Autor Tópico: Velvia 50  (Lida 5113 vezes)

pauloh

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Resposta #15 Online: 27 de Março de 2013, 09:15:45
Que esquema você está fazendo para digitalizar? câmera e flash? Talvez seu flash não está subexpondo a imagem?
eu digitalizei o velvia 100F, parecido com o provia 100F usando minha a77 em iso 50 e o flash e ficou bem legal:




Na verdade, meu método de digitalizar com a câmera digital só funcionou direitinho com o velvia no que se refere à filmes coloridos! O que eu fiz com o superia ficou bem ruim.

O meu esquema eu postei aqui:
http://forum.mundofotografico.com.br/index.php?topic=76772.60

Uso a tela da TV. Com o Provia o resultado ficou ótimo, já com o Velvia 50 não. E olha que a exposição foi a mesma nos 2 filmes.
Se eu expor mais começa a estourar. Uso um Nikon D7000 em ISO 100, que é o mínimo.
Só uma pergunta: Quando você vê esse filme (Velvia 100F) contra um fundo branco, tipo a tela do computador, você consegue ver bem a imagem, vendo até os detalhes de sombra ou é necessário uma luz bem mais forte?
Com o Provia aqui vejo tudo com a tela de PC mesmo. Já o Velvia 50 é bem, mas bem mais contrastado. Os detalhes de sombras estão bem "escondidos", só conseguindo vê-los contra uma lâmpada. E quando digitalizo com a câmera, ela não consegue capturar esses detalhes das sombras, aparece só ruído.
Com relação a negativos, tive bons resultados com o Superia, mas com os filmes da Kodak o resultado é bem ruim.


rodrigo_luiz78

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Resposta #16 Online: 31 de Março de 2013, 00:22:02
que povo sacana, me venderam um velvia falando que era provia...

mais tudo bem. na verdade eu fui na loja pra revelar em E6, mas estavam com falta do químico, e sem previsão pra chegar. acabei revelando em C41 pq sou muito ancioso...
deu umas cores bacanas, mas algumas fotos tem muito ruido (parece filme ASA400), dá uma olhada:


Zenit 12xp
Filme Velvia 100 (processo cruzado)
F2.2
1/125

Que lente voce usou na Zenit ??
A Helios mesmo ??


gruggio

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Resposta #17 Online: 29 de Abril de 2013, 12:16:01
Que lente voce usou na Zenit ??
A Helios mesmo ??

sim, a lente da propria zenit, helios 44M 58mm f2.


pauloh

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Resposta #18 Online: 27 de Julho de 2013, 18:29:06
Depois de fazer umas pesquisas aqui acabei descobrindo o porquê que não consigo bons resultados na digitalização do Velvia 50 usando a câmera digital. O Velvia 50 é um filme de altíssimo contraste, ou seja, a diferença de luz que consegue atravessar seus pretos e os brancos estourados é enorme. Testei uma imagem aqui do filme e calculei que a taxa de contraste era de 10000:1. Isso significa que numa escala linear de luminosidade qualquer, quando pelo branco atravessa 1 unidade de luminosidade, nos pretos só atravessa 0,0001 unidade.
Tentei de tudo. Fiz até um HDR com a câmera digital para capturar os detalhes das sombras, mas o resultado ficou péssimo. O resultado só é satisfatório quando a imagem do filme tem baixo contraste, como numa cena fotografada toda na sombra. Agora se for uma paisagem com nuvens brancas no céu e sombras debaixo das árvores fica muito ruim. A luminosidade das áreas claras extravasa e "contamina" as sombras. Acho que isso é devido ao contraste da lente.
Bem, acho que é melhor mostrar que só falar. A primeira imagem é uma exposição da câmera digital que mostra detalhes das "altas luzes". A segunda é uma imagem do mesmo quadro do filme só que com uma exposição da digital 3,45 pontos maior para mostrar os detalhes das sombras.





