Autor Tópico: Questões de portfólio  (Lida 4563 vezes)

Alexandre Ricci

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Resposta #15 Online: 05 de Março de 2012, 14:05:23
Spider, essa questão é muito complicada mesmo.

Se quiser um exemplo de quem já passou por isso e resolveu de uma maneira muito interessante, dá uma olhada no site do meu professor. Ele tem a fotografia dita "autoral" na veia, inclusive recentemente ele postou aqui sobre a participação dele na bienal de Roma. Mas parece que é senso comum que o que dá mais retorno financeiro pra quem ainda não é famoso é o "feijão com arroz", ou seja, casamentos, eventos, ensaios...

No site dele tem os portfólios divididos por área de atuação. Quem acessa, pode ver o que ele é capaz de fazer de diversas formas, de acordo com o que está procurando.

Acho que isso é parecido com seu dilema. Você gosta das fotos no seu estilo criativo, mas é consciente que esse estilo não agrada a todos. Mas por sua vez quer que as pessoas saibam do que é capaz, ou seja, mesmo que te contratem pra tirar foto de uma festa infantil, vai saber que se precisar pode fazer fotos diferenciadas e artísticas também.

www.fernandosiqueira.com
 O site é dividido com a esposa dele que também é fotógrafa, mas os acessos são separados :ok:


vilson kojo

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Resposta #16 Online: 05 de Março de 2012, 15:04:45
EMHO de iniciante, tenho a visao de que já criou um estilo proprio, que mesmo as fotos consideradas nao convencionais, estao interligadas, como partes do corpo, e que nao gostaria de descarta-las ... Há muitos sites onde autores apresentam seus portifolios, linkando seus blogs (quando nao tem a opçao autoral), onde apresentam, de uma maneira mais pessoal,  seus trabalhos considerados mais ousados e criativos ... Desta forma nao comprometem o direcionamento no site ao publico alvo e aumentam, de uma forma indireta  a oportunidade, caso for do agrado dos clientes, de requere-las tambem ... Sao geralmentes fotos fora dos considerados padroes visuais, que muitas vezes nao agradam a maioria, mas que nos causam satisfaçao pessoal ... :assobi:
« Última modificação: 05 de Março de 2012, 15:13:41 por vilson kojo »
Nikon D800 | Fujifilm S3Pro | Nikon FM3A | Tamron AF 19-35mm 3.5-4.5 | Nikkor AF 50mm 1.4 D | Nikkor AF-S 50mm 1.4 G | Nikkor AF-S 85mm 1.8 G | Nikkor AF 28-200mm 3.5-5.6 D | Nikkor AF-S VR 70-200mm 2.8 G | Speedlight SB-80DX
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C. Ferrari

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Resposta #17 Online: 05 de Março de 2012, 15:21:09
Acho que entendi a maneira de pensar de vocês. A Ária pensa que eu deveria ser ousado, mesmo que para isso eu atinja menos clientes. O Carlos pensa que eu deveria ser mais contido e pensar de maneira mais mercadológica. As fotos devem ser interessantes mas vendáveis. O Fábio acha que eu deveria ser mais contido para, futuramente, após a conquista do mercado, ir extravasando aos poucos. O Dondon e o Santana acham que eu devo fazer as duas coisas juntas e dividi-las de maneira formal.

Confesso que continuo confuso, pois em meu trabalho, não me parece que há uma fronteira tão marcante entre essas duas maneiras de fotografar.

Estou um pouco mais proximo do pensamento do Carlos. Talvez indo um pouco mais de encontro com o pensamento da Ária. Ou seja, extravasar mas com um limite mercadológico. Por exemplo, aria, aquele trabalho daquele casal  me parece ainda dentro desse limite.

Ja pensei em seguir a proposta do Santana e do Dondon mas que não seja fotos de gravida nem fotografia infantil. Seria colocar também meu trabalho amador no blog. Ainda não creio que dividir formalmente o trabalho profissional entre autoral e convencional seja o mais correto. No seu caso, por exemplo, Plinio, mesmo sendo fotos de arquitetura, voce simplesmente dividiu o seu trabalho profissional do trabalho amador. Não houve uma divisão do trabalho profissional em duas partes. Creio que isso causaria muita confusão na cabeça do cliente.


é o que eu falei no outro topico.

Quando forem de contratar, procure sempre ao cliente indicar referencias de trabalho que ele goste. Além de te ajudar na hora de fotografar, tu pode fazer uma breve analise do cliente e saber se tu pode "pirar" um pouco no teu estilo.


E outra coisa, da uma lida nos teus e-mails do flicker, te mandei uma msg lá, tua caixa aqui ta cheia.

