Autor Tópico: Onde estao os inquietos?  (Lida 4828 vezes)

Natão

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Resposta #15 Online: 27 de Março de 2012, 14:01:47
Posso dizer a verdade, acho isso tudo uma grande babaquisse. Arte? A fotografia não nasceu pra ser arte e sim registro histórico. E ainda hoje pela imensa maioria das pessoas ela é utilizada assim.

Primeiro que ninguém é capaz de dizer o valor estético fotográfico. Alguém aqui é capaz de mencionar algum, se quer, que evidencie porque uma foto é artística e outra não.

Isso aí é discurso de pseudointelectualóide que acha que tudo tem que ter um viés não convencional e que esse viés é justamente o de valor, e não a função prática.

Arte, enquanto arte mesmo se expande muito além dos limites fotográfico e independe de um dado valor estético social para se realizar, mas aí é que encontra-se o problema, onde? Onde está o verdadeiro sentido da fotografia? Talvez num lugar que nunca procuramos, na sua simplicidade de registro.

Mas ainda assim ficamos muito aquém de ditar, ou mesmo dizer o valor estético real fotográfico, esses caras pensam na fotografia como uma pintura. Ela nunca teve pretensões assim. E não é porque ela não quer, é porque não pode mesmo.

Valor fotográfico é valor de registro, de uma forma ou de outra. Daí a entrar na questão do gostar há um grande abismo (e que a maioria desses caras confundem com o que é e o que não é).


Zaca Oliveira

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Resposta #16 Online: 27 de Março de 2012, 15:32:59
A fotografia tem ocupado cada vez mais lugares em exposições de museus e galerias no mundo inteiro. Mesmo em São Paulo isso é visível e existe um movimento grande de fotógrafos e printers no Nordeste.
Eu acho que fotografia não é Arte, assim como tinta, tela e papel também não o é. É apenas um meio. Se a fotografia nasceu pra registrar fatos históricos, ela continua sendo um importante meio e o uso dela é livre pra quem quiser, ou se expressar ou como usá-la.
Agora, pq a fotografia não nasceu pra ser arte? Porque o uso da fotografia tem que ser convencional? Cara, juro que li e depois reli.
« Última modificação: 27 de Março de 2012, 15:34:04 por Zaca Oliveira »
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Natão

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Resposta #17 Online: 27 de Março de 2012, 16:45:50
A fotografia tem ocupado cada vez mais lugares em exposições de museus e galerias no mundo inteiro. Mesmo em São Paulo isso é visível e existe um movimento grande de fotógrafos e printers no Nordeste.
Eu acho que fotografia não é Arte, assim como tinta, tela e papel também não o é. É apenas um meio. Se a fotografia nasceu pra registrar fatos históricos, ela continua sendo um importante meio e o uso dela é livre pra quem quiser, ou se expressar ou como usá-la.
Agora, pq a fotografia não nasceu pra ser arte? Porque o uso da fotografia tem que ser convencional? Cara, juro que li e depois reli.

Isso significa uma certa convenção entre homens querendo descobrir o valor estético fotográfico. Mas ela não nasceu com esse intuito, e sim como experiência científica de registrar a realidade por meio de uma representação imagística de si mesma. Foi de início um acaso e posteriormente usou-se isso para registrar dados da realidade. Claro que com o tempo elas foram alteradas e nem de longe passaram a ser uma cópia fiel das coisas. Mas o seu início foi assim, ninguém pensou, nossa vou marcar a realidade nesse papel por intermédio de uma imagem e vou chamar isso de arte!.

E outra, o conceito de Arte hoje é muito, mas muitíssimo vago, como eu já disse, ninguém compreende ou é capaz de dizer um único valor estético fundamental para dizer isso sim, é válido e isso não, isso não é válido. O cara do texto definiu uma fotografia estética de uma não. Como assim? Estético é tudo o que é visto aos sentidos. Mesmo a foto desagradável de uma flor entra no campo da estética, já que ela determina uma aparência do ser.

