Sei não se vai vir alguma coisa muito melhor. A pouco mais de um ano atrás, um executivo da Canon disse que não acreditava que o mercado mirrorless fosse substituir o de DSLR de entrada, e sim, que iria complementá-lo. Correto ou não, era a visão dele. O lançamento de uma Canon ao estilo da OM-D, só que com sensor APC-C, poderia canibalizar as vendas de Rebel, que queira ou não, são responsáveis pela maior parte dos mais de 30% que a Canon detém sozinha do market-share mundial. Embora em alguns locais isolados as mirrorles já tenham ultrapassado as vendas de DSLR, a Canon ainda é o fabricante com o maior market-share do mercado e talvez ela não queira arriscar esta hegemonia por enquanto, até o mercado se estabilizar. Na grande maioria dos mercados as mirrorless continuam crescendo, mas também continuam atrás das DSLR. O Brasil e Estados Unidos fazem parte deste mercado.
Este lançamento foi feito claramente pensando em um amador que quer qualidade um pouco superior que uma S100 com a possibilidade de trocar lentes, ou talvez uma segunda câmera, mas não ameaça, ou ameaça pouco, o mercado de DSLR. Se eu não tivesse nenhuma câmera hoje, com certeza compraria uma DSLR de entrada e não esta câmera.
Aliás, a Nikon seguiu pelo mesmo caminho, lançou uma mirrorles que na realidade pode ser vista como um complemento, mas não uma ameaça às suas DSLR de entrada, mesmo no nível mais iniciante.
Acho que essa câmera vai servir para medir o mercado e a partir daí se decidir se valerá lançar alguma mais avançada ou não. A Canon tem a grande vantagem de produzir praticamente todas as partes da câmera, e a opção por um APS-C facilitaria ainda mais a fabricação de outros modelos de mirrorless em curto prazo. Aliás, o próprio sensor da T4i, sensor hibrido com possibilidade de foco por fase no próprio sensor, é ideal para este tipo de câmera.
Mas tudo é chute