Só para ter uma ideia com contraste do Velvia 50, estou postando uma outra imagem feita com a câmera digital usando as mesmas configurações de contraste e brilho no Camera RAW.



Tenho uma versão desta última foto com o Velvia 50. Apesar do filme mostrar uma riqueza de cores maior que a versão digital bem editada, a digitalização ficou péssima. As duas exposições diferentes feita com a digital do quadro do filme:





kkk, ficou parecendo foto de uma webcam bem ruim.
Confesso que fiquei muito decepcionado e frustrado com o Velvia 50. Acho que somente com um digitalização top conseguirei uma boa qualidade de imagem. Meu primeiro impacto quando vi o filme era de que as imagens tinham ficado subexpostas, mas não fazia muito sentido porque eu havia mandado revelar um Provia 100F junto com o Velvia 50 e as imagens do primeiro ficaram excelentes e tive o mesmo cuidado na exposição dos dois. Depois de ver mais atentamente a imagem conclui que os detalhes de sombra estavam lá, só que bem escuros.
Alguém tem alguma experiência com digitalização do Velvia 50 aí para me dar uma luz?  :ponder:
O "coposdeagua" postou uma digitalização com a câmera digital que ficou muito boa, mas o filme foi o Velvia 100F, que nunca usei e não sei a diferença entre ele e o 50.


AFShalders

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Resposta #19 Online: 27 de Julho de 2013, 18:59:25
Tem alguns pontos ai... Primeiro, fotografar com cromo é muito diferente de fotografar com uma câmera digital onde o software faz 90% do trabalho. Cromo não perdoa e o Velvia 50 menos ainda. Se você errar 1/2 ponto já dá problema, e a tolerância na prática para uma foto perfeita é de 1/3 de ponto. Aí vem o problema que é como fotometrar e como priorizar o que em termos de fotometria na foto.

Com o Velvia 50, sempre achei que o ideal é usar um fotometro de mão, medindo luz incidente ou um spot meter fazendo multiplos spots e depois calculando na mão a média. Jamais usar qualquer fotometria automatica, como multi-pattern, 3d matrix ou seja la qual for. Simplesmente não funciona em 90% dos casos.

O segundo problema é o seu conjunto software + scanner. Esses scanners de mesa não dão para o gasto com esse tipo de filme. Tenho um Epson V700 e nem com o Vuescan é fácil de acertar. O programa da Epson não dá nem pra começar, e o Silverlight 8 Pro mesmo assim é pior que o Vuescan com esse tipo de filme. Meu outro scanner, um Minolta Scan Dual 4, se usado com o Vuescan dá um resultado bem superior, mas mesmo assim dá trabalho. Tem que usar multiplas passagens e usar o densitometro.



pauloh

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Resposta #20 Online: 27 de Julho de 2013, 19:49:32
Tem alguns pontos ai... Primeiro, fotografar com cromo é muito diferente de fotografar com uma câmera digital onde o software faz 90% do trabalho. Cromo não perdoa e o Velvia 50 menos ainda. Se você errar 1/2 ponto já dá problema, e a tolerância na prática para uma foto perfeita é de 1/3 de ponto. Aí vem o problema que é como fotometrar e como priorizar o que em termos de fotometria na foto.

Com o Velvia 50, sempre achei que o ideal é usar um fotometro de mão, medindo luz incidente ou um spot meter fazendo multiplos spots e depois calculando na mão a média. Jamais usar qualquer fotometria automatica, como multi-pattern, 3d matrix ou seja la qual for. Simplesmente não funciona em 90% dos casos.

O segundo problema é o seu conjunto software + scanner. Esses scanners de mesa não dão para o gasto com esse tipo de filme. Tenho um Epson V700 e nem com o Vuescan é fácil de acertar. O programa da Epson não dá nem pra começar, e o Silverlight 8 Pro mesmo assim é pior que o Vuescan com esse tipo de filme. Meu outro scanner, um Minolta Scan Dual 4, se usado com o Vuescan dá um resultado bem superior, mas mesmo assim dá trabalho. Tem que usar multiplas passagens e usar o densitometro.