O problema não é que a fotografia tem que ser convencional, o problema é querer tirar ela do seu meio para inventar e colocá-la em um patamar inatingível para a grande maioria. Isso aí não é Arte.

Ah sim, Arte não deixa de ser uma certa técnica, e nasce como a relação do homem com o mundo, ou seja, tudo é arte, a partir desse pensamento. Mas então por que querer separar as coisas? Por que dizer que o valor de uma foto tecnicamente ruim, ou mesmo uma tecnicamente boa não é arte e sim apenas aquelas feitas por um determinado grupo de pessoa com determinada intenção? Toda fotografia tem uma intenção, mesmo que seja apertar o botão, mas é isso. Não é preciso pensar em todo um contexto histórico-econômico-sócio-cultural, para dizer, isso sim é uma fotografia artística, e isso não, isso é só uma foto. No final das contas, ambas tem o mesmo valor, retratou ou tentou retratar a realidade, pode ser de uma única pessoa, ou de um grupo, mas quis interpretar o real. E mesmo se não foi essa a intenção, ela ainda nasceu com uma certa relação com a realidade, afinal a luz que marcou o sensor, ou gravou algo na película bom essa é real, não o fosse, eu não estaria escrevendo isso e tu não estaria lendo.

É isso.


EduCavalcante

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Resposta #18 Online: 27 de Março de 2012, 17:10:17
Vendo pela analise do Natão a fotografia está sendo tratada como arte, para valorizar a fotografia (R$), pois pelo ponto de vista da maioria das pessoas a fotografia serve apenas para registrar momentos e locais, sendo assim os fotografos tem que criar diferenciais para cobrar pelo trabalho de registrar esses momentos e deram o nome a isso de arte.

Seria isso Natão?
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Natão

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Resposta #19 Online: 27 de Março de 2012, 17:25:28
Vendo pela analise do Natão a fotografia está sendo tratada como arte, para valorizar a fotografia (R$), pois pelo ponto de vista da maioria das pessoas a fotografia serve apenas para registrar momentos e locais, sendo assim os fotografos tem que criar diferenciais para cobrar pelo trabalho de registrar esses momentos e deram o nome a isso de arte.

Seria isso Natão?

Não propriamente isso, mas criou-se uma corrente de que a fotografia que tem valor, é a artística. Toda fotografia tem um certo valor histórico e humano umas de maior abrangência e outras de menor. Mas daí a querer dizer que um tipo de fotografia é artística e outro não, é  discurso de um certo grupo para conseguir dizer, "a minha vale, a tua não" independentemente de qualquer valor financeiro.

O problema é enxergar isso na fotografia, a arte na fotografia. Ninguém consegue dizer isso pra dizer que é assim e não diferente. Em sua análise fria, a fotografia é um registro, quem agregou valor estético querendo sobressair perante outros foi um grupo que se autodenominou "os diferentes". Mas eu não consigo enxergar isso, onde é que uma fotografia entra no campo artístico e onde uma não entra. E ninguém tem um discurso suficientemente sólido para dizer que essa é e essa não é.

Ou seja, o texto do cara, ao meu ver, em grande parte, é conversa para boi dormir...


proenca.spo

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Resposta #20 Online: 27 de Março de 2012, 17:28:45
Não propriamente isso, mas criou-se uma corrente de que a fotografia que tem valor, é a artística. Toda fotografia tem um certo valor histórico e humano umas de maior abrangência e outras de menor. Mas daí a querer dizer que um tipo de fotografia é artística e outro não, é  discurso de um certo grupo para conseguir dizer, "a minha vale, a tua não" independentemente de qualquer valor financeiro.

O problema é enxergar isso na fotografia, a arte na fotografia. Ninguém consegue dizer isso pra dizer que é assim e não diferente. Em sua análise fria, a fotografia é um registro, quem agregou valor estético querendo sobressair perante outros foi um grupo que se autodenominou "os diferentes". Mas eu não consigo enxergar isso, onde é que uma fotografia entra no campo artístico e onde uma não entra. E ninguém tem um discurso suficientemente sólido para dizer que essa é e essa não é.

