Autor Tópico: Uma experiência  (Lida 7184 vezes)

Ivan de Almeida

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Resposta #15 Online: 08 de Maio de 2006, 19:24:47
Paulo Cê

Vou tentar dar conta da forma como vejo. Embora vá escrever coisas como isto é assim ou assado, peço que leia tudo acrescentando "minha opinião é que isso é assim ou assado".

Veja, fotografia É arte?

Não, não é. Fotografia é e tem sido uma espécie de artesanato tecnológico.

Vou então mudar a pergunta:

Pintura é arte?

Não, não é. Pintura é um artesanato usando tintas e cores. O cara que pinta um anúncio em um muro não é artista. O cara que pinta uma ilustração para um livro de biologia não é um artista, é um tipo de artesão, e o conteúdo artístico é "latu sensu", ou seja, usando a palavra arte de forma permissiva.

Contudo, Pintura é uma das sete artes. Toda pintura? Não, somente uma pequeníssima parte dela, parte essa que tem compromissos específicos e diferentes dos compromissos utilitários ou de mera distração.

Voltando à fotografia, repetindo a pergunta, podemos dizer o mesmo. Fotografia como um todo não é arte, é apenas um artesanato tecnológico artístico, que pode ser auxiliar em uma série de atividades (como a pintura) e cria o imaginário visual desta época;

Mas, assim como a pintura, a fotografia PODE ser arte. Uma parte da fotografia inegavelmente é arte: Salgado, Bresson, Adams, etc.

Evidentemente, observando essas fotografias desses fotógrafos que citei observa-se uma densidade de mensagem muito maior do que na fotografia ilustrativa, por mais bem feita que seja a fotografia ilustrativa. Uma fotografia do Capa ou do Bresson pode suportar seguidas visitas e entreter, envolver, enredar a cada visita.

Isso significa que são fotografias especialmente vistosas? Que são espetaculares? Não. Significa serem profundas, serem fotos que não se esgotam em um olhar, que não narram algo simples.

Você me pergunta: fotografias macro de inseto são arte?

Eu lhe respondo: podem ser, embora seja um tema mais tendente à fotografia vistosa e curiosa que à arte, mas nada impede que sejam -embora eu mesmo não conheça exemplos de fotografia artística macro. Conheço fotografias espetaculares, coloridas, etc, mas não artísticas. É um ramo extremamente técnico, é um artesanato dificílimo, mas isso não significa que seja arte.

De outro lado, fotógrafos como o Salgado passam a vida com uma Normal ou uma GA modesta... Fotografam o mundo ao seu redor, cenas da vida, erradamente entendidas como "fotografia de pobreza" pois não é exatamente a pobreza que fotografam, mas uma espécie de espanto profundo sobre a existência humana, sobre a humanidade, onde os fotografados são o que são e ao mesmo tempo figuras transcendentais.

Muitas vezes não se pode dizer serem fotografias de alto desafio técnico. Muitas vezes, como no célebre O Beijo, nem nítidas são. Mas O Beijo pode ser visto por anos provocando o mesmo espanto, e a macro mais espetacular esgota-se depois de examinada algumas vezes, e aí o espectador fica em busca de outra macro, mais espetacular ainda.

Mas O Beijo, esse não lhe faz desejar outra mais espetacular. Ao vê-la ela basta, ela é suficiente, ela não oferece novidade, não oferece brilhos, cores, perfeição. O que ela oferece?

Ela propõe ao espectador vivê-la, misturar-se a ela, sentir aquele instante fugidio, perder-se esteticamente na ambigüidade que tem.

Para usar uma palavra aparentemente simples, ela é poética.

Mas, o que é ser poético? Ser poético é oferecer ao espectador, por palavras, figura, sons,um tipo especial de evocação. Veja, a publicidade é evocativa, mas não é poética. A evocação feita pela publicidade é o de uma vida afirmativa e idealizada, é de coisas vistas como perfeitas. São belas imagens muitas vezes, mas não poéticas. Mas a fotografia poética não faz isso, não apresenta uma vida idealizada. Ela apresenta a vida e lhe convida a ver como a vida aparentemente comum é espantosa, é profundamente perturbadora. Ela pega o mundo, que por hábito desaprendemos a ver como extraordinário e a ele restitui sua transcendência. Ela restaura o espanto, o espanto com o existir, com as múltiplas formas de existir.

A ninguém está assegurado fazer arte. Mas tentar fazer, tentar fazer não a repetição dos padrões estéticos da publicidade mas outra coisa que seja liberdade em relação a eles, isso é vital, pois quem não tenta não faz por acaso. Pensar a respeito, lutar contra os limites de nossa maneira condicionada de olhar e assim tentar desvelar no que parece simples aquilo que nunca será simples: o espanto da existência.