Sim. Quando postei a versão digital a intenção era somente mostrar o contraste alto da imagem do Velvia.
Quando fotografo com cromo uso o modo pontual da câmera, pois não tenho fotômetro de mão. Fotometro vários pontos da cena e decido quanto cada ponto vai ficar abaixo ou acima da média ou então uso padrões, como estourar o branco em 2 1/3 pontos. A câmera tá configurada para a exposição variar de terço em terço. Com a experiência que eu tenho com o Provia 100F percebi que ele responde bem entre exposições de -3 a +3, e assim costumo acertar entre 80 e 90% das vezes. O Velvia 50 parece responder bem entre -2 e +3.
Já quanto ao contraste no filme, o Provia tem algo entorno de 2000:1. Acho que é devido ao alto contraste do Velvia que torna inviável a digitalização com câmera digital. As cores distorcem muito e é perda total.
Mas Shalders, você acha mesmo que o meu problema ao fotografar com o Velvia foi erro de exposição? Pois na última foto, do lago, o Velvia capturou tanto detalhes nas altas luzes (nuvens) quando das sombras (a parte da calçada que está na sombra)
Se for isso, o que eu devo fazer no caso de cenas com um contraste mais alto? Devo sacrificar as altas luzes (estourando mais) para captar mais detalhes das sombras?
Quanto à digitalização, cheguei à conclusão que só com um bom scanner daria para obter resultados satisfatórios, pois a câmera digital não tem faixa dinâmica suficiente para capturar os detalhes das sombras e áreas claras ao mesmo tempo no Velvia 50 e nem a lente tem um contraste tão alto.


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Resposta #21 Online: 27 de Julho de 2013, 20:17:47
Paulo,

Não tem jeito, com filme tem que sacrificar alguma coisa sempre, se for ato contraste. O que você vai sacrificar vai depender do que você tem prioridade em mostrar. Mas tem uma saída, que é o uso de um filtro graduado. Você fotometra o plano baixo normalmente, sem o filtro e na hora de fotografar, coloca o filtro. Acho fundamental ter pelo menos dois filtros ND graduados, um 2x e um 4x.

Os filtros graduados mais baratos são os da Cokin, e os Lee são mais profissionais, inclusive dá para usar dois graduados em angulos diferentes ao mesmo tempo. Tem que ter em mente que fotografia com filme é muito mais complexa do que a digital, pois não há muita margem para erros. Outra coisa é usar o bracketing de 1/2 em 1/2 ponto como Velvia.


pauloh

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Resposta #22 Online: 28 de Julho de 2013, 00:04:41
Outra questão interessante sobre o Velvia 50 que descobri é que ele tem o Gamma bem alto, de 2,2. O gamma é a relação entre o logaritmo da variação de brilho do filme e o logaritmo dessa mesma variação de brilho da cena original. Por exemplo: numa cena onde um objeto reflete 10 vezes mais luz que outro, no Velvia 50 essa variação será de 102,2= 160 vezes, ou seja, se na cena original temos um contraste de 10 vezes entre objetos, na imagem do Velvia esse contraste será de 160 vezes. Quando a imagem é digitalizada é necessário fazer essa correção de gamma. No Wikipedia achei uma imagem bem parecida como eu vejo minhas fotos do Velvia contra a luz. Aparentemente a imagem está subexposta, mas na verdade o gamma dela é que não foi corrigido. Eu peguei esta imagem e abri no Photoshop e fiz a correção e mais alguns ajustes o resultado ficou excelente.
A imagem da esquerda é como eu baixei do site, a da direita é com o gamma corrigido.



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Resposta #23 Online: 28 de Julho de 2013, 00:20:20
Paulo,

Você está pensando em filme como digital. Não é a mesma coisa e cada filme tem a sua personalidade, uns mais saturados, outros menos, assim como o contraste e a saturação variam. Não faz o menor sentido em escanear um Velvia e deixa-lo com cara de Pro Image.

