Autor Tópico: Se deu mal mas continua tentando...  (Lida 2944 vezes)

cquevedo

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Resposta #15 Online: 05 de Dezembro de 2013, 10:57:57
E toda semana o banco vem oferecendo alguma "vantagem". Sempre penso em abrir algo na minha área (não é a fotografia), meus amigos que abriram estão super bem. Porém quando abriram eram solteiros, moravam com os pais. Sou casado, pago aluguel, tenho filho - isto faz eu pensar duas vezes antes de me endividar.

Grande relato, mas vale lembrar o que os administradores sempre falam: grandes passos exigem grandes riscos. Cabe nós avaliarmos se vale a pena arriscar.
No meu caso ainda não me sinto seguro para isto.

Tem o BNDES. A empresa onde trabalho pegou um empréstimo com eles. Dá um trabalhão porque tem que ter projeto com cronograma e o cacete, mas as taxas são super legais e ainda tem carência para o início dos pagamentos.
"O correr da vida embrulha tudo, a vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem."


Cooler.M

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Resposta #16 Online: 05 de Dezembro de 2013, 11:10:38
E toda semana o banco vem oferecendo alguma "vantagem". Sempre penso em abrir algo na minha área (não é a fotografia), meus amigos que abriram estão super bem. Porém quando abriram eram solteiros, moravam com os pais. Sou casado, pago aluguel, tenho filho - isto faz eu pensar duas vezes antes de me endividar.

Grande relato, mas vale lembrar o que os administradores sempre falam: grandes passos exigem grandes riscos. Cabe nós avaliarmos se vale a pena arriscar.
No meu caso ainda não me sinto seguro para isto.


Com certeza ... o risco faz parte.
Como eu disse, para cada 1 história de sucesso, há uma porrada de fracasso.

Eu relatei a minha, não é pra desmotivar ninguém, mas porque o autor do tópico pediu.
É o outro lado da moeda, de alguém que não deu certo ...

Como eu disse, eu VENDO A ALMA PRO CAPETA, mas pra banco não peço nem mais um real!
Mas isso sou eu, que tive uma péssima experiência.
[VENDO] WD MyBook Live 2TB - Solução em Backup (Nuvem Pessoal)
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C R O I X

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Resposta #17 Online: 05 de Dezembro de 2013, 11:52:38
Disponha!
Eu não sei onde você mora, mas não seria possível pegar um dia onde há muitos turistas e movimento e montar uma pequena mesa em uma praça?
As vezes, apenas esse teste, você já começa a sentir se dará ou não certo. Eu não sei se é permitido onde você mora.

Tudo o que você precisa é de uma mesa dobrável, uma toalha e uma cadeira dobrável.
Leve tudo, monte em um dia movimentado e veja o resultado.  :)
Isso nao eh possivel. Musicos e demais artistas de rua, dependendo da area os policiais ate ignoram, mas uma mesa vendendo produtos nao tem como.

Eu ja fui na prefeitura perguntar de havia algum lugar, tipo feira de artesanato, onde eu pudesse vender meus trabalhos, e me falaram que so dao permissao para vender artesanatos mesmo, nada de foto, pinturas, etc.


