Autor Tópico: Retratos em baixa velocidade  (Lida 11728 vezes)

Aria

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Resposta #15 Online: 18 de Janeiro de 2012, 11:21:56
Muito bacana mesmo esse ultimo. Eu sempre costumo ver no flickr mas eu sou muito desorganizado e nunca anoto coisas.

Gosto muito de fazer retratos em baixa tambem. Alias, acho que poderia ser aberto um post coletivo com o tema. Sera que a galera animaria de postar?

Não custa tentar. :D
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Natão

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Resposta #16 Online: 18 de Janeiro de 2012, 11:45:29
Isso é tão enjoativo quanto cut out. Uma foto ou outra é bacana, agora generalizar perde a graça.


Aria

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Resposta #17 Online: 18 de Janeiro de 2012, 11:51:20
Isso é tão enjoativo quanto cut out. Uma foto ou outra é bacana, agora generalizar perde a graça.

Generalizar em que sentido, Natão?
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Natão

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Resposta #18 Online: 18 de Janeiro de 2012, 12:22:51
Generalizar em que sentido, Natão?

Achar que todo retrato que se tem que fazer, se tem que fazer desta forma. Pra mim essas fotos não interessantes dentro dum conjunto de demais fotos, ou uma determinada série. Mas daí pra querer fazer sempre assim acho que começa estragar o efeito ficar banal demais e generalizar o estilo como se fosse uma fotografia convencional.


Magro Costa

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Resposta #19 Online: 18 de Janeiro de 2012, 12:28:47
Isso é tão enjoativo quanto cut out. Uma foto ou outra é bacana, agora generalizar perde a graça.

Eu já falei isso aqui, infelizmente acho que meu senso artístico; que admito ser tão necessário pra ser um bom fotógrafo, ou para ao menos se conseguir boas fotos, é uma nulidade.
Só pode ser isso, não vejo outra explicação, olho pra fotos assim e antes de pensar em como o autor fez isso, que técnicas usou, etc e tal, a primeira coisa que me vem sempre à cabeça é: "Ih errou!"
Posso passar o dia vendo retratos e fotos de um Sebastião Salgado, apesar dele não ser meu favorito (gosto muito mais de um Tim Flach da vida) e concordando com o que disse o Natão, não olho uma segunda vez pra uma foto assim “tremida”...
O duro disso tudo? Sei que estou errado, mas sou muito velho já pra mudar, conclusão; não vou ser um bom fotógrafo é nunca... :no:
« Última modificação: 18 de Janeiro de 2012, 12:32:05 por Magro Costa »


Luciano.Queiroz

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Resposta #20 Online: 18 de Janeiro de 2012, 14:27:21
olho pra fotos assim e antes de pensar em como o autor fez isso, que técnicas usou, etc e tal, a primeira coisa que me vem sempre à cabeça é: "Ih errou!"

concordo... torço o nariz pra fotos assim também. Retrato pra mim implica em grande nitidez, luz legal, boa expressão do fotografado, etc... em raros casos consigo enxergar uma foto assim como arte. Um exemplo da exceção é essa que postaram no link (Self Portrait of Possession) ...


Aria

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Resposta #21 Online: 18 de Janeiro de 2012, 14:32:52
Achar que todo retrato que se tem que fazer, se tem que fazer desta forma. Pra mim essas fotos não interessantes dentro dum conjunto de demais fotos, ou uma determinada série. Mas daí pra querer fazer sempre assim acho que começa estragar o efeito ficar banal demais e generalizar o estilo como se fosse uma fotografia convencional.