Imagina se alguem usa um Tri-X e remove o grão todo e baixa o contraste para ele ficar com cara de Panatomic-X ... Faz parte do aprendizado escolher o filme adequado a cada situação e tirar o melhor disso.

Faça o seguinte: ponha seu cromo em uma mesa de luz calibrada e veja com uma lupa adequada. Se for para digitalizar, modifique seu scan para ficar igual ao que você viu na mesa, senão não faz o menor sentido você usar um filme específico. Se for para modificar o comportamento, use um filme barato genérico que dá no mesmo. O Velvia tem como caracteristicas principais saturação, contraste e definição muito altos.


pauloh

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Resposta #24 Online: 28 de Julho de 2013, 09:58:30
Paulo,

Você está pensando em filme como digital. Não é a mesma coisa e cada filme tem a sua personalidade, uns mais saturados, outros menos, assim como o contraste e a saturação variam. Não faz o menor sentido em escanear um Velvia e deixa-lo com cara de Pro Image.

Imagina se alguem usa um Tri-X e remove o grão todo e baixa o contraste para ele ficar com cara de Panatomic-X ... Faz parte do aprendizado escolher o filme adequado a cada situação e tirar o melhor disso.

Faça o seguinte: ponha seu cromo em uma mesa de luz calibrada e veja com uma lupa adequada. Se for para digitalizar, modifique seu scan para ficar igual ao que você viu na mesa, senão não faz o menor sentido você usar um filme específico. Se for para modificar o comportamento, use um filme barato genérico que dá no mesmo. O Velvia tem como caracteristicas principais saturação, contraste e definição muito altos.

Pois é. Eu acho que o meu maior erro ao fotografar com o Velvia 50 foi querer fazer dele um Provia 100F. O Velvia só respondeu como o Provia em cenas de baixo contraste. Mas vamos ver se eu entendi o que você disse: apesar do Velvia registrar detalhes das sombras em cenas de alto contraste, devo então desconsiderá-los, como na flor amarela, onde dá para ver detalhes do chão ao fundo e me concentrar somente no objeto principal da imagem, no caso a flor, como na digitalização abaixo?



É que eu estava pensando da seguinte forma: se existem detalhes de sombra, então eles devem ser mostrados na digitalização, como acontece normalmente com o Provia. Tentei fazer isso e não deu certo. Quando digitalizava para mostrar as sombras, as áreas claras acabavam estourando ou distorcendo a saturação.
No caso da foto do lago, então eu deveria sacrificar detalhes das nuvens para ter um maior ganho nas sombras. É isso?
Sharders, o Provia 100F responde bem no intervalo de exposição de -3 a +3. No caso do Velvia 50, o que você recomendaria?
Analisando minhas imagens, parece que o Velvia respondeu bem entre -2 a +3 ou -1 a +3, mas não tenho certeza. Pela sua experiência com o filme, qual destes intervalos de exposição eu deveria usar para fotografar uma cena de alto contraste?

Desde já agradeço.


pauloh

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Resposta #25 Online: 28 de Julho de 2013, 11:59:59
Acho que encontrei a solução aqui. A curva característica do Provia 100F é esta abaixo. Esta curva mostra a variação de densidade de pigmentação em função da exposição do filme. Como o Provia 100F responde bem no intervalo de -3 a +3, marquei sobre a curva onde estão esses valores de exposição da câmera. Os valores na parte inferior do gráfico é o logaritmo da exposição na base 10. Como a câmera trabalha com exposições na base 2, ou seja, cada ponto a mais a luminosidade dobra ou cada ponto a menos cai pela metade, marquei na parte superior essa variação para a exposição da câmera.



Analisando o gráfico conclui que para ser bem observado os detalhes numa mesa de luz a densidade deve ser inferior a 3.0. Agora analisando o mesmo gráfico do Velvia 50, esta mesma densidade corresponde a uma exposição de -2.1.



