PQP onde é que isso vai parar?
Acho que não vai parar, não. Mesmo que alguns queiram que pare. Aliás, que pare ali onde é confortável para eles. E não para pq assim é a história e a evolução (no sentido de transformação) das sociedades, culturas, seres vivos, planetas, universo... nada para. Já dizia o Janus Vitalis, no século XV, "assim age a Fortuna: o que há fixo morre e o que sempre se move, permanece".
Agora ainda tem essa do homem grávido. é pra se acabar Pessoas querendo se passar por Deus e modificando a própria natureza fisiológica para satisfazer um desejo ou sonho ou fantasia.
Primeiro ia ter que perguntar que deus? Zeus? Javé? Shiva? Iansã? Bem, deixa para lá.... Seja qual for, já não "nos passamos por ele (ou ela?)" quando damos remédio e evitamos a morte? Quando derrubamos o mato que "Ele" plantou para plantar soja? Quando colocamos aparelho nos dentes tortos que "ele" fez ou corrigimos uma má formação genética? Quando pintamos o cabelo ou usamos óculos. Enfim, esse argumento de "é contra Deus" ou "é contra a Natureza" é uma balela - e uma balela que só se usa para o que interessa, esquecendo, convenientemente, as coisas contra deus ou anti-naturais que fazemos todos os dias.
O direito de um termina onde começa o direito do próximo e VICE-VERSA
Discurso também clichê e furado: nossos direitos estão entrelaçados, superpostos, não acaba o de um e começa o de outro. Veja só: os manifestantes têm O MESMO direito de "ir e vir", de andar na Consolação, Paulista, ou onde quer que seja, que os "trabalhadores" querendo ir para casa pela Consolação, Paulista, ou por onde quer que seja. Os dois têm direito de ocupar o MESMO espaço, ao mesmo tempo! E aí? Onde acabam e começam os direitos? A questão é bem mais complexa do que uma frase feita... e as leis, o Estado, o bom senso estão aí para dirimi-la.
(o que se vê são muitas manifestações inclusive de grandes meios de comunicação, incentivando que a opinião e costumes de uma minoria tem que se sobrepor à opinião e costumes da maioria). Se todos somos iguais, não concordo com esse movimento em nos fazer aceitar alguma coisa que não concordamos.
Também discordo - respeitosamente. A democracia existe justamente para defender os direitos das minorias (não necessariamente minorias em números, mas em direitos reais, como é o caso de mulheres e negros/pardos); o direito das maiorias sempre se impõe pelo poder, pela força. Mas tem mais, ninguém quer te forçar a casar com homem ou a engravidar. Se quiseres isso, beleza, mas ninguém vai te forçar. Isso sim seria se sobrepor à tua opinião: como é obrigar alguém a casar só com o outro sexo, ou da mesma religião, ou classe social. O que querem é que não venhas perturbar quem quer ser diferente de ti. Cada um, em seu íntimo, deve continuar achando o que quiser: que negro é inferior, mulher é burra, nordestino é preguiçoso, gay é aberração. O que não pode é pregar isso, é desrespeitar, e isso é civilidade e para isso que servem as leis.