C R O I X

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Resposta #18 Online: 05 de Dezembro de 2013, 12:03:26
Márcio, se voce está aqui perguntando é porque ainda não compreende a dinâmica desse mercado em sua cidade. E se voce não compreende essa dinâmica, o melhor que posso te aconselhar é não abrir esse negócio. Para dar saltos mais "sérios"(nao achei um termo adequado), é necessário que voce diminua os riscos e, para isso, se informe melhor, compreenda como esse mercado funciona em sua região. Um troço meio chato mas bastante importante é o tal do plano de negócios. Talvez seja um bom começo pra você.
Não conheço essa dinaminca do seu publico-alvo aí onde voce mora mas talvez a ideia do cooler seja interessante. Uma vez comprei uma cópia numa praça em Budapest. Lá, havia vários fotografos vendendo cópias a preços acessíveis. Se voce ainda não tem nome nem rede pra vender em galerias, pode ser uma boa opção também procurar parcerias com negócios locais: restaurantes, bares, bancas de jornal (para os cartões postais). Acho que pra tudo isso voce tem que se concentrar em fotos da região e aproveitar esse potencial turistico.
Eu fazia isso antes, procurar paredes e espacos em cafes para as minhas fotos.
Mas eu nao queria ficar vendendo copias digitais mas sim minhas impressoes tradicionais, em uma moldura de qualidade, etc. As impressoes e principalmente a moldura sao caras e esses estabelecimentos nao se responsabilizam se sujar, se quebrar ou se roubarem.
Eu tinha cartoes postais em uma loja e quando no final do mes, quando eu voltava para ver quanto ja tinha sido vendido e conbrava o dono da loja, ele dizia que os que estavam faltando nao foram vendidos mas sim roubados e que por isso ele nao tinha que me pagar nada ja que era um acordo informal. E ninguem quer assinar contrato e ter responsabilidade por nada. A mim nao valeu a pena.


Paulo Arruda

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Resposta #19 Online: 05 de Dezembro de 2013, 12:16:21
O brasileiro é um "empreendedor otimista" por natureza.
Imagino porque só aparece na mídia o "cara que começou do zero e tá bem pra caramba"... nunca o cidadão que se ferrou de verde e amarelo.
Duas coisas a respeito disso:
1 - nunca sabemos ao certo o que "o cara que deu certo" passou para chegar onde chegou
2 - realmente existem os que têm sorte, os que tem berço (financeiro) e os que tem boas relações que levam ao sucesso do negócio. Além do que os que tem alguma competência diferenciada da grande maioria e conseguem o tal sucesso.

EM GERAL, este otimismo só atrapalha, pois nos afasta da real situação, nos contamina com uma certa "imobilidade", pois achamos que amanhã será melhor que hoje.
Os tais "planejamento" e "plano de negócios" realmente são chatérrimos... mas reduzem muito os riscos e na maioria das vezes levam os mais otimistas a perceber que realmente não estão preparados(naquele momento)  para a empreitada... principalmente financeiramente.

EU... resistiria ao último pegar grana de bancos... pq a conta vem no fim do mês... mesmo que cliente ou trabalhos não... mas já tive algumas crises de otimismo e paguei muito caro por isso por não estar realmente preparado (muito parecido com o que relatou o Cooler e digo que a depressão pós dívida é pesadíssima mesmo - realmente dá vontade de dar fim a tudo).

Por outro lado, o meio mais barato seria mesmo o BNDES - MAAAASSSSSSSSSSSSSSSSS - fora a burocracia do cão o cara normalmente tem que ter 3x de patrimônio o que está pedindo emprestado... e vamos combinar que quem tem 3x o patrimônio do que está pedindo normalmente não recorre a banco... ao menos na área de prestação de serviços.

Se puder e resistir, fuja de empréstimos... e tenha capital de giro para se sustentar por no mínimo 6 ou 12 meses... esta é a melhor alternativa.
Ou ainda, encontre um diferencial que não gere custos fixos (a primeira coisa que uma empresa corta em dificuldade são os custos fixos).
Talvez seja uma forma mais modesta de iniciar... mas com certeza pode ser a mais segura.

E como dizemos por aqui... "faça o que eu digo... mas não faça o que eu faço"... eu mesmo não sei se consigo seguir os meus próprios "conselhos".

E afinal.... em qual cidade vc está Márcio?
ABs.


AFShalders

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Resposta #20 Online: 05 de Dezembro de 2013, 12:39:21
É um conjunto de probleminhas, como economia que anda as cegas (por mais que o governo diga que está tudo bem) o que acaba empurrando as taxas de juros na chamada "ponta livre" lá para cima. Essa "ponta livre" é o chamado empréstimo fácil (cartão, cheque especial) e como o banco não tem garantia absolutamente nenhuma que irá receber, geralmente cobra uma taxa a altura do risco.