No caso da densidade mais baixa, esta corresponde a uma exposição de +3 pontos nos dois filmes. Então quando eu fotografar novamente com o Velvia 50 deverei deixar os detalhes que eu queira que apareçam no filme no intervalo de exposição de -2 a +3.

É isso mesmo ou viajei na maionese e só falei merda?
Existe mais algum detalhe que não estou levando em consideração?


AFShalders

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Resposta #26 Online: 28 de Julho de 2013, 15:18:31
Cara, não complica. Não adianta muito ficar que nem um doido em cima dessas curvas. Uma coisa eu te digo, se você expor um 100F 3 pontos sub, vai sair tudo preto ou quase. A tolerância aceita para erros no 100F é de meros 1.5 pontos no máximo, e no Velvia 50 até um ponto. Faça o teste q você verá. Nem filme negativo dá uma margem de erro de +/- 3 pontos. Cromo não tolera erros assim.

Existem mesas de luz com luminosidade padronizada, as melhores portáteis são as da Logan, que são inclusive corrigidas em cor.

http://www.bhphotovideo.com/c/product/150714-REG/Logan_Electric_750200_5_x_7_Slim.html


pauloh

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Resposta #27 Online: 28 de Julho de 2013, 22:07:45
Cara, não complica. Não adianta muito ficar que nem um doido em cima dessas curvas. Uma coisa eu te digo, se você expor um 100F 3 pontos sub, vai sair tudo preto ou quase. A tolerância aceita para erros no 100F é de meros 1.5 pontos no máximo, e no Velvia 50 até um ponto. Faça o teste q você verá. Nem filme negativo dá uma margem de erro de +/- 3 pontos. Cromo não tolera erros assim.

Existem mesas de luz com luminosidade padronizada, as melhores portáteis são as da Logan, que são inclusive corrigidas em cor.

http://www.bhphotovideo.com/c/product/150714-REG/Logan_Electric_750200_5_x_7_Slim.html

Não não Shalders, você não me interpretou corretamente. Quando eu disse que o Provia 100F respondia entre -3 e +3, eu não estava me referindo à tolerância de erro de exposição. A tolerância dele é algo em torno de +/- 0.5 ponto. É esse valor 0.5 ponto para mais ou para menos que eu posso errar a exposição e ainda assim conseguir "recuperar" a imagem.
Esse intervalo de -3 a +3 é o intervalo onde os objetos principais da cena deve estar contidos, pois não tem como tudo ficar no zero, porque existem sombras, áreas claras e as próprias variações de índice de reflexão de luminosidade dos componentes da cena.
É que meu método de fotometria é meio diferente do seu. Por exemplo: quando vou fotografar uma janela de madeira numa parede branca. Normalmente fotometro no branco da parede e estouro 2 1/3 pontos. Com essa exposição vou conferir em que zona está a madeira da janela. Se estiver no zero, então está ok e faço o disparo. Nesta flor amarela acima que eu fotografei com o Velvia 50, fotometrei na parte mais clara da pétala e estourei 2 pontos, depois disso conferi as outras partes da cena para saber em que zona de exposição estavam.

Nesta outra imagem abaixo, feita com o Velvia 50, fotometrei na parte mais clara da flor e estourei 2 pontos. Conferi a parte mais clara do fundo e estava na zona de -1 ponto de exposição.



Mas como você fotometra? Mede vários pontos da cena e faz uma exposição média?

No caso dessas curvas, acho importante saber como cada filme irá se comportar em função da exposição, pois assim sei se determinado objeto fotografado com o Provia estiver na zona do -3 é ali que ele começará a ficar negro e outra área da mesma cena estiver na zona de +3 pontos será ali que ele começará a estourar algum dos 3 canais RGB. Eu costumo fazer isso com o Provia e sempre deu certo. Mas com o Velvia 50 ainda eu não tinha feito esta análise, pois esperava que não fosse tão diferente do Provia.