Vlw


Razad

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Resposta #18 Online: 05 de Março de 2012, 15:45:41
Acho que é importante mostrar pros seus clientes o seu lado mais criativo, vejo nessa situação a ideia de apresentar o seu portfólio em categorias de criatividade, mostre que você sabe fazer o padrão, o criativo, e o fora da casinha, o cliente escolhe qual serviço ele quer e você ainda você pode até cobrar diferente por isso, ja 'selecionando' a decisao do seu cliente pelo tipo de trabalho que você mais gosta de fazer, mas nao perdendo a fatia do mercado 'feijão com arroz', como você esta começando e quer divulgar a forma que você gosta de trabalhar, cobre um pouco menos por esse serviço e o padrao de mercado pelo usual, depois você inverte, voce deixa de ganhar no fator dinheiro mas ganha fotografando o que gosta e divulgando seu estilo
« Última modificação: 05 de Março de 2012, 15:55:24 por Razad »
Adilson Junior - Joinville-SC
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Mr. Hyde

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Resposta #19 Online: 05 de Março de 2012, 17:22:36
Rapaz, isso não é fácil de ser respondido...

Vejo alguns sites em que o fotógrafo coloca um link para as fotos ditas 'Pessoais/Cult/Conceitual/etc...' e lá armazena, seja misturado, seja separado por temas (((casamento, crianças, moda, nu, etc...) as fotos mais conceituais/artísticas.

Manter 2 estruturas separadas, 2 portfólios separados, 2 sites separados, 2 nomes (((  :shock: ))) separados, não dá...  :no:

Acho que, quem quiser um trabalho mais comum, se concentrará nas fotos de portfólio 'comum'. Quem quiser uma coisa mais conceitual se fixará nas fotos do link 'Conceitual'. É bom deixar um texto introdutório assim que a pessoa acesse o link 'conceitual' fica sabendo que essa parte é dos trabalhos pessoais mas que podem ser contratado esse conceito tb. Assim, fica bem definido que aquela parte não será 'empurrada' ao cliente, mas se ele quiser, pode contratar aquela estética/conceito também.
Acho a melhor solução para seu caso...  :ok:

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Fabio Azzo

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Resposta #20 Online: 05 de Março de 2012, 18:07:07
Basicamente, o que esta te matando é a preocupação com o chamado posicionamento.

A grande questão, acho, é analisar os prós e contras de cada um dos extremos:

1. O fotografo comportado: Você vai produzir material pra todo tipo de gente, aumentando e muito sua cartela de clientes. Dessa forma é mais fácil conseguir um trabalho, já que uma boa parcela procura o convencional. O problema é a falta de possibilidade de expressão, sendo o seu ponto de vista diferenciado. Acaba que você poderá se sentir frustrado por ter sempre que fazer 'mais do mesmo'.

2. O ousado: Você produz um material com grande expressividade, com olhar completamente diferente dos concorrentes. Produz um material com conteúdo e que precisa de um certo repertório para ser analisado corretamente. Por essas razões, a cartela de clientes será menor, mas você ganha como vantagem a criação de identidade própria. Acho que o maior contra aqui é a possibilidade de passar fome, principalmente no início.

Pelo que percebo nas suas postagens você acha que pode existir um ponto de equilibrio entre os dois posicionamentos. Acredito nisso também, de certa forma. Só tenho medo que sua imagem não fique relacionada a nenhum deles, o que acabaria com a a unidade do seu trabalho, afinal, "esse cara é ousado, ou ele faz o trabalho normal?".


agalons

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Resposta #21 Online: 05 de Março de 2012, 18:32:11
dentro do site pode ter uma pasta "autoral", para diferenciar o STD do "diferente"
vc que acha?????
abs.


LEANDRODIOGENES

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Resposta #22 Online: 05 de Março de 2012, 21:03:38
O importante é generalizar...vamos lá....Acho que é como tudo na vida...

Perfil Conservador: Faz sempre o que sabe fazer, zona de conforto. Ganha dinheiro certo, mas não espere ficar rico e famoso.

Perfil Moderado: Faz o de sempre, faz coisas ousadas. Dá umas arriscadas, mas acaba perdendo os clientes que querem um fotografo especializado em coisas "ousadas".

Perfil Agresivo: Doidão...faz "arte". Pode morrer de fome Ou ficar rico, famoso, e tudo que vem junto.

Investimento na bolsa de valores é por aí... :shock:


dondon

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Resposta #23 Online: 05 de Março de 2012, 21:37:04
Acho que entendi a maneira de pensar de vocês. A Ária pensa que eu deveria ser ousado, mesmo que para isso eu atinja menos clientes. O Carlos pensa que eu deveria ser mais contido e pensar de maneira mais mercadológica. As fotos devem ser interessantes mas vendáveis. O Fábio acha que eu deveria ser mais contido para, futuramente, após a conquista do mercado, ir extravasando aos poucos. O Dondon e o Santana acham que eu devo fazer as duas coisas juntas e dividi-las de maneira formal.

Confesso que continuo confuso, pois em meu trabalho, não me parece que há uma fronteira tão marcante entre essas duas maneiras de fotografar.

Estou um pouco mais proximo do pensamento do Carlos. Talvez indo um pouco mais de encontro com o pensamento da Ária. Ou seja, extravasar mas com um limite mercadológico. Por exemplo, aria, aquele trabalho daquele casal  me parece ainda dentro desse limite.