No caso de abertura de negócios próprios, os maiores problemas são a falta de planejamento adequado pela esmagadora maioria das pessoas que tentam. Sem um bom estudo de mercado e um plano de negócios decente, o cara nunca vai conseguir um empréstimo com juros interessantes. Por isso que o BNDES exige toda essa burocracia, e mesmo assim só libera quando eles se convencem da viabilidade e seriedade da coisa, e nisso eu concordo com eles, afinal é o dinheiro do contribuinte que é usado para esses financiamentos, e eu não gostaria de ver meu suado $ sendo emprestado para quem não tem a menor noção de negócios. Cruel mas é a verdade... Ainda existe o fator custo no negócio, que muitas pessoas avaliam mal. Mas isso todo mundo já sabe.

O lance é fazer as coisas muito com o pé no chão, estudar muito o mercado antes de começar sequer o plano de negócios. De que adianta um excelente plano se não houver mercado suficiente para cobrir as despesas ?

Outra coisa importantíssima é planejar uma folga (reserva estratégica) para a época das vacas magras. Por exemplo, acontece um imprevisto, acidente ou sabe-se lá o que, e você fica 2 meses sem atividade. E aí ? Se estiver trabalhando na linha d'água, você corre um sério risco de afogamento. No Brasil não dá para operar com recursos muito justos, tem que ter pelo menos 20% de folga. É complicado conseguir isso, e é por esses problemas todos (fora o governo com uma mão permanentemente enfiada no nosso bolso) que a maioria dos microempresários morre sem nem chegar na praia.

A dica é:

- Estudo de mercado a sério, levando em conta a realidade.
- Plano de negócios BEM feito, com os pés no chão
- Se precisar de aporte, tentar o BNDES. Jamais bancos comuns a não ser que te deem condições realmente muuuuuito especiais.



« Última modificação: 05 de Dezembro de 2013, 12:40:03 por AFShalders »


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Resposta #21 Online: 05 de Dezembro de 2013, 14:28:01
Eu estudei business e estudei bastante casos e tipos de negocios. Mas o estudo era voltado para nos preparar como empregados e nao como empreendedores. E como sempre, sempre falando de casos de sucesso. Muitas vezes falando de problema sobre produtos, campanhas, marketing, administracao, mas nada sobre tentar um negocio novo sem muito capital e falhar.

E recentemente eu tenho lido a respeito e so vejo mensagens otimistas falando que fulano teve 5 ou 10 negocios antes de conseguir fazer com que um deles se tornasse uma multinacional, e ciclano comecou vendendo jornal, fez isso e aquilo e sem nunca desistir se tornou um bilionario.

Entao que eu senti falta de ouvi historias de pessoas iguais a mim, que representasse mais minha realidade, e nao historias de ideais, otimizadoras, sonhadoras. Mas a minha principal duvida era se realmente valeria a pena tentar pegar imprestimo (e sero guerreiro que nunca desiste dos seus sonhos), ou ficar como estou e esperar ter uma ideia melhor de expor mais meus trabalhos (sair da internet, visitas pessoais e boca a boca) e assim esperar conseguir sair da estagnacao. To vendo que o risco eh muito grande para um negocio que nao eh la muito popular.


AFShalders

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Resposta #22 Online: 05 de Dezembro de 2013, 14:54:00
Já tentou se informar no SEBRAE ?


Angelita Alves

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Resposta #23 Online: 05 de Dezembro de 2013, 14:54:36
Eu também tive um história de fracasso... sei bem como é isso. No meu caso nem foi falta de planejamento, foi intercorrências da vida (que a gente nunca espera, né?)

