Achei interessante a discussão sobre o tema, me fez lembrar das minhas aulas sobre psicologia evolutiva. Existe uma grande discussão, ainda vigente, sobre o peso de fatores inatos e sociais na determinação dos comportamentos, "personalidade" etc.
O fato é que geralmente é uma combinação dos dois: em algumas coisas, como doenças mentais ou alcoolismo, por exemplo, os fatores genéticos terão peso maior. Em outras, como o time para o qual você torce, serão mais baseados na sua experiência.
O principal método pelo qual se pesquisa a interferência de cada fator em um determinado assunto é o estudo de gêmeos. Funciona assim, de forma simplificada:
Pega-se uma amostra de gêmeos monozigóticos (idênticos) e dizigóticos (não idênticos), criados juntos e separados e se compara os grupos em relação ao que é estudado.
Se a maioria os gêmeos idênticos, mesmo criados em ambientes diferentes, mostram um mesmo comportamento quando adultos, por exemplo, mostra-se a força do componente genético.
Se gêmeos não idênticos mostram um mesmo comportamento quando criados juntos mas não quando criados separados, o determinante é o ambiente.
A partir de todas essas observações se tenta chegar a uma taxa, que diz, por exemplo, que isso é determinado 70% geneticamente e 30% pelo ambiente. Mas dificilmente você vai ter algo que é absoluto para um ou outro determinante, pelo menos em relação a comportamento.
E por aí vai... Quando entragem no google scholar, vocês podem pesquisar o termo "twin study" e o assunto (criminalidade, por exemplo), vai aparecer muita coisa, e geralmente utilizando uma metodologia de pesquisa decente, pois não é fácil conduzir esse tipo de pesquisa.