Bom, vamos lá.. Sempre lembrando que sou só um amador metido, com certeza tem gente aqui que pode falar com muito mais propriedade.
Em relação ao RAW. Eu apenas fotografo em RAW, desde que comecei a usar DSLR só usei JPG+RAW uma vez porque fotografei uma festa em que tinha que entregar as fotos no final. E mesmo assim refiz depois e mandei uma outra cópia, mais caprichada.
Muito se fala do trabalho que o pós-processamento gera e que isso seria impecilho para usar o RAW. Não é verdade, se vc não quiser ter trabalho praticamente nenhum, use o DPP que acompanha a camera para fazer a conversão do RAW. Este programa lê os metadados do RAW e aplica as configurações setadas na camera por default. Vc pode ter 200 fotos em RAW, se não quiser, não estiver com paciẽncia ou não tiver tempo de editar nenhuma, basta selecionar as 200 fotos, pressionar CTRL-B e pronto, terá 200 JPG'S iguais (ou melhores) do que aqueles que teria se tivesse feito o JPG diretamente na camera. Claro que vai demorar, o processamento do RAW é lento, mas aí quem vai trabalhar é o computador, não vc.
Aqui no meu blog que nunca atualizo
, fala alguma coisa sobre uma das inúmeras vantagens de fotografar em RAW.
http://alexandreschuster.wordpress.com/2011/08/11/fotografar-em-raw-qual-a-vantagem/No caso específico do tratamento de ruído, deixar para fazer a redução de ruído em pós-produção, na conversão do RAW, é muito mais eficiente do que fazê-lo diretamente na camera. Na pós, vc decide se realmente a redução é necessária e em que quantidade, além de fazer reduções separadas para ruídos de luminância e crominância.
Em relação à luz, o que quis dizer é que sem luz, sempre vai ter ruído. Tendo-se um pouco de luz, se vc conseguir fotografar em RAW expondo um pouco à direita (procure por expor à direita ou expose to right na internet para mais detalhes), ou seja superexpondo a foto levemente, e depois na pós abaixar a exposição, conseguirá resultados melhores. Mas novamente para isso é necessário fotografar em RAW, caso contrário, pode estourar algum canal no JPG e aí o dano é irreversível. E se vc subexpor uma foto em ISO alto, aí não tem jeito, quando for fazer a correção, o ruído virá com toda a força. Por isso o cuidado na fotometria.
Fotografando em RAW, mesmo que não vá editar todas, vc ainda tem a chance de pegar "aquela" foto que não saiu muito boa e corrigir exposição, balanço de branco, alterar nitidez, cores, verificar e tratar o ruído, tudo sem que exista perda nenhuma, o que não acontece com o JPG. Aliás, correção de exposição é uma das coisas que só pode ser feita em cima do RAW e outras, como balanço de branco, tem resultados de mediano para ruim quando corrigidos em JPG, sem contar que qualquer correção feita em cima do JPG é destrutiva, no RAW não.
Outro detalhe, muitos pensam que o RAW serve para corrigir fotos mal feitas e que em fotos bem feitas não existe vantagem nenhuma. Também não é verdade, fotografar pensando em RAW pode ser mais do que isso. Vc pode fotografar pensando em JPG, ou fotografar pensando em RAW. Fotografar pensando em JPG significa vc fotografar para que a foto saia a mais perfeita possível, não interessa se vai gerar um RAW ou JPG. Fotografar pensando em RAW significa fotografar de forma a colher a maior quantidade de informações possíveis para que vc faça, na pós, o JPG que vc quer. São pensamentos diferentes, e o exemplo que coloquei no meu blog é justamente isso. Fotografei pensando no RAW, tentando colher o máximo de informações possíveis no sensor, para depois gerar um JPG baseado nestas informações, com muito mais detalhes do que se tivesse apenas "pensado JPG".
Eu colocaria da seguinte forma, fotos em que vc precisa de um pouco mais de cuidado, em que a fotometria tem papel essencial, sempre RAW. Para outras fotos, tipo as do churrasco do final de semana, RAW também
Brincadeira, não sou xiita do RAW, mas se vc quer qualidade, garanto que depois que começar a converter suas fotos e ver as diferenças e as possibilidades, será difícil voltar a clicar em JPG.
Quanto ao crop de 100%, experimente fazer uma foto em RAW, ISO 1600, converta pelo DPP sem usar ou usando pouca redução de ruído e mande imprimir. Verá que este ruído, que era visível na foto ampliada,
não será praticamente visível na foto impressa
edushimote, a cada nova geração parece que os sensores melhoram um pouco em algum aspecto. Mas as perdas sempre ocorrem, o que varia é o grau. Quando vc aumenta o ISO vc ganha ruído, e perde no mínimo latitude e profundidade de cores.
Eu ainda tenho minha XSi e acho uma câmera muito boa. O nível de ruído é bem aceitável e sempre usei até ISO 800 tranquilamente. ISO 1600 usava em condições mais propícias (de novo como exemplo, usaria a XSi em ISO 1600 na foto do aeroporto, tranquilamente). O que me parece comparando a XSi e a 60D é que a XSi além de ter um pouco mais de ruído (o que é óbvio já que são de gerações distintas) perde um pouco de profundidade de cores em ISO 1600, exigindo mais do pós. Mas isso é uma percepção apenas, nunca comparei as duas diretamente para ter certeza.
Respondendo diretamente à sua pergunta, na XSi usava ISO 800, ISO 1600 dependendo das condições de fotometria, e, claro, do tipo de foto. Nunca perdi foto por medo de usar ISO alto
Bem, acho além de ter ficado extenso, fugiu um pouquinho do tópico rsrsrs
Abçs !!