Eu sempre quis trabalhar por conta própria. Desde que entrei na faculdade (Direito), eu procurava escritórios para estagiar. Fiz anos de estágio em dois escritórios, um grande e um pequeno. Quando me formei trabalhei um tempo também como empregada, até que resolvi montar meu próprio escritório. Aluguei sala, reformei, comprei móveis, etc... Eu tinha uma sócia, uma colega de faculdade. Os clientes começaram a aparecer, estávamos começando a pagar as contas do investimento inicial. Mas aí a minha sócia recebeu uma proposta pra sair do país, ela foi e fiquei sozinha. Comecei a procurar um outro sócio, pois ainda não tinha condições de pagar empregado celetista. Antes de que encontrasse uma pessoa, eu fiquei grávida (mesmo tomando anticoncepcional) e tive que fazer repouso absoluto. Resultado: tive que dispensar todos os meus clientes. Mas ainda existiam muitas dívidas do investimento inicial, mais as despesas mensais ordinárias e agora ainda despesas médicas e um bebê a caminho. Fui no fundo do poço. Tive depressão, que foi agravada no pós parto. Tive que me tratar com medicação.
O que me salvou, foi que recentemente eu consegui aprovação num concurso e hoje sou funcionária pública. Consegui renegociar minhas dívidas e estou pagando mensalmente. Tenho um emprego chatérrimo, mas pelo menos consigo pagar minhas contas. Comecei a estudar fotografia pra distrair mesmo e talvez ganhar algum dinheiro extra. Agora meus pés estão fincados no chão e tenho pavor de pensar em abrir um negócio próprio.

Acho que só quem nasce em berço de ouro é que tem realmente chances de ter sucesso com empreendedorismo. Fora isso, são casos raros e isolados.


spiderman

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Resposta #24 Online: 05 de Dezembro de 2013, 17:44:26
Eu fazia isso antes, procurar paredes e espacos em cafes para as minhas fotos.
Mas eu nao queria ficar vendendo copias digitais mas sim minhas impressoes tradicionais, em uma moldura de qualidade, etc. As impressoes e principalmente a moldura sao caras e esses estabelecimentos nao se responsabilizam se sujar, se quebrar ou se roubarem.
Eu tinha cartoes postais em uma loja e quando no final do mes, quando eu voltava para ver quanto ja tinha sido vendido e conbrava o dono da loja, ele dizia que os que estavam faltando nao foram vendidos mas sim roubados e que por isso ele nao tinha que me pagar nada ja que era um acordo informal. E ninguem quer assinar contrato e ter responsabilidade por nada. A mim nao valeu a pena.
Eu também tenho essa tendencia de desistir de algumas coisas depois de alguma experiência negativa mas acho que cada caso é um caso e cada pessoa é diferente. Não quer dizer que nunca vai dar certo porque não deu certo uma vez.
Em relação a emprestimos, talvez a taxa de juros seja menos abusiva do que aqui. De qualquer forma, é sempre bom se informar bastante antes de ir pelo caminho do empréstimo.  :ok:
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Resposta #25 Online: 05 de Dezembro de 2013, 23:29:56
Nunca tive um negócio próprio, mas já li muito sobre o assunto, a vontade de largar tudo e tentar algo meu e novo é muito atraente....

Mas.... não funciona bem assim. Primeiro que para abrir um negócio próprio você deve ter dinheiro extra... nada de pegar empréstimos, nem de amigos e nem pense em bancos, por mais atraentes que pareçam eles são teias de aranha... você gruda ali e não sai nunca mais!

Então, junte uma grana, tenha pelo menos o capital inicial dobrado e reserve essa grana.... pelo menos as contas iniciais você tem que pagar com a grana que entrar, se não entrar nada você tem a reserva. Nem pense em fazer algo sem a reserva! E tudo que entrar, pague as contas e reinvista a grana no negócio!!!! É complicado pacas, mas se não for assim, não rola!

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Eu tive uma experiência terrível de endividamento... tanto pessoa fisica quanto juridica... mas é uma história longa pacas, um dia eu conto.... por isso não recomendo a ninguém pegar empréstimo, ainda mais para abrir um negócio... o risco de cair nas dividas é enorme!