Esse negócio de "conceito" é polêmico, e uma imensa maioria gosta de usar o termo para justificar trabalhos ruins.
Uma vez fui ao MAM aqui no Rio e tinha uma exposição, com duas instalações... Uma era composta por um bando de vergalhões e cabos de aço largados amontoadamente em um canto, com um blocos de concreto. 100% das pessoas que passaram por ali acharam (aliás tiveram certeza) que era entulho da reforma que estava sendo feita.
O outro caso foi o de um "trabalho" que era simplesmente um varal com um monte de lixo plástico pendurado (sacos de leite, sacolas de supermecado) e no chão um monte de jornais amassados dispostos, novamente, de forma aleatória. Eu estava com um amigo e comentamos "que m.... de trabalho" e para a nossa surpresa o autor estava ali e ouviu, então ele veio e disse que "o importante é o conceito". Beleza, perguntei qual era o conceito e a criatura pensou uns 3 minutos, gaguejou e não soube explicar. Porra se o autor não sabe explicar o conceito tem alguma coisa muito errada. Pegue um monte de lixo, ponha nas mãos do Kresjberg e garanto que sai alguma coisa que presta.
O mesmo se dá com fotografia. Mas fotografia não tem a menor obrigação ser ser arte ou mesmo de ser tratada como tal. Fotojornalismo que o diga. Tem fotografia técnica, forense, documental... e artística !
Muitas imagens não artisticas são tremedamente belas, sem terem a menor pretensão. Por exemplo, um por do sol daqueles fantásticos no Grand Canyon, ou algumas fotos do meu amigo (do Flickr) Luis Argerich.
As fotos do meu amigo Andre Porto são belíssimas mas também não considero arte, e sim registros magistralmente executados.
Já as do Fukui já estão muito mais para arte do que para um mero registro
Esta do Eric também vai pelo mesmo caminho
Resumindo, arte é para quem pode, não para quem quer.
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Esqueci de falar... Até o ano que vem agora.