Autor Tópico: Fotometria pontual  (Lida 3019 vezes)

Paulinho Cé

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Online: 22 de Junho de 2006, 14:28:05
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A maneira de controlar (alterar) o contraste de um filme fotográfico é interferindo na revelação. Existem vários parâmetros da revelação que alteram o contraste do negativo: tipo do revelador, temperatura do revelador, agitação e tempo de revelação

E no digital, este controle se faz alterando a velocidade do obturador?
Ou o correto é alterar o setup da camera?
« Última modificação: 22 de Junho de 2006, 14:28:42 por Paulinho Cé »
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Ivan de Almeida

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Resposta #1 Online: 22 de Junho de 2006, 14:30:57
basicamente, Paulo, escolhe-se a abertura em função do DOF desejado e se coloca o tom-referência na Zona desejada através da mudança da velocidade (é claro que isso não vale para fotos de esporte).


Paulinho Cé

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Resposta #2 Online: 22 de Junho de 2006, 14:52:57
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basicamente, Paulo, escolhe-se a abertura em função do DOF desejado e se coloca o tom-referência na Zona desejada através da mudança da velocidade (é claro que isso não vale para fotos de esporte).
Certo Ivan. DOF=abertura
                  Exposição=abertura+velocidade
 Mas cheguei a uma dúvida: eu meço um ponto do sujeito e o enquadro em uma zona, automaticamente todas as outras zonas se definem em relação à esta escolha.
Neste texto do Mario Marino:
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Vimos no item precedente as maneiras de indentificar tons de cinza e atribuir uma zona a um elemento do sujeito. Em outras palavras, o que fizemos foi identificar uma parte escura do sujeito e lhe atribuir uma zona, mas sem nos preocupar onde as outras partes do sujeito iriam "cair". Procedendo assim, não temos controle de em qual zona as outras partes serão apresentadas no papel fotográfico. Suponha uma parte de um sujeito que é colocada na Zona IV. Se uma outra parte é 3 pontos mais clara, ela iria cair na Zona VII, e seria traduzida por um cinza claro, o que não é um problema pois a Zona VII apresenta textura e detalhe. Por outro lado, imagine uma terceira parte deste mesmo sujeito e cuja exposição é 5 pontos maior do que a parte colocada na Zona IV. Nestas condições, esta terceira parte iria cair na Zona IX, ou seja, registrada sem detalhe ou textura. A menos que seja exatamente isto que se queira, algo deve ser feito. Isto ocorre, como já foi discutido, porque, neste exemplo, teríamos excedido a amplitude de tons de cinza que se pode registrar num negativo revelado normal.

Isso irá acarretar superexposição indesejada nas luzes altas, seria o controle do contraste um artificio para eliminar esta superexposição?
Este controle de contraste se faz alterando apenas a velocidade do obturador?

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A maneira de controlar (alterar) o contraste de um filme fotográfico é interferindo na revelação. Existem vários parâmetros da revelação que alteram o contraste do negativo: tipo do revelador, temperatura do revelador, agitação e tempo de revelação, etc. Você já deve ter lançado mão de um destes fatores - o tempo de revelação, ou seja, você provavelmente já "puxou" um filme aumentando o tempo de revelação para um valor superior aquele especificado pelo fabricante. Pode-se também "puxar para baixo" (constuma-se dizer cortar) um filme, ou seja, reduzindo o tempo de revelação.

Mesmo se referindo ao filme fotográfico, esta técnica se aplica às digitais?
A alteração da velocidade irá influenciar na exposição, com certeza?
 
« Última modificação: 22 de Junho de 2006, 14:54:01 por Paulinho Cé »
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Ivan de Almeida

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Resposta #3 Online: 22 de Junho de 2006, 15:04:52
Não é possível controlar o contraste da captura verdadeira.

O que eu faço é usar uma luz alta como referência, e não uma luz média. ou eventualmente checo as duas.

Nada garante que você não vai estourar. A única garantia é você medir a luz mais brilhante e colocá-la -1/3 pontos de +2EV (caso isso permita a exposição desejada)


Paulinho Cé

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Resposta #4 Online: 22 de Junho de 2006, 15:15:33
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Não é possível controlar o contraste da captura verdadeira.

O que eu faço é usar uma luz alta como referência, e não uma luz média. ou eventualmente checo as duas.

Nada garante que você não vai estourar. A única garantia é você medir a luz mais brilhante e colocá-la -1/3 pontos de +2EV (caso isso permita a exposição desejada)
Aí é que está a questão, não estoura as luzes altas e consequentemente subexpõe as luzes baixas, se houverem e vice-versa.
Isso me parece uma restrição à fotometria perfeita, onde não existiriam luzes altas estouradas e sombras sem definição.

Valeu Ivan, obrigado.



 
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Ivan de Almeida

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Resposta #5 Online: 22 de Junho de 2006, 15:18:30
Paulo: o que faz as luzes estourarem é a amplitude lumínica da cena ser maior que a da cãmera, e não importa a maneira de fotografar se isso acontecer. Você pode não estourar se der atenção às altas luzes, mas com sacrifício das baixas.

Nenhum métido de fotometria supera isso, nem os automáticos da cãmera, é claro


Xiru

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Resposta #6 Online: 22 de Junho de 2006, 16:54:24
Paulo, lembre que nenhuma mídia tem tanta latitude quanto o olho humano. Sempre algum tom (ou a graduação entre tons) ficará diferente do que vc vê. Por isso é preciso o cuidado na fotometria.

O que pode ajudar é, na edição, recuperar um pouco os tons. As luzes altas dá pra recuperar muito pouco no digital. Já as baixas pode-se recuperar muito mais.

(à noite, com tempo, posso colocar pra ti um exemplo prático)
Xirú Sander Scherer - Ivoti / RS


Paulinho Cé

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Resposta #7 Online: 22 de Junho de 2006, 20:31:04
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Paulo, lembre que nenhuma mídia tem tanta latitude quanto o olho humano. Sempre algum tom (ou a graduação entre tons) ficará diferente do que vc vê. Por isso é preciso o cuidado na fotometria.

O que pode ajudar é, na edição, recuperar um pouco os tons. As luzes altas dá pra recuperar muito pouco no digital. Já as baixas pode-se recuperar muito mais.

(à noite, com tempo, posso colocar pra ti um exemplo prático)
Xiru, à grosso-modo, aí é que entra o HDR não é?
 
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Xiru

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Resposta #8 Online: 22 de Junho de 2006, 21:55:22
A grosso modo é. :) Mas isso é com o Murilo, hehehehe. Ele faz cada coisa linda em HDR.

Tem várias outras maneiras. HDR ajuda a recuparar em casos mais extremos, e em cenas estáticas. No Photoshop tem a ferramente Shadow/Highlight, onde vc consegue lidar com elas "separadas". Com muita facilidade consegue ligar primairo com as sombas e depois com as altas (ou vice-versa), sem precisar selecionar as áreas e etc.

Claro, é uma ferramenta que exige cuidado, muita experimentação. Mas é legal usar, ensina bastante.

Chega um ponto que, fotogafando uma cena onde vc precisa escolhao o que e quanto sacrificar, vc já fará isso sabendo o quanto conseguirá recuperar no PS. Claro, isso não é pra pessoa cair no vício.. fazer a foto de qualquer maneira achando que depois arruma no computador. É, sim, pra auxiliar nas horas complicadas. (Me refiro a quem quer aprender fotografia, caso de todos nós aqui). ;)
« Última modificação: 22 de Junho de 2006, 21:55:44 por Xiru »
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