Nunca vi alguém achar que todo retrato tem que ser feito em baixa velocidade. Acho que essa seria uma visão bem limitada. Na verdade, acho que qualquer pessoa que pensa que existe uma só forma de certa de fotografar tem uma visão meio limitada. Este fotógrafo que citei, por exemplo, possui outros tipos de foto. Essa é apenas uma série em que ele utilizou a baixa velocidade como forma de expressão. Ainda sim, mesmo que ele só fizesse fotos em baixa velocidade, isso não significaria que ele ache que essa é "a forma certa" de fotografar. É apenas uma opção do autor. Eu gosto de retratos em baixa velocidade, mas isso não quer dizer que eu vá gostar de todo retrato assim. Acredito que quem trabalha profissionalmente com fotografia acaba tendo que se preocupar com a forma como sua fotografia é vista  pelas outras pessoas. Afinal, o cliente tem que ficar satisfeito. Então geralmente se trabalha em cima do convencional, do que é comumente aceito. Mas quando se pensa a fotografia como forma de desenvolver um trabalho autoral, o fotógrafo não tem que se limitar à fotografia convencional. Acho que a possibilidade de criação é maior ainda. Não acho que exista um grau de hierarquia ou algo que defina que a fotografia convencional é melhor do que a não convencional e que, portanto, um estilo não deve ser tão usado como se fosse fotografia convencional. São apenas formas diferentes de fotografar. Cada um opta pela forma de fotografar com a qual mais se identifica e que tem mais a ver com o que quer passar. Geralmente a gente costuma gostar daquilo que se aproxima da nossa visão, da nossa forma de fotografar ou de como gostaríamos de fotografar. Acho que tem certas coisas que passam pelo gosto pessoal. Eu, por exemplo, não gosto muito de fotos de aves. Não é que eu as considere ruins, apenas não me despertam interesse. E há outros tipos de fotos que também não me despertam interesse. Acho que muitas pessoas têm isso. O negócio é não passar a considerar o nosso gosto como sendo o melhor.
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Resposta #22 Online: 18 de Janeiro de 2012, 14:33:40
Eu já falei isso aqui, infelizmente acho que meu senso artístico; que admito ser tão necessário pra ser um bom fotógrafo, ou para ao menos se conseguir boas fotos, é uma nulidade.
Só pode ser isso, não vejo outra explicação, olho pra fotos assim e antes de pensar em como o autor fez isso, que técnicas usou, etc e tal, a primeira coisa que me vem sempre à cabeça é: "Ih errou!"
Posso passar o dia vendo retratos e fotos de um Sebastião Salgado, apesar dele não ser meu favorito (gosto muito mais de um Tim Flach da vida) e concordando com o que disse o Natão, não olho uma segunda vez pra uma foto assim “tremida”...
O duro disso tudo? Sei que estou errado, mas sou muito velho já pra mudar, conclusão; não vou ser um bom fotógrafo é nunca... :no:

Magro, o que vc considera senso artístico?
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Resposta #23 Online: 18 de Janeiro de 2012, 14:44:34
Nunca vi alguém achar que todo retrato tem que ser feito em baixa velocidade. Acho que essa seria uma visão bem limitada. Na verdade, acho que qualquer pessoa que pensa que existe uma só forma de certa de fotografar tem uma visão meio limitada. Este fotógrafo que citei, por exemplo, possui outros tipos de foto. Essa é apenas uma série em que ele utilizou a baixa velocidade como forma de expressão. Ainda sim, mesmo que ele só fizesse fotos em baixa velocidade, isso não significaria que ele ache que essa é "a forma certa" de fotografar. É apenas uma opção do autor. Eu gosto de retratos em baixa velocidade, mas isso não quer dizer que eu vá gostar de todo retrato assim. Acredito que quem trabalha profissionalmente com fotografia acaba tendo que se preocupar com a forma como sua fotografia é vista  pelas outras pessoas. Afinal, o cliente tem que ficar satisfeito. Então geralmente se trabalha em cima do convencional, do que é comumente aceito. Mas quando se pensa a fotografia como forma de desenvolver um trabalho autoral, o fotógrafo não tem que se limitar à fotografia convencional. Acho que a possibilidade de criação é maior ainda. Não acho que exista um grau de hierarquia ou algo que defina que a fotografia convencional é melhor do que a não convencional e que, portanto, um estilo não deve ser tão usado como se fosse fotografia convencional. São apenas formas diferentes de fotografar. Cada um opta pela forma de fotografar com a qual mais se identifica e que tem mais a ver com o que quer passar. Geralmente a gente costuma gostar daquilo que se aproxima da nossa visão, da nossa forma de fotografar ou de como gostaríamos de fotografar. Acho que tem certas coisas que passam pelo gosto pessoal. Eu, por exemplo, não gosto muito de fotos de aves. Não é que eu as considere ruins, apenas não me despertam interesse. E há outros tipos de fotos que também não me despertam interesse. Acho que muitas pessoas têm isso. O negócio é não passar a considerar o nosso gosto como sendo o melhor.

Belo discurso, mas se reler o que eu postei vais entender que o que eu realmente quis dizer não necessitando nem de 1/3 das palavras gastas aqui. Mas claro isso é opinião de cada um.


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Resposta #24 Online: 18 de Janeiro de 2012, 14:46:07
Magro, o que vc considera senso artístico?

senso artístico é como discurso científico, se reúnem uma cúpula de caras tidos como bambambam da coisa, e dizem que tem que ser assim, se for assado não entra no grupo. Arte e Ciência, atualmente é discurso autoritário, e há tempos é assim.
« Última modificação: 18 de Janeiro de 2012, 14:47:09 por Natão »


Aria

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Resposta #25 Online: 18 de Janeiro de 2012, 14:51:20
Belo discurso, mas se reler o que eu postei vais entender que o que eu realmente quis dizer não necessitando nem de 1/3 das palavras gastas aqui. Mas claro isso é opinião de cada um.

rsrs... É... acho que não entendi. Acontece, né.
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LEANDRODIOGENES

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Resposta #26 Online: 18 de Janeiro de 2012, 15:36:16
senso artístico é como discurso científico, se reúnem uma cúpula de caras tidos como bambambam da coisa, e dizem que tem que ser assim, se for assado não entra no grupo. Arte e Ciência, atualmente é discurso autoritário, e há tempos é assim.

