Uma palavra:
***EDITADO***
1.5. Não é permitida a difusão ou a postagem de mensagens que estimulem a pirataria de conteúdo ou de qualquer tipo de software comercial e que venha a ferir a moral e a legislação brasileira de propriedade intelectual.
2x
Eu também uso Torrent. Só não uso para pirataria.
Uso para baixar as imagens ISO do Ubuntu, por exemplo; com o aval da Canonical, quem aliás não é detentora da grande maior dos direitos de autor do conjunto de softwares que é "seu" sistema operacional. A empresa opera na legalidade segundo as licenças daqueles softwares que ela distribui.
Também uso o Torrent quando preciso transferir um arquivo grande para uma ou mais pessoas. Conteúdo próprio ou sobre o qual eu tenha direitos reais, concedidos a mim (as permissões).
Vou dar um pitaco "politicamente incorreto":
a) Pirataria na Internet não é privilégio do Brasil. Na verdade os sites hospedeiros não são brasileiros. Nem foi inventada no Brasil.
Pirataria na Internet não é privilégio, é mazela.
Pouco importa se a mutilação da genitália feminina não foi inventada no Brasil, nós não precisamos "importá-la". Também não precisamos dos partidos políticos pró-pedofilia. E o dinheiro dos políticos corruptos brasileiros que estão depositados em bancos do exterior precisa voltar.
b) Defender mega corporações, que pagam misérias aos funcionários, que exploram trabalho, que formam cartéis e cujos preços atendem muito mais aos acionistas ociosos do que a qualquer lógica de mercado, me parece muito mais defender o jacaré contra a cutia.
Não se trata de defender A ou B. Trata-se de defender valores. A maior "mega corporação do mal" que se pode defender é a que você está defendendo: uma "cultura" anárquica alimentada pelo egoísmo do indivíduo, onde cada um pretende decidir o que é bom ou mau.
c) Se eu compro um software e resolvo colocar na net, acho isso MEU DIREITO. Se a mega corporação acha que escrever num pedaço de papel "proibido reproduzir" inibe meu direito de dar o destino que eu achar melhor a um produto que adquiri, bem... Ela está errada.
Você não "compra um software", você compra o direito de usá-lo. Quem "compra um software"... é a Google, quando ela paga milhares ou milhões de dólares por um sistema (completo) de outra empresa. Por exemplo, ela não fez o Feedburner, ela comprou; depois pode optar por "continuar a desenvolvê-lo" ou não.
Se eu achar que tenho direito de lhe matar isso passa a ser meu direito? Só por que eu achei que sim?
O direito autoral não está nas letrinhas "proibido reproduzir" que estão grafadas no canto de uma página de livro ou no rótulo de um CD/DVD. Está na lei! É um contrato social. Quem não concorda com um contrato, não deve assiná-lo.
Coisas que você adquiriu: licença de uso, mídia que possibilita o usufruto da licença, suporte, garantia; talvez outra coisa mais. É sob condições que você pode usufruir da licença, é sob condições que você pode usufruir da mídia, é sob condições que você pode usufruir do suporte técnico, é sob condições que você pode usufruir da garantia. Na realidade, você fez um "contrato" com desenvolvedora do software, e esse contrato tem seus termos (como qualquer outro), que devem ser honrados (pelas duas partes).
d) O preço do produto indica o quanto vai ser pirateado. Vi uma entrevista com o Lobão reclamando das gravadoras. Elas não aceitavam nenhum trabalho novo dele. Dava muito mais lucro para elas ficar relançando sucessos antigos, no tipo "best of...".
Dizendo isso qual é a conexão que você pretendeu fazer mesmo? Não captei.
e) As corporações tem suas centenas de formas de lucrar, muitas delas ilícitas. Nós temos a Internet (cuja finalidade inicial era disseminar o conhecimento). Para mim está de bom tamanho.
A Internet pode continuar sendo usada para disseminar conhecimento, licitamente. Outros agirem ilicitamente não me dá o direito de fazê-lo também. Se fosse assim, não haveria lei. Um primeiro roubou e todos estariam autorizados a roubar, um primeiro matou e todos estariam autorizados a matar, e assim por diante.
Um pouco de anarquia não faz mal a ninguém.
Agora, quem quiser comprar, que compre. O mercado de consumo agradece.
Claro que faz!
Você mudaria de opinião rapidinho se estivesse sozinho, sem ter as instituições para lhe defender, e estivesse entregue ao bem querer de "gente maluca e má, insensível", que não se importasse em cuidar de sua saúde, dar-lhe de comida ou liberdade, e que de vez em quando resolvesse abusar sexualmente de você.