Ou seja, o texto do cara, ao meu ver, em grande parte, é conversa para boi dormir...

80% de acordo Natão com sua colocação, existem outro 1001 fatores nesta história, que dificilmente ele ira alcançar, devido o tamanho é a abordagem de tal ato, o de fotografar
Marco Proença
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proenca.spo

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Resposta #21 Online: 27 de Março de 2012, 17:40:41
Lendo os textos acima, muito me agregou conhecimento, Agradeço ai ao Portela pela colaboração e aos comentários dos colegas, legal mesmo. parabéns  :clap:

Vejo nesse texto uma profunda e oculta decepção que um fotografo pode vir a encontrar, mas a culpa não é

da forma de fotografar ou cobrar pelo seu trabalho, a maior parte da culpa a a dissipação da tecnologia na velocidade que esta.

A Tecnologia tira muita cultura de valores das sociedades, quantos de nós já não escreve mais a lápis ou caneta em caderno

de pauta??  Ou compra um jornal de 2 Reais, sendo que na NET tem de "graça"??

Hoje qualquer hum pode ter uma câmera que registre os momentos, o problema é que, como disse, a tecnologia tirou de nos VALORES

que já era, nunca mais voltaram a ser, o de apreciar uma boa fotografia, assim como o de apreciar um BOM Jornal ou uma Boa CALIGRAFIA

em uma certidão de casamento, eu definiria JOIO E TRIGO.

Agora me diz, Quem você conhece que IMPRIME as fotos particulares e faz um ALBUM com capa e tudo?

Pra que imprimir, se existe álbum digital? Pra que contratar um fotografo para o casamento? Eu acho que ainda se contrata

Por ser QUASE uma "lei" ter o fotografo na festa assim como ter o BOLO na festa,

Bom, para não tornar cansativo, estou parando por aqui...







Marco Proença
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Aria

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Resposta #22 Online: 27 de Março de 2012, 18:32:23
Concordo que quando se pensa a fotografia como arte, se ultrapassa o campo da fotografia e ela passa até a ser secundária. Apesar disso, não sigo muito essa visão do que não pode e o que pode. Acho que a fotografia não precisa ser também um fim em si mesma, ela pode ser um meio. A maioria das pessoas vêem a fotografia como um fim. Eu estou dentro dessa maioria. E também não há erro nisso. Na verdade, acho que existe um outro conceito que não está sendo visto, que é a fotografia autoral. A fotografia autoral pode fugir do convencional, mas sem a necessária pretensão de ser arte. Pode ser que venha a ser considerada como arte, mas nem sempre. E dentro de um trabalho autoral é possível lidar apenas com as questões da fotografia. Quando vejo textos desse tipo, não penso em como tentar tornar minhas fotos mais artísticas (não sei nem definir o que seria arte), mas penso em como tentar fazer fotos autorais. E acho que esse pensar é válido para nossa evolução como fotógrafos. Claro que não é algo obrigatório. Fotografar descompromissadamente também pode ser algo bacana. Há fotos que podem ser boas, mesmo que não tenham sido pensadas, elaboradas ou planejadas. A verdade é que não tem como a gente ter certeza se muitas fotos que se tornaram famosas, que passaram a ser consideradas arte ou trabalho autoral foram planejadas. Às vezes pode ter sido uma foto ao acaso. Isso é possível.
"Una persona puede cambiar de nombre, de calle, de cara…pero hay una cosa que no puede cambiar… no puede cambiar de pasión".

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spiderman

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Resposta #23 Online: 27 de Março de 2012, 19:42:15
A fotografia se apresenta de maneira multifacetada. Qualquer um que tentar simplificá-la à sua visão estará cometendo um equívoco.

