Vamos lá... a discussão é boa, apesar de "quente".
Fotos que "exploram" a fragilidade e a situação de miséria alheia são complicadas. Na minha opinião o que "legitima" imagens desse viés é o comprometimento do fotógrafo e o objetivo da foto.
Imagens históricas como as citadas aqui (criança e urubu e criança correndo) têm sua validade e importância por alguns motivos, o maior deles é dar visibilidade global a conflitos "distantes" da maioria, trazendo à tona as condições dessas pessoas. E isso só é possível pois os fotógrafos autores dessas fotos têm comprometimento com este tema e com esta denúncia, vivem (ou viveram) disso, fazem isso com propriedade e ética. E por fim, conhecem e têm acesso aos meios de publicação dessas imagens, esperando que esses tratem suas fotos com o devido respeito cumprindo o objetivo a que elas se propõem.
É muito diferente de sair por SP com uma câmera fotografando a multidão de pessoas em situação de miséria nas ruas. Olha pra um lado, uma flor linda, do outro um mendigo, faz as duas fotos e publica no Flickr.
Os problemas aqui estão na falta de objetivo, na falta de comprometimento e na exploração "vazia" da situação daquela pessoa, resumi-la a mero exercício fotográfico (pobre na maioria das vezes) é uma covardia, no mínimo!
Que fique claro, com essa opinião não quero atingir a pessoa criadora do tópico, ela é geral e irrestrita a essa atitude de explorar covardemente assuntos frágeis.
Só pra frisar. Acho FUNDAMENTAL que o fotógrafo tenha COMPROMETIMENTO, RESPEITO e CONHECIMENTO pelo e do tema que se debruça a fotografar. Só assim ele não será um apertador de botão superficial e enlouquecido com todas as possibilidades do mundo.
abraços!