Não me incomodaria de ser o autor das fotos 3, 6, 7, 9, 12 e 13, muito pelo contrário. As outras são boas idéias que de fato poderiam de mais bem executadas.
O interessante nessas fotos é eles explorarem o "filho feio" das figuras de linguagem fotográfica, que é o out-of-focus. Dessa família só o famigerado "bokeh" é respeitado, e em nome dele gastam-se milhares de reais/dólares/euros em objetivas que forneçam o ponto de luz desfocado mais redondinho e fofinho possível lá no fundo. O resto da prole, é melhor esconder no sótao mesmo
Outra coisa que em chamou a atenção é a intenção de fazer dessas fotos fins em si mesmas, veículos de si mesmas, e não um recorte, um retrato de algo exterior a elas, dependentes de algo externo a elas para justificar-lhes a existência. Bem ou mal, nestes casos "o meio é a mensagem" literalmente. Eu particulamente tendo a ver as fotos (qualquer foto) assim, em primeiro lugar eu percebo o arranjo de linhas, cores, formas, claros e escuros, etc, depois (sei lá, milésimos de segundo depois) me ligo se o que há na foto é uma modelo fashion ou um mendigo comendo lixo, um arranha-céu moderníssimo ou uma ruína de séculos passados.
E afinal, o que é uma foto que não seja forma? O que é uma pintura senão tinta espalhada? Tire-se a emulsão da foto ou as tintas de um quadro, e restará apenas a psicologia de quem vê.