Não creio que esse foi o intuito do autor do texto.
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Acesse e apoie: www.catarse.me/retratosprayaya


Natão

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Resposta #24 Online: 27 de Março de 2012, 20:53:00
Sim, mas ele tentou justificar a fotografia cotidiana sem compromisso como algo que não pode ser discutido ou não tem valor suficiente pra isso, como se fosse necessário elitizar a dimensão fotográfica e atrair pessoas para lá numa forma de aculturamento fotográfico.

A cultura, o conhecimento, e a capacidades de produzir algo diferenciado é sempre interessante, mas, e ainda mais, na fotografia é um posicionamento unilateral. A gente tenta sempre justificar o melhor pelo complexo e não o simples e fácil. O problema é que o complexo é tão discutido que o simples e fácil torna-se o longínquo, o inatingível porque tentamos buscar incessantemente o que parece estar além de nossas capacidades que nem nos damos conta da nossa própria proximidade.

Acho que temos é que tentar erradicar uma segmentação fotográfica, como um lado o bom o outro o convencional vendável. Cada um escreve a sua história fotográfica do jeito que for possível, já a partir daí decidir o rumo estético de cada história é um trabalho muito mais complexo.

Deixemos as coisas serem simples mesmo. O olhar não é aprimorado, ele é o que ele é e sempre foi, o próprio olhar. Fotografar é só recortar um instante do que se vê, daí dizer que um olhou melhor do que o outro, bem, realmente teremos que admitir que o discurso tornou-se muito mais valorativo elitista, do que propriamente poético.


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Resposta #25 Online: 27 de Março de 2012, 21:29:41
Finalmente um post que vale a pena ler.  :clap:


Aria

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Resposta #26 Online: 27 de Março de 2012, 22:17:49
Sim, mas ele tentou justificar a fotografia cotidiana sem compromisso como algo que não pode ser discutido ou não tem valor suficiente pra isso, como se fosse necessário elitizar a dimensão fotográfica e atrair pessoas para lá numa forma de aculturamento fotográfico.

A cultura, o conhecimento, e a capacidades de produzir algo diferenciado é sempre interessante, mas, e ainda mais, na fotografia é um posicionamento unilateral. A gente tenta sempre justificar o melhor pelo complexo e não o simples e fácil. O problema é que o complexo é tão discutido que o simples e fácil torna-se o longínquo, o inatingível porque tentamos buscar incessantemente o que parece estar além de nossas capacidades que nem nos damos conta da nossa própria proximidade.

Acho que temos é que tentar erradicar uma segmentação fotográfica, como um lado o bom o outro o convencional vendável. Cada um escreve a sua história fotográfica do jeito que for possível, já a partir daí decidir o rumo estético de cada história é um trabalho muito mais complexo.

Deixemos as coisas serem simples mesmo. O olhar não é aprimorado, ele é o que ele é e sempre foi, o próprio olhar. Fotografar é só recortar um instante do que se vê, daí dizer que um olhou melhor do que o outro, bem, realmente teremos que admitir que o discurso tornou-se muito mais valorativo elitista, do que propriamente poético.