A arte visa capturar a atenção do espectador e acariciar seus sentidos, mas de tal forma que não permita a esse espectador recair na forma habitual de percepção. Em oposição, as fotografias publicitárias, os jingles na música, esses tentam confirmar o ideário da época, o condicionamento mesmo, os desejos impartidos pela mídia.

A arte tem uma longa história. É bastante difícil dizer o que ela é, mas observando a sua história e os seus exemplo chagamos a uma idéia do que seja, ainda que de difícil enunciação. A arte é feita da mesma matéria mental do restante do pensamento, com as mesmas organizações perceptivas necessárias ao mundo normal, mas é feita invertendo os sinais, deslocando os esquemas, e assim desabituando o homem e permitindo que o mundo, o velho mundo que sempre é novo, mostre-se novo.
« Última modificação: 08 de Maio de 2006, 19:43:47 por Ivan de Almeida »


Pictus

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Resposta #16 Online: 08 de Maio de 2006, 22:08:08
Obrigado, eu sabia que ia agradar... Hheheheh
É um plug-in novo que lançaram, “Pictus FX Pro hasta la vista baby”

Photoshop + Corel Painter + Photoshop misturados com vários
layers masks, o Painter suporta PSD.

O artista é o artesão com um “Q” a mais, uma versão ‘upgradeada’, o
artesão só roda em DOS e o artista em O/S de 64 bits com 8 giga de RAM. :laughing:
« Última modificação: 08 de Maio de 2006, 22:09:34 por Pictus »


Ivan de Almeida

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Resposta #17 Online: 08 de Maio de 2006, 22:28:19
Carlo:

Eu não tinha visto a sua versão. Sensacional também!!! A do Pictus é incrível, mas a sua não fica atrás nem um pouco. A pior é a minha -risos.

Será que vocês, Pictus e Carlo Luciano, me autorizariam a colocar essas versões de vocês, naturalmente com os créditos, em um álbum Multiply meu?

De bobeira, de bobeira, o conjunto está muito interessante, desde a foto inicial até as versões vangoghanas do Carlo e Turner do Pictus.

Legalérrimo. Obrigado, caros amigos. Maraavilhoso desenvolvimento, e dá conta e demonstra a abordagem da foto, que é o que persigo.

A foto original não tem os tons da primeira postada. Ela foi feita em filme, Kodak ProImage 200 e escaneada. Lente de 20mm MC Mir 20m. Na hora de abrir no PS meu PS está em ProPhoto, então abriu com as cores completamente alteradas, eeu fiz um artifício para fixar essas cores que foi passar para modo Lab e voltar.  


Alex Biologo

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Resposta #18 Online: 08 de Maio de 2006, 22:43:27
Ivan, ao ler a sua explicação rsolvi entrar na brincadeira.

Entendo o seu conceito de arte, e confesso que vejo a arte de forma mais ampla. Arte não pode ser considerada apenas aquela forma de expressão que vai resistir ao tempo, nem mesmo pode ser definida por isto.

A arte é a expressõa de idéias de uma pessoa através de diversas formas. Os fotógrafos que vc citou são artistas pq tinham mensagem definida de suas obras. E ai elas passam a ser consideradas arte por outras pessoas que assim as enxergam.

Dessa forma, uma espantosa foto macro, pode ser documental, mas imagine uma série de macros espetaculares, costru´´idas de forma a levar quem vê as obras a questionar seu tamanho em relação ao mundo que o cerca, isto é arte? Sim. existe mensagem definida ai.

Exizte arte instantânea, aquela que é feita para chocar ou dar uma mensgem por um espaço curtíssimo espaço de tempo, ela não é menos arte por causa disso. A arte é intencional e subjetiva ao mesmo tempo, busca passar mensagens através dos sentimentos de quem faz e de quem vê as obras.

O gostar ou não da forma de expressão vai de gosto pessoal, mas não pode tirar o aspecto arte do que foi produzido.

 
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Pictus

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Resposta #19 Online: 08 de Maio de 2006, 23:01:53
Citar
Será que vocês, Pictus e Carlo Luciano, me autorizariam a colocar essas versões de vocês, naturalmente com os créditos, em um álbum Multiply meu?
Se autorizo ?
HEhehehehehehe
Eu não tenho direito nenhum sobre ela, a foto quem tirou foi vc...
Alterei sem pedir permissão de “mexilhão” que sou... heehhehehehe
 


fabio_yamauti

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Resposta #20 Online: 08 de Maio de 2006, 23:28:22
Ivan, bela foto  :clap: E realmente conseguiu passar a impressão de uma pintura, fazendo-a com altas luzes e contrastes fortes.
Gostei também da explicação sobre Fotografia e Arte. Com certeza fotografia não é só técnica. Fotografia pode ser arte, mesmo que simples e sem rigor técnico. Fotos que nos causam sensações, passam mensagens pretendidas pelo fotógrafo. Estas nunca esquecemos.

