Bom, vamos lá... Vou tentar ser bem didático.
Não existe HDR com uma única foto.
A técnica foi concebida, desde sempre, para AUMENTAR a faixa dinâmica do suporte utilizado (naquela época filme, hj, sensor).
O suporte tem um alcance dinâmico máximo, algumas aguentam mais (filme) outros aguentam menos (sensor) variações de quantidades de luz na cena com retenção de detalhes (isso é faixa dinâmica. A possibilidade de se guardar informação com grande variação de luminosidade na cena).
Quando se sabe que a faixa dinãmica não suportará a amplitude de luz, utiliza-se o HDR para "aumentar" essa faixa. Como? Juntando na PP 2 ou mais fotos com diferentes fotometrias (aqui é necessário manjar de sistemas de zonas do Ansel Adams para captar com correção a cena a ser utilizada posteriormente). A forma mais usual de se fazer isso é utilizando 3 fotos com alguma diferença na fotometria.
Comecem por aqui:
https://en.wikipedia.org/wiki/High_dynamic_range_imaging (explorem os links lá em baixo. tem bom material ali).
Aqui houve modificação via PP de uma única foto para dar a idéia de amplitude de faixa dinâmica.
Infelizmente isso é muitooooo comum... modificando a técnica 'clássica' de HDR, criando variações artificiais dos valores de exposição de uma única foto e mesclando-as para formar uma nova foto.
Aí pode-se argumentar: Mas isso não seria uma evolução da técnica HDR 'clássica'? EMHO, penso que é exatamente o contrário. É uma involução da técnica. A técnica 'clássica' não dá esse ar artificial à cena. Ela mescla 2 ou mais fotos obedecendo o alcance dinâmico do suporte e observando o sistema de zonas. E aí entramos na seara histórica... Historicamente a técnica foi criada para dar mais amplitude de exposição à uma única captura, realizando-se diversas delas e mesclando-as posteriormente. Isso teve aplicações científicas importantes. Posteriormente, a indústria, espertamente, criou o botãozinho 'bracketing' e a técnica foi popularizada. Acontece que ela não era dominada pelo público e rapidamente começaram a surgir exageros, culminando na introdução do Tone Mapping como 'falso HDR' ou 'Pseudo-HDR'. Na verdade era puro Mapeamento de Tons e nada de HDR.
Um link com uma imagem que, pessoalmente, reputo uma boa aplicação da técnica:
http://farm5.static.flickr.com/4093/4876816977_cc76e4ecdb_b.jpgFoto do forista pedro_raythz e que pode ser vista aqui:
http://forum.mundofotografico.com.br/index.php?topic=52168.0Evidentemente, sabendo aplicar o mapeamento com correção e suavidade, há coisas belíssimas:
Matthias Church - Budapest, Hungary (HDR Vertorama) por
farbspiel, no Flickr
The Tube (HDR) por
farbspiel, no Flickr
Até os pseudos-HDR´s podem ficar bons:
Suvarnabhumi International Airport - Bangkok, Thailand (HDR) por
farbspiel, no Flickr
O autor das fotos acima tem um bom blog com tutoriais, quem quiser dar uma olhada:
http://farbspiel.wordpress.comBom, resumindo:
Para ser HDR tem que ter GANHO. Não se ganha nada em cima de uma única foto, porque toda a informação já estava presente desde a captura original, só não havia sido corretamente processada/revelada. Nem um mísero bit de informação foi adcionada quando se processou aquela única foto original, gerando mais 2 fotos com exposição ligeiramente diferente.
Diferentemente de vc pegar 3 fotos distintas NA ORIGEM e mesclá-las. Aí há ganho real e não ganho "falso" ou "pseudo" (detesto essas nomenclaturas).
Ou é HDR:
Ou é falso HDR.
Que pode ser feito de maneira equilibrada:
Ou forçada:
Espero que tenha me feito entender.