Natão, realmente não consigo perceber isso na realidade. Não precisa dar muitas voltas pra perceber que a maioria das fotos publicadas por aí estão muito mais próximas do simples e fácil do que do complexo.
É impressionante como pessoas diferentes são capazes de fazer fotos praticamente iguais. E essa repetição é algo que é questionado pelo autor. Porque, na verdade, quando reproduzimos uma foto, não está nela o nosso olhar. O que está nela é a visão que nos foi repassada e, nesse sentido, é como se nos tornássemos cegos por abrirmos mão de nossa própria visão. O filme Janela da Alma fala um pouco disso. Acho que toda pessoa que tem algum interesse na fotografia podia ver esse filme. Reproduzir é algo até fácil. Qualquer pessoa pode fazer isso. Agora, fazer esse recorte de um instante, mas um recorte que seja não o discurso dos outros ou de algo que eu já tenha visto em outras fotos e tente simplesmete copiar, é algo que tende a diferenciar um fotógrafo sim. Não é que um olhar seja melhor que o outro. É só que um olhar tem mais identidade que o outro e pode ser menos condicionado. A intenção não é fazer algo inédito, pois imagino que isso seja algo até impossível nos dias de hoje, mas fazer algo em se identifique a presença do fotógrafo na foto. O Ivan tem um texto muito interessante que acho que trata disso também: http://forum.mundofotografico.com.br/index.php?topic=32077.0. Mas claro que isso também tem muito a ver com o que cada pessoa busca na fotografia.
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Resposta #27 Online: 28 de Março de 2012, 06:16:35
Natão, realmente não consigo perceber isso na realidade. Não precisa dar muitas voltas pra perceber que a maioria das fotos publicadas por aí estão muito mais próximas do simples e fácil do que do complexo.
É impressionante como pessoas diferentes são capazes de fazer fotos praticamente iguais. E essa repetição é algo que é questionado pelo autor. Porque, na verdade, quando reproduzimos uma foto, não está nela o nosso olhar. O que está nela é a visão que nos foi repassada e, nesse sentido, é como se nos tornássemos cegos por abrirmos mão de nossa própria visão. O filme Janela da Alma fala um pouco disso. Acho que toda pessoa que tem algum interesse na fotografia podia ver esse filme. Reproduzir é algo até fácil. Qualquer pessoa pode fazer isso. Agora, fazer esse recorte de um instante, mas um recorte que seja não o discurso dos outros ou de algo que eu já tenha visto em outras fotos e tente simplesmete copiar, é algo que tende a diferenciar um fotógrafo sim. Não é que um olhar seja melhor que o outro. É só que um olhar tem mais identidade que o outro e pode ser menos condicionado. A intenção não é fazer algo inédito, pois imagino que isso seja algo até impossível nos dias de hoje, mas fazer algo em se identifique a presença do fotógrafo na foto. O Ivan tem um texto muito interessante que acho que trata disso também: http://forum.mundofotografico.com.br/index.php?topic=32077.0. Mas claro que isso também tem muito a ver com o que cada pessoa busca na fotografia.

Então, o simples que eu digo é a representação imediata e sem uma certa preparação, um certo receio, tentando embutir uma certa cultura na foto, sem compromisso. Eu não faço juizo de valor sobre isso, mas o autor sim. Na hora que ele tenta justificar que as pessoas fazem cursos para fazer fotos comuns, e o que tem isso? Por que a indgnação do cara? Ele quer elitizar a dimensão fotográfica, ou acha que tudo tem que ser diferente a todo instante toda vez? Essa identidade fotográfica que ele quer ressaltar, será que são as pessoas que não tem ou a gente só se acostumou justamente a vez o mais complexo e esquecer do simples, do cotidiano, do banal, que não percebemos aí uma identidade?

Ele julgou a fotografia, e pra mim foi um erro. Ele não levou em consideração o que muita gente quer com a fotografia, nem o seu principal motivo, o registro de um dado histórico, pode ser ele representando fielmente, ou não, mas representando. Ainda temos o campo econômico que se formos falar e abri-lo aqui a discussão vai delongar muito, mas muito mais.

Pra mim, se o autor quisesse ter falado bem se ter pecado no disscurso, deveria ter mencionado a identidade fotográfica e uma determinada falta de sua ocorrência, mas daí a julgar um fato como um certo problema, bom, ou sou eu, ou ele, ou ambos temos que evoluir muito na busca da arte, e no significado propriamente do que é a fotografia.


Natão

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Resposta #28 Online: 28 de Março de 2012, 08:14:28
Ah, o cara se acha tão elitizado que o próprio site dele é em inglês hahaha. Agora eu começo a achar que quem tem que evoluir "culturalmente e fotograficamente" é ele.


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Resposta #29 Online: 28 de Março de 2012, 08:17:44
Ah, o cara se acha tão elitizado que o próprio site dele é em inglês hahaha. Agora eu começo a achar que quem tem que evoluir "culturalmente e fotograficamente" é ele.

Havia pensado a mesma coisa, mas nem citei! Bom pelo menos isso é um sintoma de que eu não sou "louco"

 ;)
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