Parabéns pela foto, pela intenção almejada e alcançada e pelo texto.
 
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Carlo Luciano

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Resposta #21 Online: 09 de Maio de 2006, 03:06:41
Citar

Será que vocês, Pictus e Carlo Luciano, me autorizariam a colocar essas versões de vocês, naturalmente com os créditos, em um álbum Multiply meu?

De bobeira, de bobeira, o conjunto está muito interessante, desde a foto inicial até as versões vangoghanas do Carlo e Turner do Pictus.

Legalérrimo. Obrigado, caros amigos. Maraavilhoso desenvolvimento, e dá conta e demonstra a abordagem da foto, que é o que persigo.


Sinta-se a vontade para colocar Ivan. Afinal o original é seu, eu apenas tentei melhorar o que já era muito bom.

Abs!  :bye1:
« Última modificação: 09 de Maio de 2006, 03:09:52 por Carlo Luciano »
30D + 3000N + 24mm 1.4L + 50mm 1.4 + 135mm 2.0L + 15mm 2.8 FE + 12-24mm 4.5-5.6 + 150mm 2.8 Macro + 550ex
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Carlo Luciano

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Resposta #22 Online: 09 de Maio de 2006, 03:45:50
Essa eu fiz no photoshop, a outra foi em outro programa gráfico. Tá mais parecida com a do Pictus.

Abs!  :bye1:

30D + 3000N + 24mm 1.4L + 50mm 1.4 + 135mm 2.0L + 15mm 2.8 FE + 12-24mm 4.5-5.6 + 150mm 2.8 Macro + 550ex
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Ivan de Almeida

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Resposta #23 Online: 09 de Maio de 2006, 07:16:45
Obrigado, caros amigos.

As várias leituras da foto terminaram evidenciando completamente sua concepção formal, e eu mesmo vi coisas que não vira, como por exemplo a divisão dela na diagonal indo do vértice inferior esquerdo ao vértice superior direito, vários segmentos que terminam sugerindo uma diagonal ao observador.

Como creio ter dito, o primeiro tratamento visou exatamente evidenciar esses valores formais, retirando a leitura "boa ou má fotografia" que muitas vezes contamina esse assunto e impede a análise da composição mesma, mas voc~es dois criaram coisas tão interessantes que só elas já valem mais que o propósito inicial.

Obrigado também aos que comentaram, o fábio que concorda um pouco comigo, o Alex que discorda -risos.

Abraços,
Ivan


Ivan de Almeida

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Resposta #24 Online: 09 de Maio de 2006, 08:22:04
Postei um álbum Multiply com um resumo que vai desde a foto original (que não foi postada aqui) até a do Carlo Luciano primeira.

Está em:

Transformações da foto


eliverto

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Resposta #25 Online: 09 de Maio de 2006, 08:29:09
Ivan - excelente este texto, a fotografia nos permite tantas interpretações quanto o número de espectadores, e vemos fotografias criadas para serem uma descrição clínica tornarem-se arte com o passar do tempo ( eg Karl Blossfeldt) e outras destinadas a serem o que os americanos chamam de 'fine-art' acabaram revelando-se interpretações geladas e formais ( uma parte do trabalho de Ansel Adams).

Carlo e Pictus, espantosas essas conversões! A última é um Debret? O exemplo  de composição do Ivan é ressaltado de forma fantástica!  :clap:
« Última modificação: 09 de Maio de 2006, 08:29:55 por eliverto »
Eliverto Scherer<br /><br />


Paulinho Cé

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Resposta #26 Online: 09 de Maio de 2006, 08:53:42
Caro Ivan,

Acredito que seu post e as respostas oriundas dele, farão deste fórum um veículo do conhecimento e da reflexão de muitos frequentadores.
Minha resposta deve ser longa, pois minha própria reflexão leva-me a viajar ao passado em busca de meus conceitos sobre arte.

Esta fotografia que fiz domingo em frente ao Zoo de Pomerode serve de exemplo:


Crianças ainda, corríamos atráz dos carros de mola,  e pendurados neles pegávamos carona até o carroceiro xingar, bradar o chicote.
Coisa normal de criança do interior, mas quando os vi, alinhados em frente ao zoológico, 40 anos depois, não tive dúvida.
Imaginei a foto em P&B antes mesmo de enquadrá-los, pois eles me arremetiam ao passado, senti-me com 10 anos novamente, correndo descalço pela estradinha poeirenta.
Para mim isso é arte, pois encheu os meus olhos de lágrimas e o meu coração de saudade.
Mas e quem nunca viu um carro de mola? Quem viveu a infancia em cidades grandes, sem nunca os ver? Que emoção pode passar a fotografia de uns deles?
O espectador verá fotometria, iluminação, enquadramento mas não sentirá a emoção que eu sinto e na minha opinião a arte se manifestará de forma totalmente diversa à um e a outro.

