T é indicativo de T-stop.
O f-stop é uma medida puramente física correspondente à distância focal dividida pelo diâmetro da íris. Como em qualquer lente a luz sofre perdas desde o momento que entra na lente até quando atinge o sensor por vários motivos, absorção interna, refração na passagem vidro-ar, etc.., o f-stop não mede com precisão a quantidade de luz que chega ao sensor, é apenas um indicativo (bem próximo na realidade) deste.
Na fotografia, isso não influencia muito. As perdas normalmente não são muito significativas, em alguns poucos casos chegando a meio ponto ou pouco mais. Ou seja, em um caso extremo, uma lente f/2.8 entrega uma quantidade de luz de uma hipotética lente que não sofra nenhuma perda de abertura f/3.5 .
Então, para facilitar, os fabricantes informam simplesmente a medida física, que é o f-stop. A quantidade de luz que realmente chega no sensor é sempre menor e para ser corretamente quantificada, a lente tem que ser testada individualmente.
Se na fotografia isso não importa, no cinema é diferente. Em uma sequência rápida de tomadas em que se use mais de uma lente, é importante garantir que as lentes entreguem exatamente a mesma quantidade de luz ao sensor. Por isso as lentes de cinema são testadas e é indicada a quantidade exata de luz que o sensor recebe. Esta medida se chama transmissibilidade e é medida através do T-stop.
No DxoMark normalmente se encontram os T-stops das lentes em sua abertura máxima. Por exemplo, uma Samyang 35mm f/1.4 tem um t-stop de t/1.7. A Canon 35mm f/1.4, embora tenha a mesma abertura, tem um t-stop equivalente a f/1.6, ou seja, deixa passar ligeiramente mais luz.
Hoje em dia, com a evolução da tecnologia, dos coatings e dos materiais empregados para fazer os vidros, o f/stop se aproxima bastante do t/stop. Até a lente do kit das Canon que é baratíssima tem um bom desempenho, um f/3.5-5.6 equivalente a t/3.9-6.5
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