Natão, com todo respeito, discordo que arte é discurso autoritário. Se assim o fosse, não teriamos as "fotos tremidas" deste post, e muito menos, por exemplo, o trabalho da fotógrafa Sally Mann,que retratava crianças nuas (seus filhos na época), em situação de agonia, fumando, mortos e por aí vai (de gosto duvidoso e contra o padrão aceito como arte na época, e imagino hoje) e, ainda por cima divulgou sua obra em museus de NY, foi capa da Times, vendeu um monte de foto e por aí vai...

http://www.google.com/search?q=sally+mann&hl=en&safe=off&biw=1920&bih=1042&prmd=ivnsob&source=lnms&tbm=isch&ei=WlvyTd6gD9PqgQe36oDkCw&sa=X&oi=mode_link&ct=mode&cd=2&sqi=2&ved=0CBMQ_AUoAQ

Acho que arte é igual gosto...cada um tem o seu...

e como já diziam..."A Arte está nos olhos de quem vê"



Natão

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Resposta #27 Online: 18 de Janeiro de 2012, 17:21:49
Natão, com todo respeito, discordo que arte é discurso autoritário. Se assim o fosse, não teriamos as "fotos tremidas" deste post, e muito menos, por exemplo, o trabalho da fotógrafa Sally Mann,que retratava crianças nuas (seus filhos na época), em situação de agonia, fumando, mortos e por aí vai (de gosto duvidoso e contra o padrão aceito como arte na época, e imagino hoje) e, ainda por cima divulgou sua obra em museus de NY, foi capa da Times, vendeu um monte de foto e por aí vai...


Não é discurso de autoridades no assunto não? Quem que diz que uma foto é arte, que a foto do Andreas Gursky vale 4 milhões, que aquela porcaria daquele Pinico do Duchamp é Arte? Eu? Tu? Não, é um pessoalzinho que se reuniu e decidiu assim, ou seja, é sempre sim discurso de autoridade. Assim como é a ciência, que tem uma pancada de caras que ficam decidindo o que é valido e o que não é valido em sua metodologia. Ou tu realmente achas que essas coisas tem valores além dos homens, valores divinos, e inerentes a elas mesma?



Magro Costa

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Resposta #28 Online: 18 de Janeiro de 2012, 17:37:44
Magro, o que vc considera senso artístico?
Olhar por exemplo pra uma foto toda tremida, e achar que antes de ser um erro é arte... Eu não penso assim.

Existe uma coisa que acho bastante interessante em toda discussão envolvendo esse assunto; quando alguém como eu, expressa que não gosta ou mesmo não entende determinado tipo de arte, imediatamente os defensores dela se arvoram. Você pode não gostar de jiló, pode não gostar de quiabo, mas nem pense em dizer que não gosta dessa ou daquela “arte”, logo irão aparecer uma legião de defensores que de forma sutil ou não, irão tentar te fazer pensar que você  é um inculto, que não tem visão artística, que isso que aquilo... Como se admite que alguém não goste de “Fulanô D’Tal” (por favor, dê-se a isso um sotaque francês), que ensinou seu macaquinho a pintar com o rabo? Inadmissível, quanta ignorância! Afinal a “pintura rabal” expressa piamente a expansão cósmica de modo gutural e instiga nossos mais profundos sentimentos animais... (heim?)

Nunca falei que não admito esse ou aquele tipo de arte (sic!), afinal quem sou eu pra isso? Mas dou-me ao direito de não gostar, de não achar que é bonito e continuar achando que é um erro, no máximo metido a besta, mas erro.
Sou duro, técnico, concreto, muito mais fã de Newton, de Einstein ou ate de um Stephen Hawking do que de um filósofo ou artista qualquer. Gosto do real e no campo das artes (sic! de novo) vou sempre ser mais um Renoir do que um Salvador Dali sem dúvida.

Agora que é duro fazer alguém “artístico” aceitar que você é assim, sem que necessariamente ele te veja como um bocó, é.

Abraços povo!


Mr. Hyde

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Resposta #29 Online: 18 de Janeiro de 2012, 18:12:17
rsrs... É... acho que não entendi. Acontece, né.

É... Tá ficando difícil o exercício da discussão saudável e franca. Uma pena mesmo!  :(  :(  :(  :(

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"Deus perdoe o Mal que habita em mim" M. Nova