Evidente que outros motivos fotografados, como um beijo, a miséria, o belo, é comum á quase todo ser humano, e a sua manifestação artistica é muito maior pois levará a maioria das pessoas às lembranças, à saudade enfim: evocará em muitos um sentimento forte caracterizando esta manifestação como arte.

Citar
A arte é intencional e subjetiva ao mesmo tempo, busca passar mensagens através dos sentimentos de quem faz e de quem vê as obras.
A citação do Alex é bastante clara e reforça o que falei até agora.

O dicionário define arte:
Citar
do Lat. arte
s. f.,
conjunto de preceitos ou regras para bem dizer ou fazer qualquer coisa.
Belas-Artes: as que exprimem o sentimento estético, tais como a arquitectura, a escultura, a pintura, a música e a poesia;

Essa definição resumida de arte, se opõe ao que foi citado:
Citar
Veja, fotografia É arte?

Não, não é. Fotografia é e tem sido uma espécie de artesanato tecnológico.

Mas um artesanato tecnologico que exprime o sentimento estético não deve ser considerado arte?
O artesanato tecnologico que segue o conjunto de regras para bem dizer ou fazer  não é arte?

Acho que a partir deste momento, vem à tona o duelo entre a fria definição do dicionário e a concepção emotiva da mente humana, que vê arte numa fotografia de um beijo mas não vê numa macro de uma linda borboleta.

Eu havia imaginado escrever muita coisa em resposta à sua afirmação mas à medida que fui respondendo,  conceitos, lembranças e até sentimentos  dançaram frenéticos em minha mente, divagações que me levam a acreditar que a arte é tão subjetiva que é inexplicável.

Resta então aceitar a arte na sua forma mais ampla, desta ou daquela maneira de ser mostrada, julgando ou não suas caracteristicas técnicas e/ou artisticas.

A partir de hoje, movido pela chegada do inverno, quando os insetos somem, tentarei transmitir a minha forma de arte atravéz da fotografia.
Tenho que aprender tudo pois é um estilo novo para mim, paisagens, retratos e locais, e gostaria de contar com as críticas e a ajuda dos amigos do fórum.

Abraços

Paulinho Cé



     
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Ivan de Almeida

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Resposta #27 Online: 09 de Maio de 2006, 09:25:15
Paulo Cê:

Como sempre sua resposta me paga na hora de tomar banho e "ir trabalhar, vagabundo!".

Vou depois resonder com calma, OK?

A arte de fazer perguntas ricas, de apresentar questões ricas, como você fez antes e nesta, é fantástica, pois isso multiplica o diálogo e vamos pensando em conjunto.

Grande abraço,
Ivan


Paulinho Cé

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Resposta #28 Online: 09 de Maio de 2006, 09:50:12
Citar
Paulo Cê:

Como sempre sua resposta me paga na hora de tomar banho e "ir trabalhar, vagabundo!".

Vou depois resonder com calma, OK?

A arte de fazer perguntas ricas, de apresentar questões ricas, como você fez antes e nesta, é fantástica, pois isso multiplica o diálogo e vamos pensando em conjunto.

Grande abraço,
Ivan
Ivan, uma pequena correção: PAULO CÉ  e não PAULO CÊ, ok?
 
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Seymor

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Resposta #29 Online: 09 de Maio de 2006, 12:20:45
Ivan,

Isso aqui virou uma salada mista. A discussão se iniciou em outro fórum, passou pelo Multiply e vai continuar aqui.  :laughing:

Só reafirmo que, ao olhar a versão "pintura" da sua foto, é que consegui entender a sua proposta de fotografia de mato.  :clap:

E que preciso me despir do preconceito que fotografia é fotografia, pintura é pintura. Uma foto pode, sim, remeter a um quadro, embora com as particularidades inerentes à fotografia, senão seria mais conveniente pegar um quadro, pincéis e tinta e mandar bala.  :doh:

Mas retratar a paisagem rural através da pintura me parece mais "fácil" que através da fotografia, não sei por quê. Assim como apreciá-la. :denken:

E sobre fotografia como arte, lembrando de uma piadinha com um prof. da faculdade: "boi preto conhece boi preto", portanto, quem, senão um artista, pode definir se uma pessoa também o é, ou não? Se o que ela faz é arte, ou não?

Pra finalizar a mensagem, mas não a discussão: posso não concordar com tudo o que você fala, nem entender tudo o que você pretende mostrar, mas o fato de você mostrar uma visão diferente nos faz crescer, e muito, como fotógrafos, pensadores, e quem sabe, artistas.  :thmbup: