Autor Tópico: Re:Alternativas ao Photoshop para pouco $$$  (Lida 5324 vezes)

alexandre.mbm

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Resposta #45 Online: 02 de Maio de 2013, 09:14:17
Autor do petróleo: natureza.

Licença de software é contrato. Na compra de um software comercial, paga-se o material e paga-se o que o contrato implica.

Um contexto bem diferente. Mas serve para pensar analogias. Um plano (serviço) de telefonia é um "produto" entregue mediante contrato. Se cláusula do contrato é violada, e o serviço é interrompido, o chip vai para lixo. Pagou-se pelo material desse chip tal como pagou-se pelo material da caixinha de um software. O chip pertence ao cliente da Oi assim como o CD pertence ao cliente da Microsoft; porém, eles só tem utilidade enquanto há contrato válido correspondente.

O tempo de desenvolvimento de um software complexo pode ser muito maior do que o tempo de desenvolvimento (projeto) de uma ferramenta física complexa. Porém, a reprodução de um software complexo (assim como de um software simplório qualquer) é imensamente mais facilitada do que a reprodução de uma ferramenta física complexa. Então cabe a proteção institucional do negócio vulnerável de quem empreendeu esforço legítimo para desenvolvimento de um produto do tipo.

Amarildo Cardoso, eu não uso software pirata. Antes de 2006, eu usei. No entanto, uso desktop e notebook que tem software pirata instalado para o uso de outras pessoas e que obviamente não foi instalado por mim.

Sobre o exemplo com a Hasselblad. O nome não seria licença, seria patente. Mas a câmera em si, somente poderia ser patenteada caso fosse algo completamente diferente do que há no mercado, "digno" de patente. Existem regras! Não é possível patentear qualquer coisa, nem ter a exclusividade por tempo indeterminado. Penso que, na prática, somente "aspectos" de produtos comerciais inteiros são patenteáveis.

Um ponto positivo do sistema de patentes é que ele obriga que se descreva detalhadamente a invenção patenteada, para a posteridade.

O próprio Lordakner reconhece que o custo de produção faz a diferença. Por que não proteger o negócio de quem se arriscou criando algo complexo que é [até facilmente] copiável?

O porquê de aparentemente não ter havido reação negativa quanto aos japoneses terem "copiado" os relógios suiços: tem a ver com ignorância e isolamento.

O desenvolvedores também assinam contratos com seus empregadores. A existência de contratos abusivos não é algo que torna rejeitável se assinar contratos.

As patentes são para proteger de perigo real. Um curioso que desmonte uma câmera em casa e não possa colocar em operação uma linha de produção, não oferece tal perigo, mas sim um candidato a concorrente que tenha o capital necessário. A lei de patentes é para proteger quem primeiro "criou" (seja pessoa física ou jurídica), por um tempo determinado.

Muita coisa da constituição de um automóvel pode já não ter "proteção" por patentes. Mas várias novas tecnologias que são incluídas nos automóveis de hoje com certeza tem. O referido "acordo de cavalheiro", se existe, deve funcionar mais como um ritual de honra entre os concorrentes; o criador protegido com certeza não irá ceder por brincadeira se alguma de suas patentes em vigor for violada.
« Última modificação: 02 de Maio de 2013, 09:24:38 por alexandre.mbm »


AFShalders

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Resposta #46 Online: 02 de Maio de 2013, 09:42:20
Realmente, pá de ouro mesmo, mas o assunto é válido.

Por que em vez de ficarem discutindo sobre a legalidade de fazer isso ou aquilo vocês não mantém o foco sobre o que foi perguntado ? É bem mais útil ao meu ver.

a) Para quem está acostumado com o PS, tem o Potoshop Elements, que quebra bem o galho para a maioria das situações, e custa muito menos. Tem algumas limitações mas nada que tendo boa vontade você não consiga resolver. As versões 10 e 11 estão bastante boas.

b) Para quem tem tempo e disposição de aprender coisas novas, o melhor que há é o Picture Window da Digital Light and Color. É muito mais poderoso que o próprio PS e custa 79 dolares. A interface é uma bosta e você tem que ler o manualzinho de 500 páginas mais os tutoriais para entender como usar, mas nada chega perto dele.

c) o GIMP (gratuito)

d) o Darktable (gratuito)

e) o PainShop Pro (barato)


Os softwares do "tipo Lightroom" não se encaixam na categoria e não comentarei.

Ninguém vai morrer se usar algo diferente do PS.


