Poxa, não consigo concordar com quase nada. E por favor, não se ofenda com isso.
Claro que não me ofendo,
Elmo, pois é pra isso mesmo que estamos aqui, pra debater. Fico muito feliz quando tenho a chance de trocar figurinhas com alguém com uma bagagem do tamanho da tua.
Bom, quanto aos pontos que levantou:
O tempo de exposição faz muita diferença quando se tem qualquer luz contínua ou ambiente. Não há como ter como regra utilizar o menor tempo possível de acordo com o sincronismo do Flash. Isso depende para o que se deseja, se é que se sabe o que seja desejado. Em estúdio eu vario muito o tempo de exposição, até 1/10 s, se necessário.
Obviamente que tudo em fotografia depende do resultado que se deseja, mas na situação desses retratos a luz não era contínua ou ambiente (pelo menos não foi assim que eu entendi), como citou, mas sim um flash, então sim, a velocidade máxima de sincronia é o melhor "aproveitamento" da luz. Neil v N fala muito sobre isso
no seu blog. Me desculpe por não poder garimpar algum post específico agora.
Nitidez relacionada a f:11 ou F:5,6 não vai fazer muita diferença, em qualquer objetiva. Não estou dizendo que não exista, claro que sim, mas perceptível a ponto de se desprezar a profundidade de foco pretendida... não mesmo. Se você quer um retrato onde a orelha e o nariz esteja focado, 5,6 não rola.
Em algumas objetivas que só fecham até f/16, o ponto f/11 já oferece qualidade bastante abaixo do necessário pra um headshot em estúdio, principalmente se for um high-key (o que não era o caso aqui, eu sei). Óbvio que essa "qualidade" é de percepção e interpretação pessoal, mas em experimentos que fiz notei resultados bastante visíveis numa objetiva cujo pico de nitidez documentado é entre f/4 e f/5.6. Já fiz vários headshots com nitidez em toda a cabeça usando f/5.6 em 50mm, mas isso era quando eu usava APS-C. Talvez agora em FF as coisas mudem de figura tendendo a me fazer fechar pra f/8.
E nitidez? Nem sempre eu quero. Ainda mais quando a pele é muito sofrida. Por isso muitos fotógrafos não gostavam das objetivas Tessar, na Rolleiflex, pois eram assassinas.
Pra mim nitidez é igual dinheiro: prefiro que sobre do que falte. Perder nitidez na pós-produção é relativamente mais fácil do que ganhar. Conheço os problemas do excesso de nitidez em peles, mas sou do grupo dos que gostam de resolver grande parte dos "problemas" de textura na iluminação e o restante na pós-produção.
lestevãos
Valeu pelas dicas. Como disse, é a primeira vez que uso um softbox. Minha unica experiência até agora era com um beautydish artesanal feito com uma bacia, então estou pegando o jeito. Concordo que poderia (e deveria) ter atentado a esses parâmetros. Mas as fotos estavam saindo ok e eu preferi continuar a fotografar do que ficar calculando correlações de exposição e pedindo pra ela esperar enquanto eu mudava a potência do flash (que estava no manual). Já que o resultado final estava aceitável, tentei aproveitar o momento =D
Rapaz, como disse, as fotos ficaram ótimas, mas aquele intuito de sempre procurar otimizar as coisas me persegue, então eu dei os pitacos. Pode acreditar que quando faço as minhas depois eu olho os EXIFs e penso "porque tu fez isso, idiota?! pra que esse ISO?! pra que essa velocidade?!", mas essa reflexão me faz pensar melhor e mais rápido nas próximas fotos e assim vai ocorrendo a evolução.
O beauty dish caseiro é clássico. Todo mundo já fez um ou fará. Os resultados são muito bons também.
"Mas as fotos estavam saindo ok" e "Já que o resultado final estava aceitável, tentei aproveitar o momento": é isso que é importante!
