) nas linhas citadas, também presente ao final da manifestação: "claro como lama....e tão simples quanto...".
Ainda, não entendi o motivo de ele estar a rolar de tanto rir. Ou de ficar todo sorridente ao, admitindo que sua resposta estava totalmente inadequada ao tópico, afirmar que tentará policiar-se (mas bem pouco...). Estamos a tratar de coisas sérias, de educação, de elegância, de transmissão de conhecimentos, não é hora para tais manifestações pretensamente humorísticas. Seria o momento, isso sim, de admitir também que foi deselegante, e desculpar-se, o que não fez.
Afirma que, anteriormente, participou bastante de foruns de informática, acabando por sair deles em razão da moderação solicitar que "baixasse o nível". À vista do teor de suas manifestações, fico pensando se não saiu deles, além do motivo alegado (quererem que não fosse tão técnico), pelo fato de os colegas reclamarem da virulência de suas manifestações.
Não cabe ficar passando a mão por cima da cabeça do outro (mesmo que seja competente, ainda que seja nosso amigo), sempre desculpando-o, aceitando as grosserias cometidas, as impropriedades gritantes.Há que frear esses arroubos indevidos. Isso beneficiará a todos, inclusive ao destemperado.
Quanto aos que (como ele) resolvem retirar-se de foruns, em razão de pressões tendentes à democratização do meio, tal é simplesmente lastimável.
Há que ter a sensibilidade necessária para adequar-se ao contexto: se está a falar com um novato, o linguajar há de ser um, já se o diálogo for com um interlocutor avançado, os debates podem acontecer em outro patamar. Questão de inteligência, inclusive.
E aqueles verdadeiramente competentes e grandes, em qualquer área do conhecimento, são os que sempre estão dispostos a ajudar os caminhantes, sem escárnio, sem sarcasmo, sem petulância, sem arrogância, com doação gratuita. E que sabem que essa viagem a um plano de conhecimento abaixo daquele em que se encontram não prejudicará em nada sua real sapiência. Ao contrário, a vivificará, ao influxo de dúvidas e questionamentos de uma multiplicidade imensurável. Muitas vezes, inclusive, uma dúvida banal de um aprendiz estudioso e/ou criativo faz com que o "expert" tenha de buscar subsídios mais sólidos para sustentar suas respostas, (re)aprendendo conteúdos que julgava saber razoavelmente.
Espanta-me a empáfia desses senhores que, julgando-se os "bambambãs", as "cerejas do bolo", os indizivelmente maiorais (aqui lembro de um provérbio latino - "de omni re scibili, et quibusdam aliis" (em tradução livre, "de todas as coisas sabíveis, e mais algumas"), resolvem que, muito superiores que são à patuléia, devem isolar-se do vulgo e criar fraternidades dos eleitos...
E sua estultícia é tão incomensurável que julgam que, entre eles, a transmissão de conhecimentos não é mais possível, pois já chegaram ao fim da senda, mumificados nos píncaros do saber...
Bem, quem tem tal visão limitada, excludente e egoísta do saber, quem não tem grandeza para ensinar adequadamente aos iniciantes, quem não tem controle sobre si mesmo, deveria mesmo ir para essas academias de inadequados, esses conciliábulos de sábios excelsos e modestos. Lá, qual numa ABL, poderão tomar seu chá das cinco, ao lado de confrades tão ilustres e sábios como os da ABL (por exemplo: Sarney, Paulo Coelho, Merval Pereira)...E não responder a tópicos claramente postados por iniciantes. Se negam-se a ensinar, de maneira adequada, melhor não colocarem suas colheres tortas.
Tão superiores são tais criaturas que muito raramente vêem alguém minimamente interessante! Ora, ora...
Quanto à questão da "comida na boca do nenê" ou "de ficar emburradinho" ou de "ficar ao nível dos coitadinhos", tal é uma simplificação completamente equivocada, uma elaboração grosseira, primária. O iniciante que pergunta algo está em busca do saber, seja aqui no forum, seja num curso, numa apostila ou num livro. E isso é algo deveras elogiável. Portanto, há de ser ajudado. Como já disse, e repito, entendo que quem sabe mais tem um dever moral de ajudar a quem sabe menos.
Mas o fato de perguntar não significa querer a resposta mastigada. Apenas, devido a seu conhecimento do assunto ser muito tênue, necessita que a solução seja apresentada de maneira simplificada, o que qualquer um, desde que dotado de conhecimento, educação e boa vontade, pode e deve fazer.
Quanto a fazer-se perguntas inteligentes: a pergunta de Guilherme_ji não tem nada de burra (e, mesmo que fosse um tanto básica, mereceria respeito e consideração, não agressividade, petulância, sarcasmo). Já a resposta de Irado, como se viu, fugiu à questão proposta...
E no que tange ao forum ficar desinteressante, ou morrer, devido a uma convivência harmônica com os novatos (o que, na visão de Irado, significa "baixar o nível"), tal constitui uma falácia. Sempre existirão confrades sapientes e generosos que não negarão auxílio aos discípulos dedicados e sinceros. E a falta daqueles excelsos e modestos senhores das fraternidades, com rompantes disparatados, nem será sentida. Ao contrário, ouvir-se-ão inúmeros suspiros de alívio.
Por fim, saliento que nas colocações acima não tive o intuito de ferir qualquer forista, pessoalmente. Se alguém assim entender, minhas sinceras escusas.Entendi relevante, apenas, manifestar minha candente inconformidade com algumas idéias apresentadas (as quais, travestidas de defesa do saber e da técnica, em realidade veiculam visões selvagemente individualistas e elitistas do mundo e do saber, além de tornarem a deselegância e/ou os maus tratos uma coisa aceitável, um pecadilho venial).
Grande abraço.