Brupikk

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Resposta #47 Online: 02 de Maio de 2013, 09:49:28
não afeta a empresa? se TODAS as pessoas que compram o software, ao invés disso baixassem da internet, o que seria da empresa?
ah mas eu sou só 1. ok e se todos pensarem assim, vocês serão só a totalidade de compradores. como a empresa faz?
você vai dizer que isso não vai acontecer, sempre tem gente q vai pagar.. mas tb sempre vai ter gente q nao vai pagar, e é por isso que o software acaba tendo que ser caro, para compensar os que não pagam, e aí as pessoas reclamam. WTF

então se você fotografar uma formatura, esperando que todos os formandos comprem impressões depois, e um deles comprar de vc fotos da turma e fizer cópias para os outros não precisarem comprar de você, não tem problema?







Bruno Piccoli
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Yamassaki

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Resposta #48 Online: 02 de Maio de 2013, 14:57:35
Complementando o que o AFShalders disse, tem o Pixelmator pra Mac : www.pixelmator.com
Já testei e gostei bastante...


sri_canesh

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Resposta #49 Online: 02 de Maio de 2013, 16:11:19

Os desenvolvedores de softwares, nas mega corporações, são EMPREGADOS ASSALARIADOS. Muitos deles movem ações trabalhistas contra elas, quando são demitidos.
Eles não estão NEM AÍ para o fato dos softwares serem copiados.
A fração que recebem dos LUCROS é extremamente ridícula e obedece ao MERCADO DE TRABALHO.
Então os MENTORES INTELECTUAIS não são afetados.
Mas os ACIONISTAS DA BOLSA DE VALORES ( Que não fazem a MENOR IDÉIA de como o software é feito) é que mobilizam os lobbystas e advogados para criarem essas aberrações.


Primeiramente, sou desenvolvedor de softwares. Quero deixar isso bem claro pq eu sei o quanto custa desenvolver um software. Nenhum software decente se faz da noite para o dia, são meses (anos de estudo) e trabalho braçal. Sem contar que desenvolvedores de softwares decentes não aprendem de um dia para outro a desenvolver um software. São anos e estudo, experiência, sono perdido, rótulagem de anti-social, etc.

Conheço talvez centenas de desenvolvedores. Uma parte ínfima deles pensa do que jeito que você acha que nós pensamos. Todos nós sabemos que o $ do nosso salário/pró-labore não cai do céu e nos importamos sim com a pirataria.

Algumas empresas podem realmente avacalhar no custo da licença (como a Adobe faz) e usar a tática de traficante de deixar a pirataria rolar solta até um limite (como a Microsoft faz). Agora, isso não é desculpa para adotar o discurso da pilantragem, ou o discurso de que desenvolver um software e uma rolha leva o mesmo tempo.

Eu também gostaria de ter uma Misubishi L200 mas nem por isso vou lá roubar uma já que não tenho dinheiro para comprar. Não tem dinheiro, não usa, simples assim. Ou melhor, vá procurar uma alternativa comunitária.

E sim, todos meus softwares são legalizados.

« Última modificação: 02 de Maio de 2013, 16:18:11 por sri_canesh »


AFShalders

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Resposta #50 Online: 02 de Maio de 2013, 18:18:28
Concordo totalmente, também sou desenvolvedor e , embora saiba que a pirataria é inevitável, não gostaria que pirateassem um software meu.
Tem muitas opções boas e baratas e gratuitas por aí, mas a turma não quer largar o osso do Photoshop, não entendo isso. O PS não é o melhor software nem a única opção.

Quero ver se alguém aqui um dia achar uma foto sua, seja do Flickr ou de algum trabalho, sendo usada sem permissão, se vai gostar e ficar quieto.

Todo o meu software é legalizado também.


Álvaro Fraga

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Resposta #51 Online: 02 de Maio de 2013, 19:12:58
A discussão está pegando fogo. Isso é ótimo. Agora, uma questão: quem defende a pirataria de software reagiria da mesma forma se uma foto sua fosse pirateada e espalhada pelo mundo, sem o pagamento dos devidos direitos autorais? Tenho amigos repórteres fotográficos que têm prejuízo o tempo todo com suas imagens sendo distribuídas e reproduzidas nesse território de ninguém que é a internet, sem que os autores recebam um tostão furado.  Enfim, pau que bate em Chico também bate em Francisco. Não tenho opinião formada, mas estou pondo lenha na fogueira do debate, que está ótimo.
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