Ja pensei em seguir a proposta do Santana e do Dondon mas que não seja fotos de gravida nem fotografia infantil. Seria colocar também meu trabalho amador no blog. Ainda não creio que dividir formalmente o trabalho profissional entre autoral e convencional seja o mais correto. No seu caso, por exemplo, Plinio, mesmo sendo fotos de arquitetura, voce simplesmente dividiu o seu trabalho profissional do trabalho amador. Não houve uma divisão do trabalho profissional em duas partes. Creio que isso causaria muita confusão na cabeça do cliente.

Então não organize de forma tão explícita. Na hora de apresentar as fotos de um mesmo ensaio, comece com as de mercado, no meio coloque as que julga intermediárias e termine com as mais autorais. Talvez o cliente nem perceba a diferença clara entre elas, mas perceberá que você sabe fotografar e faz o serviço assim e assado.

Talvez seja interessante separar um espaço dentro das mídias (seja qual for Flickr, Blog, Facebook, etc) para as fotos autorais que não fazem parte de ensaios para clientes, que são exercícios pessoais de fato.

[]s


romuloqueiroz

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Resposta #24 Online: 13 de Agosto de 2013, 11:10:27
Você quer apresentar seu trabalho ou vender seu serviço.

Eu não vejo por exemplo necessidade de mostrar fotos de noivas para um cliente que deseja um ensaio do filho. Mas o cara quer fotografias do filho para recordação (a liberdade criativa vai aumentanto), mas ele quer fotos do filho para levar numa agência e explorar a criança... (a liberdade diminui). Acho que tem de ter de tudo, ou simplesmente dizer: não, isso eu não faço. Todo esse lance da publicação do trabalho virtualmente é ampliou muita coisa, mas acho que nada substitui levar um portfolio impresso, com fotos selecionadas exatamente com o que o cara quer ver (caso você tenha), que você já vai saber numa conversa por telefone, numa troca de e-mails etc.

Autoral é o que o autor faz. Merda tem autor!

Fotografos são profissionais e alguns tentam fazer arte, se não acha que está fazendo arte mas é o objetivo, chama de processo criativo, processo artístico, pode ser ruim, mas a gente vai tentando. rs Tem quem faça arte com fotografia e nem fotografo é. É possível criar dentro do "profissional" e é possível que o cliente goste.

Mas acho que se o foco é o cliente, mostre o que ele quer.

Virtualmente? Organize as fotos em albuns que diga exatamente o que você propõe com ele. As pessoas vão entender.


Portela 2011

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Resposta #25 Online: 14 de Agosto de 2013, 08:47:22
Peter, confesso que não lí tudo de todos os posts, portanto posso estar chavendo no molhado.. mas vamos lá.

Com relação a solução para o site, acho essa mais operacional e de fácil entendimento para seus clientes potenciais.

dentro do site pode ter uma pasta "autoral", para diferenciar o STD do "diferente"
vc que acha?????
abs.

Mercadologicamente falando, a definição de um público alvo é importante. A não ser que você queira baixar seu preço e entrar no meio comum.

Quem quer tem um produto diferenciado e quer ser remunerado de forma adequada por ele (mais bem remunerado por um trabalho diferenciado, não no varejão), tem de definir seu público e desenvolver o porduto para ele, para ter uma "marca registrada", um produto que leve a pessoa a pensar em seu nome.

Exemplo dos anos 80/90: COMPANY, tinha lojas em shoppings de primeira linha, produtos caros para um público mais seleto, ou alguém que juntava grana para pagar caro por uma mochila, sapato, carteira. Em meados dos anos 90 abriu uma loja em uma região popular do Rio (não me lembro o endereço). Na época quase foi à falência (não sei se foi, pois não vejo mais produtos COMPANY), porque simplesmente parou de vender nas outras lojas, pois a "exclusividade" ou diferencial social, foi retirado.

Eu conheço seu trabalho e sou seu cliente (menos coriqueiro que queria, mas o $$ tá curto, e fotografia passou para segundo planos por uns tempos), portanto, um portifólio mais mesclado não me influenciaria. porém, se eu não conhecesse e entrasse no seu site e por azar, só visse fotos de perfil mais comum, com o $$ que você cobra (com toda justiça pela qualidade), eu procuraria um que cobra mais barato. Até porque, o cliente não tem o mesmo critéri de avaliação de uma pessoa que já brinca com fotografia.

Acho assim (mas aí você que tem de definir o que quer), se quer ter clientes mais comuns, e que vão exigir preços mais comuns, monte um portifólio bem diversificado, se não, mantenha se estilo, e na entrevista com o cliente, demonstre estar aberto a outras opções que o cliente possa demonstrar ter.

Outra coisa que podes fazer, faça uma consultoria no SEBRAE. Não é uma Brastemp, mas pode te ajudar bastante nestas definições estratégicas. Se quiser, podemos conversar e posso te ajudar a rascunhar um planejamento estratégico para seu negócio (não só o site), mas é um exercício mais demorado. Ainda mais à distância.  :ok:


spiderman

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Resposta #26 Online: 14 de Agosto de 2013, 10:42:39
Isso é coisa antiga, Portela :). Por isso tinha trancado o tópico. Já não tenho mais esses questinamentos. De qualquer forma, valeu!
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