Meus 2 cents.
O texto, bom ou mau, no meu entendimento teve numa primeira análise a intenção de mostrar que todos nós, ricos ou pobres, com maior ou menor quantidade de horas de estudo, com melhor ou pior qualidade destes estudos, com carro ou sem carro, com carro zero ou carro velho, com filhos ou sem filhos, morando bem ou morando mal, cada um de nós em algum momento de nossas vidas acaba "pecando" em alguns dos pontos que ele elenca. Até aí, tudo bem, pois teria o propósito apenas de nos lembrar que se cada um de nós fizesse nossa parte direitinho, talvez tudo pudesse ser melhor.
A segunda parte da análise entretanto acaba nos levando a deduzir que, pelo título, Quem são nossos políticos, ele passa a idéia que somos iguais aos políticos, ele acaba por dizer que pelo fato de eventualmente "deslizarmos" em alguns dos pontos que ele elenca (e não são poucos), nós seríamos exatamente iguais ao políticos que nós todos estamos condenando. Aí não. Aí o bicho pega.
Aí eu tenho que concordar que o texto é simplista e não traz o benefício que talvez ele tivesse a intenção de trazer. Não sei o que o cara estava pensando quando escreveu, mas se ele acha que o brasileiro "normal" é igual aos políticos que são eleitos, ele erra feio. NÃO SOMOS.
Um dia eu tive que escolher entre Collor e Lulla, num segundo turno de eleiçoes presidenciais. Não me vi representado por nenhum dos dois, e anulei meu voto.
O que eu quero dizer é que não temos opção, ou seja, quando chegam as eleições você tem que optar entre Maluf, Marta, Netinho, Serra, Kassab e por aí. Qualquer um que for eleito, e um deles será eleito nos casos de eleições majoritárias, será absolutamente a lesma lerda. Então o fato de não termos opção, ou termos poucas opções na hora do voto, torna o nosso voto INUTIL.
Quando dizem que o voto é nossa arma, temos que lembrar que VOTO NULO é uma possibilidade. Se você não se vê representado por nenhum deles, ANULE. Não adiantará votar no menos ruim, pois tudo vai continuar exatamente como está hoje.
Porque será que a urna não tem uma tecla: VOTO NULO?
Imaginem uma eleição para prefeito ou governador, que quando eles abrissem as urnas desse 90% de VOTO NULO. Só assim os políticos vão entender que nós não queremos nenhum deles. Aí talvez as coisas poderiam começar a mudar.