A composição tem sido o meu objetivo principal. Já corri atrás da fotometria perfeita, da melhor retenção de detalhes, mas isso restringia a minha fotografia a um benchmark do equipamento. Hoje eu tenho usado o telefone celular mais do que qualquer coisa.
A edição posterior da foto, mesmo quando evidencia a artificialidade do retoque, também me parece algo positivo, pois ajuda a complementar, a explicar a leitura que fiz daquele instante. Não quero convencer ninguém de que o registro é verossímil, que aquele instante trata-se de uma verdade universal, mas sim de que aquela foi a minha verdade em algum momento.
A fotografia não pode ficar presa numa estética, num moralismo, mas deve ser, antes de mais nada, arte. Com essa visão, não ficamos aprisionados a uma só técnica, a um equipamento, a um formato.