Aqui divergimos num conceito.
A imagem digital já sai processada da câmera.
Se você colocar uma lente "X" em uma Câmera "Y" e a MESMA lente numa Câmera "Z", quer utilize o Lightroom, quer não utilize, você terá imagens DIFERENTES.
Pelo simples fato de câmeras diferentes terem processadores diferentes.
O Lightroom simplesmente é uma continuidade do processo que já se iniciou na câmera.
Quando você coloca um FILME "X" em uma Olympus OM e o MESMO filme emuma Leica, se usar a MESMA LENTE (Zeiss ou Polar) você obterá a MESMA IMAGEM.
Porque o processamento da imagem ocorrerá NO FILME, numa reação química. Mas a luz que passa será a mesma e a imagem, por consequência, também.
Câmeras Digitais, por causa de seus processadores diferentes, são como se fossem FILMES diferentes.
Então imagens com ou sem utilização do Lightroom não serão iguais, e só faria sentido se todo mundo tivesse a mesma câmera, com o mesmo processador.
Foi por isso que eu citei o exemplo da Sigma DP3 Merrill ( Com o TRUE II) e da Canon ( com o Digic 5+ e FF)
as imagens não serão nem um pouco parecidas, mesmo que você utilize a MESMA lente.
Então o Lightroom usado ou não usado, não altera em nada.
É só a continuação de um processo já existente em cada câmera.
Eu vou dividir sua resposta em partes, isso vai ajudar a esclarecer alguns pontos.
Parte verde: até gerar o arquivo raw. Aí termina o desempenho do processador, pelo menos pra mim que não uso jpeg.
As características do sensor, o engine/motor/capacidade de processamento, a interpretação e interpolação dos dados gerados pelo matriz de bayer e o uso ou não de filtro anti-aliasing, quantidade de fotodiodos, essas são características do sensor pra ele gerar um arquivo raw. Quanto mais dados - em quantidade, mesmo - ele conseguiu captar durante o processo de aquisição, e quanto maior a extensão da gama tonal (quantidade de cinza diferenciado), da gama colorimétrica (diferenciação entre cores parecidas/adjacentes) maior será a quantidade de informação contida no arquivo raw. Tudo isso que ele conseguiu ou não captar, tiveram que passar através dos elementos óticos da lente. Se a lente for um lixo, ou se for uma lente de qualidade insignificante, a quantidade de informação e a qualidade da informação em termos visuais e artísticos presenteada ao setor de arquivamento da câmera, sua engenharia de digitalização de imagens, representada pela dupla sensor/processador, maior será o dispêndio e tentativa de resgate do setor de pós-produção - LR. Aí é que a porca torce o rabo. Todo "conserto" que é feito na pós-produção é mais ou menos igual. Ele torna a foto mais "chamativa", contrastada, com cores mais berrantes, mas também apaga a personalidade da lente. Toda imagem fica com a mesma "cara".
Voce consegue distinguir a diferença entre a nitidez de uma lente e o sharpening do LR/PS? Se voce não consegue, então estou perdendo tempo.
Parte vermelha: a escolha deste ou daquele filme se dá por necessidade de se trabalhar com uma determinada quantidade e qualidade de LUZ. A luz é quem define se vou usar um Tri-X ASA 400, ou um Agfa ASA 3200. Em cor, vai da preferência do usuário. Ele escolhe por gosto mesmo, e até preferência por filme negativo ou positivo. O contraste eu escolho tanto no papel quanto no processamento: se quero uma imagem contrastada, uso um filme com ISO baixo, revelo até o máximo sem granular e sem bloquear as áreas de altas luzes (clipping, como se diz hoje em dia) e escolho um papel com alto contraste. Pra baixo contraste, a mesma coisa, no sentido inverso.
Essa relação de "está para" entre o filme e o sensor eu não concordo. Mas, YMMV...
É por isso que o pós-processamento é traiçoeiro: ele te faz acreditar que a lente mais vagaba jamais fabricada pode se igualar a uma Zeiss ou uma Leica. Lentes boas, excelentes, são pra quem não tem tempo de passar uma semana em frente ao "PC" pra tentar conseguir uma imagem de qualidade: ela já vem boa "na caixinha". Não é quase preciso pós-processamento. E tem outra: mudou a cena ou a luz, o trabalho tem que começar do zero. Essa é a praga de ter que depender de PS ou LR pra se obter uma imagem boa, como nenhuma cena é igual, a cada mudança radical de luz ou contraste o processo parte do zero - a não ser que vce tenha paciência de montar uma biblioteca monstro de pre-sets do LR pra cada tipo de luz e material, e organizar isso, e incluir isso no seu workflow.
[]s,
RSalles